sexta-feira, 16 de junho de 2023

Movimentos populares e centrais sindicais vão às ruas pela redução da taxa de juros no país

 Objetivo da ação é conscientizar o povo sobre os impactos dos altos juros na vida dos trabalhadores, além de pedir a exoneração do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto

Protestos contra os juros altos no Brasil (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

A Central de Movimentos Populares (CMP), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a União de Moradia Popular (UMM) e as centrais sindicais vão às ruas nesta sexta-feira (16) exigir a redução da taxa básica de juros (Selic), que está em 13,75% ao ano, o maior patamar desde 2016. A mobilização, denominada como “Sextou contra os Altos Juros”, integra uma jornada de lutas das Brigadas de Agitação e Propaganda e será realizada às 17h, em frente ao Theatro Municipal, em São Paulo.

Segundo os movimentos populares, o objetivo da ação é conscientizar a população sobre os impactos diretos dos altos juros na vida dos trabalhadores e trabalhadoras, além de pedir a exoneração do atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, indicado ao cargo por Jair Bolsonaro. O Brasil tem hoje a taxa básica de juros real mais alta do planeta, de acordo com levantamento feito pela gestora de investimentos Infinity Asset Management em 156 países.

A taxa Selic no Brasil tem influência direta na vida de muitos brasileiros, sobretudo na dos mais pobres. Isso porque ela funciona como uma espécie de taxa mínima de juros da economia. Afeta decisões de compra e investimento. Impacta na geração de emprego e até na desigualdade.  Os juros altos favorecem apenas os mais ricos e parte da classe média alta que tem recursos aplicados no sistema financeiro. Nos próximos dias 20 e 21 de junho, o Comitê de Política Monetária (Copom) fará uma nova reunião para discutir os rumos da taxa básica de juros e a situação econômica do Brasil. É nesta data que o colegiado decidirá se a taxa de juros aumenta, diminui ou se mantém estável no país.

Raimundo Bonfim, coordenador nacional da CMP, ressalta que a elevada taxa de juros é um roubo à nação brasileira. “Os juros altos significam menos alimento na mesa, menos recursos para investir na saúde, na educação, na moradia popular, na geração de empregos, nas políticas de combate à fome e a miséria. São por essas razões que nós vamos às ruas. Queremos sensibilizar o povo brasileiro para pressionar a redução dos juros. A política monetária do país tem que andar em consonância com a política do governo Lula. É inadmissível um Banco Central não ter responsabilidade com o crescimento econômico, com a distribuição de renda e com o combate às desigualdades sociais”, disse.

Leciane Andrioli, da coordenação Nacional do MAB, lembra que o preço do gás de cozinha, dos combustíveis já caiu. Ela destaca que esse foi o projeto de governo eleito nas urnas, não o da política de juros a 13,75% do Campos Neto, que impede o crescimento do país e só prejudica os mais pobres. "Não tem motivo para termos a maior taxa de juros do mundo, enriquecendo ainda mais o rentismo. Não dá pra manter uma diretoria do Banco Central indicada por Bolsonaro se quisermos avançar com uma agenda de distribuição da riqueza, redução da desigualdade e reconstruir o Brasil, por isso nos mobilizamos essa semana, pela redução imediata dos juros e a demissão do Campos Neto".

Além do ato na próxima sexta-feira (16), as Brigadas de Agitação e Propaganda realizarão, entre os dias 17 e 21 de junho, mobilizações nos territórios em que atuam, incluindo colagem de adesivos, distribuição de panfletos informativos, caminhadas e diálogos com a população. Com carros de som, os movimentos populares vão abordar os impactos dos juros altos na vida cotidiana das pessoas. No dia 20, haverá novo ato em frente ao edifício do Banco Central, na Avenida Paulista. Vamos juntos lutar pela redução das taxas de juros e pelo progresso do Brasil.

Fonte: Brasil 247 com informações da CMP

O que já se sabe sobre mistério de bebê que sumiu de parque desativado no Paraná

 Mãe e padrasto dizem que não perceberam que saíram do parque sem a criança

Thiago Vinícius Procópio Rocha (Foto: Reprodução)

O desaparecimento de um bebê de apenas dois anos tem mobilizado equipes especializadas de resgate e moradores da região de Londrina, no Paraná. De acordo com o G1, os bombeiros, responsáveis pelas operações de busca, anunciaram que irão ampliar a área de buscas a partir desta sexta-feira. O tenente Adriano Amaral explicou que a corporação planeja percorrer cerca de três quilômetros por dia na tentativa de encontrar o bebê.

Os primeiros esforços de busca foram concentrados no Ribeirão Três Bocas, onde os bombeiros iniciaram as operações logo após o desaparecimento. Essa área é conhecida por ter abrigado uma usina hidrelétrica desativada na década de 1980.

Entenda o caso 

O casal contou, em depoimento à polícia, que passou o sábado no parque e que, no momento de ir embora, a criança teria sido colocado no veículo. O parque está desativado atualmente e, como há um rio com correnteza, uma das hipóteses da Polícia Civil é que o garoto tenha caído na água.

 O sumiço da criança só foi percebido pelos responsáveis depois de dirigirem por 4 km. Quando perceberam a ausência de Thiago Vinícius, o casal voltou ao parque. A mãe teria ficado desesperada e não conseguido pedir ajuda. Uma testemunha acionou o Corpo de Bombeiros e as buscas foram iniciadas.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Justiça absolve procurador que espancou a chefe durante o trabalho; entenda

 Demétrius agrediu Gabriela Samadello Monteiro de Barros com socos e chutes dentro do local de trabalho, em julho de 2022

Demétrius Oliveira Macedo e Gabriela Samadello Monteiro de Barros (Foto: Reprodução)

A Justiça de São Paulo absolveu o procurador Demétrius Oliveira Macedo, que agrediu a chefe durante o expediente na Prefeitura de Registro, no interior de São Paulo. Segundo apurado em reportagem do portal G1, o acusado foi considerado inimputável [pessoa que não compreende a ilegalidade do próprio comportamento em razão de doença mental] após ser diagnosticado com esquizofrenia paranoide.

Demétrius agrediu Gabriela Samadello Monteiro de Barros com socos e chutes dentro do local de trabalho, em julho de 2022. Ele foi detido e, depois, internado em um hospital psiquiátrico após apresentar um comportamento de personalidade narcisista e combativa. A decisão é da 1ª Vara da Comarca de Registro.

No documento há o apontamento de que Demétrius recebeu o diagnóstico de cinco médicos diferentes. Segundo a Justiça, ele está em um hospital de custódia e deve permanecer internado por, no mínimo, três anos.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Lula pede agilidade na nomeação de aliados do governo

 Reunião ministerial fez balanço e prepara anúncios

Lula fala em reunião ministerial em 15 de junho de 2023 (Foto: Marcelo Camargo/ag. Brasil)

Agência Brasil - Após mais de 9 horas de reunião, terminou na noite desta quinta-feira (15) a terceira reunião ministerial ampla do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto. Ao fim do encontro, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, fez uma declaração à imprensa para destacar os principais pontos e responder a perguntas dos jornalistas. A relação entre governo e base aliada no Congresso Nacional, que tem sido foco de críticas, foi um dos assuntos.

Costa falou sobre a demanda por melhorar essa relação. Segundo ele, Lula determinou agilidade na nomeação de cargos dos aliados do governo. “O presidente reiterou para que todos apoiem e ajudem o ministro [Alexandre] Padilha [Relações Institucionais] a materializar os compromissos que ele assumiu, uma vez que tem uma quantidade de cargos que foram indicados na negociação da composição do governo. O presidente fez um pedido para que isso seja feito o mais breve possível”, afirmou.

Balanço e projetos

A reunião contou com a participação de 35 dos 37 ministros, com exceção de Marina Silva (Meio Ambiente), em tratamento de saúde, e Luiz Marinho (Trabalho), em viagem internacional. Ambos enviaram representantes. O encontro contou também com a presença dos líderes do governo no Congresso Nacional, além dos dirigentes da Petrobras, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Cada ministro fez um balanço dos primeiros seis meses de governo e apontou propostas para os próximos seis meses. Uma nova reunião ministerial só deve ser realizada no fim do ano.

“Tudo aquilo que nós havíamos programado para lançar de programas fundamentais, importantes, entre eles o Minha Casa Minha Vida, o Bolsa Família, programas na área de saúde, educação me infraestrutura foram lançadas”, destacou Rui Costa.

Mais cedo, no discurso de abertura da reunião, Lula destacou que o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) será lançado em 2 de julho. O presidente explicou que o nome do programa será o mesmo, pois já está consolidado na sociedade e com quem atua na área da construção civil. Ele citou ainda que também estão pendentes os lançamentos dos programas Luz Para Todos e Água Para Todos.

Já de acordo com Rui Costa, ainda em julho o governo deve lançar um programa para levar internet banda larga para 100% das escolas do país, mesmo as escolas rurais, até o final do mandato, em 2026.

Desconto em carros

Durante a coletiva de imprensa após a reunião ministerial, o ministro-chefe da Casa Civil foi questionado sobre a possibilidade de estender a vigência do programa que concede redução de impostos para baratear o valor dos automóveis no Brasil. Segundo ele, a prorrogação do programa “não está no planejamento do governo”.

Rui Costa destacou que esse estímulo dado pelo governo no mercado automotivo é uma demonstração de que é preciso baixar os juros no país. “Esse absoluto sucesso demonstra o que é evidente para todos os atores econômicos do país, para toda a sociedade, que se dermos condições de crédito e baixar os custos financeiros para quem quer consumir, vai haver consumo, a indústria vai voltar a produzir e o comércio varejista vai vender”, observou.

Fonte: Agência Brasil

Líder do governo, Randolfe endurece o tom e diz que Campos Neto pode ser demitido do Banco Central

 "O Senado da República precisa agir! Não dá para acelerar a economia com o freio de mão puxado por essa taxa de juros exorbitante!", protestou o senador

Randolfe Rodrigues e Roberto Campos Neto (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado | Pedro França/Agência Senado)

Líder do governo Lula (PT) no Congresso Nacional, o senador Randolfe Rodrigues (sem-partido-AP) endureceu o tom em postagem no Twitter nesta sexta-feira (16) e cobrou que o Senado aja em relação ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. 

O governo trava desde o início do ano um embate com o Banco Central em razão da elevadíssima taxa de juros praticada no Brasil, atualmente em 13,75% ao ano. O debate ganhou ainda mais força diante dos recentes dados positivos da economia brasileira, principalmente da inflação, que tem tendência de queda. "A economia começa a decolar: crescimento do PIB acima do esperado; inflação em declínio; dólar em baixa; juros futuros em queda e desemprego reduzindo. Resta remover o entulho da taxa básica de juros estratosférica de Roberto Campos Neto", declarou Randolfe.

Na sequência, o senador lembra que a lei de autonomia do Banco Central delimita que, além do controle da inflação, a autarquia tem como compromisso fundamental a promoção do pleno emprego - objetivo que tem sido deixado de lado pela administração Campos Neto.

Randolfe, então, cobrou que o Senado tome providências para demitir o presidente do BC. "Importante destacar que a Lei da autonomia do Banco Central prevê a promoção do pleno emprego e também que o presidente do BACEN [Banco Central] poderá ser exonerado quando apresentar comprovado e recorrente desempenho insuficiente para o alcance dos objetivos da Instituição. O Senado da República precisa agir! Não dá para acelerar a economia com o freio de mão puxado por essa taxa de juros exorbitante! Quem está sendo prejudicado é o povo".

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou nesta quinta-feira (15) que, se dependesse da vontade do governo federal, Campos Neto já teria sido substituído. "Na verdade, se o Senado observar, o presidente do BC já teria sido demitido de sua função. Entre as suas funções está a inflação, mas também o emprego. Não me lembro de nenhuma ata ver o tema emprego sendo abordado. Ou seja, ele não está cumprindo suas obrigações. Já teria motivo para ser demitido. Troca".

Fonte: Brasil 247

Toffoli autoriza compartilhamento de mensagens da 'spoofing' com CNJ em ação que pode punir Moro

 Órgão do Judiciário investiga desvios nas ações conduzidas pelo ex-juiz suspeito contra o presidente Lula e vários réus da Lava Jato

Fachada do STF, Ministro Dias Toffoli e Sérgio Moro (Foto: ABr | STF | Reuters)

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, autorizou o compartilhamento de mensagens da operação "spoofing" com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A decisão foi tomada nesta quinta-feira (15/6) e permite que a Corregedoria Nacional de Justiça tenha acesso às provas coletadas nessa operação, bem como às evidências relacionadas aos sistemas de "operações estruturadas" da Odebrecht, obtidas por meio do acordo de leniência firmado entre a construtora e o Ministério Público Federal no âmbito da operação "Lava Jato", segundo informa o portal Conjur.

A autorização de Toffoli ocorre após a realização de uma correição extraordinária pelo CNJ na 13ª Vara Federal de Curitiba e na 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), duas semanas atrás. O pedido de compartilhamento foi assinado pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, e refere-se aos processos Reclamação nº 43.007/DF e Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 605/DF.

Salomão argumentou que, durante a correição, foram analisados documentos, processos judiciais e informações prestadas nos procedimentos administrativos da Corregedoria Nacional de Justiça, evidenciando a necessidade de compartilhamento das provas para aprofundar as investigações e cruzar dados. Toffoli acatou o pedido de Salomão e autorizou o compartilhamento das mensagens da operação "spoofing" com o CNJ.

Essas ações mencionadas pelo ministro Salomão têm origem nos pedidos da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ter acesso às informações obtidas por meio do acordo de leniência entre a Odebrecht e o Ministério Público Federal. O CNJ investiga desvios nas ações conduzidas pelo ex-juiz suspeito contra o presidente Lula e vários réus da Lava Jato.

Fonte: Brasil 247 com informações do portal Conjur

Ciro Nogueira chama Carla Zambelli de 'louca'. Deputada rebate: 'ele tem duas caras'

 "Perdemos essa eleição para nós mesmos", afirmou o senador do PP. "Tem ausência de ética também", respondeu a deputada do PL

Ciro Nogueira (PP-PI) e Carla Zambelli (PL-SP) (Foto: ABR | Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

O senador Ciro Nogueira (PP-PI) disse que o bolsonarismo foi o culpado pela derrota na eleição presidencial do ano passado. Em tom de crítica, o parlamentar citou a deputada Carla Zambelli (PL-SP), o ex-ministro da Economia Paulo Guedes e o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ). 

"Perdemos essa eleição para nós mesmos. Houve alguns erros na condução da comunicação da pandemia, por exemplo, Paulo Guedes contestando a questão do salário mínimo. Aquele louco do Roberto Jefferson com aquela louca da Carla Zambelli saindo atrás de um negro no centro de São Paulo. Algumas decisões do TSE. Muitas coisas", disse Nogueira em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) respondeu ao ex-ministro de Bolsonaro. "Helicóptero do Cerrado não tem moral para falar de ninguém. Foi o pior ministro do Governo Bolsonaro e vem criticar o melhor deles, tudo isso pra apagar o bem que falou do Bolsonaro e tentar mais espaço no desgoverno Lula. Não tem só duas caras, tem ausência de ética também", disse.

Zanin já tem maioria no Senado e deverá ter nome aprovado para o STF

 Quantidade necessária para aprovação, 41 senadores já disseram que votarão a favor do advogado. Outros 31 estão indecisos, mas só oito disseram que votarão contra

Cristiano Zanin (Foto: Jonas Pereira/Agência Senado)

Nomeado pelo presidente Lula (PT) para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Cristiano Zanin já assegurou os votos necessários para ser aprovado pelo plenário do Senado. Em entrevista ao jornal O Globo, 41 senadores afirmaram ser favoráveis à indicação, o que é suficiente para a aprovação. 

Zanin será sabatinado pelos senadores na próxima quarta-feira (21), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A votação em plenário está programada para o mesmo dia, segundo Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado. A votação será secreta, e Zanin precisará obter a maioria absoluta do plenário, ou seja, pelo menos 41 votos, o que equivale à metade do total de senadores em exercício, para ser aprovado. 

De acordo com o levantamento realizado pelo jornal, 31 senadores não responderam ou preferiram não declarar seu voto, enquanto apenas oito se posicionaram contrários. No dia da votação, é esperada pelo menos uma abstenção, a do senador Marcos Pontes (PL-SP), que estará de licença médica para realizar uma cirurgia agendada. Ele está entre os indecisos. 

A maioria a favor de Zanin é formada com o apoio unânime da bancada do PT, composta por 8 votos, e com um grande número de apoios em bancadas com as quais o advogado se reuniu, como MDB, com nove apoios (apenas Fernando Dueire, de Pernambuco, não se manifestou), e PSD, com 11 votos. Na oposição, os senadores Carlos Portinho (PL-RJ), Mecias de Jesus (Republicanos-RR), Plínio Valério (PSDB-AM) e dois membros do PP, incluindo o ex-ministro Ciro Nogueira (PI), declararam voto a favor de Zanin. PSB (3), PDT (2), União Brasil (2) e Rede (1) também contribuíram. 

Durante a semana, Zanin se reuniu com cerca de 70 senadores em visitas a gabinetes, almoços e jantares. Nessas ocasiões, ele conseguiu avançar no apoio para sua aprovação junto a evangélicos e à oposição, incluindo a aprovação de Jair Bolsonaro (PL) para que seu partido liberasse a bancada. Ele também conquistou o apoio unânime das bancadas do PSD e MDB. As negociações resultaram em uma mudança de discurso entre os parlamentares da oposição. Senadores bolsonaristas, como Damares Alves (Republicanos-DF), passaram a reconsiderar suas posições em relação ao advogado. 

Embora haja manifestações públicas de bolsonaristas contrários à escolha de Lula, a expectativa em relação a Zanin é de que ele obtenha apoio expressivo também nessa ala do Senado, que está interessada em restabelecer as relações com o STF. 

Nesta quinta-feira (15), o relator da indicação, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), leu seu parecer na CCJ. O texto menciona o currículo do advogado, elogia sua experiência e não apresenta obstáculos para a aprovação de seu nome. 

Declararam ao jornal O Globo voto a favor de Zanin: Ana Paula Lobato (PSB-MA), Ângelo Coronel (PSD-BA), Augusta Brito (PT-CE), Beto Faro (PT-PA), Carlos Portinho (PL-RJ), Chico Rodrigues (PSB-RR), Cid Gomes (PDT-CE), Ciro Nogueira (PP-PI), Confucio Moura (MDB-RO), Daniella Ribeiro (PSD-PB), Davi Alcolumbre (União-AP), Eduardo Braga (MDB-AM), Eliziane Gama (PSD-MA), Fabiano Contarato (PT-ES), Fernando Farias (MDB-AL), Giordano (MDB-SP), Humberto Costa (PT-PE), Ivete Da Silveira (MDB-SC), Jader Barbalho (MDB-PA), Jaques Wagner (PT-BA), Jayme Campos (União-MT), Jorge Kajuru (PSB-GO), Jussara Lima (PSD-PI), Laércio (PP-SE), Lucas Barreto (PSD-AP), Marcelo Castro (MDB-PI), Margareth Buzetti (PSD-MT), Mecias De Jesus (Republicanos-RR), Omar Aziz (PSD-AM), Otto Alencar (PSD-BA), Paulo Paim (PT-RS), Plínio Valerio (PSDB-AM), Randolfe (Sem partido-AP), Renan Calheiros (MDB-AL), Rogério Carvalho (PT-SE), Sergio Petecão (PSD-AC), Teresa Leitão (PT-PE), Vanderlan Cardoso (PSD-GO), Veneziano Vital Do Rego (MDB-PB), Weverton (PDT-MA) e Zenaide Maia (PSD-RN).

Os que já adiantaram o voto contrário ao advogado são: Carlos Viana (Podemos-MG), Cleitinho (Republicanos-MG), Eduardo Girão (Novo-CE), Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Luiz Carlos Heinze (PP-RS), Magno Malta (PL-ES), Marcos Do Val (Podemos-ES) e Sergio Moro (União-PR).

Não declararam voto ou estão indecisos: Alan Rick (União-AC), Alessandro Vieira (PSDB-SE), Damares Alves (Republicanos-DF), Dorinha (União-TO), Eduardo Gomes (PL-TO), Efraim Filho (União-PB), Esperidião Amin (PP-SC), Fernando Dueire (MDB-PE), Flávio Arns (PSB-PR), Flavio Bolsonaro (PL-RJ), Hiran (PP-RR), Irajá (PSD-TO), Izalci Lucas (PSDB-DF), Jaime Bagattoli (PL-RO), Jorge Seif (PL-SC), Leila Barros (PDT-DF), Mara Gabrilli (PSD-SP), Marcos Pontes (PL-SP), Marcos Rogério (PL-RO), Nelsinho Trad Filho (PSD-MS), Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), Rodrigo Cunha (Podemos-AL), Rogerio Marinho (PL-RN), Romário (PL-RJ), Soraya Thronicke (União-MS), Styvenson Valentim (Podemos-RN), Tereza Cristina (PP-MS), Wellington Fagundes (PL-MT), Wilder Morais (PL-GO) e Zequinha Marinho (PL-PA).

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Palocci usa diálogos da 'spoofing' para pedir anulação de seus processos

 Mensagens revelam que ex-ministro era tratado de forma ofensiva pelos procuradores

Ex-ministro Antonio Palocci (Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters)


Com base em conversas obtidas durante a operação "spoofing", a defesa de Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda, requereu que o ex-juiz Sergio Moro, atualmente senador pela União Brasil, seja considerado suspeito nos processos movidos contra Palocci. Além disso, pede-se a anulação de todos os atos relacionados à ação penal eleitoral realizados pela 13ª Vara Federal de Curitiba. O pedido de Palocci se enquadra em uma ação em andamento na Justiça Eleitoral, decorrente da extinta "lava jato", na qual ele é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, aponta reportagem do portal Conjur.

No extenso documento de 102 páginas, os advogados de Palocci apresentaram uma série de mensagens trocadas entre Sergio Moro e Deltan Dallagnol, então chefe do consórcio de Curitiba. Em uma dessas mensagens, o ex-procurador informou Moro sobre o protocolo de uma denúncia contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, naquele momento, e mencionou que outra denúncia contra Sérgio Cabral já estava pronta e seria apresentada no dia seguinte. A resposta de Moro foi: "Um bom dia, afinal".

A defesa de Palocci afirma que "as mensagens falam por si", evidenciando a coordenação entre Sergio Moro e os membros da força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) na operação Lava Jato. Essa coordenação direta impactaria diretamente o caso em questão, no qual todos os mencionados agentes públicos tiveram participação destacada.

Outro trecho das conversas revela uma pergunta da procuradora Laura Tessler sobre como se referir a Palocci, se como "ex-ministro" ou "ex-deputado". O procurador Antônio Carlos Welter respondeu: "Es-croque". Dallagnol também participou da conversa, chamando Palocci de "Safado".

A ação em questão está sendo analisada pela Justiça Eleitoral e deriva da operação "lava jato". Agora, cabe ao Judiciário examinar as alegações apresentadas pela defesa de Palocci.

Fonte: Brasil 247 com reportagem do portal Conjur

Natuza Nery desmente Marcos do Val ao vivo: "o senhor usa a imprensa para mentir" (vídeo)

 'Como vou acreditar que o senhor está falando a verdade?', questionou a jornalista durante conversa com o senador bolsonarista alvo de uma operação da PF

Marcos do Val e Natuza Nery (Foto: Reprodução)

O senador bolsonarista Marcos do Val (Podemos-ES) foi enquadrado pela jornalista Natuza Nery, de acordo com vídeo que circula nesta quinta-feira (15) nas redes sociais. Na conversa, o parlamentar afirmou: "o que foi dito para a imprensa não era nada oficial. Para a imprensa, eu usei a estratégica da persuasão". A jornalista respondeu ao senador. "Então o senhor mentiu quando falou para a imprensa? O senhor não precisa me ensinar o que é persuasão. Entendo bem de persuasão e de mentira também. Como vou acreditar que o senhor está falando a verdade agora?".

Policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão no gabinete do senador, em Brasília (DF), e na casa dele, em Vitória (ES). A PF encontrou trechos de conversas dele com o ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ). Em fevereiro, Do Val confessou que aliados de Jair Bolsonaro (PL) queriam um golpe de Estado, iniciativa que teria apoio do petebista. O ex-parlamentar será chamado a depor.

Um dos motivos para a investigação contra o senador foi o uso de informação sigilosa da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), uma tentativa de atrapalhar investigações dos atos golpistas do 8 de janeiro, quando bolsonaristas invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília. O parlamentar criticou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. 


Fonte: Brasil 247

Haddad critica juros altos e diz que Brasil convive com "alienação do Banco Central"

 Governo aumenta a pressão pela redução da taxa de juros

Fernando Haddad (Foto: Valter Campanato/ag. Brasil)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a mostrar insatisfação com a atuação do Banco Central nesta quinta-feira (15). Durante reunião ministerial no Palácio do Planalto, Haddad afirmou que o país convive com uma certa “alienação” do Banco Central por manter o mesmo patamar da Selic desde agosto do ano passado.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, também fez um apelo para a queda da taxa de juros. Segundo ele, a queda dos juros vai significar a volta do emprego, do crédito e da produção industrial, informa o jornal O Estado de S.Paulo.

Fonte: Brasil 247 

quinta-feira, 15 de junho de 2023

PF pediu a prisão de Marcos do Val, mas STF negou; veja a lista de crimes de que ele é acusado


Marcos do Val
 

A Polícia Federal pediu a prisão de Marcos do Val (Podemos-ES) na operação desta quinta-feira (15) em endereços do senador bolsonarista, mas o pedido foi negado pelo STF.

Alexandre de Moraes autorizou apenas a realização de busca e apreensão. O ministro determinou que o sujeito deve prestar depoimento e a suspensão de suas redes sociais.

Os mandados são cumpridos em Brasília e no Espírito Santo.

Além de obstrução da justiça e tentativa de golpe de estado, Marcos Do Val é investigado por vazar documentos no Twitter.

A investigação que resultou na operação foi conduzida pela Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado (DICOR). É uma diretoria formada por delegados muito experientes e ligada diretamente ao diretor geral da PF.

A operação foi realizada no âmbito das investigações sobre atos golpistas. Foram apreendidos documentos, papéis, computadores, celulares, entre outra coisas.

O levantamento aponta que ele também desobeceu a proibição de visitar o ex-ministro Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres.

O gabinete do senador foi revistado. Em fevereiro, ele falou que Jair Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira organizaram uma reunião, no fim do ano, para armar um golpe de Estado. Depois deu seis versões diferentes sobre a palhaçada, confessando, a certa altura, que queria apenas incriminar Alexandre de Moraes.

Fonte: DCM

Gleisi: 'chegou a hora da verdade para Marcos do Val, que já até confessou o crime'

 A presidente do PT citou algumas acusações contra o parlamentar bolsonarista

Gleisi Hoffmann e Marcos do Val (Foto: Câmara dos Deputados)

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), citou nesta quinta-feira (15) algumas acusações contra o senador Marcos do Val (Podemos-ES), alvo de uma operação da Polícia Federal (PF). O parlamentar foi acusado de atrapalhar investigações dos atos golpistas do 8 de janeiro, quando apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadiram o Palácio do Planalto, onde fica o gabinete presidencial. Também ocuparam o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional. 

"Chegou a hora da verdade pro bolsonarista gordofóbico Marcos do Val! Tentou junto com Bolsonaro e Daniel Silveira armar plano pra grampear e incriminar Alexandre de Moraes, fechar o TSE e dar golpe de Estado. Já até confessou o crime. Criou toda uma trama e acabou enrolado. É suspeito associação criminosa, falso testemunho, denunciação caluniosa e coação. Com essa, nem da Swat escapa!", escreveu a parlamentar. 

No começo deste ano, Marcos do Val confirmou que existia um plano entre bolsonaristas para dar um golpe de Estado no País e, para alcançar o objetivo, o parlamentar afirmou que bolsonaristas queriam grampear o ministro do STF Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral. 

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) disse que está preparando um documento para Marcos do Val ser substituído na CPMI dos atos golpistas. Os deputados federais Guilherme Boulos (PSOL-SP) e André Janones (Avante-MG) criticaram o bolsonarista.

Toffoli anula provas contra Tacla Duran, que deve voltar ao Brasil e expor extorsão de Moro e Dallagnol

 Ministro do STF afirma em sua decisão que as provas contra Tacla Duran são 'imprestáveis'. Advogado diz que foi extorquido no âmbito da Operação Lava Jato

Tacla Duran (Foto: Reprodução)


O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou nesta quinta-feira (15) todas as provas das ações penais contra o advogado Rodrigo Tacla Duran que tramitavam na 13ª Vara Federal de Curitiba, informa a colunista Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo. Essa decisão abre o caminho para o fechamento dos processos contra ele. Como resultado, o advogado poderá ser liberado dos processos equivalentes que enfrentará na Espanha e poderá retornar ao Brasil.

De acordo com Toffoli, as ações contra Tacla Duran utilizaram provas do acordo de leniência da Odebrecht que já haviam sido consideradas inúteis pelo STF. Em sua decisão, o ministro da Suprema Corte afirma que "a inutilidade, no que diz respeito ao requerente, dos elementos de prova obtidos a partir dos sistemas Drousys e MyWebDay B [de contabilidade paralela] utilizados no acordo de leniência celebrado pela Odebrecht".

As ações contra Tacla Duran já haviam sido suspensas em março pelo então ministro Ricardo Lewandowski, que também argumentou que o próprio STF, em um julgamento da 2ª Turma, havia considerado como provas provenientes da delação da Odebrecht "irremediavelmente comprometidas" devido a "falhas irreparáveis ". Houve até as mesmas adulterações em cópias de dados extraídos dos sistemas da empreiteira, o que evoluiu no fechamento de processos envolvendo o ex-presidente Lula e outros réus.

Leia também matéria do Conjur sobre Rodrigo Tacla Duran:

Em diálogos, procuradores falaram em 'ferrar Tacla Duran' e 'fechar" Odebrecht

Conversas entre procuradores da extinta "lava jato" mostram que o consórcio desejava "ferrar" com o advogado Tacla Duran, pivô de acusações contra Deltan Dallagnol e o ex-juiz Sergio Moro. Os integrantes do MPF (Ministério Público Federal) de Curitiba também falam em fechar a construtora Odebrecht.

 O diálogo é de 17 de junho de 2016 e faz parte do acervo apreendido pela Polícia Federal durante a operação "spoofing". Nele, o procurador Orlando Martello sugere a leitura de um depoimento para quem quiser "ferrar Tacla Duran", conseguir a prisão perpétua de Marcelo Odebrecht ou fechar a multinacional. 

 "Pessoal, depoimento longo, mas sugiro a sua leitura para quem estiver negociando no caso da ODE, bem como para quem quiser ferrar TACLA DURAN, para quem quiser fechar a ODE, para quem quiser prisão perpétua para MO [Marcelo Odebrecht]", disse. 

 O ex-procurador Diogo Castor, demitido em outubro de 2021 por encomendar um outdoor lavajatista instalado em Curitiba, comentou que queria "prender" o advogado. "Eu quero prender o tacla. recomendado tb [também]?", afirmou. 

 Roberson Pozzobon disse para o colega se acalmar, porque o pedido de prisão de Tacla estava pronto, mas que a "lava jato" aguardaria a "posição dos americanos" antes de tomar os próximos passos contra o advogado. Durante a operação, procuradores atuaram de forma clandestina junto aos Estados Unidos. 

 "Te acalme Castor. Pedido tá pronto, mas vamos aguardar a posição dos americanos pos reunião da próxima segunda pra protocolar. Eu sei que a vontade, sua, minha, de todos nós é GRANDE", disse Pozzobon. 

 Os procuradores Athayde Ribeiro Costa e Laura Tessler também se juntaram ao grupo. "Aquele BAFO DE ONÇA vai gerar rebeliao na carceragem. Ninguem aguenta", disse Athayde sobre Tacla Duran. "Bom prender logo", complementa Tessler.

Fonte: Brasil 247

Lula entrega Ferrovia Norte-Sul nesta sexta e Paulo Pimenta projeta: "frete até 40% mais barato"

 Obra foi iniciada em 1987 e que teve mais de 90% de seus trechos construídos pelos Governos Lula e Dilma

Lula e a Ferrovia Norte-Sul (Foto: Ricardo Stuckert/PR | ABR)


O presidente Lula (PT) entregará nesta sexta-feira (16) a Ferrovia Norte-Sul, obra iniciada em 1987 e que teve mais de 90% de seus trechos construídos pelos Governos Lula e Dilma.

A ferrovia liga os estados do Maranhão e São Paulo e corta quatro das cinco regiões brasileiras. O ministro-chefe da Secom, Paulo Pimenta, afirma que a entrega da obra se trata de um momento "histórico" principalmente pelo seu impacto no barateamento do frete de produtos brasileiros. De acordo com o ministro, "a partir de amanhã, o frete de muitos produtos brasileiros vai ficar até 40% mais barato".

"Hoje, 60% do custo logístico dos produtos brasileiros têm a ver com transporte, por isso a entrega da ferrovia é um momento histórico, pois diminui o 'custo Brasil' e aumenta a competitividade do nosso país", ressalta.

Em entrevista a rádios de Goiás nesta quinta (15), Lula afirmou que "se dependesse dos governos Lula e Dilma, essa ferrovia teria sido inaugurada muito tempo atrás." O presidente destacou o avanço das obras nos governos petistas: "No meu governo e no governo da Dilma, nós fizemos 90% dessa ferrovia. 5% foi feita pelo presidente Sarney, FHC, Temer, e 5% foi feita pela empresa que é hoje a concessionária da estrada. [...] Sempre tem muito empecilho, mas eu penso que ao invés de a gente ficar reclamando porque demorou tanto, eu estou feliz estar de volta à presidência da República e, exatamente no meu mandato, a gente vai inaugurar finalmente a Ferrovia Norte-Sul."


A ferrovia foi leiloada em 2019 por R$ 2,719 bilhões para a concessionária Rumo, que superou uma concorrente única, a VLI, empresa de logística que tem como principal sócia a Vale, que fez uma oferta de R$ 2,065 bilhões.

Fonte: Brasil 247