terça-feira, 27 de junho de 2023

APUCARANA: Programa “De Bem Comigo” entrega 5 mil kits neste mês


 A Prefeitura de Apucarana, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, acaba de entregar mais 5 mil kits de higiene íntima para mulheres dentro do Programa Municipal “De Bem Comigo”. As apucaranenses em idade menstrual recebem gratuitamente quatro pacotes de absorventes (com e sem abas), um sabonete em barra, um sabonete líquido e um desodorante antitranspirante.

Mantido com recursos municipais, o Programa “De Bem Comigo já distribuiu quase 45 mil kits desde seu lançamento em novembro de 2021. Os kits são entregues mensalmente nas escolas estaduais, escolas municipais, Centro POP, Centro e Atendimento à Mulher (CAM), Escola da Gestante, Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), e mulheres em situação de rua.

O Programa De Bem Comigo foi lançado na gestão Junior da Femac a partir de uma indicação da então vereadora Jossuela Pirelli e agora secretária Municipal da Assistência Social.

“A abrangência social desse programa faz dele uma referência regional e estadual ao garantir dignidade e mostrar o respeito às nossas mulheres. É uma iniciativa de acolhimento às apucaranenses”, diz Jossuela Pirelli.

O prefeito Junior da Femac destaca que ao lançar o De Bem Comigo ainda em 2021, Apucarana saiu na frente de muitas outras iniciativas semelhantes mesmo a nível nacional. “As apucaranenses contêm com o nosso compromisso de manter esse programa. Mais investimento nosso pensando nas mulheres. É um carinho com elas”, afirma Junior da Femac.

PT se reúne e começa a desenhar chapas para eleições de 2024

 Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) se reunirá nesta terça-feira para avaliar alianças e possíveis composições em capitais como Rio de Janeiro, São Paulo e Recife

Gleisi Hoffmann (Foto: Reprodução (Youtube))

Diante da cobrança para apoiar aliados nas eleições municipais após a formação de uma ampla coalizão em torno do presidente Lula (PT) no ano passado, o PT realizará nesta terça-feira (27) a primeira reunião do seu Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE), visando dar início às articulações de candidaturas para 2024. Segundo o jornal O Globo, o partido está considerando abrir mão de lançar candidatos próprios em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Recife, a fim de apoiar partidos que estão na base de Lula no Congresso. 

No entanto, há uma preocupação em equilibrar a quantidade de concessões. Composto por oito membros, o GTE iniciará seus trabalhos com uma avaliação da situação do partido nas capitais e nos municípios com mais de 200 mil eleitores. Cinco desses membros são ligados à CNB, a corrente majoritária do PT: a presidente nacional e deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), os dirigentes Washington Quaquá (RJ), Jilmar Tatto (SP) e Gleide Andrade (MG), além do senador Humberto Costa (PE).

Costa é um possível candidato petista em Recife, capital que o partido governou entre 2001 e 2012 e onde sempre lançou um candidato nas últimas quatro décadas. Os integrantes do GTE afirmam que a tendência atual é de apoiar a reeleição do atual prefeito, João Campos (PSB). Durante a última disputa municipal, Campos se aproximou de Luiz Inácio Lula da Silva na campanha presidencial e conseguiu atrair petistas para seu secretariado. 

“Os aliados podem dar mais força ao governo federal. É natural que se faça essa aliança, embora o PT historicamente tenha força política no Recife”, disse o senador, de acordo com a reportagem

Antes de oficializar a aliança com o PSB na capital pernambucana, os petistas estão tentando garantir com Campos a indicação de um vice do PT. Além de ser uma contrapartida para amenizar a percepção entre os militantes de que o partido está cedendo em excesso, a vaga na chapa vincularia projetos futuros de Campos, que é cogitado para concorrer ao governo de Pernambuco em 2026, a um acordo com o PT.

Um cenário semelhante se desenha no Rio de Janeiro, onde o PT indica uma aliança com o atual prefeito Eduardo Paes (PSD), mas ainda busca espaço para ocupar a posição de vice na chapa. Quaquá é um dos articuladores desse acordo. Em São Paulo, o grupo liderado por Tatto, mais resistente à ideia de não lançar um candidato petista, reconhece que o partido está caminhando para apoiar a candidatura do deputado federal Guilherme Boulos (Psol). 

“Minha opinião é que fortalecer o PT envolve lançar candidatos. Mas debateremos como as alianças podem influenciar a posição do partido para 202”, ressaltou Tatto.

Lideranças petistas, como Tatto, defendem que as alianças já firmadas sejam levadas em consideração na definição de candidaturas em outras capitais, como Belo Horizonte (MG) e Salvador (BA), onde o PT está hesitando entre apoiar aliados ou liderar as candidaturas. Em Porto Alegre (RS) e Fortaleza (CE), há pressões internas para a formação de uma chapa própria do PT. 

Após uma redução no número de prefeitos desde 2016, o PT enxerga uma oportunidade de recuperar terreno com o retorno de Lula ao Planalto. O auge do PT ocorreu em 2012, quando elegeu 638 prefeitos. Quatro anos depois, esse número caiu para 254, e em 2020, para 183. 

Ainda conforme a reportagem, nas principais cidades, o cenário é o seguinte:

Rio de Janeiro: Após indicar três secretários no governo de Eduardo Paes (PSD), o PT encaminhou uma aliança, mas pleiteia a posição de vice na chapa.

São Paulo: Mesmo enfrentando resistência de uma ala petista que menciona a tradição de lançar candidatos na capital, o PT provavelmente apoiará Guilherme Boulos (PSOL).

Recife: Rival nas últimas eleições, o atual prefeito João Campos (PSB) deve contar com o apoio do PT em sua tentativa de reeleição.

Belo Horizonte: Após um desempenho ruim em 2020, o partido está hesitante em lançar um candidato próprio novamente e considera apoiar a reeleição de Fuad Noman (PSD).

Fortaleza: O PT está avaliando lançar Luizianne Lins, mas pode chegar a um acordo com uma ala do PDT que é contrária à reeleição do pedetista José Sarto e defende um nome alinhado a Lula. Evandro Leitão (PDT) é um dos cotados.

Salvador: O diretório local do PT deseja lançar um candidato próprio, mas líderes influentes como o ministro Rui Costa e o senador Jaques Wagner estão considerando apoiar partidos aliados, como PSB e MDB.

Porto Alegre: Enquanto discute com o PSOL, o petista Edegar Pretto desponta como favorito para liderar a chapa."

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

CPMI dos Atos Golpistas: deputados do Psol pedem quebra de sigilos de Silvinei Vasques, ex-chefe da PRF de Bolsonaro

 Pastor Henrique Vieira e Érika Hilton alegam que Vasques "faltou com a verdade, mesmo estando sob juramento" durante depoimento prestado à CPMI, na semana passada

Ex-diretor-geral da PRF Silvinei Vasques (Foto: Reprodução/TV Senado)

Os deputados federais pastor Henrique Vieira e Érika Hilton, ambos do Psol, apresentaram um pedido para que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos golpistas do dia 8 de janeiro, analise a possibilidade de quebrar os sigilos telefônico e telemático de Silvinei Vasques, que comandou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o governo Jair Bolsonaro (PL). A informação é da coluna do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo. 

Vasques prestou depoimento perante o colegiado na semana passada e negou ter coordenado operações da corporação nas estradas com intuito de prejudicar o transporte de eleitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva Lula (PT) nas eleições do ano passado, visando influenciar no resultado do pleito de reeleição favorecendo a tentativa de reeleição de Jair Bolsonaro. 

No entanto, os parlamentares afirmam que Vasques "faltou com a verdade, mesmo estando sob juramento" e que dados do Ministério da Justiça contradizem o que ele falou à CPMI, uma vez que evidenciam a intensa atuação da PRF no Nordeste durante o primeiro e o segundo turno.  Ao comparecer ao Congresso, Vasques mencionou que a região teria ficado "em quarto lugar" em termos de prioridades. 

Ainda segundo a reportagem, Vieira e Érika defendem que a interceptação das ligações e das mensagens trocadas por Vasques durante o período eleitoral pode auxiliar na demonstração de se ele agiu sozinho ou não, na identificação da cadeia de comando por trás de suas decisões e na verificação de que ele teria manipulado os dados apresentados à CPMI, contradizendo a versão do Ministério da Justiça. 

Fonte: Brasil 247 com informações das coluna do jornalista Lauro Jardim no jornal O Globo

PF deflagra 13ª fase da Operação Lesa Pátria para identificar possível financiador do 8 de janeiro

 Policiais federais cumprem um mandado de busca e apreensão em São Paulo

(Foto: Marcelo Camargo/ABr)

Secom/Polícia Federal - A Polícia Federal deflagra, na manhã desta terça-feira (27), a décima terceira fase da Operação Lesa Pátria. O objetivo é identificar possível financiador dos atos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília/DF, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos por indivíduos que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas instituições.

É cumprido um mandado de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, em Itapetininga/SP.

Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

A Operação Lesa Pátria segue em curso, com atualizações periódicas.

Fonte: Brasil 247 com Secom/Polícia Federal

Temos que fazer a economia crescer, mas distribuir o crescimento para todos, diz Lula

 Presidente ainda prometeu conversar com Haddad e presidentes de bancos para discutir os juros do crédito consignado, que ele apontou como "muito altos"

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)

Reuters - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira que deseja fazer a economia brasileira crescer, mas que o crescimento deve ser distribuído por toda a sociedade e não privilegiar apenas os "donos do capital".

Durante live semanal em suas contas nas redes sociais, Lula ainda disse que conversará com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e presidentes de bancos para discutir a questão dos juros do crédito consignado, que ele apontou como "muito altos".

Fonte: Reuters

Coronel que trocou mensagens golpistas com Mauro Cid diz à CPMI que "não falou em golpe"

 'Afirmo que em nenhum momento falei sobre golpe, atentei contra a democracia ou quis prejudicar, destituir ou agredir qualquer uma das instituições', disse Jean Lawand Júnior

Coronel do Exército Jean Lawand Júnior depõe à CPMI dos Atos Golpistas (Foto: Reprodução/TV Senado)

O coronel do Exército Jean Lawand Júnior negou nesta terça-feira (27) em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas do dia 8 de janeiro, em Brasília, ter feito qualquer menção ou incentivo a um golpe de Estado. A Polícia Federal (PF) descobriu mensagens de Lawand no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, nas quais o coronel o incentivava a apoiar um golpe após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) Lula na eleição presidencial do ano passado.

"Afirmo aos senhores que em nenhum momento falei sobre golpe, atentei contra a democracia brasileira ou quis prejudicar, destituir ou agredir qualquer uma das instituições", disse Lawand. 

Ainda segundo ele, as mensagens trocadas com Mauro Cid eram de caráter privado. "Vou explicar o conteúdo de cada uma delas, mas, acima de tudo, é fundamental que considerem minha integridade, minha conduta como chefe de família, meu histórico como militar exemplar e meu desejo de promover o bem do Brasil." 

Após a divulgação das mensagens, o comandante do Exército, general Tomás Paiva, bloqueou a transferência de Lawand para os Estados Unidos, onde ele assumiria o cargo de adjunto do adido do Exército na Representação Diplomática do Brasil em Washington. A avaliação é de que ele deve permanecer no país para prestar possíveis esclarecimentos sobre o conteúdo das mensagens.

Durante o depoimento, o coronel teve a opção de permanecer em silêncio, mas afirmou estar à disposição para responder às perguntas dos parlamentares. Como testemunha, ele não é obrigado a fornecer provas contra si mesmo, conforme decidiu ontem o Supremo Tribunal Federal (STF).

Fonte: Brasil 247

Coronel flagrado em conversa golpista com Mauro Cid oferece quebra de sigilos à CPMI dos Atos Golpistas

 Jean Lawand Júnior ofereceu a quebra sigilos "bancário, telefônico e fiscal" após a relatora questionar sua ligação com um empresário suspeito de financiar os atos golpistas do 8/1

Coronel do Exército Jean Lawand Júnior depõe à CPMI dos Atos Golpistas (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

O coronel do Exército Jean Lawand Júnior, ofereceu a quebra dos seus sigilos “bancário, telefônico e fiscal” à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas do dia 8 de janeiro, em Brasília. Lawand foi convocado a depor na condição de testemunha após a Polícia Federal (PF) descobrir mensagens no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, nas quais o coronel o incentivava a apoiar um golpe após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial do ano passado.

A decisão de Lawand foi anunciada após a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), questionar se o militar conhecia uma pessoa identificada como Targino Bedim e se ele também conhecia a empresa Mcam Brasil. Após as negativas de Lawand, Eliziane questionou: “qual a razão do senhor utilizar o endereço desta empresa para dizer que era seu endereço?”.

Após a parlamentar fazer referência ao município de Atibaia (SP), Lawand disse que tem familiares que moram na cidade e que “sempre que carecia de algum endereço para alguma documentação que chegasse era a casa da minha mãe”. 

Eliziane voltou a insistir e lembrou que o empresário e sua filha, identificada como Roberta, constam como investigados em um inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os financiadores dos atos golpistas. Pouco depois, Lawand ofereceu a quebra dos sigilos em seu nome. 

Fonte: Brasil 247

PF cumpre mandado de busca e apreensão contra dono de rádio que era afiliada a Jovem Pan

 Empresário Milton de Oliveira Júnior admitiu em uma entrevista que financiou os atos golpistas do 8 de janeiro

Empresário Milton de Oliveira Júnior é alvo de mandado de busca e apreensão na 13ª fase da Operação Lesa Pátria (Foto: Reprodução)

A operação da Polícia Federal deflagrada nesta terça-feira (27) pela Polícia Federal (PF) tem entre os alvos de um mandado de busca e apreensão o empresário Milton de Oliveira Júnior, ligado a uma rádio em Itapetininga (SP) que já foi afiliada à emissora bolsonarista Jovem Pan. 

ação policial está sendo realizada no âmbito da 13ª fase da Operação Lesa Pátria, que visa identificar os possíveis financiadores dos atos golpistas do dia 8 de janeiro, quando militantes bolsonaristas e de extrema direita invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

De acordo com a coluna da jornalista Bela Megale, no jornal O Globo, Oliveira Júnior admitiu em uma entrevista ter financiado os atos golpistas do 8/1. As buscas estão sendo conduzidas em Itapetininga, no interior de São Paulo, e foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O celular de Oliveira Júnior está entre os itens apreendidos. 

Durante a entrevista em que comentou os atos golpistas, o empresário chegou a ironizar a possibilidade de ser preso devido à sua confissão. "Se eu tiver que ser preso por ter ajudado patriotas a irem para Brasília protestar contra um governo ilegítimo, então que assim seja. Não há nenhum problema. Devemos assumir os compromissos que fazemos. Não tenho medo da Justiça. Eu contribuí, deputada, e se a senhora quiser, posso enviar os recibos dos pagamentos por Pix pelo seu WhatsApp. Tudo está vinculado ao meu CPF", afirmou ele na ocasião. 

