quarta-feira, 7 de junho de 2023

Pacote anticrime de Moro previa a criação do agente infiltrado "como nos filmes americanos"

 Antes de propor o pacote, Moro já havia usado desse expediente contra Tony Garcia, delator da Lava Jato, forçando-o a gravar ilegalmente investigados selecionados por ele

Tony Garcia e Sergio Moro (Foto: Reprodução | Pedro França/Agência Senado | Divulgação)

O empresário e ex-deputado estadual Tony Garcia, que revelou recentemente à TV 247 ter sido utilizado ilegalmente como “agente infiltrado” pelo ex-juiz parcial - e hoje senador - Sergio Moro (União Brasil-PR), resgatou uma postagem de 2019 para corroborar sua versão.

No dia 7 de abril daquele ano, quando Moro já era ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), o ex-juiz destacou que seu pacote de lei “anticrime” previa a criação de “agentes infiltrados”. “Projeto de lei anticrime. Medidas simples e eficazes contra o crime. Já assistiu aqueles filmes norte-americanos com agentes policiais disfarçados infiltrando-se em gangues de criminosos, traficantes ou corruptos? Como Donnie Brasco ou The Infiltrator e que retratam casos reais”, publicou Moro.

“Qualquer semelhança não é ‘pura coincidência’”, afirmou Tony Garcia, também pelo Twitter. “Olhem o que diz Moro em 2019. Em 2004, ou seja, 15 anos antes, já havia usado desse expediente me usando para seu tão sonhado projeto. O projeto dele deveria ter sido batizado como ‘Guantánamo de Curitiba’”.

O juiz Eduardo Appio enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma denúncia contra Moro alegando que o ex-juiz da Operação Lava Jato inventou uma "esdrúxula figura investigatória" ao utilizar Tony Garcia como agente infiltrado. As informações foram divulgadas pelo GGN.

Em seu despacho, Appio não poupou críticas a Moro, destacando que o ex-magistrado criou uma figura investigatória inusitada ao utilizar Garcia como agente infiltrado para gravar ilegalmente os investigados selecionados por ele. Entre os alvos estavam um governador e ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), todos com foro privilegiado. Appio destacou que Moro utilizou um "colaborador infiltrado sem qualquer formalidade ou observância das leis vigentes no país" para investigar figuras que estavam fora de sua alçada.

Fonte: Brasil 247 com GGN

Bia Haddad conquista vitória histórica contra número 7 do mundo e avança para as semis de Roland Garros

A brasileira escreve um novo capítulo no tênis nacional ao se tornar a primeira semifinalista feminina brasileira em Roland Garros na Era Aberta do tênis

Bia Haddad Maia (Foto: REUTERS/Angelika Warmuth)

Pela primeira vez na Era Aberta do tênis, iniciada em 1968, uma jogadora brasileira avança para as semifinais de Roland Garros. Esse feito histórico pertence a Beatriz Haddad Maia, que mais uma vez mostrou sua determinação ao vencer uma partida acirrada no torneio francês. Após um começo de jogo pouco inspirador, a paulista de 27 anos superou a tunisiana Ons Jabeur, atual número 7 do mundo, por 3/6, 7/6(5) e 6/1, escrevendo assim mais uma página importante na história do tênis verde-amarelo.

A vitória de Bia também a coloca como a primeira brasileira a chegar às semifinais de um torneio do Grand Slam desde o US Open de 1968, quando Maria Esther Bueno - sempre ela! - foi derrotada por Billie Jean King a uma partida da final. Agora, Bia aguarda para conhecer sua próxima adversária em Paris, que será determinada pelo confronto entre a atual número 1 do mundo, Iga Swiatek, e a americana Coco Gauff. Vale lembrar que as duas se enfrentaram na final de Roland Garros no ano passado, com a vitória de Swiatek em sets diretos: 6/1 e 6/3.

Fonte: Brasil 247

PF encontra no celular de Mauro Cid minuta e "estudos" para golpe de estado

 Ajudante de ordens de Bolsonaro "reuniu documentos com o objetivo de obter suporte jurídico e legal para a execução de um golpe de estado", de acordo com Alexandre de Moraes

Jair Bolsonaro e Mauro Cid (Foto: Isac Nóbrega/PR)

A Polícia Federal descobriu no celular do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PT), coronel Mauro Cid, uma minuta de decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e alguns "estudos" que, de acordo com os investigadores, visavam dar suporte a um possível golpe de estado. 

A GLO permite que o presidente da República convoque as Forças Armadas em situações de perturbação da ordem pública. Os detalhes sobre essa nova evidência, que ainda não foram divulgados ao público, foram revelados após Cid depor na sede da PF em Brasília nesta terça-feira (6), de acordo com Malu Gaspar, do jornal O Globo.

Segundo o despacho do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que autorizou o depoimento de Cid, o ex-ajudante de ordens "reuniu documentos com o objetivo de obter suporte jurídico e legal para a execução de um golpe de estado". O material encontrado trata "da possibilidade de emprego das Forças Armadas em caráter excepcional, destinados a garantir o funcionamento independente e harmônico dos poderes da União". A Polícia Federal também realizou busca e apreensão na residência de Bolsonaro em Brasília, porém, até o momento, não há indícios de que o material tenha sido enviado a ele por meio do celular.

Durante o depoimento, Cid se recusou a falar, optando pelo silêncio. Os documentos recolhidos estavam em mensagens trocadas com o sargento Luis Marcos dos Reis, que também foi preso na mesma operação que investiga fraudes nos cartões de vacinação, incluindo o de Bolsonaro e sua filha Laura. Reis será ouvido pela PF nesta quarta-feira (7). Essa apreensão de material relacionado aos cartões de vacinação resultou em um novo inquérito sobre a participação desse grupo nos preparativos para um golpe de estado. Foi nesse contexto de investigação que Cid foi ouvido nesta terça-feira.

Áudios previamente divulgados pela CNN revelam conversas entre Cid, o ex-major Ailton Barros (também preso) e o coronel e ex-secretário executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco, discutindo como mobilizar o comandante do Exército para um golpe. Essas conversas também são abordadas nas novas mensagens examinadas pela PF. Além da minuta e dos pareceres recebidos de diversas pessoas, Cid e Reis também trocam ideias sobre como convencer outras autoridades do Exército a aderir ou colaborar com a GLO. Acredita-se que esse conjunto de mensagens compartilhadas em dezembro faça parte dos esforços do grupo de auxiliares de Bolsonaro relacionados aos atos golpistas de janeiro.

A Polícia Federal está investigando a possibilidade de que o plano fosse editar o decreto de GLO e, posteriormente, a minuta do golpe encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Esse documento, apreendido no armário de Torres, criava um "estado de defesa" no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e concedia a Bolsonaro poderes para interferir na atuação da Corte, o que é claramente inconstitucional.

As investigações estão em andamento, e as autoridades buscam identificar os responsáveis pela elaboração desses documentos e para quem eles estavam sendo compilados. 

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna de Malu Gaspar no jornal O Globo

Polícia Federal quebra sigilo de celular de assessor ligado a Arthur Lira e descobre grupo sobre kit robótica

 Assessor Luciano Cavalcante fazia parte de um grupo no WhatsApp chamado "Robótica Gerenciamento"

Arthur Lira e Luciano Cavalcante (Foto: José Cruz/Agência Brasil | Reprodução/Redes Sociais)

No desenrolar das investigações da Polícia Federal sobre possíveis desvios de recursos públicos destinados à educação, surgem novas revelações. Foi revelado recentemente que o ex-assessor parlamentar Luciano Cavalcante, pessoa próxima ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fazia parte de um grupo no WhatsApp chamado "Robótica Gerenciamento". Nesse grupo, estavam presentes, entre outros participantes, a sócia da empresa Megalic, apontada como o centro do esquema, que teria desviado verbas públicas, aponta reportagem da Folha de S. Paulo.

Luciano Cavalcante teve sua exoneração da Liderança do PP publicada na segunda-feira passada (5), após a Polícia Federal realizar mandados de prisão e busca e apreensão contra aliados de Arthur Lira. A investigação se concentra nos desvios ocorridos em contratos para aquisição de kits de robótica, utilizando recursos provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Na época, essas verbas eram controladas por meio das chamadas emendas de relator, as quais estavam sob a influência do presidente da Câmara.

A origem do caso remonta a uma reportagem da Folha de S.Paulo, publicada em abril do ano passado, que destacava as compras desses kits em municípios de Alagoas, todos firmados com a empresa Megalic, pertencente a aliados de Arthur Lira. Tanto o presidente da Câmara quanto a empresa negam qualquer envolvimento em atividades ilícitas.

Segundo o inquérito da Polícia Federal, os dados obtidos a partir do WhatsApp revelaram a existência do grupo "Robótica Gerenciamento", formado por Luciano Cavalcante, Roberta Lins Costa Melo (sócia da Megalic) e outras quatro pessoas. A PF afirma que Luciano manteve contato com alguns dos investigados, suspeitos de realizar entregas frequentes de dinheiro em espécie. Em pelo menos uma ocasião, ele teria sido o destinatário de uma quantia sacada pouco antes em agências bancárias.

