segunda-feira, 12 de junho de 2023

Esquecimento marca os dez anos das jornadas de junho de 2013 no Sudeste, revela pesquisa Ipec

 No Sudeste, 40% dizem não lembrar das manifestações. Quase metade dos nordestinos dizem não ter apoiado os atos e não se arrependem disso

(Foto: ABr)


Dez anos após as jornadas de junho de 2013, um sentimento predominante no Sudeste é o de esquecimento em relação àquela fato político, revela pesquisa inédita do Ipec contratada pelo jornal O Globo. Enquanto isso, sulistas e nordestinos têm opiniões divergentes em relação aos protestos.

Os dados da pesquisa mostram que os moradores dos três estados do Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) tiveram maior envolvimento com as manifestações de 2013. Cerca de 20% dos sulistas afirmaram ter apoiado os protestos e se orgulharem disso, em comparação a 15% nas demais regiões do país. Por outro lado, quase metade (48%) dos nordestinos dizem não ter apoiado os atos e não se arrependem disso, enquanto no Sudeste essa taxa é de 35% e no Sul, 43%.

O Sudeste se destaca como recordista de esquecimento ou falta de resposta, com 40% dos entrevistados nessa categoria, especialmente nas grandes cidades onde ocorreram os principais protestos.

Além disso, os nordestinos são os que avaliam Junho de 2013 de forma mais negativa. Segundo a pesquisa, 30% dessa população considera que as consequências das manifestações foram "muito negativas". Essa taxa é menor para os moradores do Sudeste (18%) e do Sul (21%).

Um dado surpreendente revelado pela pesquisa é que, passados dez anos, um terço das pessoas entrevistadas não soube dizer ou preferiu não responder se consideravam os protestos de 2013 como positivos ou negativos para o país. Desse grupo, uma parcela significativa (18%) sequer sabia em quem votou no segundo turno das eleições de 2022.

O professor de ciência política da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Bruno Bolognesi, ressalta que a amnésia eleitoral no Brasil é muito alta e que as pessoas têm dificuldade em lembrar o que pensavam há uma década sobre política. Ele enfatiza que uma pesquisa que questiona o passado é relevante para compreender como as pessoas pensam atualmente, mas é necessário considerar que as memórias individuais são transformadas e apagadas ao longo do tempo.

A pesquisa do Ipec foi realizada com 2 mil entrevistados em 127 municípios, entre 1º e 5 de junho, e possui uma margem de erro máxima estimada de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.

Fonte: Brasil 247 

Desmatamento no governo Bolsonaro equivale a 150% do estado do Rio, aponta o MapBiomas

 Na contramão do resto do país, o desmatamento caiu em terras indígenas. Agropecuária foi responsável por 95,7% do desmatamento total no Brasil em 2022


Relatório divulgado pelo MapBiomas, plataforma que monitora o desmatamento no Brasil, revelou que a área desmatada ao longo do governo Jair Bolsonaro (PL), entre 2019 e o ano passado, equivale a 1,5 vez o estado do Rio de Janeiro. Segundo os dados consolidados, o país registrou o desmatamento de 6,6 milhões de hectares nesse período, um número alarmante que demanda atenção urgente, informa Carlos Madeiro, do UOL.

O desmatamento cresceu em cinco dos seis biomas brasileiros em 2022, comparado ao ano anterior, com exceção apenas da Mata Atlântica. Amazônia, Cerrado, Pantanal, Pampa e Caatinga foram afetados, respondendo por 90% da área desmatada no país no último ano. Entre os 5.570 municípios brasileiros, 62% receberam alertas de desmatamento em 2022, sendo que apenas 50 municípios foram responsáveis por 52% da destruição total das florestas no Brasil.

O relatório destacou que o município de Lábrea, no Amazonas, com 62.419 hectares desmatados, superou Altamira, no Pará, que havia liderado a lista nos últimos três relatórios.

Em relação aos anos anteriores, o estado do Pará manteve a liderança no ranking de 2022, com 22,2% da área desmatada do país, seguido pelo Amazonas, com 13,3%. O garimpo no sul do Pará continua sendo uma das principais causas de desmatamento na região, embora represente apenas 0,3% do total de supressão de vegetação nativa em 2022 no país.

A agropecuária foi apontada como o setor responsável por 95,7% do desmatamento total no Brasil em 2022, consolidando-se como a atividade que mais destrói o meio ambiente. Esse dado reforça a importância de fortalecer políticas de sustentabilidade e buscar alternativas para conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental.

Um aspecto positivo ressaltado pelo relatório é a redução do desmatamento em terras indígenas. Enquanto o desmatamento no resto do país continua aumentando, nas terras indígenas houve uma diminuição significativa ao longo dos anos. Em 2022, as terras indígenas responderam por apenas 1,5% da área desmatada no país, em comparação a 3,3% em 2019. Esses dados reforçam a importância da proteção das terras indígenas como estratégia eficaz na preservação do meio ambiente.

No entanto, o relatório alerta para a necessidade de maior fiscalização. Mais de 99% da área desmatada no Brasil em 2022 apresentou indícios de irregularidades, evidenciando a urgência de ações de controle e autuação por parte dos órgãos responsáveis. Segundo o documento, as ações de autuação e embargo realizadas pelo Ibama e ICMBio até maio de 2023 atingiram apenas 10,2% da área desmatada identificada entre 2019 e 2022.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Brasil terá superávit comercial na casa de US$ 70 bilhões em 2023

 Com Lula, o Brasil vem conquistando estabilidade externa, um superávit comercial expressivo e uma moeda forte, o que consolida sua posição no cenário internacional

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)

O novo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem tendo uma ajuda inesperada da economia global. Contrariando as expectativas de uma atividade mundial mais fraca, os últimos indicadores revelam um cenário mais positivo. Com base nisso, especialistas preveem que o país terá um superávit comercial acima de US$ 70 bilhões em 2023, marcando um recorde se confirmado, informa o Estado de S. Paulo.

Embora o estágio atual da economia não apresente a mesma expansão observada na primeira década dos anos 2000, que foi fundamental para o crescimento econômico nos dois primeiros mandatos de Lula, o mundo tem se mostrado resiliente neste início de ano, o que pode trazer um ambiente internacional favorável ao Brasil, ainda que em uma escala menor.

De acordo com Julia Passabom, economista do Itaú Unibanco, embora haja sinais de desaceleração na atividade global, não se trata de um colapso. Os analistas estão buscando entender o que explica esse desempenho acima do esperado, considerando que a confiança dos consumidores e empresários está em queda, o que indica uma menor propensão para investir e comprar.

Uma das hipóteses para explicar esse cenário é o estímulo monetário e fiscal concedido durante a pandemia, juntamente com a poupança acumulada pelas famílias nesse período. A força do consumidor nos Estados Unidos, por exemplo, tem adiado sucessivamente o cenário de recessão, e a rápida reabertura da China também contribui para as projeções de crescimento global.

A China desempenha um papel fundamental no comércio exterior brasileiro, sendo uma grande importadora de produtos básicos como soja e minério de ferro, e o país se tornou o principal parceiro comercial do Brasil. Com a desaceleração da economia global, os preços das commodities têm caído, mas o Brasil tem conseguido compensar essa redução com o aumento na quantidade de produtos exportados. O país registrou uma supersafra de grãos e possui um agronegócio de alta produtividade.

A valorização das commodities também impulsionou o comércio internacional brasileiro. O peso da corrente de comércio no Produto Interno Bruto (PIB) ultrapassou 30%, atingindo o maior patamar desde 1960, de acordo com estudo do Bradesco. Esse movimento foi resultado do impacto dos preços durante a pandemia, mas teve um efeito multiplicador no crescimento da economia.

Os resultados da balança comercial contribuirão para melhorar o resultado do setor externo brasileiro como um todo, reduzindo o déficit em conta corrente do país. Os investimentos diretos no Brasil também estão em uma situação confortável, o que fortalece a estabilidade externa e a moeda brasileira.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo


STF já tornou réus 90% dos bolsonaristas denunciados pelos atos golpistas do 8 de janeiro

 A análise das denúncias ocorre no plenário virtual, onde os ministros depositam seus votos, e têm sido feitos em blocos

Atos golpistas de 8 de janeiro (Foto: Agência Brasil)


O Supremo Tribunal Federal (STF) já examinou 1.245 das 1.390 denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra bolsonaristas presos em flagrante por participarem dos atos golpistas de 8 de janeiro. Isso representa 89,5% do total. Em todos os casos analisados ​​até agora, as denúncias foram acatadas e os suspeitos se tornaram réus.

A análise das denúncias ocorre no plenário virtual, onde os ministros depositam seus votos, e têm sido feitos em blocos. Na sexta-feira, foi concluído o sétimo bloco, com o recebimento de mais de 70 denúncias, segundo o jornal O Globo

A maioria dos acusados ​​(1.150 pessoas) correspondem aos que foram detidos no Quartel-General do Exército, um dia após os atos, e são acusados ​​de incitar as manifestações golpistas. Dos 1.014 indivíduos desse grupo que viraram réus, eles foram denunciados por incitação ao crime e associação criminosa.

Outras 239 pessoas que foram presas em flagrante na Praça dos Três Poderes foram denunciadas como executores dos atos. Nesse grupo, 231 já se tornaram réus. Eles enfrentarão uma acusação de associação criminosa armada, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, dano qualificado e suspeita de patrimônio tombado.

Além disso, uma pessoa foi denunciada por suposta omissão de agente público. No entanto, essa denúncia ainda não foi analisada pela Corte.

O recebimento da denúncia marca o início do processo penal. A partir de agora, serão realizadas coletas de provas, incluindo depoimentos de testemunhas de acusação e defesa. Ao final do processo, será julgado o mérito do caso, isto é, se os réus serão absolvidos ou condenados.

Até o momento, apenas os ministros André Mendonça e Nunes Marques expressaram divergências. Ambos votaram pela rejeição das denúncias contra os suspeitos de incitação. Em relação aos executores, Mendonça votou pelo recebimento completo das denúncias, enquanto Marques defendeu o recebimento em apenas três crimes (abolição violenta do estado democrático de direito, dano qualificado e queixa de patrimônio tombado). O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Aras tenta recondução e ministros do STF defendem Paulo Gonet na PGR

 Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes já intercederam por Gonet junto a Lula, prometendo lealdade do atual vice-procurador-geral eleitoral

Augusto Aras e Paulo Gonet (Foto: Leonardo Prado/PGR | Carlos Moura/SCO/STF)

Em meio à escolha do presidente Lula (PT) de indicar o advogado Cristiano Zanin para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), uma nova disputa nos bastidores ganha destaque: a sucessão do procurador-geral da República, Augusto Aras. Embora o mandato de Aras se encerre apenas no final de setembro, vários grupos de interesse já manifestaram suas preferências ao presidente, responsável pela indicação, relata Malu Gaspar, do jornal O Globo.

Entre esses grupos está um composto pelos ministros do Supremo Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, que aproveitaram um encontro com o presidente em um churrasco no Palácio da Alvorada, no final de maio, para expressar seu apoio ao seu favorito para substituir Aras. Ambos afirmaram a Lula que gostariam de ver o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Paulo Gonet é amigo e ex-sócio de Gilmar Mendes no Instituto Brasiliense de Direito Público. Além disso, ele emitiu um parecer favorável à condenação de Jair Bolsonaro (PL) na ação que pode torná-lo inelegível, relacionada à reunião do ex-mandatário com embaixadores estrangeiros para questionar as urnas eletrônicas. O apoio dos ministros do STF pode ser decisivo para Gonet, não apenas porque o presidente Lula está empenhado em atender aos pedidos desses ministros - Moraes é presidente do Tribunal Superior Eleitoral e Gilmar é o decano da corte, com influência política em vários tribunais.

Lula já informou que não pretende seguir a lista tríplice formada pelos procuradores da República em uma eleição direta, como fez durante seus dois primeiros mandatos. A votação está marcada para o próximo dia 21 e Gonet não está na disputa. 

Um dos concorrentes que corre por fora é o próprio Augusto Aras, que tem se movimentado entre seus contatos no PT baiano, como o senador Jaques Wagner, líder do governo Lula no Senado, para convencer o presidente de que merece ser reconduzido. Apesar de ter sido escolhido por Bolsonaro para seus dois mandatos, Aras espera convencer os petistas de que agirá da mesma forma em relação ao atual presidente, poupando-o de investigações e ações judiciais.

Dado que Lula já deixou claro que seu critério primordial de escolha será a lealdade e não a pressão da categoria, Aras ainda mantém esperanças. Durante a conversa com Lula, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes elogiaram Gonet e sugeriram que ele também seria um aliado leal. Essa postura pode ser um diferencial para Gonet, uma vez que Lula criticou duramente o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, responsável pela condução da Operação Lava Jato, durante o churrasco. Gonet ganha pontos caso consiga demonstrar a Lula que será um procurador-geral no estilo "anti-Janot". Com o apoio de influentes cabos eleitorais, Gonet já possui uma base sólida para sua campanha.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna de Malu Gaspar no jornal O Globo

Morre Silvio Berlusconi, ex-primeiro-ministro italiano

 Empresário foi o político da Itália que mais se beneficiou da Operação Mãos Limpas, que destruiu o sistema político italiano

Ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi (Foto: REUTERS/Guglielmo Mangiapane)


O político e empresário Silvio Berlusconi, ex-primeiro-ministro italiano, faleceu hoje no Hospital San Raffaele, em Milão, onde estava internado desde sexta-feira, 9 de junho. O líder do partido Forza Italia e fundador da Mediaset tinha 86 anos. Berlusconi retornou ao San Raffaele na última sexta-feira, após uma longa internação de 45 dias, que havia terminado algumas semanas atrás, devido a uma pneumonia e uma forma de leucemia.

Silvio Berlusconi, o empresário italiano e ex-primeiro-ministro, foi uma das figuras políticas que se beneficiaram do escândalo Mãos Limpas (Mani Pulite) na Itália. A investigação Mãos Limpas, que ocorreu na década de 1990, foi uma operação anticorrupção que revelou ampla corrupção e suborno em todo o país, levando à queda de muitos políticos e partidos tradicionais.

Embora a investigação tenha desvendado uma rede generalizada de corrupção, muitos políticos foram indiciados e partidos políticos inteiros foram dissolvidos, Berlusconi conseguiu se posicionar como um "outsider" e se apresentou como uma nova opção política para o eleitorado italiano. Ele capitalizou a desilusão generalizada com os partidos políticos tradicionais, que foram abalados pelo escândalo.

Berlusconi era um empresário rico e bem-sucedido, proprietário de uma empresa de mídia chamada Mediaset, e conseguiu retratar-se como alguém de fora do establishment político corrupto. Ele usou sua imagem de empresário bem-sucedido para se apresentar como uma alternativa confiável e capaz de limpar a corrupção na política italiana.

Além disso, Berlusconi lançou seu próprio partido político, o Forza Italia, em 1994, aproveitando o vácuo deixado pelos partidos tradicionais que foram destruídos pela investigação Mãos Limpas. Ele promoveu sua plataforma política como um movimento pró-negócios e anti-establishment, atraindo eleitores insatisfeitos com a classe política tradicional.

O sucesso de Berlusconi pode ser atribuído a uma combinação de fatores, incluindo sua habilidade em se posicionar como um "salvador" da política italiana, sua capacidade de utilizar sua riqueza e influência para obter apoio, bem como a erosão da confiança do público nos partidos políticos tradicionais devido aos escândalos de corrupção.

No entanto, é importante ressaltar que Berlusconi também enfrentou suas próprias acusações de corrupção e enfrentou vários processos judiciais ao longo de sua carreira política. Apesar disso, ele conseguiu se manter no poder durante vários mandatos como primeiro-ministro e exerceu uma influência significativa na política italiana por muitos anos.

Em suma, Silvio Berlusconi se beneficiou do escândalo Mãos Limpas na Itália ao se apresentar como um "outsider" político e capitalizar a desilusão do público com os partidos políticos tradicionais. Sua habilidade em se posicionar como um empresário bem-sucedido e seu lançamento de um novo partido político permitiram-lhe conquistar apoio e se tornar uma figura dominante na política italiana.

Fonte: Brasil 247

Juiz que faz a correição da Lava Jato mira depósitos judiciais e deve quebrar sigilos bancários

 Ministro Luís Felipe Salomão apura o destino de cerca de R$ 300 milhões obtidos pela força-tarefa

Ministro Luís Felipe Salomão, do TSE (Foto: Roberto Jayme / TSE)


Uma correição extraordinária está sendo realizada na 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba e no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), responsáveis pela operação Lava Jato, a fim de examinar cerca de R$ 300 milhões em depósitos judiciais, segundo informa a jornalista Juliana Braga, na coluna Painel, da Folha de S. Paulo. O corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, pretende analisar detalhadamente as decisões relacionadas a esses recursos, assim como sua origem e destino, podendo solicitar a quebra de sigilo bancário, se necessário.

Essa inspeção extraordinária foi aberta após o afastamento do juiz Eduardo Appio de suas funções, em meio a alegações de uma suposta ameaça ao desembargador federal Marcelo Malucelli. Appio nega as acusações. Antes de ser afastado, ele estava revisando as decisões do ex-juiz Sergio Moro, seu antecessor.

Salomão também tem a intenção de examinar minuciosamente os acordos de cooperação internacional e a condução das delações premiadas. O ministro estará em Curitiba esta semana para acompanhar de perto os trabalhos. Em 2019, um acordo homologado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, já havia estabelecido que os R$ 2,6 bilhões, originalmente destinados a um fundo a ser administrado pelo Ministério Público Federal (MPF), fossem depositados na conta única do Tesouro para serem utilizados em gastos com saúde e educação.

Fonte: Brasil 247

domingo, 11 de junho de 2023

Força-tarefa destrói dez garimpos ilegais na Amazônia

 Dez garimpos ilegais destruídos e R$ 4,5 milhões em multas aplicadas. Esse é o saldo de 17 dias de atuação da Força-Tarefa

(Foto: Ag. Brasil)


Agência Brasil - Dez garimpos ilegais destruídos e R$ 4,5 milhões em multas aplicadas. Esse é o saldo de 17 dias de atuação da Força-Tarefa de Segurança Pública Ambiental na Floresta Nacional de Urupadi, localizada em Maués (AM), na região sul do Amazonas, a cerca de 267 quilômetros de Manaus.

Composta por agentes da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Força Nacional, além de servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a força-tarefa deflagrou a chamada Operação Aurum em 18 de maio. O balanço da iniciativa, encerrada no último dia 3, foi divulgado neste sábado (10).

Segundo a PF, foram apreendidas 13 escavadeiras hidráulicas, um trator esteira, seis motocicletas, três quadriciclos, 61 barracos, 16 motores geradores de energia, 20 motores bombas, sete dragas, além de nove armas de fogo e outros equipamentos usados no garimpo ilegal, como embarcações e mercúrio.

Espécies raras

Floresta Nacional de Urupadi foi criada em maio de 2016. Na mesma ocasião, o governo federal criou outras quatro unidades de conservação (UCs) federais (Área de Proteção Ambiental Campos de Manicoré; Reserva Biológica Manicoré; Parque Nacional do Acari e a Floresta Nacional do Aripuanã) e ampliou a área da Floresta Nacional Amana.

Na ocasião, o ICMBio sustentou que a criação das novas unidades de conservação entre as bacias dos rios Madeira e Tapajós representava “uma nova fronteira de desenvolvimento socioambiental”, reforçando ações conservacionistas no sul do Amazonas, região que, segundo o instituto, é de extrema importância ambiental.

Ainda de acordo com o ICMBio, a região abriga exemplares de pássaros e primatas endêmicos, ou seja, que só são encontrados naquela área. Só entre os primatas locais, há três espécies endêmicas (Mico manicorensisCallibella humilisCallicebus bernhardi) e nove consideradas vulneráveis à extinção. Além disso, especialistas estimam que 800 espécies de aves vivam na região, o que equivale à quase metade de todo o conjunto de aves registradas no Brasil. Além disso, algumas das aves encontradas na região ainda são pouco conhecidas por cientistas – que também já apontaram a possibilidade de haver, na região, espécies de peixes ainda não descritas por especialistas.

Ao criar e ampliar as unidades de conservação, em maio de 2016, o governo federal assegurou que a medida permitiria “o incremento da economia local baseado no manejo florestal sustentável” e que, em parte da área seria possível desenvolver o ecoturismo, dadas a beleza natural da região. Quanto à Floresta Nacional de Urupadi, o Instituto Chico Mendes informou que a unidade proporcionaria “maior segurança para a Estação Ecológica (Esec) Alto Maués, contribuindo para a conservação de primatas que vivem na área”.

Fonte: Agência Brasil

Presídios terão plano do Ministério da Saúde para eliminar transmissão de doenças

 O banco de dados do sistema penitenciário brasileiro estima que há cerca de 30 mil casos de Aids, tuberculose, sífilis e hepatite nos presídios estaduais femininos e masculinos

(Foto: Brasil de Fato)

Agenda do Poder - O Ministério da Saúde vai criar um comitê para combater 11 enfermidades e eliminar a transmissão vertical (de mãe para filhos) de sífilis, hepatite B e de HIV nos presídios do país.

O banco de dados do sistema penitenciário brasileiro estima que há cerca de 30 mil casos de Aids, tuberculose, sífilis e hepatite nos presídios estaduais femininos e masculinos, que passarão a ser focados pelo Ministério da Saúde em nova iniciativa com outras frentes do governo a fim de eliminar o que a pasta chama de “doenças socialmente determinadas”.

O Comitê Interministerial para Eliminação da Tuberculose e Outras Doenças Determinadas Socialmente (CIEDS) vai trabalhar em propostas e iniciativas até janeiro de 2030.

De junho a dezembro de 2022, o HIV foi a principal doença transmissível em prisões estaduais do país entre homens, com 9.046 casos (32,3%). Entre as detentas, a maior transmissão foi de sífilis, com 1.413 casos (56,2%).

Fonte: Agenda do Poder

Há registro de 9.395 casos de sífilis nos presídios masculinos. Além disso, o sistema penitenciário contabilizou 7.304 casos de tuberculose, 1.944 de hepatite e 523 de hanseníase nas prisões femininas e masculinas durante o período.

— São doenças que tendem a se espalhar com maior facilidade em ambientes de aglomeração e com higienização precária. Hoje, temos equipes de saúde dentro dos presídios, mas eles têm capacidade de lidar apenas com o básico devido à falta de estrutura — observa a médica sanitarista e professora da UFRJ, Lígia Bahia.

No ranking de população carcerária, o Brasil fica atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Segundo os dados mais recentes do Ministério da Justiça, há mais de 837 mil presos no país, distribuídos em 1.458 unidades prisionais.

O total de detentos ultrapassa em mais de 240 mil a quantidade de vagas dos presídios (596.442), fazendo da superlotação um dos principais problemas do sistema carcerário brasileiro. Conforme levantamento na base de dados do governo, os presídios com maior superlotação estão no Rio, em São Paulo e no Distrito Federal.

O Instituto Penal Vicente Piragibe (RJ), por exemplo, é o presídio mais superlotado do país, com 3.145 presos excedendo a capacidade. Em seguida, está a penitenciária Professor Ataliba Nogueira, em Campinas (SP), com 2.445 detentos excedentes. A Penitenciária I do Distrito Federal aparece em terceiro lugar, com 1.892 presos a mais.

