domingo, 25 de junho de 2023

Presidente da CPI do 8 de janeiro solicita ao STF que Mauro Cid compareça para depor

 Arthur Maia defende a presença de Mauro Cid como investigado e testemunha na CPI dos Atos Antidemocráticos

Mauro Cid (Foto: Reprodução)

O deputado federal Arthur Maia (União Brasil), presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Antidemocráticos, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que rejeite o pedido do tenente-coronel Mauro Cid para evitar seu comparecimento e depoimento em relação aos acontecimentos de 8 de janeiro. Maia afirmou, em uma postagem no Twitter, que Cid deve comparecer "como investigado nos casos em que há acusações contra ele e como testemunha nos demais".

A convocação do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi aprovada em 13 de junho. Poucos dias depois, a defesa de Cid solicitou ao STF que ele fosse dispensado de prestar depoimento ou que pudesse permanecer em silêncio caso fosse chamado a comparecer perante a comissão. Os advogados do tenente-coronel argumentam que ele corre o risco de ser constrangido a depor perante 32 parlamentares e ainda não tiveram acesso completo às informações obtidas pela Polícia Federal (PF) em relação ao ex-aliado do presidente. Segundo a defesa, a presença de Cid na CPMI "violaria os princípios do contraditório e da ampla defesa".

Diante disso, a ministra do STF Cármen Lúcia solicitou esclarecimentos a Arthur Maia sobre a condição em que Cid seria convocado para depor. Isso se deve ao fato de que, caso seja chamado como testemunha, o militar é obrigado a comparecer e prestar esclarecimentos, enquanto, se for convocado como investigado, ele pode optar por permanecer em silêncio para preservar o direito de não se autoincriminar. Em resposta ao STF, a Advocacia do Senado explicou que Cid foi convocado como testemunha em três requerimentos, enquanto outros três requerimentos solicitaram sua convocação como investigado. Em seis solicitações, não foi especificada sua condição.

A Advocacia do Senado ressaltou que, na qualidade de testemunha, Cid é obrigado a prestar o compromisso de dizer a verdade e responder a todas as perguntas. No entanto, em relação aos fatos que o envolvem direta ou indiretamente, ele pode invocar o direito ao silêncio ou se eximir do dever de dizer a verdade. Nesse caso, o direito de não se autoincriminar será garantido pela possibilidade de permanecer em silêncio, sem que haja qualquer punição por falta de resposta.

A resposta da CPI ao STF também destacou que a investigação conduzida pela Comissão é independente daquela realizada pela Polícia Federal (PF). Conforme o documento, são esferas distintas e independentes, com objetivos também diferentes, uma vez que a CPI é um procedimento de natureza política e não tem caráter preparatório para ações judiciais. Os advogados do Senado concluíram a resposta reafirmando a obrigatoriedade do comparecimento de Cid e o dever do militar de dizer a verdade em relação aos fatos que não o incriminem.

Na semana passada, a Polícia Federal (PF) informou ter encontrado no celular do tenente-coronel um "roteiro" em oito passos para a aplicação de um golpe de Estado. Anteriormente, as investigações já haviam revelado o rascunho de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e mensagens que articulavam ações antidemocráticas.

Em 15 de junho, o ministro Alexandre de Moraes autorizou Cid a deixar a prisão para prestar depoimento. Ele está detido desde 3 de maio no Batalhão de Polícia do Exército, sendo investigado por falsificar cartões de vacina contra a COVID-19, incluindo documentos relacionados à família de Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247

Senadora Ana Paula pede ao CMN que exonere Campos Neto do BC

 "É fundamental ajustar nossa política monetária. Conto com o apoio dos colegas senadores. Campos Neto sabota o Brasil", afirma a senada Ana Paula Lobato (PSB-MA)

(Foto: Agência Senado)

A senadora Ana Paula Lobato, do PSB do Maranhão, encaminhou pedido ao Conselho Monetário Nacional (CMN) pelo afastamento do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

De acordo com o documento, o titular do BC deve ser afastado de suas funções devido ao “comprovado e recorrente desempenho insuficiente para o alcance dos objetivos da instituição”.

Ana Paula aponta a manutenção da taxa Selic em 13,75% como evidência da “clara atuação política do presidente do BC no sentido de prejudicar o atual governo, ao impossibilitar maior crescimento econômico e, com isso, inviabilizar uma maior entrega de políticas públicas”. 

