terça-feira, 27 de junho de 2023

CPMI do 8 de janeiro ouve coronel que sugeriu golpe a Mauro Cid nesta terça

Coronel Jean Lawand Junior. (Foto: Reprodução)

 Nesta terça-feira (27), a CPMI do 8 de Janeiro vai ouvir o depoimento do coronel Jean Lawand Júnior, que apareceu em mensagens defendendo, junto a Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que as Forças Armadas promovessem um golpe após a vitória de Lula no ano passado.

“Cidão, pelo amor de Deus, cara. Ele dê a ordem, que o povo está com ele, cara. Se os caras não cumprirem, o problema é deles. Acaba o Exército Brasileiro se esses cara não cumprirem a ordem do… do comandante supremo. Como é que eu vou aceitar uma ordem de um general, que não recebeu, que não aceitou a ordem do comandante. Pelo amor de Deus, Cidão. Pelo amor de Deus, faz alguma coisa, cara. Convence ele a fazer. Ele não pode recuar agora”, disse Lawand na ocasião.

Ao Supremo Tribunal Federal (STF), o militar pediu um habeas corpus e o direito de permanecer em silêncio durante todo o depoimento. A relatora do caso, ministra Carmen Lúcia, atendeu parcialmente a solicitação. Manteve a obrigatoriedade da convocação, mas autorizou o militar a ficar em silêncio.

Além da relação de Lawand com Mauro Cid e o ex-chefe de estado brasileiro, a base do governo também quer aproveitar o depoimento para entender melhor a ligação do militar com o acampamento bolsonarista que se instalou no Quartel General do Exército, em Brasília, logo após a derrota de Bolsonaro na eleição.

Fonte: DCM

Bolsonaro diz ter "bala de prata" para não ficar fora da política e evita indicar Tarcísio ou Michelle como sucessores

 Ex-presidente também afirmou que poderá se tornar garoto-propaganda para a venda de imóveis, após estimular o golpe frustrado de 8 de janeiro

Jair Bolsoanro e ato golpista em Brasília (Foto: REUTERS/Carla Carniel | Joédson Alves/Agencia Brasil)

O ex-presidente Jair Bolsonaro concedeu uma entrevista à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, em que falou pela primeira vez sobre sua provável inelegibilidade e seu futuro político. "Eu não vou me desesperar. O que que eu posso fazer?", questionou Bolsonaro, sinalizando certo conformismo com a condenação.

Entretanto, ele negou que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro possa vir a ser sua sucessora. "O que eu converso com a Michelle é que ela não tem experiência. Para ser prefeito de cidade pequena já não é fácil. Lidar com 594 parlamentares não é fácil também. Eu acredito que ela não tem experiência para isso", afirmou.

Sobre o governador paulista Tarcísio de Freitas, ele também foi evasivo. "Teria que conversar com ele", afirmou. Em seguida, sinalizou que tem planos de não desistir de concorrer à presidência. "Eu tenho a bala de prata, mas não vou te dizer, para você não ficar perturbando, no bom sentido. Eu tenho a bala de prata, mas não vou revelar", afirmou.

Em outro ponto da entrevista, ele falou que pode morar nos Estados Unidos. "Eu tenho um convite para trabalhar nos Estados Unidos. Lá vivem, eu calculo, 1.4 milhões de brasileiros. Não sei o número exato. Fui convidado para ser garoto propaganda lá. De venda de imóveis", afirmou.

Fonte: Brasil 247 com Folha de S. Paulo

APUCARANA: Câmara encerra semestre legislativo com plenário lotado

 


Com plenário lotado, a Câmara Municipal de Apucarana realizou ontem a última sessão ordinária deste semestre antes do recesso parlamentar que acontece durante todo mês de julho.  Na oportunidade os vereadores aprovaram quatro projetos de lei e três requerimentos constantes da pauta.

Os projetos de lei 56/2023  e o projeto de lei 58/2023 foram aprovados em segundo turno e os outros dois 57/2023 e 59/2023  foram aprovados em primeiro turno de votação.

O quinto projeto de lei constante da pauta, de nº 60/2023  foi retirado de pauta atendendo pedido de vistas do vereador Franciley Preto Godoy, o Poim.

Além dos projetos de leis, a Câmara aprovou em turno único, os requerimentos 78/2023, 79/2023 e 81/2023 . O requerimento 80/2023 foi retirado de pauta motivado por pedido de vista do vereador Lucas Leugi.


Presidente convoca extraordinária


Logo após o encerramento da sessáo ordinária, o presidente Luciano Molina (PL) convocou os vereadores para sessões extraordinárias para esta terça-feira. A primeira reunião acontece às 16 horas e a segunda logo após às 16h40.

Na pauta, os vereadores vão apreciar três matérias do Executivo, além do projeto de lei e do requerimento que tiveram pedido de vistas durante a sessão ordinária realizada ontem.

Projetos de lei do Executivo:

1 - Projeto de Lei nº 57 de 2023, de do Executivo Municipal, dispõe sobre a concessão de transferência voluntária de recursos para o Projeto Renascer, no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), como especifica.

2 - Projeto de Lei nº 59 de 2023, de autoria do Executivo Municipal, dispõe sobre a concessão de transferência voluntária de recursos para a Residência Inclusiva Casa do Dodô, no valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), para o atendimento ao Projeto "Construindo Novos Caminhos".  

4 - Projeto de Lei nº 63 de 2023, de autoria do Executivo Municipal, altera o Quadro Financeiro do Anexo Ili/ A - Grupo Ocupacional ACS/GE instituído pela Lei Municipal nº 063, de 15 de julho de 2022 na Lei Municipal nº 068, de 15 de agosto de 1997, que fixa o piso salarial dos Agentes Comunitários de Saúde - ACS e dos Guardas de Endemias - GE do Município de Apucarana, como especifica

 

 


segunda-feira, 26 de junho de 2023

"Ação da Polícia Militar sempre foi limitada pelas Forças Armadas”, diz ex-chefe da PMDF na CPMI do 8 de janeiro

 Depoimento aponta que a PMDF foi impedida de atuar no acampamento montado em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília

Jorge Eduardo Naime 26/6/23 (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

As Forças Armadas foram a principal instituição responsável pelo esvaziamento das iniciativas para desmobilizar o acampamento de manifestantes bolsonaristas insatisfeitos com o resultado das eleições 2022, disse o ex-chefe do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Jorge Eduardo Naime, em depoimento prestado nesta segunda-feira (26) à CPI dos atos golpistas no Congresso Nacional. Ele está preso devido à suspeita de negligência em sua atuação nos atos golpistas. 

“A ação da Polícia Militar sempre foi limitada pelas Forças Armadas”, disse Naime. Ele alega que as forças policiais não conseguiam atuar no acampamento montado em frente ao Quartel General do Exército. “Sempre estive no acampamentos serviço, sempre no sentido de ter mais informações, pois estava preocupado com a posse no dia 1º de janeiro”, alegou. O coronel disse ainda haver preocupação com o risco de identificação dos seus agentes no acampamento.

Naime relatou à CPI que um soldado do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) chegou perto de o agredir em dezembro do ano passado. O militar disse que tentou se aproximar de manifestantes bolsonaristas que se concentravam no Palácio da Alvorada, mas foi impedido pela pasta, que na época respondia ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Naime disse que agentes da Polícia Militar o informavam sobre reuniões feitas pelo acampamento bolsonarista, que foi instalado no Quartel General do Exército, em Brasília, e pregava um golpe contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. "Eu me desloquei pessoalmente para o Palácio da Alvorada, para eu poder ver o ânimus daquele grupo, já era depois do dia 12 (de dezembro). Eu me desloquei para ver o que estava acontecendo e acessei a área que todas as pessoas estavam acessando. Estava devidamente fardado, com viatura caracterizada, acompanhado de um patrulheiro. Fui impedido pelo GSI de entrar, um soldado do GSI chegou quase a me agredir, tocou em mim, bateu no meu peito. Já veio de imediato uma equipe do GSI acompanhada de vários manifestantes, que proferiram várias palavras de baixo calão contra minha pessoa", afirmou.

Durante o dia, o coronel obteve autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para permanecer em silêncio em relação a questões que podem levá-lo à autoincriminação. Ele também apresentou um atestado de depressão, buscando ser dispensado de comparecimento à comissão. No entanto, a secretaria do colegiado solicitou uma reavaliação do laudo pela junta médica do Senado Federal.

Fonte: Brasil 247

Base de Lula encontra um caminho para demitir Campos Neto do Banco Central

 A ideia é usar um processo no Tribunal de Contas da União, que aponta inconsistências contábeis no BC – o que justificaria sua saída

Lula rebate presidente do BC: "Esse maluco sabe o que está acontecendo com o povo? É tempo de guerra" (Foto: ABr)

Parlamentares aliados do presidente Lula no Congresso estão analisando a possibilidade de utilizar um processo no Tribunal de Contas da União (TCU) contra o Banco Central para pressionar a saída de Roberto Campos Neto, presidente da instituição, caso ele continue se opondo à redução da taxa básica de juros (Selic), segundo informa o jornalista Julio Wiziack, na coluna Painel S.A.. O TCU é o órgão responsável por fiscalizar as atividades do governo federal no âmbito do Congresso. Sua missão é garantir a transparência nas contas, finanças, orçamento e patrimônio dos órgãos e entidades públicas do país.

O processo em questão remonta a 2019, primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro, e investiga alegadas inconsistências contábeis de R$ 1 trilhão apontadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) no balanço do Banco Central naquele ano. Após realizar diligências, os auditores do TCU concluíram que "os demonstrativos não refletem adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a situação patrimonial, o resultado financeiro e os fluxos de caixa do BC". Essas informações constam em um relatório obtido pela coluna.

O presidente Lula e outros integrantes do governo têm criticado veementemente o presidente do Banco Central por manter a taxa Selic em 13,75% ao ano, mesmo com a queda da inflação. Campos Neto lidera o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, responsável por definir a taxa básica da economia, e tem resistido a adotar uma postura racional, coerente com os dados da economia.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna Painel S. A.