— As celas superlotadas são acompanhadas de violência, insalubridade, maus-tratos, doenças e degradação. É uma bomba-relógio, um ambiente precário, propício para epidemias — complementa Lígia Bahia.

Para atendimento dos presos doentes, há 4.337 técnicos em enfermagem e enfermeiros e 1.023 clínicos gerais e de outras especialidades nas unidades prisionais. É como se cada médico fosse responsável pelo atendimento de 818 pessoas.

Segundo a especialista, há três desafios que o ministério deverá contornar para reduzir as doenças transmissíveis nas prisões: espaço físico inadequado e incompatível com as atividades médicas; distribuição inadequada de enfermeiros e técnicos; e falta de equipamento técnico, materiais e medicamentos.

Além de detentos, o governo vai priorizar pessoas em situação de rua, pacientes portadores de HIV, imigrantes e comunidades indígenas. Junto às transmissões citadas, o comitê tem o objetivo de excluir como problema de saúde pública as doenças de Chagas, malária, hepatites virais, tracoma, filariose, esquistossomose, oncocercose e geo-helmintíases.

Para tuberculose e o HIV, a meta é alcançar menos de 10 casos por 100 mil habitantes até 2035, e reduzir o número de mortes em 95%. E para a hanseníase, o grupo de trabalho focará em planos para interromper a transmissão em 99% dos municípios, eliminá-la em 75% das cidades e reduzir em 30% o número de novos casos.

A pasta estima que, atualmente, um milhão de pessoas vivem com HIV no Brasil, sendo que, destas, 900 mil conhecem seu diagnóstico. Já a tuberculose aumentou 4,9% no país em 2022 em comparação ao ano anterior, com cerca de 78 mil casos.

— Não é possível pensar o Ministério da Saúde sem abrir essa grande angular, para que nela possa caber um país com tantas desigualdades, mas também com tantas potências, como é o Brasil. Esse comitê busca reduzir as desigualdades, para que tenhamos, efetivamente, saúde para todos — disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade, no lançamento do comitê.

Em média, 14 brasileiros morrem por dia de tuberculose, que registrou recorde de óbitos em 2021: 5 mil. Em 2022, cerca de 78 mil pessoas adoeceram por tuberculose no país.

A doença voltou a aumentar após dois anos de relativa queda: de 79 mil registros em 2019, para 70,5 mil, em 2020, e 74,3 mil, em 2021. Nos dez anos anteriores, o índice registrava estabilidade. A maioria dos casos é encontrada em Manaus, Belém, Rio Branco, Recife e Rio.

Em março, ao lançar a campanha nacional de combate à doença, a ministra afirmou que não é “admissível que as pessoas percam a vida por uma doença que tem prevenção, tratamento e cura”. (*Com informações de O Globo)

VÍDEO: Mais um delator diz que teria sido coagido a “entregar” Lula na Lava Jato

 

Print do vídeo publicado por Rodrigo Tacla Duran em seu Twitter. Reprodução


O advogado Rodrigo Tacla Duran voltou a realizar comentários acerca da Operação Lava Jato. As novas falas de Duran ocorreram em seu perfil oficial no Twitter neste domingo (11).

Na ação, Rodrigo publicou um vídeo em que é exibido uma conversa entre um dos depoentes da operação. Nele, ouve-se um homem falando “fui quase que coagido a fazer um relato sobre o que tinha ocorrido”.

Não há maiores detalhes, mas aparentemente a  audiência refere-se ao sítio de Atibaia.

Confira o vídeo a seguir:

Fonte: DCM

Dino impõe condição para depor na CPI do 8 de janeiro

 Ministro da Justiça manifesta disposição em depor, desde que não seja no mesmo dia de bolsonaristas radicais

Flávio Dino (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou que está disposto a aceitar o convite da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas do dia 8 de janeiro para depor. No entanto, ele fez um pedido específico: que seu depoimento não seja agendado para o mesmo dia em que alguns bolsonaristas radicais serão ouvidos, informa o jornalista Lauro Jardim, colunista do jornal O Globo. O convite oficial ao ministro será feito na terça-feira (13).

Ainda de acordo com a reportagem, o ministro da Justiça espera que a agenda seja organizada de forma a permitir um depoimento objetivo e imparcial.

Na quarta-feira (7), o deputado Arthur Maia (União-BA), presidente da CPMI, anunciou que dará início à votação dos requerimentos de convocação e convites para depoimentos, seguindo a ordem dos nomes mais solicitados. Entre os nomes que devem ser ouvidos estão o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, o ministro Flávio Dino e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).

Fonte: Brasil 247 com jornal O Globo

Ricardo Salles mira vaga de Eduardo Bolsonaro no Senado em 2026, segundo cúpula do PL

 Após desistir da disputa pela prefeitura de São Paulo, deputado busca se candidatar ao Senado e se vitimiza por ter tido sua candidatura rifada, afirma membros do PL

Ricardo Salles (Foto: Agência Brasil)

Membros da cúpula do Partido Liberal (PL) especulam que o deputado Ricardo Salles (PL) esteja direcionando seus planos políticos para uma possível candidatura ao Senado nas eleições de 2026, ocupando uma vaga atualmente ocupada por Eduardo Bolsonaro, informa o jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles. Essa decisão vem logo após Salles desistir de concorrer à disputa para a prefeitura de São Paulo em 2024.

Segundo fontes do PL, a estratégia de Salles é "se vitimizar" diante da situação em que sua candidatura à prefeitura de São Paulo foi rifada, buscando assim ser compensado pela sigla com uma candidatura ao Senado em 2026. O partido tem a intenção de dar a vaga a Eduardo Bolsonaro.

Embora existam duas vagas em disputa para o Senado em 2026, a avaliação interna do PL é que o partido lançará apenas um candidato. A outra vaga seria utilizada para atrair uma sigla parceira para a coligação. Além disso, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, acredita que a direita deve ocupar apenas uma das vagas em São Paulo, enquanto a outra seria destinada a um candidato da esquerda.

Fonte: Brasil 247

Trump revela trama dos EUA para golpe na Venezuela: "nós iríamos tomá-la e pegar todo o petróleo" (vídeo)

 Ex-presidente criticou Joe Biden por fortalecer a Venezuela e afirmou que, durante seu governo, o país latino estava prestes a "colapsar"

Nicolás Maduro e Donald Trump (Foto: Reuters | Reprodução)

Durante um discurso na Convenção do Partido Republicano da Carolina do Norte neste sábado (10), o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, atual candidato a assumir o posto novamente, revelou uma trama da potência mundial para sabotar a Venezuela, "tomar o controle do país e pegar todo o seu petróleo".

O republicano criticava a administração do democrata Joe Biden por ter voltado a comprar petróleo do país latino, como se isso fosse uma vergonha aos EUA, que supostamente teria estado muito próximo de tomar controle da Venezuela durante seu governo: "e quanto a estarmos comprando petróleo da Venezuela? Quando eu saí [do governo], a Venezuela estava prestes a colapsar, nós teríamos tomado o país e pegaríamos todo aquele petróleo, teria sido ótimo".

"Mas agora estamos comprando petróleo da Venezuela então estamos enriquecendo um ditador. Vocês acreditam? Ninguém consegue acreditar nisso. E o petróleo deles é um lixo, é horrível, é o pior que se pode conseguir, é como alcatrão (tar). E para refiná-lo, você precisa de refinarias especiais". 

Assista no vídeo abaixo:


Fonte: Brasil 247

Advogados tentam melar no STF operação contra aliados de Lira; entenda

 Entenda como a defesa de investigados pela Operação Hefesto, da Polícia Federal, tentará trancar o inquérito usando o Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal e Arthur Lira (Foto: ABR)

Os advogados de defesa de parte dos 27 presos na Operação Hefesto devem entrar com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) com o intuito de trancar o inquérito, informa o colunista Lauro Jardim do jornal O Globo.

A operação investiga desvio de recursos de emendas parlamentares por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para a compra de kits de robótica, tendo como alvo pessoas ligadas ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O assessor número um de Lira em Brasília, Luciano Cavalcante, chegou a ser alvo de busca e apreensão.

A estratégia dos advogados para melar a Operação no STF será contestar a retirada de um dos alvos da Polícia Federal do inquérito pouco antes de ser diplomado deputado federal pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em dezembro.

Gilvan Máximo (Republicanos-DF) estava sob investigação, mas foi eleito para o Congresso Nacional em outubro e, desta forma, passaria a ter foro privilegiado a partir de sua diplomação como deputado. A PF, então, seguiu com a investigação deixando Gilvan de lado - e os advogados dos outros investigados vão alegar que, devido ao foro privilegiado, o STF deveria ter sido avisado de que o deputado estava sendo investigado.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Lauro Jardim no jornal O Globo

Aprovação do PL do Marco Temporal expõe distorções da democracia brasileira, diz Stedile

 Em novo episódio do podcast Três por Quatro, a liderança do MST chama atenção para a presença desproporcional de ruralistas no Congresso e aprovaram o PL 490 com facilidade

João Pedro Stedile (Foto: Reprodução/MST)


Rede Brasil Atual - Integrante da liderança nacional do MST, João Pedro Stedile afirma que a aprovação na Câmara do Projeto de Lei 490, o PL do Marco Temporal, expõe distorções da democracia brasileira. Em outras palavras, a razão pelas quais são aprovados projetos de interesse dessa minoria, e não do conjunto do país. “É pedagógica a aprovação do PL na Câmara. Os latifundiários correspondem a 1% do país, mas ocupam 35% do Congresso. Isso ajuda a entender essas distorções”, destacou Stedile no sexto episódio da terceira temporada do podcast Três por Quatro, lançado nesta sexta-feira (9).

Na sua avaliação, a aprovação foi uma espécie de provocação dos deputados ao governo, que colocou a questão indígena na pauta. E ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde se arrasta um julgamento sobre a validade da tese do marco temporal. Reiniciado nesta quarta-feira (7), voltou a ser suspenso devido a pedido de vista do ministro André Mendonça. Mas os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes votaram contra a tese ruralista; Nunes Marques, a favor.

“Eu espero que os ministros do STF tenham vergonha na cara. Eles não vão rasgar a Constituição por pressão do agronegócio. Então, eu imagino que os povos indígenas e o povo brasileiro serão vitoriosos no STF. Mas se um desastre acontecer, porque são os mesmos que mandaram prender o Lula, nós teremos que apelar para Tribunais Internacionais”, disse.  

"BRASIL TEM DÍVIDA HISTÓRICA COM POVOS INDÍGENAS" - Na avaliação de Stedile, o Brasil tem uma dívida histórica com os povos indígenas. “Eles que conhecem, mais do que ninguém, os diferentes biomas do Brasil. E eles que nos ensinaram a proteger as árvores, eles que ensinaram que da árvore protege-se a água. Se você derruba a árvore, desaparece a água, que é fundamental para a agricultura, que é fundamental para a vida humana de todos os seres vivos do nosso planeta. Então, nós temos uma dívida de gratidão por conhecimento histórico que os povos indígenas deixaram como legado”, destacou. 

A coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Juliana Kerexu, também participou do episódio. “Essa afronta toda não é só contra nós, povos indígenas, é contra os territórios, contra a natureza, contra as grandes florestas, esses biomas que estão ameaçados. É uma afronta ao direito de ter um futuro”, disse a liderança, que é caciqueda aldeia Tekoa Takuaty, sobre impactos do Marco Temporal.

MARCO TEMPORAL IMPEDE DIREITO DOS POVOS INDÍGENAS ÀS SUAS TERRAS - Juliana destacou que a defesa da demarcação das terras indígenas, de interesse de todo o país, não conflita com o desenvolvimento. “Em nenhum momento os povos indígenas falam contra o desenvolvimento de um território ou de um país, mas, sim, de repensar o que nossos atos e o desenvolvimento irresponsável estão gerando para o povo brasileiro e o mundo”, disse. 

O marco temporal em discussão no Legislativo (PL do Marco Temporal) e no Judiciário, na prática, impede o direito constitucional dos povos indígenas às suas terras. Isso porque, pela tese – que é política, e não jurídica – o povos originários só podem reivindicar a demarcação de terras que ocupavam na data da promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988. Ou seja, é como se a história de todos eles no Brasil começasse naquela data; como se tivessem chegado ao Brasil 480 após os europeus.  

O PL 490, que terá outro número no Senado, inclui ainda a abertura das terras indígenas para a exploração pelo agronegócio, garimpo e outras atividades de exploração.

Fonte: Brasil 247 com Rede Brasil Atual

Aprovada na Câmara, nova regra fiscal já recebeu 31 sugestões de emendas em comissão do Senado

 A proposta foi aprovada na Câmara com o apoio de 372 deputados em maio

Plenário do Senado Federal (Foto: Jonas Pereira/ Ag. Senado)

O texto da nova regra fiscal, já aprovado na Câmara com o apoio de 372 deputados , já recebeu 31 emendas na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal. Parte das sugestões pretende deixar o texto mais rigoroso enquanto outras propõem flexibilizar as regras do projeto, informa o G1.

Se o conteúdo do projeto for alterado pelos senadores, o texto precisará passar por nova votação na Câmara.

O PP, com 14 sugestões, lidera a lista de emendas apresentadas ao texto até o momento. As emendas podem ser acatadas ou rejeitadas pelo relator, senador Omar Aziz (PSD-AM).

O PSDB é o segundo partido que mais apresentou emendas ao texto, com seis sugestões.

O PL também apresentou seis emendas, o União Brasil, 3 e o Republicanos duas 

União Brasil apresentou três emendas, de autoria da senadora professora Dorinha Seabra (União-TO), que também faz parte da bancada da Educação. Todas flexibilizam o texto. As sugestões retiram despesas do novo teto de gastos, como o Fundeb, pisos constitucionais da Educação e da Saúde e o piso da enfermagem.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, visitará na próxima quinta-feira (15) o Senado, onde vai participar de uma reunião com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e líderes partidários sobre a proposta do novo arcabouço fiscal. Na reunião, Haddad deve pedir aos líderes partidários apoio ao projeto e que a espinha dorsal da proposta seja preservada, ou seja, não sofra modificações. 

Fonte: Brasil 247 com G1