Nas suas redes sociais, a senadora afirmou: "É fundamental ajustar nossa política monetária. Conto com o apoio dos colegas senadores. Campos Neto sabota o Brasil". 

 O ofício enviado pela senadora aumenta a pressão dos congressistas contra Campos Neto. O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) também protocolou na quinta-feira (22), no CMN, denúncia contra Campos Neto, acusando de descumprimento dos objetivos da instituição e pedindo que o CMN avalie a possibilidade de pedir ao Senado Federal a exoneração do presidente do BC, indicado por Jair Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247

Análise do celular de Mauro Cid ainda guarda as conversas com Jair Bolsonaro

 Investigações revelam possíveis mensagens comprometedoras entre Mauro Cid e Jair Bolsonaro

(Foto: Metrópoles)

A análise em andamento do celular de Mauro Cid, objeto de investigação pela Polícia Federal, promete trazer novidades impactantes nos próximos 15 dias, conforme coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo. Entre as revelações que podem surgir, destaca-se a possibilidade de trocas de mensagens comprometedoras que envolvem diretamente o presidente Jair Bolsonaro.

Os detalhes específicos das mensagens e seu conteúdo ainda são desconhecidos, mas a possibilidade das divulgações de informações comprometedoras envolvendo Jair Bolsonaro tem gerado grande expectativa no cenário político atual. Mauro Cid, cujo celular está sendo submetido a análises forenses, é uma figura central nessa investigação. As conversas que ocorreram entre ele e Bolsonaro podem lançar luz sobre possíveis irregularidades ou ações controversas do ex-presidente.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

"Fui vítima de extorsão na Lava Jato e Moro deve ser investigado", diz Tacla Duran

 Em entrevista ao jornalista Joaquim de Carvalho, advogado afirmou que a verdade sobre a Lava Jato está finalmente aparecendo

(Foto: Agencia Senado | Reprodução)


Na segunda-feira 19, o advogado Rodrigo Tacla Duran concedeu uma entrevista ao jornalista Joaquim de Carvalho, da TV 247, na qual abordou diversos aspectos relacionados ao seu envolvimento na Operação Lava Jato. Durante a conversa, Duran defendeu a decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou as acusações contra si, além de criticar o procurador Orlando Martello, que apareceu em diálogos da Operação Spoofing, revelando o desejo de "ferrá-lo". Na entrevista, ele também revelou ter sido vítima de extorsão durante o processo.

O advogado destacou que já havia apontado anteriormente a manipulação das provas, e agora sente-se aliviado por ver a justiça prevalecer. Essa decisão representa um importante marco em sua batalha legal e traz à tona questionamentos sobre o devido processo legal e a legitimidade das acusações formuladas. "O papel de procurador não é 'ferrar' ninguém. Ele tem que ser fiscal da lei", disse ele.

Durante a entrevista, o advogado também criticou o procurador da República Orlando Martello, mencionando que sua função não é "ferrar" pessoas, mas sim cumprir a lei de forma imparcial. Tacla Duran sugeriu que o procurador teria utilizado meios questionáveis para alcançar seus objetivos, ressaltando que o advogado Marlus Arns teria sido uma figura intermediária usada para suavizar a intensidade com que queriam prejudicá-lo. "Sofri extorsão porque não quis pagar e não quis entregar minha cliente, que era a Odebrecht", disse ele.

Rodrigo Tacla Duran também denunciou ter sido vítima de extorsão. Segundo ele, para evitar maiores problemas e não ser preso durante a Operação Lava Jato, teria sido alvo de extorsão. Além disso, ele destacou a importância de investigar a atuação do ex-juiz Sergio Moro, afirmando que a verdade sobre suas ações está começando a surgir. Essa afirmação ressalta a necessidade de uma avaliação mais aprofundada das condutas e decisões tomadas por Moro durante a Operação Lava Jato. Assista:

Fonte: Brasil 247

"Campos Neto pode e deve ser afastado por insuficiência de desempenho", diz Lindbergh Farias

 Deputado afirma que o custo fiscal do serviço da dívida já supera R$ 700 bilhões – o que inviabiliza o crescimento econômico

(Foto: ABR)

No dia 23 de junho, o deputado federal Lindbergh Farias, representante do Partido dos Trabalhadores (PT) pelo estado do Rio de Janeiro, concedeu uma entrevista ao programa Bom Dia 247, na qual fez críticas contundentes ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Durante a entrevista, Farias destacou a possibilidade de afastamento do presidente da instituição por insuficiência de desempenho e acusou Campos Neto de sabotar o Brasil e o governo do presidente Lula por meio de sua política. "O Roberto Campos Neto faz uma política clara de sabotagem ao Brasil e ao governo do presidente Lula", diz ele.

Além da entrevista, Lindbergh Farias protocolou uma denúncia no Conselho Monetário Nacional (CMN) no dia anterior, 22 de junho, contra Roberto Campos Neto. O deputado acusa o presidente do Banco Central de descumprir os objetivos da instituição e pede ao CMN que avalie a possibilidade de solicitar ao Senado Federal a exoneração de Campos Neto, indicado por Jair Bolsonaro. "O nosso movimento ao apresentar um requerimento ao Conselho Monetário Nacional indica que nossa paciência está chegando ao fim. Precisamos arrumar os votos para afastá-lo", acrescenta Lindbergh.

Presidente da Frente Parlamentar Contra os Juros Abusivos, Lindbergh Farias argumenta que a manutenção da taxa de juros em 13,75% por parte de Campos Neto não está alinhada com os objetivos do Banco Central de promover o crescimento econômico e o pleno emprego. O deputado classifica como inaceitável a decisão do Conselho de Política Monetária (Copom) de manter a taxa Selic em um patamar tão elevado por sete vezes consecutivas, e afirma que isso sugere uma atuação política com o intuito de travar a economia brasileira e sabotar o governo do presidente Lula.

Um crime contra a sociedade – Durante a entrevista, Lindbergh Farias também criticou o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, classificando-o como um "acinte com a sociedade brasileira". O deputado ressaltou a urgência de tomar medidas enérgicas diante da intransigência de Campos Neto em reduzir a taxa básica de juros, argumentando que as empresas em dificuldades, famílias endividadas e setores econômicos em retração não podem mais esperar. "O custo fiscal da taxa Selic nos últimos doze meses é de 720 bilhões Isso traz um problema político. Muita gente no Brasil ganha dinheiro com essa taxa de juros", aponta o deputado.

Lindbergh Farias considera a exoneração de Roberto Campos Neto como o único caminho possível para reduzir a taxa de juros e colocar o Brasil no caminho do desenvolvimento com justiça social. Ele destaca a importância de uma decisão enérgica diante do comprometimento direto do futuro do país pela intransigência do presidente do Banco Central.

As declarações de Lindbergh Farias na entrevista ao Bom Dia 247 e a denúncia protocolada no CMN evidenciam sua determinação em questionar o desempenho de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central. Essas ações alimentam o debate sobre as políticas monetárias adotadas no país e seus possíveis impactos na economia brasileira. "A inflação despencou. Isso não foi sorte. Foi fruto das ações do presidente Lula. O comunicado do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foi um deboche. Até a Miriam Leitão o chama de negacionista", afirma. Assista:


Fonte: Brasil 247

sábado, 24 de junho de 2023

STF arquiva por unanimidade inquérito contra Gleisi e Paulo Bernardo

 Decisão apontou que delações premiadas não foram corroboradas por provas da prática de crimes

Gleisi Hoffmann (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)

O Supremo Tribunal Federal (STF), em julgamento no plenário virtual, acaba de arquivar o Inquérito 4325, que apurava o suposto crime de organização criminosa - denunciado em depoimento através de acordo de delação premiada - praticado pela presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, e pelo ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Por unanimidade, os ministros acompanharam o voto do relator Edson Fachin pelo arquivamento. O entendimento do STF é de que o próprio órgão acusador - a Procuradoria Geral da República - rejeitou a denúncia também em razão das alterações legislativas promovidas pela Lei 12.850/2013 ao dispor que “a mera palavra do colaborador e os elementos de prova apresentados por eles não são suficientes para o recebimento da denúncia”.

De acordo com a defesa de Gleisi Hoffmann e de Paulo Bernardo, também houve um entendimento por parte dos ministros e ministras do Supremo de que as ações praticadas por eles eram tão somente atividades da vida política partidária. “Através do voto do relator ministro Fachin, baseado em uma criteriosa avaliação dos argumentos da defesa, o plenário do STF entendeu que o quê se quis fazer através deste inquérito foi a criminalização da política”, explica o advogado Angelo Ferraro. Para a advogada Verônica Sterman, a Corte Superior reafirma com esta decisão o respeito ao princípio da segurança jurídica e a harmonia das decisões judiciais. “Não se pode oferecer uma denúncia por participação em organização criminosa sem descrever o funcionamento desta organização, a divisão de tarefas entre os integrantes e o papel de cada um. Esta denúncia, agora rechaçada, é a prova de que o Poder Judiciário não aceitará esse tipo de conduta em processos judiciais”, argumenta. 

Histórico – O Inquérito 4325 teve origem a partir do desmembramento do Inquérito 3989, que tinha como objeto a investigação de um suposto esquema de distribuição de recursos ilícitos a agentes políticos de diversas agremiações partidárias, em especial do Partido dos Trabalhadores (PT), do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e do Partido Progressista (PP).  

Após pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), as investigações referentes aos membros do Partido Progressista prosseguiram no Inquérito 3989 e as investigações do Partido dos Trabalhadores no Inquérito 4325, agora arquivado pelo STF. Só houve o desmembramento do chamado “Inquérito mãe” pois alguns investigados não possuíam foro privilegiado, devendo ser julgados pela primeira instância, resultando assim na Ação Penal nº 1026137-89.2018.4.01.3400. Esta Ação Penal investigava atos ilícitos supostamente cometidos pelo hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-presidenta Dilma Rousseff, os ex-ministros Antônio Palocci e Guido Mantega e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. A 12ª Vara Federal do Distrito Federal julgou improcedente a ação, absolvendo os réus por entender que a denúncia apresentada era uma tentativa de criminalizar a atividade política. 

Em 8 de março deste ano, a PGR apresentou manifestação nos autos do Inquérito 4325 concordando com as razões das defesas e também opinando pela rejeição da denúncia. A PGR recomendou o arquivamento uma vez que o próprio STF, ao analisar a recepção da denúncia no Inquérito 3989, no julgamento de embargos de declaração, concluiu pela “necessidade de rejeição em razão do enquadramento, pela acusação, de típicos atos da vida político-partidária como atos criminosos, além de compreender não existirem elementos de corroboração externos para as alegações trazidas em acordos de colaboração premiada”.  

Fonte: Brasil 247

Inelegibilidade: Bolsonaro já foi avisado que Nunes Marques não adiará sua decisão na ação do TSE

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro – Foto: Marco Bello/Reuters


No início desta semana, aliados e o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Flávio Bolsonaro, informaram o ex-capitão de que o ministro Kassio Nunes Marques não irá pedir vista do processo que está sendo julgado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que deverá torná-lo inelegível. A informação é do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

O voto de Nunes Marques, no entanto, deve ser a favor de manter o chefe do Executivo em condições de disputar eleições. Mas o primeiro dos dois ministros do STF nomeados por Bolsonaro não vai adiar a conclusão da ação, como queriam os bolsonaristas.

O TSE iniciou, na última quinta-feira (22), o julgamento dessa ação. Os ministros vão analisar uma reunião realizada por Bolsonaro com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho de 2022. Na ocasião, ele atacou, sem provas, o sistema de votação brasileiro, as urnas eletrônicas e levantou suspeitas sobre o processo eleitoral.

Vale destacar que a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de impor prazo máximo de 60 dias para um julgamento ficar suspenso por solicitação do ministro Alexandre de Moraes torna mais difícil o adiamento da análise da ação.

Fonte: DCM com informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo


Lula aposta em definição sobre acordo Mercosul-UE ainda em 2023

 Presidente falou com a imprensa em Paris antes de voltar ao Brasil

(Foto: Ricardo Stuckert)

Agência Brasil - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, neste sábado (24), que ainda acredita em um comum acordo com a União Europeia na parceria com o Mercosul. Ele disse que a resposta dos países do Sul sobre a carta adicional dos países europeus deve ser respondida até o final deste ano. Para o brasileiro, o protecionismo tem dificultado a aprovação do acordo. Lula cumpriu agenda na Itália e na França nesta semana e falou com a imprensa em Paris neste sábado, antes de embarcar de volta para o Brasil. 

“O fato de ter dois pontos nervosos e dois pontos considerados essenciais para os dois lados, a gente não pode fazer acordo com esses, mas vamos melhorar outras coisas. Precisamos fazer o acordo com a União Europeia e a União Europeia precisa do Mercosul, com a América do Sul e com a América Latina. Ficamos de responder a carta adicional da União Europeia e penso que até o final do ano a gente tem uma decisão sobre o assunto”, declarou à imprensa.

Lula disse ainda que o presidente da França, Emmanuel Macron, tem dificuldades no Congresso francês, e que é normal o país defender a sua agricultura. “Ele [Macron] tem dificuldades no Congresso, mas se a gente puder conversar com nossos amigos mais à esquerda para poder ajudar, para que seja aprovado o acordo no Mercosul, nós vamos conversar com todos os amigos da França para convencer da importância, porque não é o protecionismo que vai ajudar”.  Macron sofre pressão do Parlamento francês que é contra o tratado por razões de protecionismo, principalmente agrícola.

Lula criticou o protecionismo dos países ricos. “Dos anos 80 para cá, tudo o que as pessoas falavam é de que quanto mais abertura melhor, quanto mais livre comércio melhor, mas quando chega às vezes dos países em desenvolvimento de competir em igualdade de condições, os mais ricos viram protecionistas”. 

Na capital francesa, Lula teve reunião bilateral com o presidente francês e tratou da aprovação, na semana passada, pela Assembleia Nacional da França, de uma resolução contra a ratificação do acordo Mercosul-União Europeia (UE). Lula é contra a flexibilização das regras sobre compras governamentais previstas no acordo.

Segundo o presidente, o assunto é importante também para o encontro da Comunidade dos Estados da América Latina e do Caribe (Celac). “O assunto é importante para União Europeia e Mercosul, mas também para estabelecermos uma nova rodada de conversação para ver se a gente aproxima de acordo também na Celac”. A UE e a Celac farão uma cúpula em Bruxelas, capital da Bélgica, entre os dias 17 e 18 de julho. 

Fonte: Agência Brasil

Lula defende combate à desigualdade ao fazer balanço de suas viagens à França e à Itália

 Presidente reiterou que combate aos desequilíbrios climáticos pressupõe redução da desigualdade

(Foto: Ricardo Stuckert)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fez um balanço de suas viagens à França e Itália, onde participou de importantes reuniões e encontros com líderes políticos e representantes internacionais, fez declarações enfatizando a necessidade de combater a desigualdade e fortalecer a governança global. "Ontem, quando falei da luta contra a desigualdade junto com a luta pelo clima, é porque a desigualdade hoje é maior do que era. E precisamos nos indignar enquanto sociedade contra isso. Em uma reunião como a que tivemos ontem, a questão do Haiti não entrar em pauta, é como se não fosse uma questão de ninguém, mas na verdade é um problema de todos nós", afirmou.

Durante sua estadia na França, Lula participou de uma cúpula sobre uma nova arquitetura financeira e teve um encontro crucial com o presidente Emmanuel Macron. Um dos principais temas discutidos foi o acordo entre a União Europeia e o Mercosul, cuja ratificação ainda enfrenta obstáculos. Lula ressaltou a importância desse acordo, reconhecendo as questões que os países envolvidos têm a resolver e expressou sua esperança de que as partes possam encontrar uma solução para avançar nessa questão. "O mais importante foi o acordo entre União Europeia e Mercosul. Nós sabemos qual a questão que eles tem, eles sabem a nossa. Ficamos de responder a carta adicional da União Europeia e espero que tenhamos capacidade e sabedoria de resolver esse assunto", pontuou Lula.

Além disso, o presidente destacou a necessidade de se combater a desigualdade global. Lula salientou que a desigualdade atual é maior do que antes e instigou a sociedade a se indignar contra essa realidade. Ao abordar a governança global, o presidente destacou a importância de uma estrutura forte para efetivar mudanças significativas. Ele mencionou a Conferência das Partes (COP) sobre o clima que ocorrerá nos Emirados Árabes no final do ano e ressaltou a necessidade de garantir que os acordos internacionais aprovados também sejam efetivados nos congressos nacionais dos países. Lula citou o Acordo de Paris como exemplo, destacando sua importância ambiental, mas também apontando sua inefetividade devido à falta de mecanismos de cobrança e monitoramento. Ele enfatizou que a estrutura da Organização das Nações Unidas (ONU), criada em 1945, precisa ser atualizada para representar os desafios e realidades do mundo atual. "Sem uma governança global forte, temos pouca chance de ver as coisas acontecendo. Vamos ter uma COP nos Emirados Árabes no final do ano, mas muitas vezes as coisas que são aprovadas internacionalmente não são aprovadas nos congressos nacionais dos países. Um exemplo é o Acordo de Paris, talvez um dos melhores já feitos na questão ambiental, mas que não é efetivo, porque não há quem faça a cobrança. A ONU de 1945 não representa mais a ONU de 2023", destacou Lula.

Além das questões políticas e ambientais discutidas, o presidente Lula também mencionou encontros com representantes de governos africanos durante sua estadia na França. Essa interação evidencia seu interesse em fortalecer as relações entre o Brasil e os países africanos, além de ressaltar a importância do continente na agenda global.

Fonte: Brasil 247

Com Lula, confiança do brasileiro na economia é a maior em dez anos, segundo Ipsos

 Essa tendência ascendente pode indicar uma recuperação econômica e um fortalecimento do mercado interno a partir da eleição do atual governo

(Foto: Reuters)

Brasil alcança a terceira posição no Índice de Confiança do Consumidor, elaborado pelo Instituto Ipsos, superando 29 nações e atingindo a maior pontuação em uma década, informou o Metrópoles. O país obteve 58,6 pontos na pesquisa realizada em junho, ficando atrás apenas da Indonésia, com 65,9 pontos, e da Tailândia, com 58,7.

A confiança do consumidor brasileiro registrou um aumento de 3,2 pontos em relação a maio, apresentando o segundo maior crescimento observado na pesquisa. Segundo a Ipsos, o indicador do Brasil vem melhorando desde outubro do ano passado. O índice geral também teve um avanço de 0,2 ponto em junho.

Além do Brasil, outros países destacaram-se na lista dos mais confiantes, como México (58,5), Índia (56), Cingapura (55), Holanda (53,2), Canadá (51,4) e Reino Unido (50,9). Entre os mais pessimistas, encontram-se Japão (38,9), África do Sul (37,5), Hungria (37,4), Turquia (35,9) e, por último, a Argentina (34,8).

Surpreendentemente, Alemanha e Estados Unidos apresentaram as maiores quedas no indicador, com recuos de 3,4 pontos e 2,8 pontos, respectivamente.

O levantamento do Ipsos revela um cenário positivo para a confiança do consumidor brasileiro, refletindo um otimismo em relação à economia. Essa tendência ascendente pode indicar uma recuperação econômica e um fortalecimento do mercado interno a partir da eleição do atual governo Lula (PT). 

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Secretário municipal admite uso de senha de enfermeira para excluir dados do SUS sobre vacina falsa de Bolsonaro

 Segundo João Carlos de Sousa Brecha, embora as inserções indevidas tenham sido registradas em seu nome, isso não significa que ele pessoalmente inseriu as informações no sistema

Jair Bolsonaro e vacina contra Covid-19 (Foto: REUTERS/Marco Bello | Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

No pedido de revogação de sua prisão preventiva apresentado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), João Carlos de Sousa Brecha, secretário de Governo de Duque de Caxias (RJ), admitiu ter utilizado a senha de uma enfermeira para remover dados falsos de vacinação de Jair Bolsonaro (PL) e de sua filha, Laura, do sistema do Ministério da Saúde. A informação foi revelada pela Polícia Federal, que identificou Brecha como responsável por inserir o registro falso de imunização contra a Covid-19. O jornal O Globo divulgou as informações.

Brecha alega que Duque de Caxias registrou baixos índices de cobertura vacinal durante a pandemia e estava recebendo questionamentos da Defensoria Pública. Ele afirma que, devido à urgência de inserir os dados no sistema, foi realizado um mutirão em que houve compartilhamento de logins e senhas de acesso. Segundo o secretário, embora as inserções indevidas tenham sido registradas em seu nome, isso não significa que ele pessoalmente inseriu as informações no sistema. 

Brecha admite ter participado da exclusão dos dados de vacinação do ex-ocupante do Palácio do Planalto e de sua filha, que ocorreu em 27 de dezembro do ano passado. No pedido feito ao STF, Brecha afirma que tomou essa medida após uma análise interna dos dados do sistema, que revelou a presença dos nomes de ambos na lista, "sendo um fato público e notório que eles não se vacinaram naquele município".

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo


"É a vontade popular que tem que prevalecer", diz Gleisi ao defender queda na taxa de juros

 Presidente do PT tem sido uma das principais críticas da conduta de Roberto Campos Neto à frente do BC

Gleisi Hoffmann e Roberto Campos Neto (Foto: Gustavo Bezerra | Marcos Corrêa/PR)

A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), voltou a cobrar providências contra o Banco Central após a autoridade monetária, comandada pelo bolsonarista Roberto Campos Neto, decidir manter a taxa básica de juros mais alta do planeta, em 13,75%. 

A decisão do Copom veio mesmo após a intensa pressão do governo do presidente Lula e até do próprio mercado financeiro, que passou a projetar uma queda significativa na inflação e nos juros. O tom do comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) também incomodou a administração federal. 

Segundo Gleisi, o governo Lula foi eleito com um projeto desenvolvimentista, prejudicado pelas decisões do BC. "É a vontade popular que tem que prevalecer", escreveu a dirigente, em sua conta no Twitter. 

"Decisão do Copom, além de danosa ao país, atraiu críticas de todos os lados, segundo a mídia até mesmo da Faria Lima e os devotos do rentismo. @reinaldoazevedo em sua coluna diz que Banco Central sabota a própria autonomia. Era sobre isso que a gente vinha falando, não ia dar certo. Enquanto Campos Neto e a diretoria seguem cartilha neoliberal de Bolsonaro e Guedes, o povo elegeu Lula pra fazer um governo inclusivo e desenvolvimentista. É a vontade popular que tem que prevalecer", postou Gleisi.

Programa do governo para baratear carros consome 84% dos recursos em menos de três semanas

 Desconto para automóveis varia de R$ 2 mil a até R$ 8 mil no preço dos veículos de até R$ 120 mil

Carros novos (Foto: Reprodução/TV Globo)

O programa do governo Lula para reduzir o custo dos carros populares já destinou 84% dos recursos destinados para este financiamento em quase três semanas após o lançamento. De acordo com dados do painel do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que acompanha em tempo real a alocação dos recursos pelas montadoras, os fabricantes já solicitam R$ 420 milhões em créditos tributários dos R$ 500 milhões disponíveis para oferecer descontos aos consumidores pessoa física na compra de novos veículos. A compra exclusiva para pessoas físicas foi prorrogada por mais 15 dias na última terça-feira (20). Após esse prazo, as empresas, incluindo locadoras, também poderão aproveitar os descontos, desde que os recursos ainda estejam disponíveis.

O desconto para automóveis varia de R$ 2 mil a até R$ 8 mil no preço dos veículos de até R$ 120 mil. As empresas do setor que aplicarem o desconto na venda ao consumidor receberão um crédito tributário, ou seja, poderão abater os valores de impostos devidos ao governo. Nove montadoras estão participando do programa, totalizando 266 versões de veículos incluídos na iniciativa, o que representa 32 modelos diferentes. Segundo o painel do MDIC, os benefícios concedidos para veículos de transporte de passageiros alcançaram R$ 140 milhões, enquanto os destinados a veículos de transporte de cargas somaram R$ 100 milhões.  

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

CPMI do 8 de janeiro identifica falsas declarações de Silvinei sobre abordagens da PRF e adota medidas

 Relatora propõe abertura de notícia-crime contra ex-diretor-geral da PRF por apresentar informações inconsistentes durante depoimento

Ex-diretor-geral da PRF Silvinei Vasques (Foto: Reprodução/TV Senado)

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro revelou que o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, prestou declarações falsas em seu depoimento, levando a relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), a propor a abertura de uma notícia-crime contra ele junto ao Ministério Público. A acusação do PSOL alega que Vasques mentiu sobre o número de abordagens realizadas nos Estados do Nordeste durante as eleições de 2022.

Em uma publicação nas redes sociais, a senadora Eliziane Gama confirmou que atenderá ao pedido do PSOL e incluirá a sugestão de abertura de notícia-crime contra Silvinei Vasques em seu relatório final. A constatação de informações falsas durante seu depoimento na última terça-feira, dia 20, respalda essa decisão.

Durante seu testemunho, Vasques afirmou que foram implantados 694 pontos de fiscalização no segundo turno das eleições, ocorrido em 30 de outubro. Ele também destacou que o Nordeste e o Norte foram as regiões com menor quantidade de abordagens realizadas pela PRF. No entanto, esses dados não coincidem com as informações divulgadas pelo Ministério da Justiça.

Entre os dias 28 e 30 de outubro, a PRF fiscalizou um total de 2.185 ônibus nas estradas do Nordeste, mais do que o dobro das ações de fiscalização registradas no Centro-Oeste (893), quatro vezes mais do que as abordagens efetuadas no Sudeste e sete vezes mais do que no Norte do país. Essas estatísticas foram apresentadas em um relatório divulgado pelo Ministério da Justiça no dia 20 de junho.

O relatório ministerial é um dos argumentos utilizados pelo PSOL para embasar o pedido de abertura de uma notícia-crime contra o ex-diretor da PRF. A notícia-crime é uma comunicação formalizada pelas autoridades ao Ministério Público, notificando-o sobre supostos crimes cometidos pelo investigado.

O deputado federal Henrique Vieira (PSOL-RJ) ressaltou que a comparação entre o relatório do Ministério e as declarações de Vasques no depoimento evidenciou a falsidade das informações fornecidas pelo ex-diretor. Durante uma sessão da CPMI, Vieira declarou: "Temos acesso à resposta do Ministério da Justiça a um requerimento de informação feito pela bancada do PSOL, datada do ano passado, sobre o número de fiscalizações da PRF no Brasil. Ao confrontarmos essas informações com o que foi dito por Silvinei Vasques na terça-feira, fica evidente que ele mentiu ou manipulou dados, de acordo com o próprio Ministério da Justiça".

A equipe de reportagem entrou em contato com Silvinei Vasques para obter um posicionamento a respeito das acusações, no entanto, até o momento, não houve retorno.

A CPMI do 8 de janeiro prossegue com suas investigações sobre os acontecimentos relacionados à invasão do Capitólio dos Estados Unidos em janeiro de 2021. As medidas propostas pela senadora Eliziane Gama serão incluídas no relatório final da comissão, que tem como objetivo esclarecer os fatos e responsabilidades ligados a esse episódio.

Fonte: Brasil 247

Perfis das redes criticam emissora e "Jovem Klan" ganha destaque na internet

 Internautas ironizaram a Jovem Pan e fizeram alusão a um movimento supremacista branco

Jovem Pan (Foto: Reprodução/Instagram)

247 - Internautas criticaram a Jovem Pan por apoiar Jair Bolsonaro (PL) e também sinalizaram uma espécie de elitismo no jornalismo da emissora. No Twitter, usuários das redes sociais deixaram o termo Jovem Klan no trending topic (tópico em tendência), um dos assuntos mais comentados da rede social. Foi uma referência à Ku Klux Klan (KKK), organização terrorista que surgiu nos Estados Unidos no século 19 - defendia o supremacismo branco.

Um perfil escreveu: "pedi um uber para ir para minha terapia e ganhei sessão de tortura o cara foi o caminho todinho ouvindo Jovem Klan Tortur@ não entretenimento". Outro usuário postou: "a choradeira na jovem klan tá ótima. Tá dando muito ruim pro Marcos do Val manja r*** cebolinha da Swat! Busca e apreensão da polícia federal! Contas de redes sociais bloqueadas. É pouco pra golpista que quis destruir nossa democracia. Cadeia nele".

Nas redes, internautas também criticaram o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Partido Novo), após a informação de que ele anunciou R$ 41,2 milhões para a revitalização de uma rodovia nas proximidades do "Rancho Zema", sítio pertencente à sua família em Rifaina, município do estado de São Paulo. Usuários detonaram o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), ligado ao BC, manter o percentual de 13,7% da Selic, a taxa básica de juros. 


 

 

Após interdição de obra, Neymar mergulha em lago e recebe participantes de reality show

 De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente do município, o lago artificial de mil metros quadrados, um jardim e uma quadra de beach tênis estavam sendo construídos

Neymar (Foto: Reprodução (Redes Sociais))

Um dia após a obra em uma de suas casas ser interditada por denúncia de crime ambiental, o jogador Neymar foi pessoalmente ao local, em Mangaratiba, na Costa Verde do estado do Rio de Janeiro. Por conta da reforma, que previa a criação de um lago artificial, houve desmatamento, quebra de rochas e desvio do curso de um rio, informaram órgãos de fiscalização. 

Será aplicada uma multa de ao menos R$ 5 milhões ao atacante do Paris Saint-Germain e da seleção brasileira, informou a prefeitura local. Nesta sexta-feira (23), o jogador esteve no imóvel e entrou no lago. De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente do município, o lago artificial de mil metros quadrados, um jardim e uma quadra de beach tênis estavam sendo construídos.

O jogador também recebeu participantes do curso e reality show da Genesis Experience, que comandou a obra, e outros parceiros do negócio. Neymar posou para fotos, deu autógrafos e interagiu com o público, que estava no local. Uma festa foi marcada para esta sexta (23), mas desmarcada por causa da fiscalização. 

Fonte: Brasil 247