Fonte: Brasil 247 com reportagem da Folha de S. Paulo

Gilmar manda recado a Moro e Dallagnol e diz que combate à corrupção deve ser feito dentro da lei

 Dallagnol foi cassado e Moro será investigado por agir fora da lei

(Foto: ABr | Senado)

No mesmo dia em que Deltan Dallagnol perdeu o mandato de deputado federal e o ex-juiz suspeito Sergio Moro passou a ser investigado no Supremo Tribunal Federal em razão das denúncias apresentadas pelo empresário Tony Garcia, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, mandou um recado à dupla, destacando um trecho da entrevista que concedeu ao jornalista Mario Vitor Santos, da TV 247. Confira e saiba mais:


O juiz Eduardo Appio enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma denúncia explosiva contra Sergio Moro, ex-juiz da Operação Lava Jato, alegando que ele inventou uma "esdrúxula figura investigatória" ao utilizar o delator Tony Garcia como agente infiltrado. As informações são do GGN. Appio decidiu expor as irregularidades cometidas por Moro e remeteu o caso ao STF, buscando trazer à luz a utilização questionável de Garcia como colaborador infiltrado.

Appio, titular da 13ª Vara Federal, expressou seu descontentamento com a descoberta de que a juíza Gabriela Hardt teria engavetado o depoimento de Tony Garcia por cerca de dois anos. Garcia relatou abusos e ilegalidades cometidos por Moro e pelos procuradores de Curitiba. Movido pelo desejo de desvendar os segredos da chamada "República de Curitiba", Appio considerou a denúncia de Garcia como um possível crime e encaminhou as cópias do processo ao STF, uma vez que Moro e Dallagnol desfrutam do foro privilegiado, que antes tanto criticavam.

Em seu despacho, Appio não poupou críticas a Moro, apontando que ele criou uma figura investigatória inusitada ao utilizar Tony Garcia como agente infiltrado para gravar ilegalmente os investigados selecionados por ele. Entre os alvos estavam um governador de Estado e ministros do Superior Tribunal de Justiça, todos com foro privilegiado. Appio destacou que Moro utilizou um "colaborador infiltrado sem qualquer formalidade ou observância das leis vigentes no país" para investigar figuras que estavam fora de sua alçada.

O juiz também demonstrou surpresa diante da inação da juíza Gabriela Hardt, que, mesmo ciente das ilegalidades praticadas por Moro e pelos procuradores de Curitiba, não tomou nenhuma providência em relação ao assunto. Em decorrência disso, os autos do caso foram encaminhados ao ministro Ricardo Lewandowski, aposentado do STF, por prevenção, e Hardt se tornou alvo de uma ação de suspeição apresentada pela defesa de Tony Garcia, que busca seu afastamento do caso.

No dia seguinte à revelação pública dos abusos de Moro feita por Tony Garcia, a juíza Hardt decidiu, por "foro íntimo", se afastar do julgamento das ações envolvendo o delator. A decisão de Appio de remeter o caso ao STF coloca em xeque as práticas investigativas da Operação Lava Jato e levanta questionamentos sobre a legalidade das ações conduzidas por Moro e sua equipe.

Appio, que já havia chamado atenção ao proferir uma aula de direito penal e constitucional em sua primeira sentença na Lava Jato, agora busca expor as irregularidades cometidas por Moro, ressaltando o uso problemático de Tony Garcia como agente infiltrado. O caso aguarda manifestação do Supremo Tribunal Federal, enquanto os envolvidos enfrentam escrutínio público e jurídico decorrente das denúncias feitas por Appio.

Confira, abaixo, a decisão de Appio:

“Tratam se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO opostos pelo Sr ANTÔNIO CELSO GARCIA (vulgo Toni Garcia), regulamente representado nestes autos. Verifico que na audiência de justificação realizada neste Juízo Federal (pela Exma Sra Juíza Substituta) em data de 4 de março de 2021 (plataforma zoom) o embargante foi ouvido e teve a oportunidade de informar a este Juízo Federal ter “trabalhado” por mais de dois anos como colaborador infiltrado no meio político e empresarial brasileiro, por força de um acordo de colaboração premiada envolvendo o embargante e o Ministério Público Federal do Paraná.

O embargante relata ter atuado inclusive com o auxílio e participação de um agente da Polícia Federal, sendo que sua atuação como INFILTRADO incluía prestação de contas do que apurava, junto aos senhores Procuradores da República (inclusive Procuradores Regionais com foro no STJ), bem como ao Exmo

Sr. Juiz Federal SÉRGIO FERNANDO MORO (hoje Senador pelo Paraná).

Os fatos narrados na referida audiência judicial – inclusive na presença da Exma Sra Procuradora da República no feito – consistem, na sua essência, em verdadeira “notitia criminis”, na medida em que a legislação brasileira não previa (e ainda não prevê) esta esdrúxula figura investigatória/processual (colaborador infiltrado). Ainda que estando presentes em audiência, as autoridades do caso nada fizeram em face do relatado.