José Paulo Kupfer: IPCA-15 antecipará deflação em junho e deixará Banco Central com cara de tacho

 Confira algumas estatísticas que pressionam o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a baixar os juros, atualmente em 13,75%

Supermercado, José Paulo Kupfer (de óculos) e Roberto Campos Neto (Foto: ABR | Reprodução)


O jornalista José Paulo Kupfer afirma nesta segunda-feira (26) que, "prevista para ser divulgada nesta terça-feira (27), a inflação de junho, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) "marcará o ponto mais baixo da variação de preços em 2023", caso sejam confirmadas as estimativas. "A maioria das previsões aponta ligeiro recuo, com variação negativa do índice, em relação a maio", diz em coluna publicada no portal Uol

"Nas estimativas de Fabio Romão, economista da influente LCA Consultoria, com longa experiência em acompanhamento de preços, o IPCA-15 de junho registrará desinflação de 0,07% sobre maio. Com esse resultado, descerá a 3,28%, no acumulado em 12 meses, alcançando o centro da meta para 2023, de 3,25%. Desde março deste ano, o IPCA, em 12 meses, se acomoda dentro do intervalo de tolerância do sistema de metas, que aceita variação de 1,75% a 4,75%. Mas, atingir o centro da meta é uma novidade que não acontecia desde outubro de 2020, em plena pandemia, quando a inflação ficou em 3,92% para um centro da meta de 4%", diz. 

"A marcha benigna da inflação em 2023 está deixando o presidente e os diretores do Banco Central, que decidem o nível da taxa básica de juros (taxa Selic), no Copom (Comitê de Política Monetária), com cara de tacho. Apesar da resistência do BC em apontar o caminho de recuo nos juros, em sua comunicação com o mercado, os analistas insistem em manter previsões de cortes a curto prazo", acrescenta.

Fonte: Brasil 247 com informações do portal UOL

Rogério Correia: coronel Naime confirma na CPI que acampamentos bolsonaristas eram centros de planejamento golpista

 Em depoimento, Naime confirmou que as inteligências do Exército, do GSI e da Polícia Militar estavam cientes das intenções de invasão pelos bolsonaristas acampados

Rogério Correia e coronel Naime (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | Reprodução | Joédson Alves/Agencia Brasil)

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG), ao comentar o depoimento do coronel Jorge Eduardo Naime na CPMI dos Atos Golpistas, afirmou que o ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) confirmou que acampamentos bolsonaristas eram "centros de planejamento golpista".

"O Cel. Naime, ex-chefe de operações da PMDF, está contando com todas as letras que acampamentos bolsonaristas eram centros de planejamento golpista, cometimento de crimes e que até estupros aconteciam lá dentro. Isso tudo na porta do Exército, debaixo do nariz deles!", escreveu Correia em seu Twitter.

Durante seu depoimento, Naime confirmou que os departamentos de inteligência do Exército, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e da Polícia Militar estavam cientes das intenções de invasão pelos bolsonaristas acampados: "o que eu tenho de informação é que existiam, dentro desse acampamento, várias pessoas que subiam em carro de som, que faziam incitações e chamamentos [para uma invasão golpista]. E isso tudo era monitorado por toda a inteligência que estava ali, tanto do Exército, quanto a inteligência do próprio GSI e da PM. Mas a gente tinha nossas ações limitadas ali naquele território". 

Em seu twitter, o deputado Correia acrescentou: "tá provado: os acampamentos serviram de encubadora de golpismo. Foi nesse local que planejaram as invasão ao prédio da PF em 12 de dezembro, a bomba no aeroporto de Brasília no dia 24 de dezembro e o quebra-quebra no dia 8 de janeiro".


 Fonte: Brasil 247

Câmara informa prejuízo de R$ 2,7 milhões com invasão bolsonarista do 8 de janeiro

 A maior parte desse montante (R$ 1,4 milhão) foi gasta para o reparo de bens do acervo cultural da Câmara

8 de janeiro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Câmara dos Deputados informou nesta segunda-feira (26) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro que registrou um prejuízo de mais de R$ 2,7 milhões para reparar os danos causados pelos terroristas bolsonaristas. 

Segundo informações do portal UOL, a maior parte desse montante (R$ 1,4 milhão) foi gasta para o reparo de bens do acervo cultural da Câmara. No total, 68 itens como pinturas, esculturas e painéis precisaram ser  reparados. 

Mais R$ 1,2 milhão foi gasto com substituição e manutenção de itens da estrutura do edifício-sede da Casa. O furto e a destruição de objetos como computadores, aparelhos telefônicos, monitores, capacetes e máscaras contra gases também custaram R$ 74,3 mil aos cofres da Câmara. Há ainda impressoras, fones de ouvido, HDs externos, microfones e leitores de cartões de memória que estão desaparecidos, que somam aproximadamente de R$ 32 mil.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Coronel Naime diz à CPI do 8/1 que "quase foi agredido" por soldado do GSI de Bolsonaro

 O PM Jorge Naime declarou que os líderes dos ataques do dia 12 de dezembro não estavam acampados no QG do Exército, mas sim hospedados no setor hoteleiro da capital federal

Ex-chefe do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Jorge Eduardo Naime depõe à CPI dos Atos Golpistas (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

O coronel Jorge Eduardo Naime presta depoimento à CPI dos Atos Golpistas de 8 de janeiro nesta segunda-feira (26). Naime era comandante do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) e está preso devido à suspeita de negligência em sua atuação nos atos golpistas.

Naime relatou à CPI que um soldado do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) chegou perto de o agredir em dezembro do ano passado. O militar disse que tentou se aproximar de manifestantes bolsonaristas que se concentravam no Palácio da Alvorada, mas foi impedido pela pasta, que na época respondia ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Naime disse que agentes da Polícia Militar o informavam sobre reuniões feitas pelo acampamento bolsonarista, que foi instalado no Quartel General do Exército, em Brasília, e pregava um golpe contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. "Eu me desloquei pessoalmente para o Palácio da Alvorada, para eu poder ver o ânimus daquele grupo, já era depois do dia 12 (de dezembro). Eu me desloquei para ver o que estava acontecendo e acessei a área que todas as pessoas estavam acessando. Estava devidamente fardado, com viatura caracterizada, acompanhado de um patrulheiro. Fui impedido pelo GSI de entrar, um soldado do GSI chegou quase a me agredir, tocou em mim, bateu no meu peito. Já veio de imediato uma equipe do GSI acompanhada de vários manifestantes, que proferiram várias palavras de baixo calão contra minha pessoa", afirmou.

O PM declarou que os líderes dos ataques do dia 12 de dezembro não estavam acampados no QG do Exército, mas sim hospedados no setor hoteleiro da capital federal, que se encontra próximo à sede da Polícia Federal, alvo dos manifestantes. "Quem participou diretamente desses ataques do dia 12 estavam hospedados no setor hoteleiro, eles não estavam no acampamento, um quantitativo muito pequeno estava no acampamento", afirmou coronel Naime. "Tanto que no dia seguinte o comandante-geral (da PM do DF) e o secretário de Segurança foram chamados para uma reunião com os donos dos hotéis, que estavam preocupados com esse vandalismo, e vários deles chamaram o comandante-geral no canto, pelo que chegou ao meu conhecimento foi colocada inteligência nesses hotéis. Eles se reuniam no café da manhã nesses hotéis, planejavam o dia nesses hotéis, não iam nem no acampamento", acrescentou. 

O militar da PM-DF também afirmou à Comissão de Inquérito que era de conhecimento dos setores de inteligência que no acampamento bolsonarista de Brasília havia diversas incitações por um golpe de estado. "O que eu tenho de informações é que existiam, dentro desse acampamento, várias pessoas que subiam em carro de som, que faziam incitações e chamamentos [para uma invasão golpista]. E isso tudo era monitorado por toda a inteligência que estava ali, tanto do Exército, quanto a inteligência do próprio GSI e da PM. Mas a gente tinha nossas ações limitadas ali naquele território".

Durante o dia, o coronel obteve autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para permanecer em silêncio em relação a questões que podem levá-lo à autoincriminação. Ele também apresentou um atestado de depressão, buscando ser dispensado de comparecimento à comissão. No entanto, a secretaria do colegiado solicitou uma reavaliação do laudo pela junta médica do Senado Federal. (*Com informações do Globo)

 Assista ao depoimento do coronel Naime:

Fonte: Brasil 247

APUCARANA: PSE realiza palestra sobre prevenção de drogas no Colégio Vale do Saber



Nesta segunda-feira, no Dia Internacional de Combate às Drogas (26/06), O Programa Saúde na Escola (PSE) da Prefeitura de Apucarana, em parceria com a Guarda Civil Municipal (GCM), realizou uma palestra no Colégio Estadual Vale do Saber sobre “Prevenção às drogas, tabaco e álcool. O tema foi abordado pelo diretor inspetor GCM, Fábio Souza.

O PSE tem se destacado como uma iniciativa abrangente e proativa para promover a saúde e o bem-estar dos estudantes. Uma das áreas prioritárias de atuação do programa é a prevenção ao uso de álcool, tabaco, crack e outras drogas.

“Reconhecendo os riscos associados dessas substâncias e seus impactos negativos na vida dos jovens, o programa busca fornecer uma abordagem integrada, baseada em evidência e focada na educação, conscientização e apoio aos alunos”, afirma o coordenador do PSE, Paulo Ourives.

APUCARANA: Revitalização garante iluminação LED à Praça do Clube 28

 

Iniciado em março, o projeto de revitalização da Praça Semiramis Braga, popular Praça do Clube 28 de Janeiro, chegou à etapa de modernização da iluminação. O trabalho, executado por uma empresa especializada contratada via licitação, é supervisionado pelo Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento da Prefeitura de Apucarana (Idepplan).

Em vistoria ao canteiro de obras, o prefeito Júnior da Femac comentou sobre o cronograma. “Pouco a pouco vamos avançando na revitalização deste histórico logradouro. Já finalizamos o alargamento da pista e reconstrução do asfalto. Instalação da ciclofaixa, criamos diversas vagas de estacionamento, pista de caminhada e agora estamos instalando a nova iluminação, em tecnologia LED”, detalha o prefeito.

Segundo explica o superintendente de Iluminação Pública do Idepplan, engenheiro eletricista Lafayete dos Santos Luz, estão sendo instalados cerca de 70 postes. “Grande parte destes equipamentos está recebendo luminárias na potência de 120 watts, que como resultado final vai conferir uma iluminação robusta, mais eficiente e econômica”, informa.

Ele explica que o projeto em execução contempla dois tipos de postes. “Na parte interna estamos colocando unidades com uma altura maior e bem distribuídas para que tenhamos uma iluminação homogênea, possibilitando ao usuário uma visão de longo alcance e conferindo, além de uma maior sensação de segurança, uma beleza ainda maior à praça”, diz Lafayete Luz, superintendente do Idepplan. Já nos canteiros que permeiam o logradouro, explica ele, estão sendo colocados postes menores – que também são dotados de luminárias LED – que terão como função principal iluminar a pista de caminhada e a ciclofaixa. “Um trabalho que certamente terá um resultado muito eficiente e bonito, que servirá de modelo para futuros projetos por nós executados”, pontua.

A obra – Planejada de forma a garantir a preservação do conceito original da praça, inaugurada na década de 1960, a revitalização da Praça Semiramis Braga, mais conhecida como “Praça do Clube 28 de Janeiro”, vem sendo executada pelas equipes das secretarias Municipais do Meio Ambiente, de Serviços Urbanos e do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan).

Além da modernização estrutural (asfalto, passeio, iluminação, paisagismo, entre outras ações), a manutenção da Biblioteca Municipal Professora Olga Antunes Pedroso, que ganhará um visual mais moderno, e a restauração da concha acústica, o espaço ganhará um “Parcão”, que é um espaço com alambrado, brinquedos para os cães, bebedouro, caixa de areia e espaço de estar com bancos e mesas para os donos dos pets, uma ciclofaixa e pista de caminhada.

Ainda conforme o novo projeto, idealizado pelo Idepplan, a Rua Benjamin Braga Filho, que contorna a praça, foi alargada e terá dezenas de novas vagas de estacionamento. “Também foi reaberto um trecho de cem metros da Rua Renê Camargo de Azambuja, entre a praça e o Clube 28 de Janeiro, que será apenas de passagem com velocidade limitada a 20 km/h, e que também terá mais vagas de estacionamento”, assinala o prefeito Júnior da Femac.

APUCARANA: “Portas Abertas” forma novos profissionais na área gastronômica


 Cada vez mais sofisticado, o setor industrial de panificação e padaria é hoje segmento econômico com vasto campo de trabalho. Com um público diversificado, as vagas em geral exigem mão de obra qualificada, capaz de produzir alimentos com inovação e qualidade. De olho nesta necessidade do mercado de trabalho, a Prefeitura de Apucarana, através do Programa Portas Abertas da Secretaria da Indústria, Comércio e Emprego e do Centro de Qualificação Total, viabilizou neste mês de junho um curso gratuito sobre “Técnicas de Padaria”.

Com conteúdo ministrado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), a formação – financiada com recursos municipais – foi finalizada nesta segunda-feira (26/06), na sede da Associação dos Deficientes Físicos de Apucarana (Adefiap). Com carga de 40 horas/aula, o curso – que teve parceria com a associação – , faz parte de um pacote de nove capacitações profissionais oferecidas gratuitamente pela prefeitura ao longo de junho e julho, que representam 200 vagas de qualificação. “Capacitações contratadas, junto ao Senac e Senai, com base no diálogo com o setor produtivo local, onde ouvimos as lideranças da cidade, membros de associações e sindicatos, que apontam as necessidades reais no campo da mão-de-obra”, pontua o prefeito Júnior da Femac.

Segundo detalha o diretor do Centro de Qualificação Total, Miguel Luis Vilas Boas, que representou o prefeito na aula de encerramento do curso de “Técnicas de Padaria”, os alunos aprenderam técnicas ligadas às boas práticas na manipulação de alimentos, higiene e apresentação pessoal. “Um curso de extrema qualidade, voltado especialmente ao preparo de pães e doces integrais, rústicos, de forma, recheados, pães internacionais e especiais, entre outros”, acentua Vilas Boas.

Além do curso de Técnicas de Padaria, o Programa Portas Abertas desenvolve atualmente, os cursos de Comunicação Assertiva, Qualidade no Atendimento ao Cliente, Desenvolvimento de Líderes, Preparo de Pizza, Preparo de Salgados, Hamburger Gourmet, Costura Industrial, Eletricista Residencial e Mecânico de Motocicleta. Informações sobre inscrições abertas devem ser feitas pessoalmente no Centro de Qualificação Total, localizado na Rua Ouro Verde, 300 – Jardim América, ou pelos telefones 3426-7241 ou 99654-8024.

Na aula final, na Adefiap, estiveram presentes também o superintendente Municipal da Indústria, Comércio e Emprego, Adan Lenharo, o coordenador Municipal de Qualificação Profissional, Dorival Miguel da Silva, o técnico de Relações com o Mercado do Senac, Rodrigo Hirata, o presidente da Adefiap, Paulo Antônio da Silva, e o vice-presidente, Amauri Cesar Alexandrino.

APUCARANA: Conferência Municipal da Assistência Social aprova 100 propostas

 


Com 216 participantes e 100 propostas aprovadas foi realizada no último final de semana, no Cine Teatro Fênix, a 14ª Conferência Municipal da Assistência Social de Apucarana. A abertura aconteceu na sexta-feira, com a presença do prefeito Junior da Femac e a palestra da ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes.

No sábado, além da aprovação das propostas municipais sugeridas pelos grupos de trabalho visando o aperfeiçoamento do Sistema Único da Assistência Social (SUAS), em plenária final a conferência elegeu os delegados para a 14ª Conferência Estadual de Assistência Social, prevista para ocorrer em outubro, em Cascavel.

Com o tema “Reconstrução do SUAS: o SUAS que temos e o SUAS que queremos”, a conferência, destaca o prefeito Junior da Femac, debateu democraticamente as demandas da política social, com definição das prioridades e metas para serem colocadas em prática.

A secretária da Assistência Social, Jossuela Pirelli, relaciona algumas das propostas aprovadas.

Municipal:

– Implementação de Cartão Alimentação;

-Capacitações para os servidores e entidades;

-Criação de ouvidoria de Assistência Social;

-Canais de comunicação dos serviços de assistência social;

-Contratação de equipes volantes e ampliação do horário de atendimento do CRAS para 20h;

Estadual:

– Ampliação do co-financiamento dos serviços do SUAS;

– Ampliação do repasse dos recursos para as entidades sociais;

– Melhoria no programa Cartão Comida Boa.

União:

– Garantia de ao menos 5% do orçamento da união para assistência social;

– Ampliação dos recursos para as entidades sociais.

Cármen Lúcia determina que Mauro Cid e coronel Lawand compareçam à CPMI dos Atos Golpistas, mas permite direito ao silêncio

 Decisão da ministra do STF assegura que os militares sejam acompanhados por advogados e não sejam obrigados a produzir provas contra si mesmos

Mauro Cid (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia determinou que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), e o tenente-coronel Jean Lawand Jr. compareçam à Comissão Parlamentar Mista inquérito (CPMI) que apura os atos golpistas do dia 8 de janeiro, quando militares bolsonaristas e de extrema direita invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília. Segundo o G1, a ministra, porém, permitiu que eles permaneçam em silêncio durante a oitiva.

Na decisão referente a Mauro Cid, a ministra destacou que o "comparecimento para prestar esclarecimentos à Comissão Parlamentar de Inquérito não representa mera liberalidade do convocado, mas obrigação imposta a todo cidadão".

Ainda de acordo com a reportagem, Cid - que está preso pela suspeita de fraudar cartões de vacinação de Bolsonaro, familiares e aliados próximos - havia pedido ao STF para não ser obrigado a comparecer à comissão. Já Lawand queria assegurar o direito de permanecer em silêncio perante ao colegiado. 

Cármen Lúcia, contudo, determinou que os militares compareçam à oitiva, mas assegurou que eles sejam acompanhados por advogados e não sejam obrigados a produzir provas contra si mesmos.

O depoimento do tenente-coronel Jean Lawand Jr, está marcado para ter início às 9h da terça-feira (27). A data da oitiva de Mauro Cid, contudo, ainda não foi definida pelo colegiado. 

“Entre os temas que devem ser alvo de questionamento na CPI, estão as mensagens em tom golpista trocadas entre Mauro Cid e Jean Lawand Junior. Após apreender o celular de Cid na operação que apura fraudes em cartões de vacina, a Polícia Federal encontrou no aparelho conversas entre os dois falando sobre a decretação de um golpe no país, após as eleições do ano passado”, diz a reportagem do G1. 

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Coronel Naime muda de ideia e já está deporndo na CPI dos atos golpistas

 Coronel recebeu aval do STF para ficar em silêncio nas questões que possam levar à autoincriminação e chegou a apresentar atestado médico

O coronel da PM, Jorge Eduardo Naime Barreto (Foto: Reprodução / TV Câmara Distrital | Reprodução / TV Globo)

O coronel Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), prestará depoimento ndesta segunda-feira (26) perante a CPMI do atos golpistas, segundo o site Metrópoles. A CPI, composta por deputados federais e senadores, tem como objetivo investigar os atos de golpistas ocorridos em Brasília. Naime compareceu como testemunha para dar continuidade aos trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, sediada no Congresso Nacional.

Durante o dia, o coronel obteve autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para permanecer em silêncio em relação a questões que podem levá-lo à autoincriminação. Ele também apresentou um atestado de depressão, buscando ser dispensado de comparecimento à comissão. No entanto, a secretaria do colegiado solicitou uma reavaliação do laudo pela junta médica do Senado Federal.

O coronel Naime deve passar pelo serviço médico e, de acordo com o site Metrópoles, uma vez na Casa Alta, ele prestará depoimento à comissão responsável por investigar os atos de golpistas ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro.

Jorge Eduardo Naime ocupava o cargo de chefe do Departamento de Operações (DOP) da PMDF e estava de folga no dia 8/1, sendo substituído previamente pelo coronel Paulo José Ferreira. Durante os atos antidemocráticos, Naime compareceu à Esplanada dos Ministérios, efetuo a prisão de manifestantes e foi ferido por um rojão.

Em 1º/10, Naime foi exonerado pelo então interventor na Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli. A solicitação para ouvir Jorge Eduardo Naime foi feita por Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPI de 1/8 no Congresso Nacional. No documento, o parlamentar destaca a importância de ouvir o coronel a respeito da tentativa de invasão à sede da Polícia Federal em Brasília, ocorrida em 12/12 do ano anterior. A comissão está investigando a escalada dos atos golpistas desde o resultado da eleição presidencial, em 30/10.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Mutirões do IBGE conseguiram incluir quase 16 milhões de brasileiros no Censo 2022


 Previsto para ser lançado na próxima quarta-feira (28), o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) esteve a um passo de ser comprometido. A falta de apoio para acesso dos recenseadores a áreas remotas ou carentes e resistência de alguns cidadãos abastecidos por notícias falsas por pouco fizeram o equivalente a quase um estado do Rio de Janeiro deixar de ser contado.

Ao longo dos últimos três meses, sucessivos mutirões do IBGE e do Ministério do Planejamento conseguiram reverter a situação. Uma série de forças-tarefas incluiu, de última hora, 15,9 milhões de brasileiros no censo. Ao todo, foram três operações especiais. A primeira buscou alcançar brasileiros na Terra Indígena Yanomami, que nunca tinham sido recenseados. As outras procuraram reduzir a taxa de não resposta em dois ambientes opostos, mas com resistência a recenseadores: favelas e condomínios de luxo.

“Nesta semana, vamos deixar para trás informações de 13 anos atrás, do Censo de 2010. Para formular políticas públicas, conhecer as demandas da população e atuar em emergências, precisamos de informações atualizadas. O recenseamento é essencial para conhecer quem somos, quantos somos e como somos hoje. Não como éramos”, diz o assessor especial do Ministério do Planejamento, João Villaverde.

Realizado em março, o recenseamento na Terra Indígena Yanomami incluiu 26.854 indígenas no censo, dos quais 16.560 em Roraima e 10.294 no Amazonas. O mutirão foi essencial para atualizar a população indígena no Brasil, estimada em 1,65 milhão de pessoas segundo balanço parcial apresentado em abril. O número completo só será divulgado em julho, quando o IBGE apresentará um balanço específico do Censo 2022 para a população indígena.

A operação na Terra Yanomami foi complexa, mas conseguiu, pela primeira vez na história, recensear 100% da etnia no território. Por envolver dificuldades de acesso a aldeias aonde só se chega de helicóptero, o mutirão foi coordenado por cinco ministérios e reuniu 110 servidores federais dos seguintes órgãos: Polícia Rodoviária Federal, que forneceu os helicópteros; Ministério da Defesa, que forneceu o combustível; guias do Ministério dos Povos Indígenas; servidores da Secretaria de Saúde Indígena da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai); além dos próprios recenseadores do IBGE.

Realizado de 7 a 30 de março, o mutirão foi necessário porque o recenseamento tradicional não conseguia chegar a todas as aldeias yanomami. Por causa das operações para retirar os garimpeiros e do remanejamento de helicópteros para as ações de resgate humanitário, o censo teve de reduzir o ritmo em fevereiro, quando cerca de apenas 50% da população do território havia sido contabilizada.

Nas favelas, o censo esbarrava em outras dificuldades. Além da falta de segurança em alguns locais, muitos moradores não queriam abrir a porta para o recenseador porque tinham recebido falsas notícias de que teriam benefícios sociais cancelados. Outro problema, principalmente em áreas mais densas, era a falta de endereços nas comunidades. Muitas vezes, os recenseadores não tinham informação sobre novas moradias surgidas nos últimos anos, como puxadinhos e lajes num mesmo terreno.

“O que impedia a entrada dos recenseadores na favela era a falta de conexão dos recenseadores e do Poder Público com as pessoas que moram lá. Além disso, havia a falta de conscientização das pessoas por falta de uma explicação que alcançasse os moradores das favelas da importância do censo e de respostas sinceras e objetivas”, analisa o Marcus Vinicius Athayde, diretor do Data Favela e da Central Única adas Favelas (Cufa), que auxiliou o IBGE no mutirão.

O mutirão começou no fim de março, com o lançamento de uma campanha na Favela de Heliópolis, em São Paulo, do qual participou a ministra do Planejamento, Simone Tebet. A operação ocorreu em 20 estados e registrou aglomerados subnormais (nomenclatura oficial do IBGE para favelas) em 666 municípios. O número de habitantes só será conhecido em agosto, quando o IBGE divulgará um recorte do Censo 2022 para as favelas.

Segundo Athayde, a Cufa ajudou primeiramente por meio de uma campanha chamada Favela no Mapa, que usou as lideranças estaduais da entidade para conscientizar os moradores de favelas da importância de responder ao censo. Em seguida, a Cufa recrutou moradores de favelas e lideranças locais para atuarem como recenseadores e colherem os dados das comunidades onde moram. Também houve mutirões de respostas em eventos comunitários.

“Responder ao censo traz benefícios de volta para o morador da favela, para seus vizinhos, para sua família, na medida em que o governo e as políticas públicas atuarão de forma mais adequada para essa população”, destaca Athayde.

Por fim, o último flanco de resistência a recenseadores concentrava-se em condomínios de luxo, principalmente em três capitais: São Paulo, Rio de Janeiro e Cuiabá. “Historicamente, a taxa de não resposta, que é o morador que não atende ao recenseador, fica em torno de 5%. Isso em todos os países que fazem censo. Nessas três cidades, a taxa estava em 20% em condomínios de alto padrão”, conta Villaverde, do Ministério do Planejamento.

No Censo 2022, a média nacional de não respostas estava em 2,6% segundo balanço parcial divulgado em janeiro. No estado de São Paulo, alcançava 4,8%, principalmente por causa da recusa de moradores de condomínios de renda elevada.

Para contornar os problemas, o Ministério do Planejamento e o IBGE promoveram uma campanha maciça em redes sociais. Parte das inserções foi direcionada a sensibilizar porteiros, que obedecem a regras restritas para entrada de estranhos. Outra parte esclareceu que síndicos não têm o poder de proibir o morador de receber o IBGE. “Muitas pessoas queriam atender ao censo, mas não sabiam que o recenseador não tinha vindo porque o síndico vetava”, recordou Villaverde. Também houve reportagens de quase 10 minutos em televisões locais sobre o tema.

Segundo o assessor especial do Planejamento, a mobilização foi um sucesso. “Em uma dessas três capitais, conseguimos reduzir a taxa de não resposta para menos de 5% em condomínios de alta renda”, diz. A operação para os condomínios começou em 14 de abril e estendeu-se até 28 de maio, último dia de coleta de dados para o Censo 2022.

A realização do Censo 2022 enfrentou diversos entraves. Inicialmente previsto para 2020, o recenseamento foi adiado por causa da pandemia de covid-19. Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) obrigou o governo anterior a realizar o censo em 2022.

Na época, o Ministério da Economia autorizou R$ 2,3 bilhões para o censo, mesmo orçamento de 2019 que desconsiderava a inflação acumulada em dois anos. Com a coleta de dados iniciada em 1º de agosto, o Censo 2022 inicialmente estava previsto para encerrar-se em outubro do ano passado. Com dificuldades para a contratação, o pagamento e a manutenção de recenseadores, o fim do censo foi primeiramente adiado para fevereiro deste ano.

Com falta de verba e alta proporção de não recenseados, o governo atual decidiu fazer uma suplementação orçamentária de R$ 259 milhões ao IBGE. O Ministério do Planejamento também decidiu seguir a recomendação do Conselho Consultivo do IBGE, formado por ex-presidentes do órgão, demógrafos e acadêmicos, e estender a coleta de dados até o fim de maio. Em abril, uma série de remanejamentos internos no órgão evitou um novo pedido de verbas pelo IBGE.

Desde 29 de maio, o IBGE está rodando os dados, para a divulgação na próxima quarta-feira. “No início do ano, o ministério tomou a difícil decisão de seguir 100% das recomendações do Conselho Consultivo porque os dados colhidos até então não garantiam a qualidade do censo. Agora, com as operações especiais e o tempo extra de coleta, temos a certeza de que o recenseamento está robusto e em linha com os parâmetros internacionais de qualidade”, diz Villaverde.

Fonte: Agenda do Poder com informações da Agência Brasil.

Polícia prende quinto suspeito de envolvimento em ataque a escola no Paraná




 A Polícia Civil do Paraná disse que prendeu nesta segunda-feira (26) um homem de 39 anos, morador de Rolândia, por suspeita de envolvimento no ataque ao Colégio Helena Kolody, em Cambé, estado do Paraná. É o quinto preso do caso.

Em nota, a Sesp (Secretaria de Estado da Segurança Pública) informou que as investigações seguem em andamento e em sigilo. Nenhum outro detalhe sobre a prisão foi divulgado pelas autoridades.

“Assim que o inquérito for concluído e encaminhado ao Poder Judiciário, a PC-PR vai apresentar a dinâmica dos fatos e o motivo das prisões”, disse a Sesp.

Na manhã do dia 19, um ex-aluno de 21 anos entrou sozinho no Colégio Estadual Professora Helena Kolody e atirou contra dois estudantes. Karoline Verri Alves, 17, e Luan Augusto da Silva, 16, que eram namorados, morreram.

O atirador foi preso em flagrante e levado para a Casa de Custódia de Londrina, cidade vizinha. Um dia depois do ataque, a Sesp informou que ele foi encontrado morto na cela. Há suspeita de suicídio, mas as investigações ainda não foram concluídas.

Na mesma unidade prisional estava detido outro homem de 21 anos suspeito de ajudar no plano de ataque à escola. Ele foi preso ainda na noite do dia 19.

Na quarta (21), um terceiro jovem, de 18 anos, também foi preso por suspeita de ligação com o caso. O mandado de prisão foi cumprido na cidade de Gravatá, em Pernambuco.

A quarta prisão relacionada ao ataque aconteceu na sexta (23), também em Rolândia – um homem de 35 anos.

As aulas no colégio Helena Kolody foram retomadas nesta segunda-feira, uma semana após o ataque.

De acordo com a Seed (Secretaria de Estado da Educação), ao longo da semana, alunos, professores e funcionários da escola poderão ser atendidos por psicólogos e assistentes sociais, que farão “acolhimento especializado”.

“O conteúdo didático será retomado gradualmente, ao longo dos próximos dias”, disse a pasta.

Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S. Paulo.