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista Bela Megale no jornal O Globo

Prévia da inflação, IPCA-15 desacelera para 0,04% em junho. Inflação em 12 meses recua para 3,40%

 Dado renova a pressão sobre o Banco Central por um corte na taxa básica de juros, atualmente em 13,75% ao ano

Roberto Campos Neto, Fernando Haddad e Lula (Foto: ABR)


Infomoney - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial do País, mostrou nova desaceleração, com uma variação de 0,04% em junho, informou nesta terça-feira (27) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em junho de 2022, o IPCA-15 tinha ficado em 0,69%.

O dado divulgado hoje ficou um pouco acima da estimativa dos analistas do mercado financeiro: o consenso Refinitiv apontava para inflação de 0,01% no mês.

Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 3,40%, abaixo portanto dos 4,07% observados nos 12 meses até abril. Para essa leitura, o consenso dos analistas estava em 3,39%.

O dado manteve a tendência de desaceleração no ano, após ter alcançado 0,76% em fevereiro, 0,69% em março, 0,57% em abril e 0,51% em maio.

Segundo o IBGE, seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram alta no mês de junho.

Fonte: Brasil 247 com informações do Infomoney

Ministro Raul Araújo pode tentar mudar rumo do julgamento de Bolsonaro no TSE

 Bolsonaristas contam com pedido de vista do ministro do Tribunal Superior Eleitoral

Raul Araújo (Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE)

A jornalista Malu Gaspar escreve em sua coluna no Globo que o ministro Raul Araújo do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), "conhecido por suas posições ideológicas alinhadas ao bolsonarismo" se tornou "a última esperança de Bolsonaro para interromper o julgamento que poderia torná-lo inelegível pelos próximos oito anos". A expectativa de Bolsonaro é que Araújo peça vista do processo, o que poderia beneficiá-lo ao adiar o desfecho do caso.

"As expectativas em relação a Araújo se baseiam no fato de que foi ele quem proibiu a manifestação política de artistas no Lollapalooza do ano passado, uma medida amplamente criticada por membros do TSE, que a interpretaram como censura. O Partido Liberal (PL) acionou o TSE após a cantora Pablo Vittar levantar uma bandeira com a imagem de Lula durante sua apresentação no festival. O caso despertou controvérsia e foi posteriormente arquivado", relembra a jornalista.

A jornalista pontua, no entanto, que há dúvidas sobre se Araújo atenderá novamente a um pedido de Bolsonaro. "O ministro pode estar relutante em se queimar com a opinião pública e seus colegas de plenário por um caso que parece já ter sido resolvido pela maioria dos ministros", escreve.

Mesmo que Araújo peça vista do processo, acredita-se que a solução será temporária. Membros do TSE duvidam que algum fato novo possa modificar a visão majoritária dos ministros pela condenação de Bolsonaro. 

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista Malu Gaspar no jornal O Globo

Banco Central divulga ata do Copom e aponta para início de redução "parcimoniosa" dos juros em agosto

 Ata informa que houve "divergência" no Copom "em torno do grau de sinalização em relação aos próximos passos"

(Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

O Banco Central divulgou nesta terça-feira (27) a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada na semana passada, e indica que em agosto, na próxima reunião do grupo, a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% atualmente, poderá ter um início de "processo parcimonioso" de redução.

"Nesse debate, observou-se divergência no Comitê em torno do grau de sinalização em relação aos próximos passos. A avaliação predominante foi de que a continuação do processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião. Outro grupo mostrou-se mais cauteloso, enfatizando que a dinâmica desinflacionária ainda reflete o recuo de componentes mais voláteis e que a incerteza sobre o hiato do produto gera dúvida sobre o impacto do aperto monetário até então implementado. Para esse grupo, é necessário observar maior reancoragem das expectativas longas e acumular mais evidências de desinflação nos componentes mais sensíveis ao ciclo. Entretanto, os membros do Comitê foram unânimes em concordar que os passos futuros da política monetária dependerão da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos", diz a taxa (leia a íntegra ao final da matéria).

Infomoney - Apesar de fatores benignos contribuírem para dinâmica interna da inflação corrente no Brasil, o processo desinflacionário no País ainda está em um estágio que demanda serenidade e paciência na condução da política monetária. As expectativas de inflação seguem desancoradas das metas definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), embora tenha ocorrido uma pequena diminuição da desancoragem na margem.

Esses foram os principais motivos que levaram o Comitê de Política Monetária (Copom) a decidir pela manutenção da taxa de juros em 13,75% na reunião realizada nos últimos dias 20 e 21 de junho, de acordo com a Ata do encontro divulgada nesta terça-feira.

O Comitê destacou em sua análise que, com a elevação de expectativas, há uma maior pressão para elevação de preços no período corrente e o processo inflacionário é alimentado por essas expectativas. Também foi ressaltado que a ancoragem de expectativas é um elemento essencial para a estabilidade de preços.

“Nesse contexto, o Comitê reforça que decisões que induzam à reancoragem das expectativas e que elevem a confiança nas metas de inflação contribuiriam para um processo desinflacionário mais célere e menos custoso, permitindo flexibilização monetária”, diz a Ata.

Para o Copom, a conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento e por expectativas de inflação desancoradas, segue portanto demandando cautela e parcimônia.

“O Copom conduzirá a política monetária necessária para o cumprimento das metas e avalia que a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado tem se mostrado adequada para assegurar a convergência da inflação”, diz o documento do BC.

O Comitê reforçou na Ata que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas.

O Copom avalia repetiu a conjuntura demanda paciência e serenidade na condução da política monetária e relembrou que os passos futuros da política monetária “dependerão da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.”

Na avaliação do balanço de riscos, o Copom disse que não houve grande alteração no cenário prospectivo do hiato do produto desde sua última reunião, no qual se projeta lenta abertura do hiato.

Na reunião, houve um debate sobre a resiliência da atividade econômica no primeiro trimestre, mas a visão do Comitê segue de que o crescimento foi puxado pelo setor agropecuário e que os demais setores devem apresentar crescimento modesto ao longo do ano.

“Com relação à inflação de serviços e aos núcleos de inflação, nota-se movimento lento de desaceleração em linha com o processo não linear projetado pelo Comitê. Além disso, as expectativas de inflação apresentaram algum recuo, mas seguem desancoradas, em parte em função do questionamento sobre uma possível alteração das metas de inflação futuras”, disse a Ata.

“O Comitê avalia que decisões que reancorem as expectativas podem levar a uma desinflação mais célere. As projeções de inflação do Copom se reduziram, especialmente, no horizonte relevante, em boa medida como função da redução das expectativas de inflação. Por fim, no balanço de riscos, o Comitê avalia que a incerteza sobre o desenho final do arcabouço fiscal é residual. Além disso, notou que parte do risco para baixo advindo do preço de commodities já tem se materializado no período recente.”

A) Atualização da conjuntura econômica e do cenário do Copom

1. O ambiente externo se mantém adverso. Apesar da atenuação do estresse envolvendo bancos nos EUA e na Europa e do limitado contágio sobre as condições financeiras até o momento, a situação segue requerendo monitoramento. Nota-se, entretanto, um aperto nos mercados de crédito nos EUA com impactos ainda incertos, mas com viés negativo para o crescimento.

2. Em paralelo, os bancos centrais das principais economias seguem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas, em um ambiente em que a inflação se mostra resiliente. Em diversos países, as leituras de inflação recentes apontam para alguma estabilização dos núcleos de inflação em patamares superiores às suas metas e reforçam o caráter persistente do atual processo inflacionário. Além disso, no período recente, notou-se a retomada do ciclo de elevação de juros em algumas economias e a sinalização majoritária de um período prolongado de juros elevados para combater as pressões inflacionárias, o que demanda maior cautela na condução das políticas econômicas também por parte de países emergentes.

3. No âmbito doméstico, o conjunto de indicadores recentes sugere um cenário de desaceleração gradual. A divulgação do PIB referente ao primeiro trimestre de 2023 surpreendeu positivamente, com grande parte da contribuição de tal surpresa no desempenho da agropecuária, porém com menor dinamismo nos setores mais cíclicos da economia. O mercado de trabalho, que surpreendeu positivamente ao longo de 2022, tem apresentado certa resiliência, com aumento líquido nos postos de trabalho e relativa estabilidade na taxa de desemprego. Observou-se, entretanto, redução na taxa de participação.

4. A inflação ao consumidor se reduziu no período recente, com destaque para as dinâmicas em bens industriais e alimentos. Os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária, que apresentam maior inércia inflacionária, apresentaram uma incipiente melhora, mas mantêm-se acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação. As expectativas de inflação para 2023 e 2024 apuradas pela pesquisa recuaram e encontram-se em torno de 5,1% e 4,0%, respectivamente.

B) Cenários e análise de riscos

5. No cenário de referência, a trajetória para a taxa de juros é extraída da pesquisa Focus e a taxa de câmbio parte de USD/BRL 4,852, evoluindo segundo a paridade do poder de compra (PPC). O preço do petróleo segue aproximadamente a curva futura pelos próximos seis meses e passa a aumentar 2% ao ano posteriormente. Além disso, adota-se a hipótese de bandeira tarifária “verde” em dezembro de 2023 e de 2024. Nesse cenário, as projeções de inflação do Copom situam-se em 5,0% para 2023 e 3,4% para 2024. As projeções para a inflação de preços administrados são de 9,0% para 2023 e 4,6% para 2024.

6. Em seguimento ao amplo debate e acúmulo de evidência ao longo das últimas reuniões, o Comitê optou por elevar a estimativa de taxa de juros real neutra de 4,0% a.a. para 4,5%. Os membros avaliaram os diferentes fatores que justificam uma elevação e convergiram na conclusão de que houve uma elevação da taxa neutra. Dentre os fatores citados que apoiam a elevação da taxa neutra, citou-se uma possível elevação das taxas de juros neutras nas principais economias, a resiliência na atividade brasileira concomitante a um processo desinflacionário lento, assim como a análise de modelos auxiliares que incorporam diferentes metodologias.

7. O Comitê avalia que a conjuntura internacional se mostra um pouco mais benigna para o processo inflacionário no Brasil, mas o baixo grau de ociosidade do mercado de trabalho em algumas economias e a inflação corrente persistentemente elevada e disseminada no setor de serviços sugerem que pressões inflacionárias devem demorar a se dissipar. No entanto, foram elencados alguns fatores que podem reduzir as pressões inflacionárias externas. Dentre esses, em primeiro lugar, destaca-se a determinação dos bancos centrais com o controle da inflação, através da manutenção do aperto de condições financeiras por período mais prolongado. Tal determinação, ainda que com possível impacto sobre preços de ativos domésticos no curto prazo, aliada a uma desaceleração do crédito nas principais economias, contribui para um processo desinflacionário global mais crível e duradouro. Além disso, a dinâmica recente da taxa de câmbio e do preço das commodities internacionais, ainda que com maior volatilidade, também contribui para arrefecer as pressões internacionais.

8. Os dados de atividade no Brasil, em particular a divulgação do crescimento do PIB referente ao primeiro trimestre de 2023, seguem indicando desaceleração nos setores mais sensíveis ao ciclo econômico. Nota-se um ritmo de crescimento moderado na margem, com exceção do forte crescimento do setor agropecuário. De todo modo, antecipa-se que, passado esse maior crescimento da agropecuária no primeiro trimestre, em função da sazonalidade da safra, o processo de moderação do crescimento nos setores mais cíclicos da economia se aprofundará ao logo dos trimestres seguintes.

9. O Comitê debateu os dados recentes do mercado de trabalho. Por um lado, os dados de emprego formal demonstraram continuidade no aumento do emprego no período mais recente. Por outro lado, nota-se que a taxa de desemprego se mantém relativamente estável, mas com menor taxa de participação em relação ao período pré- pandemia. Houve uma discussão sobre os possíveis motivos para a queda da taxa de participação, avaliando se tal movimento deve ser lido como estrutural ou conjuntural, o que acarretaria diferentes impactos sobre a taxa de participação vigente no longo prazo. Alguns membros observaram que avança o movimento de recomposição parcial das perdas nos salários reais ocorridas anteriormente. Esse movimento é esperado e vem acompanhado de desaceleração nos ganhos nominais, o que deve se acentuar à frente.

10. O Comitê avalia que a dinâmica da desinflação segue caracterizada por um processo com dois estágios distintos. No primeiro estágio, já encerrado, a velocidade de desinflação foi maior, com maior efeito sobre preços administrados e efeito indireto nos preços livres através de menor inércia. No segundo estágio, que se observa atualmente, a velocidade de desinflação é menor e os núcleos de inflação, que respondem mais à demanda agregada e à política de juros, se reduzem em menor velocidade, respondendo ao hiato do produto e às expectativas de inflação futura. O Comitê reafirma que o processo desinflacionário em seu atual estágio demanda serenidade e paciência na condução da política monetária para garantir a convergência da inflação para suas metas.

11. Ainda na discussão sobre o comportamento inflacionário, enfatizou-se o comportamento benigno recente nos preços de atacado, tanto na parte de alimentos quanto na parte de industriais. Na parte de alimentos, questões logísticas, conjuntamente com clima favorável e uma boa safra, contribuíram para uma revisão nas perspectivas dos preços de alimentos para 2023 e, em menor medida, para 2024. Para 2024, no entanto, destaca-se a incerteza quanto ao impacto do fenômeno El Niño. No que se refere a bens industriais, os preços ao atacado, assim como a normalização das cadeias de suprimento, também levaram a uma revisão na dinâmica de tais setores. O Comitê avalia que a consolidação de tais dinâmicas contribui para o processo desinflacionário e deve ter algum impacto indireto nos demais itens. Em termos de trajetória de inflação ao consumidor ao longo de 2023, ressalta-se que se espera continuidade da queda na inflação acumulada em doze meses ao longo deste segundo trimestre em função do efeito base do ano anterior. Para o segundo semestre de 2023, entretanto, espera-se uma maior inflação acumulada em doze meses, como consequência da exclusão, nesse indicador, do efeito das medidas tributárias que reduziram o nível de preços no terceiro trimestre de 2022 e da manutenção dos efeitos das medidas tributárias deste ano. O Copom enfatiza que também seguirá acompanhando a dinâmica inflacionária em medidas de inflação subjacente, que melhor refletem a tendência da inflação corrente assim como suas perspectivas futuras.

12. As expectativas de inflação seguem desancoradas das metas definidas pelo Conselho Monetário Nacional, tendo havido uma pequena diminuição da desancoragem na margem. O Comitê segue avaliando que expectativas desancoradas elevam o custo de trazer a inflação de volta à meta. Ressaltou-se novamente que o comportamento das expectativas é um aspecto fundamental do processo inflacionário, uma vez que serve de guia para a definição de reajustes de preços e salários presentes e futuros. Assim, com a elevação de expectativas, há uma maior pressão para elevação de preços no período corrente e o processo inflacionário é alimentado por essas expectativas. Também foi ressaltado que a ancoragem de expectativas é um elemento essencial para a estabilidade de preços. Nesse contexto, o Comitê reforça que decisões que induzam à reancoragem das expectativas e que elevem a confiança nas metas de inflação contribuiriam para um processo desinflacionário mais célere e menos custoso, permitindo flexibilização monetária.

13. O cenário de concessão de crédito doméstico mostra-se compatível com o atual estágio do ciclo de política monetária. O Comitê antecipa uma moderação na concessão do crédito ao longo dos próximos meses, mas em linha com o que se observou em ciclos anteriores de aperto de política monetária. O Comitê reforça que o Banco Central possui os instrumentos de liquidez apropriados e necessários, ligados à política macroprudencial, para tratar de fricções relevantes localizadas no sistema, caso ocorram.

14. O Comitê discutiu também os impactos do cenário fiscal sobre a inflação e avalia que a apresentação e a tramitação do arcabouço fiscal reduziram substancialmente a incerteza em torno do risco fiscal. Permanecem desafios para o cumprimento das metas estipuladas para o resultado primário, ainda que, na discussão do Comitê, tenha se enfatizado o comprometimento e a apresentação de medidas para a consecução de tais resultados. O Copom novamente enfatizou que não há relação mecânica entre a convergência de inflação e a aprovação do arcabouço fiscal, uma vez que a trajetória de inflação segue condicional à reação das expectativas de inflação e das condições financeiras.

15. O Comitê ressalta que, em seus cenários para a inflação, permanecem fatores de risco em ambas as direções. Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se (i) uma maior persistência das pressões inflacionárias globais; (ii) alguma incerteza residual sobre o desenho final do arcabouço fiscal a ser aprovado pelo Congresso Nacional e, de forma mais relevante para a condução da política monetária, seus impactos sobre as expectativas para as trajetórias da dívida pública e da inflação, e sobre os ativos de risco; e (iii) uma desancoragem maior, ou mais duradoura, das expectativas de inflação para prazos mais longos. Entre os riscos de baixa, ressaltam-se (i) uma queda adicional dos preços das commodities internacionais em moeda local, ainda que parte importante desse movimento já tenha sido verificado; (ii) uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada, em particular em função de condições adversas no sistema financeiro global; e (iii) uma desaceleração na concessão doméstica de crédito maior do que seria compatível com o atual estágio do ciclo de política monetária.

C) Discussão sobre a condução da política monetária

16. O Copom passou então à discussão da condução da política monetária, considerando o conjunto de projeções analisado, assim como o balanço de riscos para a inflação prospectiva.

17. O Comitê avalia que a conjuntura, marcada por expectativas desancoradas para prazos mais longos e caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento, requer parcimônia e cautela na condução da política monetária.

18. O Comitê unanimemente avalia que flexibilizações do grau de aperto monetário exigem confiança na trajetória do processo de desinflação, uma vez que flexibilizações prematuras podem ensejar reacelerações do processo inflacionário e, consequentemente, levar a uma reversão do próprio processo de relaxamento monetário. A materialização desse tipo de cenário pode impactar negativamente não apenas a credibilidade da política monetária, mas também as condições financeiras.

19. Nesse debate, observou-se divergência no Comitê em torno do grau de sinalização em relação aos próximos passos. A avaliação predominante foi de que a continuação do processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião. Outro grupo mostrou-se mais cauteloso, enfatizando que a dinâmica desinflacionária ainda reflete o recuo de componentes mais voláteis e que a incerteza sobre o hiato do produto gera dúvida sobre o impacto do aperto monetário até então implementado. Para esse grupo, é necessário observar maior reancoragem das expectativas longas e acumular mais evidências de desinflação nos componentes mais sensíveis ao ciclo. Entretanto, os membros do Comitê foram unânimes em concordar que os passos futuros da política monetária dependerão da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.

20. Seguindo a análise usual, o Comitê debateu os diferentes determinantes que impactam a condução da política monetária. Enumerando os determinantes analisados na reunião, não houve grande alteração no cenário prospectivo do hiato do produto, em que se projeta lenta abertura do hiato. Houve um debate sobre a resiliência da atividade econômica no primeiro trimestre, mas a visão do Comitê segue de que o crescimento foi puxado pelo setor agropecuário e que os demais setores devem apresentar crescimento modesto ao longo do ano. Com relação à inflação de serviços e aos núcleos de inflação, nota-se movimento lento de desaceleração em linha com o processo não linear projetado pelo Comitê. Além disso, as expectativas de inflação apresentaram algum recuo, mas seguem desancoradas, em parte em função do questionamento sobre uma possível alteração das metas de inflação futuras. O Comitê avalia que decisões que reancorem as expectativas podem levar a uma desinflação mais célere. As projeções de inflação do Copom se reduziram, especialmente, no horizonte relevante, em boa medida como função da redução das expectativas de inflação. Por fim, no balanço de riscos, o Comitê avalia que a incerteza sobre o desenho final do arcabouço fiscal é residual. Além disso, notou que parte do risco para baixo advindo do preço de commodities já tem se materializado no período recente.

D) Decisão de política monetária

21. Considerando os cenários avaliados, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu manter a taxa básica de juros em 13,75% a.a. e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego.

22. A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento e por expectativas de inflação desancoradas, segue demandando cautela e parcimônia. O Copom conduzirá a política monetária necessária para o cumprimento das metas e avalia que a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado tem se mostrado adequada para assegurar a convergência da inflação. O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas. O Comitê avalia que a conjuntura demanda paciência e serenidade na condução da política monetária e relembra que os passos futuros da política monetária dependerão da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.

23. Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Fernanda Magalhães Rumenos Guardado, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso, Paulo Sérgio Neves de Souza e Renato Dias de Brito Gomes.

Fonte: Brasil 247 com informações do Infomoney

Marcos do Val apresenta atestado para não prestar depoimento à Polícia Federal

 Do Val é alvo de apuração por possível obstrução de investigações, vazamento de informações sigilosas, envolvimento em associação criminosa e tentativa de golpe de estado

Marcos do Val (Foto: Agência Senado)

A Polícia Federal (PF) notificou o senador Marcos do Val (Podemos-ES) para prestar esclarecimentos em uma investigação em curso. No entanto, o parlamentar apresentou um atestado médico - com validade até outubro - como justificativa para evitar o interrogatório, informa Andréia Sadi, do g1. O documento encaminhado à PF foi o mesmo utilizado por Do Val para solicitar seu afastamento do cargo de senador, por recomendação médica, em 20 de junho.

Do Val se tornou alvo de uma operação conduzida pela Polícia Federal que visa apurar possível obstrução de investigações, vazamento de informações sigilosas, envolvimento em associação criminosa e tentativa de subverter o Estado, relacionada aos eventos golpistas ocorridos em 8 de janeiro.

A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a obrigatoriedade de Marcos do Val prestar depoimento. Contudo, no dia da operação, o senador declarou que não compareceria para ser interrogado pela PF. Como parlamentar, ele possui o direito de escolher a data do depoimento, porém essa prerrogativa não foi exercida.

Fonte: Brasil 247 com informações do g1

"Imbecil", diz Bolsonaro sobre seu apoiador que tentou explodir aeroporto de Brasília

 Em entrevista, Jair Bolsonaro tenta se distanciar de George Washington, um dos principais terroristas do 8 de janeiro

Jair Bolsonaro e o terrorista bolsonarista George Washington (Foto: ABR | Reprodução)

Na entrevista concedida à jornalista Mônica Bergamo, o ex-presidente Jair Bolsonaro também tentou se distanciar do terrorista George Washington, que foi preso após planejar um atentado que visava explodir o aeroporto de Brasília, antes da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Aquele é um imbecil. Ninguém apoia um negócio daqueles. Ninguém apoia entrar lá para depredar patrimônio público", afirmou.

"No Brasil o golpe foi de senhorinhas com uma Bíblia debaixo do braço. De senhorzinhos com a bandeira do Brasil nas costas", acrescentou Bolsonaro. Na mesma entrevista, ele propagou informações falsas, dizendo que os ataques teriam sido feitos por supostos infiltrados ligados ao atual governo.

Fonte: Brasil 247

Cassação de Moro é dada quase como certa; Gleisi deverá disputar vaga aberta no senado

 A candidatura de Gleisi ocorreria em um cenário de determinação, pela Justiça Eleitoral, de nova eleição para o posto de Moro

Sérgio Moro e Gleisi Hoffmann (Foto: Reprodução)

Caso o ex-juiz suspeito e atual senador Sergio Moro (União-PR) seja de fato cassado pela Justiça Eleitoral, algo que é projetado como quase certo por analistas, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) deve se confirmar como candidata ao Senado, informa a colunista Bela Megale do jornal O Globo.

A candidatura de Gleisi ocorreria em um cenário de determinação, pela Justiça Eleitoral, de nova eleição para o posto de Moro. Tal situação já foi vista no caso da ex-senadora Selma Arruda (conhecida como 'Moro de Saias'), do Mato Grosso, cassada em 2019 por abuso de poder econômico.

As denúncias que pesam contra Moro-  O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) decidiu unir as duas ações de investigação movidas pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e pelo Partido Liberal (PL) contra o ex-juiz parcial e hoje senador Sergio Moro (União Brasil-PR), a partir de agora.

O desembargador Mario Helton Jorge assinou a decisão nesta terça-feira (13), também permitindo a produção de provas testemunhais nos processos. Mais de dez testemunhas serão ouvidas, informa a Folha de S. Paulo

As ações, que possuem conteúdo semelhante, foram movidas pelo PL do Paraná e pela federação formada por PT, PV e PCdoB.  têm como foco principal os gastos realizados por Moro durante seu período de pré-campanha, quando ele cogitava uma candidatura ao Palácio do Planalto e era filiado ao Podemos. Moro se filiou ao partido em 2021 com o intuito de concorrer à presidência. No entanto, próximo ao prazo final para trocas partidárias, em 2022, ele deixou o Podemos e se filiou ao União Brasil. Dentro da nova legenda, ele não conseguiu espaço para manter sua candidatura. 

Agora, os partidos opositores alegam que os gastos de pré-campanha, inicialmente destinados à disputa presidencial, se tornaram "desproporcionais" e "suprimiram as chances dos demais concorrentes" ao Senado no Paraná.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna de Bela Megale no jornal O Globo