A infiltração de agente da Polícia Federal (concursado) em organização criminosa, demanda a observância de uma série de requisitos legais, principalmente a formalização desta atividade.

Segundo o embargante, diversas autoridades com prerrogativa de foro (inclusive governador do estado do Paraná, Presidente do TJPR na época e Ministros do STJ) teriam sido, clandestinamente, investigados, com a utilização do embargante na heterodoxa condição de colaborador infiltrado sem qualquer formalidade ou observância das leis vigentes no país.

Diante do detalhamento dos fatos envolvidos, reputo como mais prudente que o presente processo seja SUSPENSO até ulterior manifestação do Supremo Tribunal Federal (autos da PET 11128), atribuindo se sigilo de grau 04 a partir da presente data. Havendo, claramente, indícios da ocorrência de prática delitiva praticada, em tese e hipótese (segundo o embargante) por Juiz Federal (hoje Senador) e integrantes dos MPF, Procuradores Regionais com foro no Superior Tribunal de Justiça, determino o envio de cópias do presente processo ao conhecimento do gabinete do Exmo Sr Ministro RICARDO LEWANDOWSKI (prevenção), mantendo se os presentes autos em arquivo e suspensos pelo prazo máximo de 1 ano, atribuindo se grau 04 de sigilo”.

Fonte: Brasil 247

Bia Haddad encara seu maior desafio em Roland Garros

 Partida começa às 6 desta quarta-feira em Paris; confira os canais de transmissão da partida contra Ons Jabeur

Bia Haddad (Foto: Reprodução Twitter / Time Brasil)

A brasileira Beatriz Haddad Maia está pronta para enfrentar seu maior desafio até agora no torneio de Roland Garros. Após uma campanha histórica, Bia alcançou as quartas de final, tornando-se a primeira brasileira desde Maria Esther Bueno, em 1968, a chegar tão longe em um Grand Slam. Agora, ela se prepara para enfrentar a talentosa tunisiana Ons Jabeur, atualmente classificada como a sétima melhor jogadora do mundo.

A partida entre Bia Haddad e Ons Jabeur acontecerá na quadra central Philippe Chatrier, com início marcado para às 6h no horário de Brasília. Será a primeira vez que ambas disputarão uma vaga nas semifinais em Paris. Vale destacar que Jabeur, ex-número dois do mundo, alcançou a final de Wimbledon e do US Open no ano passado. Além disso, ela já venceu Bia em duas ocasiões, uma delas em 2016, em Joue-Les-Tours, e outra este ano no WTA 500 de Stuttgart, na Alemanha.

Os fãs de tênis poderão acompanhar esse embate emocionante entre Bia Haddad e Ons Jabeur pelos canais ESPN 2 e SporTV 3, que farão a transmissão ao vivo. A partida promete ser intensa, repleta de habilidade e estratégia.

Uma vitória nessa partida poderia impulsionar Bia Haddad para o top 10 do ranking mundial, a menos que a tcheca Karolina Muchova conquiste o título (a tcheca está nas semifinais). Seria um feito notável para a tenista brasileira.

Portanto, marque em sua agenda: o confronto entre Bia Haddad e Ons Jabeur ocorrerá na quarta-feira, dia 7 de junho, às 6h no horário de Brasília. Não perca essa oportunidade de assistir a um jogo emocionante de alto nível. Sintonize nos canais ESPN 2 e SporTV 3 para acompanhar cada lance dessa batalha nas quartas de final de Roland Garros.

Fonte: Brasil 247

Appio disse ao STF que Moro inventou 'esdrúxula figura investigatória' ao usar Tony Garcia como agente infiltrado

 Juiz Eduardo Appio denuncia práticas ilegais de Sergio Moro e remete o caso ao STF, destacando o uso questionável de Tony Garcia como agente infiltrado

Sergio Moro e Eduardo Appio (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado | Justiça Federal)

O juiz Eduardo Appio enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma denúncia explosiva contra Sergio Moro, ex-juiz da Operação Lava Jato, alegando que ele inventou uma "esdrúxula figura investigatória" ao utilizar o delator Tony Garcia como agente infiltrado. As informações são do GGN. Appio decidiu expor as irregularidades cometidas por Moro e remeteu o caso ao STF, buscando trazer à luz a utilização questionável de Garcia como colaborador infiltrado.

Appio, titular da 13ª Vara Federal, expressou seu descontentamento com a descoberta de que a juíza Gabriela Hardt teria engavetado o depoimento de Tony Garcia por cerca de dois anos. Garcia relatou abusos e ilegalidades cometidos por Moro e pelos procuradores de Curitiba. Movido pelo desejo de desvendar os segredos da chamada "República de Curitiba", