sexta-feira, 23 de junho de 2023

Lula faz o discurso mais aplaudido da cúpula de Paris

 Presidente participou da Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global e recebeu aplausos de chefes de governo, líderes de Estado e representantes de organizações internacionais

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Joly/Pool via Reuters)

Durante a Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global em Paris, na França, nesta sexta-feira (23), o presidente Lula (PT) proferiu o discurso mais aplaudido do evento, relata o Valor Econômico. Em uma reação entusiasmada, a fala do mandatário brasileiro se destacou entre as dos demais chefes de governo, líderes de Estado e representantes de organizações internacionais. Lula abordou as exigências da União Europeia (UE) para o acordo com o Mercosul, classificando-as como uma "ameaça" em sua declaração, que durou mais de 20 minutos.

Sentado ao lado do anfitrião, o presidente francês Emmanuel Macron, no Palácio Brongniart, Lula expôs sua preocupação com as condições europeias, que, segundo ele, representam uma barreira para o acordo. Ele ressaltou a importância de repensar a arquitetura do sistema financeiro global e buscar soluções para o financiamento climático. "Estou ansioso para firmar um acordo com a UE, mas a carta adicional proposta por eles impede que isso aconteça", declarou Lula, enfatizando a necessidade de discutir o assunto com mais empenho. Ele questionou a viabilidade de uma parceria estratégica com ameaças presentes em uma carta adicional. Lula salientou: "como resolveremos essa questão?".

A fala de Lula, no entanto, foi muito além. Conforme relata a jornalista Denise Assis em artigo publicado no Brasil 247, o presidente "falou com a autoridade dos que conhecem a fome, das desigualdades e do abismo entre as atividades de países ricos e pobres. (...) Lula mostrou ao mundo a urgência da montagem de um modelo que sirva aos tempos atuais, em que a ONU volte a ser um organismo capaz de colaborar com o ordenamento da paz no mundo, com real autoridade para fazê-lo. Conclamou os chefes de Estado presentes a repensar as suas atitudes e objetivos. Alertou para a nocividade da pobreza para o planeta e o seu futuro. Abriu os olhos do mundo sobre o quanto atraso e clima são temas que caminham juntos para a degradação da humanidade. Tocou com segurança numa necessária mudança da visão econômica do ganha, ganha, apontando que no final todos perderão.  Mostrou a todos que os cinco milhões de quilômetros quadrados de Amazônia são do Brasil, mas servem ao mundo, que deve pagar por isto, ajudando a preservá-la. Citou números do seu país, dos demais continentes e conclamou os seus homólogos a lutar pela paz. Não da maneira demagógica que se costuma falar do tema, mas falando ao que eles todos entendem de sobra: suas caixas registradoras".

Fonte: Brasil 247

'Inelegibilidade é o mínimo': deputados pedem responsabilização de Bolsonaro na Justiça

 

Com início de julgamento no TSE, esquerda aguarda resultado enquanto pensa próximos passos da luta pró-democracia

Futuro político de Bolsonaro está nas mãos do TSE - Marcos Corrêa/Presidência da República

O início do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode tornar Jair Bolsonaro (PL) inelegível ampliou as expectativas de lideranças do campo da esquerda em torno da responsabilização do ex-presidente. Acusado de cometer abuso de poder político por conta da reunião em que tentou descredibilizar o sistema eleitoral brasileiro diante de embaixadores em julho do ano passado, com transmissão por canais oficiais, Bolsonaro recebeu parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE) favorável à sua inelegibilidade.

A sessão do TSE foi suspensa logo depois do posicionamento do MPE para ser retomada na próxima (27), com a leitura do voto do relator do caso na Corte, o ministro Benedito Gonçalves, mas a largada do julgamento foi suficiente para atiçar as críticas por parte de parlamentares que cobram penalidades para o ex-presidente. O pedido apresentado à Justiça Eleitoral partiu do PDT, autor da ação que está em discussão na Corte. Em entrevista à GloboNews nesta quinta (22), o líder do partido na Câmara dos Deputados, André Figueiredo (CE), disse esperar que o tribunal "nos livre do risco à democracia que ele sempre representa".  

"Cabe aos ministros do TSE trabalharem na perspectiva de que aquele ato veio dentro de um contexto de ataque violento à democracia, inclusive com o 8 de janeiro, que, evidentemente, não vai ser analisado porque ele já não era mais presidente da República. Mas todos esses atos foram uma sequência de ações que infelizmente levaram o nosso Brasil a passar anos muito difíceis e com grave risco à democracia", disse.

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) se manifestou via Twitter. "Que Bolsonaro seja condenado por seus crimes e tornado inelegível, virando essa página triste de nossa história. Bolsonaro inelegível já", cobrou o parlamentar, que também comentou as características do posicionamento do relator. "O voto estritamente técnico do ministro Benedito Gonçalves desmonta completamente qualquer argumento de Bolsonaro quanto à perseguição judicial. Ele narra exaustivamente o passo a passo da investigação e a plena lisura do processo. Não há como se vitimizar."

A presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), também se pronunciou pelo Twitter. "Não está fácil a vida do genocida depois do que a gente viu no primeiro dia de julgamento no TSE. Sabendo disso, [a oposição] já começa a narrativa de vitimização, falando em depressão de Bolsonaro. É isso que vão fazer, colocar ele como coitado pra manipular o povo. Mas não vai colar. Todo mundo sabe bem o mal que esse homem fez. [Em] depressão ficou o país na presidência dele”, criticou.


O líder do PSOL na Câmara, Guilherme Boulos (SP), disse ao Brasil de Fato que vê o julgamento como o início de um amplo processo de responsabilização para o ex-presidente. "Torná-lo inelegível é apenas o começo de um grande acerto de contas que o país precisa ter com sua história. Ele e seus cúmplices precisam ser responsabilizados por todos os crimes que cometeram, como a tragédia deliberada do negacionismo durante a pandemia e a tentativa de golpe do 8 de janeiro. Não se trata de 'revanchismo', pelo contrário: trata-se, isto sim, de justiça e direito à memória. O Brasil precisa lidar com os erros do passado para que eles jamais voltem a se repetir no futuro".

Na mesma sintonia, a psolista Fernanda Melchiona (RS) disse à reportagem que espera justiça e rapidez no julgamento. "Foram públicos e notórios o abuso de poder público e o uso de canais estatais durante aquela reunião escandalosa que Bolsonaro fez com os embaixadores de julho de 2022. A inelegibilidade de Bolsonaro é o mínimo. Que seja o passo inicial da luta por responsabilização pelos crimes cometidos por ele."

A parlamentar cita diferentes condutas do ex-presidente que marcaram a sua gestão à frente do Palácio do Planalto nos últimos quatro anos. "São muitos processos criminais, como os crimes contra a humanidade no caso da covid, no caso dos Yanomami, e depois, claro, toda essa narrativa golpista que culminou no ato de 8 de janeiro e que, sem sombra de dúvida, tem a participação dele como mentor no discurso e na própria narrativa", disse Melchiona.

Para Glauber Braga, a penalização do ex-capitão pelo TSE seria um sinal importante para a preservação do sistema democrático no país. "A perda dos direitos políticos é uma resposta para demonstrar que Bolsonaro não tem a possibilidade de tocar um fechamento de regime como ele esperava que fosse fazer", disse ao Brasil de Fato.

Caminhos

Para Braga, é preciso não só batalhar pela responsabilização judicial do ex-presidente, mas também pensar os caminhos a serem seguidos para as forças democráticas e progressistas no atual momento da história. Com o bolsonarismo ainda vivo no meio social e presente nos diferentes setores da luta institucional, especialmente no Congresso Nacional, o deputado vê a necessidade de se travar o que chama de "luta direta com as estruturas que deram sustentação ao governo Bolsonaro ou àquilo que se chama de bolsonarismo".

"Os fundamentalismos diversos é uma delas, a agenda de aplicação do Estado penal e policial punitivo também, que tem uma relação direta com milícias, os generais que compuseram o primeiro escalão do governo Bolsonaro, a relação que [isso] teve em determinado momento com o lavajatismo e inclusive com o objetivo de extrema direita. Ou seja, é continuar trabalhando com um processo de responsabilização em relação a esses setores", explanou.

Para o deputado, a jornada deve incluir ainda o enfrentamento à agenda de aplicação do ultraliberalismo no país, que viveu seu auge com os governos Temer (2016-2018) e Bolsonaro (2018-2022). "Existe uma enorme expectativa em relação ao governo Lula para a superação do que foi a agenda de exclusão que deixou mais de 100 milhões de pessoas passando por algum tipo de insegurança alimentar no governo Bolsonaro. Então, para que a gente consiga superar essa situação, tem que superar também a aplicação dessa agenda de natureza liberal para [trocar] por uma agenda que seja de fato garantidora dos direitos da maioria do povo."

Por fim, o parlamentar defende que o campo progressista enfrente o legado do bolsonarismo com mobilização e organização popular para além dos espaços institucionais. "Se acharmos que vamos conseguir derrotar essas estruturas só dependendo da articulação com Lira e companhia, estamos fritos. A gente só consegue avançar e derrotar de maneira definitiva essas forças com muita mobilização e organização nas ruas, nos movimentos e comunidades para além do espaço institucional parlamentar."

Edição: Thalita Pires

Fonte: Brasil de Fato


Arroz do MST tem agrotóxico? Arruda diz que sim; Requião Filho desmente

 

Foto: MST

O arroz produzido pelo Movimento Sem terra (MST) tem agrotóxico? Para o deputado estadual Ricardo Arruda (PP) tem. Foi o que ele afirmou na última terça-feira (20) durante fala na tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Mas, para o deputado Requião Filho (PT), a notícia não passa de fake news.

De acordo com Arruda, o arroz cultivado pelo MST não é nada orgânico e “tem mais agrotóxico do qualquer arroz produzido pelo agronegócio”. E acrescentou: “além de produzir numa escala mínima, que não alimenta ninguém, ainda usa agrotóxico e mente que é arroz orgânico”.

Em seguida, o deputado Requião Filho informou que tem um desmentido feito pelo UOL Confere em que corrente falsa do WhatsApp diz que arroz produzido pelo MST tem agrotóxico. “Essa notícia é falsa e já foi desmentida na Internet”, disse Requião. Ele adiantou que, “em nota, a UFSM (Universidade Federal de Santa Maria), além de ter afirmado eficiência, qualidade e segurança reconhecidas pelo Inmetro, garantiu que as amostras de arroz analisadas não contém resíduos detectáveis de agrotóxicos”.

Ricardo Arruda disse, então, que a informação é de um vereador e prometeu apresentar um documento sobre isso. Já na sessão de quarta-feira (21), Arruda afirmou que entrou em contato com o vereador Ramiro Rosário, que é de Porto Alegre, que informou que a UFSM recuou e foi contra o próprio laudo, que amostras foram enviadas para dois novos laboratórios de São Paulo e que os laudos devem ficar prontos nos próximos dias. 

Fonte: Contraponto



 

Redes bolsonaristas editam vídeos de viagem do ex-presidente ao Rio Grande do Sul e usam até imagens antigas para ampliar tietagem

 


Numa clara tentativa de compensar o impacto negativo da sessão inicial do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que poderá tornar Jair Bolsonaro inelegível até 2030, as redes bolsonaristas procuraram distrair a militância com vídeos e fotos da tietagem da militância na viagem do ex-presidente a um evento em Porto Alegre.

Com as imagens de Porto Alegre, os bolsonaristas tentam ainda mitigar a falta de mobilização nacional pela absolvição do ex-presidente – algo que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-ministro da Casa Civil Ciro Nogueira (PP) insistiram nos últimos meses que ocorreria, caso Bolsonaro fosse mesmo julgado.

“Temos uma Justiça que não representa seu povo. No dia que tentam tornar Bolsonaro inelegível, o povo o idolatra”, dizia um dos vídeos compartilhados dezenas de vezes nos grupos que a equipe da coluna monitora no Telegram. “Impressionante! Não tem lógica ele ter perdido as eleições”, escreveu uma apoiadora em resposta a outra gravação, em tom conspiracionista.

Vários chats reproduziram ao longo do dia um vídeo que mostraria uma multidão de bolsonaristas protestando na porta do Superior Tribunal Militar (STM), como se fosse de hoje, demandando uma “ação” contra o presidente do TSE, Alexandre de Moraes. Porém, a manifestação ocorreu em dezembro do ano passado e questionava a vitória de Lula.

A recepção em Porto Alegra era esperada. Nos últimos dias, o evento foi alardeado pela militância e pelos políticos gaúchos do PL, além da própria direção nacional do partido. Além disso, apesar de ter perdido para Lula na cidade, Bolsonaro venceu com larga margem no Rio Grande do Sul, incluindo vários dos municípios mais populosos da Região Metropolitana.

Registros de Bolsonaro sendo paparicado por apoiadores a bordo de um avião comercial também inundaram os grupos depois de serem divulgados pela própria assessoria de imprensa do PL. A hora da chegada do ex-presidente a Porto Alegre foi divulgada em vários grupos em tom de convocação.

Na disputa com os fatos do processo que trata sobre a disseminação de fake news para desacreditar o sistema de votação e a Justiça Eleitoral, sobrou espaço para mais desinformação.

Apesar do discurso para as redes, o PL já contabilizou a perda dos direitos políticos de Bolsonaro e pretende faturar com o discurso da perseguição judicial, de olho nas eleições municipais de 2024.

Até mesmo o ex-presidente admitiu na última quarta-feira que dificilmente escapará da condenação.

Fonte: Agenda do Poder com informações de Malu Gaspar, de O Globo.

Deputado confronta na CPI preso por terrorismo golpista: “Você ainda acha que bandido bom é bandido morto?” (vídeo)




 Depois de passar mais de uma hora se recusando a responder as perguntas dos parlamentares, o empresário George Washington de Oliveira Sousa, condenado pela tentativa de atentado a bomba no Aeroporto de Brasília, acabou falando à CPI dos atos terroristas de janeiro.

Ele foi duramente confrontado pelo deputado Duarte Jr (PSB-MA), que o chamou de covarde por se recusar a falar sobre o envolvimento num plano de explodir um caminhão de combustíveis ao lado do aeroporto.

– Agora que está preso na Papuda, como terrorista, o senhor continua concordando com o seu líder, que sempre disse que bandido bom é bandido morto? – perguntou o deputado.

Quando decidiu falar, Washington disse se considerar um “patriota”, que “armas não matam” e repetiu a tese bolsonarista de que havia infiltrados entre os grupos que questionavam o resultado das eleições. Ele, no entanto, evitou citar nomes dos supostos infiltrados e dar maiores detalhes sobre isso.

Em maio, o juiz Osvaldo Tovani, da 8ª Vara Criminal de Brasília, condenou Oliveira a uma pena de nove anos e quatro meses. A base do governo quer usar a sessão de hoje para emparedar mais uma vez o ex-presidente Jair Bolsonaro. Oliveira chegou a dizer, em texto no seu celular, que o ex-presidente o inspira.

Ao iniciar o depoimento, o presidente da CPI fez uma série de críticas a George Washington. O deputado comparou ele a “vermes que se escondem no esgoto” e disse que a atitude em relação a bomba é “vil, covarde, vergonhosa e canhestra”. 

Assista à manifestação do deputado Duarte Jr diante do empresário preso por terrorismo:

Fonte: Agenda do Poder

Relembre cinco vezes em que Daniela Lima desagradou os bolsonaristas

Daniela Lima é a mais nova contratada da GloboNews – Divulgação

Daniela Lima, que trocou a CNN Brasil pela GloboNews nesta quinta-feira (22), irritou apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) diversas vezes nos quase quatro anos em que esteve no canal de notícias. A ex-apresentadora do CNN 360 chegou a figurar entre os assuntos mais comentados das redes sociais com o eleitorado do político do Partido Liberal pedindo sua demissão e deu uma bronca em um bolsonarista ao vivo.

Confira cinco vezes em que Daniela Lima incomodou o eleitorado de Bolsonaro:

1 – “Notícia boa”

Em maio de 2021, Daniela Lima foi atacada por apoiadores de Jair Bolsonaro por conta de uma frase dita no CNN 360: “Infelizmente, agora vamos falar de notícia boa, mas com valores não tão expressivos”, iniciou a jornalista para anunciar o saldo positivo do mercado formal de empregos, com a criação de 120 mil vagas com carteira assinada.

Mesmo com o “infelizmente” referindo-se ao número baixo, considerando que o desemprego atualmente é um dos maiores problemas do país, os bolsonaristas viram nisso uma espécie de boicote da emissora e da jornalista.

2 – “Quadrúpede”

Em junho do mesmo ano, a comunicadora foi chamada de “quadrúpede” pelo então presidente e virou alvo de seu eleitorado também. Em publicação que falava do “Dia da Imprensa”, um bolsonarista afirmou que achava que “o dia de finados fosse 2 de novembro”.

Em resposta, a jornalista questionou se aquilo seria “ameaça de morte ou de ditadura” e lembrou que “ambos são crimes”. “Não passará”, disse ela.

3 – “Chefe enterrado”

Já em julho de 2021, Daniela Lima cometeu uma gafe durante a cobertura da transferência de Bolsonaro de Brasília para São Paulo e informou que o político seria “enterrado” em vez de “internado”.

Após a repercussão, Tercio Arnaud Tomaz, assessor especial do parlamentar, atacou a loira: “Mais um ‘ATO FALHO’ da ‘Jornalista’ @DanielaLima”. “Tenha respeito, rapaz. Se não por mim, pq vcs não têm mesmo, pelo seu chefe, presidente da República. Presidente do Brasil. Respeito que todos nós estamos tendo. Tenha vergonha. Ele internado, a gente acompanhando, com correção. Vergonha. E respeito”, respondeu ela.

4 – “Pedido de demissão”

Em dezembro do ano passado, a CNN Brasil promoveu uma demissão em massa e bolsonaristas pediram para que a emissora demitisse Daniela Lima.

Com os ataques proferidos à apresentadora, o nome dela se tornou um dos mais comentados no Twitter e foi parar nos trending topics da plataforma. Ela foi sendo chamada de “Inimiga do Brasil”.

5 – “Bronca”

No dia 8 de janeiro de 2023, o deputado Ricardo Barros (PP-PR), ex-líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, questionou a veracidade das urnas e foi interrompido pela jornalista.

“Deputado, não, eu peço desculpas. Eu vou interromper. Sabe por quê? (…). A confiança na urna é imposta pelos fatos, deputado (…). Jornalistas deputado, perdão, somos eu e meus colegas que estão na rua, muitos deles apanhando dos homens de bem, pessoas de família que você veio defender”, iniciou.

Daniela Lima concluiu a bronca: “No dia de hoje, diante desse cenário de terra arrasada, do Supremo Tribunal Federal depredado, do Congresso Nacional depredado, do Palácio do Planalto depredado, de um governador que não conseguiu lidar [com a situação], reverberar esse tipo de discurso, que levou essas pessoas à loucura deputado, é questionável”.

No TSE, Moraes consegue acordo com ministros para impedir adiamento de julgamento

 O TSE julga Bolsonaro por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Condenação e inelegibilidade são o cenário mais provável

Alexandre de Moraes (Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE)

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Alexandre de Moraes negociou internamente para evitar pedidos de vista e o consequente adiamento do julgamento que poderá tornar Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos.

Segundo Malu Gaspar, do jornal O Globo, Moraes conversou pessoalmente com os dois ministros mais alinhados a Bolsonarona Corte Eleitoral: Kassio Nunes Marques e Raul Araújo. "Nessas conversas, Moraes argumentou que seria ruim para o país e para o TSE que o processo se arrastasse por muito tempo, e insistiu que o tribunal precisa encerrar essa fase da discussão sobre as eleições de 2022", relata a jornalista.

A estratégia de Moraes teria dado certo, segundo Malu Gaspar: tanto Nunes Marques quanto Raul Araújo prometeram proferir seus votos de imediato, sem pedido de vista. "O acordo vem sendo mantido no mais absoluto segredo para evitar o acirramento da pressão que os bolsonaristas têm feito, em público e nos bastidores, para que Nunes Marques ou Araújo peçam vista do processo", complementa.

De acordo com Lauro Jardim, do jornal O Globo, Bolsonaro e seus aliados depositam suas últimas esperanças em Nunes Marques e em um adiamento: "apostamos em adiar por três meses na esperança que, neste período, algum fato novo surja que possa mudar o resultado final”, resume um interlocutor de Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

TRF-4 despeja juiz Appio de sua sala na Justiça Eleitoral, removendo até mesmo retratos de família

 Afastamento de Appio foi apenas preventivo, e o juiz recorreu ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) buscando retornar ao seu cargo

Eduardo Fernando Appio (Foto: Divulgação)

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) tomou a decisão de despejar o juiz Eduardo Appio de sua sala na Justiça Federal. Em um despacho emitido pelo corregedor regional, Cândido Leal Júnior, foi determinado que todos os pertences pessoais do magistrado fossem retirados de seu gabinete localizado na 13ª Vara Federal de Curitiba, conhecida por sua participação na célebre Operação Lava Jato, segundo informa a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna na Folha.

Essa medida acabou por causar constrangimento entre os servidores do gabinete, visto que o afastamento de Appio foi apenas preventivo, e o juiz recorreu ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) buscando retornar ao seu cargo. No despacho emitido, o corregedor Leal autorizou o diretor da 13ª Vara Federal, com o apoio da diretora administrativa da seção, a recolher todos os objetos pertencentes a Appio e devolvê-los ao juiz. Essa determinação incluía até mesmo a retirada de retratos de família e desenhos de sua filha presentes no local.

"A diligência deverá ser realizada com discrição", enfatizou Leal em sua determinação. Desde que assumiu a 13ª Vara Federal de Curitiba, Appio tem analisado minuciosamente decisões judiciais e administrativas relacionadas à Operação Lava Jato, revertendo várias delas. Tal postura tem levado a críticas de ex-integrantes da operação, como Sergio Moro e Deltan Dallagnol, entre outros.

Fonte: Brasil 247 com informações da jornalista Mônica Bergamo na sua coluna na Folha

Na CPMI, deputado bate duro no bolsonarista George Washington, condenado por terrorismo (vídeo)

 "Você é incompetente até para a prática de um crime", afirmou o parlamentar Duarte Júnior

Duarte Jr. (Foto: Divulgação)

O deputado federal Duarte Jr (PSB-MA) criticou o bolsonarista George Washington, que foi depor nesta quinta-feira (22) na Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas. "Você é incompetente até para a prática de um crime...o presidente que vc defende afirmava aos quatro cantos deste país que bandido bom é bandido morto. E agora que vc está olhando o sol nascer quadrado, lá da Papuda, continua concordando com o seu mito?", questionou o parlamentar. 

Em 11 de maio, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) condenou o bolsonarista George Washington a 9 anos e 4 meses de prisão pela tentativa de atentado a bomba perto do Aeroporto de Brasília (DF) em dezembro de 2022. O outro condenado foi Alan Diego dos Santos Rodrigues (5 anos e 4 meses de reclusão). Além das penas, o TJ determinou que Washington pagasse uma multa de R$ 11.312, e Rodrigues, de R$ 6.464, com os valores revertidos para o Fundo Penitenciário Nacional.

A partir desta sexta-feira (23), o Supremo Tribunal Federal (STF) julgará mais 45 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por envolvimento nos atos golpistas do 8 de janeiro, quando apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF). O STF tornou 1.245 réus das 1.390 pessoas denunciadas pela PGR.  


Fonte: Brasil 247

G.Dias nega ter recebido relatório, indica manipulação e suspeita de Abin e general Penteado

 Em depoimento à CPI dos atos golpistas no DF, o ex-ministro negou que tenha recebido qualquer relatório da Abin e indicou que houve manipulação em documento enviado ao Congresso

General Gonçalves Dias presta depoimento na CPI dos atos golpistas do DF (Foto: Reprodução)

O general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), prestou depoimento nesta quinta-feira (22) na CPI doa atos antidemocráticos de 8 de janeiro da Câmara Legislativa do Distrito Federal. O ex-ministro negou que tenha recebido qualquer relatório da Abin e indicou que houve manipulação em documento enviado ao Congresso.

"A Abin respondeu [ao Congresso] com um compilado de mensagens de aplicativo. Esse documento tinha 'ministro do GSI'. Nunca participei de nenhum grupo de WhatsApp, eu não sou o difusor daquele compilado de mensagens. Então, aquele documento não condizia com a realidade. Esse era um documento, ele foi acertado e enviado", o ex-ministro do GSI do governo Lula.

"Nesse período, só fiz contato com diretor-adjunto da Abin. A Abin não me passou nenhum relatório. Não adulterei nem fraudei nenhum documento. [...] Só tomei conhecimento desse compilado de mensagens após o dia 8, e não mandei alterar", afirmou.

G. Dias atribuiu a segurança direta do palácio nominalmente aos militares remanescentes da gestão do General Heleno, ministro de Bolsonaro, em especial ao secretário executivo, general Ivan Penteado, exonerado após os atentados. No depoimento, ele disse ainda que, hoje, não teria os mantido. "A responsabilidade, logicamente, de tudo que acontece ali é do secretário executivo [general Penteado]. A segurança do Planalto é responsabilidade da Secretaria de Segurança Presidencial, à época tinha como secretário o general [Carlos] Feitosa. Quem fazia análise de criticidade era o coronel [Alexandre] Amorim e quem escalava o pessoal de segurança era coronel [André Luiz] Garcia. Essas pessoas tinham a responsabilidade de segurança do palácio.

O general Gonçalves Dias afirmou ainda que que não serviu água para bolsonaristas que invadiram o Palácio nem foi conivente com a invasão aos prédios públicos. “Existe uma narrativa de que facilitei ou deixei por facilitar. Mas não servi água para ninguém. Aquela imagem do major servindo água foi gravada às 15h59. A minha, às 16h30. A defasagem dele dando água com a minha é de 30 minutos. Eu não estava junto dele. Não servi água, não fui conivente com o que estava acontecendo. […] Não mandei distribuir água. Esse procedimento do major José Eduardo Natale está sendo ouvido em um processo de sindicância que mandei instaurar. Isso vai ser apurado, e ele vai ser punido se tiver errado”, acrescentou Gonçalves Dias.

Fonte: Brasil 247

Mundo verá aumento "alarmante" de diabetes até 2050, diz estudo

 A maioria dos casos é de diabetes tipo 2, a forma da doença ligada à obesidade



LONDRES (Reuters) - Todos os países do mundo verão as taxas de diabetes aumentarem nos próximos 30 anos se nenhuma ação for tomada, indica um novo estudo global.

Atualmente, existem 529 milhões de pessoas no mundo com diabetes, segundo o estudo liderado por pesquisadores do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington. Pesquisadores projetaram que o número mais do que dobrará, para cerca de 1,3 bilhão de pessoas, até 2050.

A maioria dos casos é de diabetes tipo 2, a forma da doença ligada à obesidade e amplamente evitável, disseram os pesquisadores.

O aumento da prevalência globalmente não é uniforme: alguns países e regiões são particularmente atingidos. Por exemplo, espera-se que as taxas de prevalência cheguem a 16,8% no norte da África e Oriente Médio e 11,3% na América Latina e Caribe até 2050, em comparação com uma estimativa de 9,8% globalmente. Atualmente, a prevalência é de 6,1%. Mas todos os países serão afetados, disseram os pesquisadores.

"A rápida taxa de crescimento do diabetes não é apenas alarmante, mas também desafiadora para todos os sistemas de saúde do mundo", disse Liane Ong, principal autora do artigo, apontando que a condição está ligada a várias outras condições cardiovasculares, como doenças cardíacas e derrames.

O número crescente de pessoas com diabetes é impulsionado em parte pelo aumento da obesidade e em parte por mudanças demográficas: a prevalência é maior entre os adultos mais velhos, mostrou o estudo. Os dados de 204 países não levam em conta o impacto da pandemia de Covid-19, porque esses números ainda não estavam disponíveis, disseram os pesquisadores.

O estudo, financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates, faz parte de uma série mais ampla sobre diabetes publicada nesta quinta-feira na revista médica The Lancet. A série pede estratégias de mitigação mais eficazes e uma consciência da desigualdade, com a maioria dos pacientes com diabetes vivendo em países de baixa e média renda e sem acesso ao tratamento adequado.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Mansão de Neymar em Mangaratiba tem obra interditada por crime ambiental e multa de R$5 milhões

 Durante a operação, o pai do atleta se desentendeu com as autoridades e chegou a receber voz de prisão

Obra na mansão de Neymar, em Mangaratiba, é interditada após infrações ambientais (Foto: Reprodução/Twitter)

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Uma obra na mansão do jogador Neymar em um condomínio em Mangaratiba, no litoral sul do Rio de Janeiro, foi interditada nesta quinta-feira em uma operação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente com apoio de forças de segurança, e uma multa de ao menos 5 milhões de reais será aplicada ao atacante do Paris Saint-Germain e da seleção brasileira, informou a prefeitura local.

Durante a operação, o pai do atleta se desentendeu com as autoridades e chegou a receber voz de prisão, disse a prefeitura em comunicado, acrescentando que ele não foi detido "considerando o princípio da razoabilidade e diante a um pedido da assessoria do senhor Neymar Santos (pai do jogador)".

Segundo a prefeitura, a ação se deu após denúncias baseadas em postagens de redes sociais, que mostravam "uma grande obra sendo feita, sem autorização ambiental, na propriedade do jogador”.

A prefeitura afirmou que diversas infrações ambientais foram descobertas na obra: desvio de curso de água, captação de água de rio sem autorização, captação de água para lago artificial, terraplanagem, escavação, movimentação de pedras e rochas sem autorização e aplicação de areia de praia sem autorização ambiental.

“De acordo com a equipe da Secretaria de Meio Ambiente, o próximo passo será fazer o parecer das irregularidades constatadas e emissão de multa, a qual, segundo estimativas e diante do dano ambiental causado, não será menor que 5 milhões de reais”, informou a pasta.

Procurada, a assessoria da família Neymar disse que não comentaria o incidente.

Fonte: Brasil 247 com Reuters