Alexandre de Moraes decidiu que o coronel deve ir à CPMI, podendo não responder aos questionamentos. Naime apresentará atestado psiquiátrico à comissão
O coronel Jorge Eduardo Naime, que ocupou o cargo de diretor executivo das operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), não comparecerá à CPMI do 8 de janeiro, disseram interlocutores do oficial ao Metrópoles. A oitiva está marcada para esta segunda-feira (26), às 14h.
O coronel apresentará à CPMI um atestado psiquiátrico alegando depressão. No domingo (25), os advogados de Naime solicitaram ao STF que ele não fosse obrigado a comparecer à sessão. A defesa alegava que o pedido visava proteger o coronel de possíveis "constrangimentos" por parte dos membros da comissão.
De acordo com fontes ligadas a Naime, o coronel da PMDF não falará à CPMI nem mediante a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Alexandre de Moraes determinou que Naime preste depoimento, podendo não responder aos questionamentos.
A solicitação para ouvir Naime partiu da senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI. A parlamentar destaca a importância de ouvir o coronel em relação à tentativa de invasão da sede da Polícia Federal, em Brasília, em 12 de dezembro do ano passado.
Naime foi preso preventivamente em 7 de fevereiro, durante a quinta fase da Operação Lesa Pátria. Ele e outros policiais detidos pela Polícia Federal estão sob investigação por sua atuação durante os ataques terroristas contra os prédios dos Três Poderes, em Brasília. Segundo informações do Metrópoles, a prisão foi um dos fatores que afetou negativamente a saúde mental de Naime. Em maio, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, rejeitou o pedido da defesa do coronel e manteve sua prisão.
Jorge Eduardo Naime ocupava o cargo de Diretor de Operações (DOP) da PMDF e estava de folga em 8 de janeiro, tendo sido substituído alguns dias antes pelo coronel Paulo José Ferreira. No dia dos atos antidemocráticos, Naime compareceu à Esplanada dos Ministérios, deteve manifestantes e foi ferido por um artefato explosivo.
Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles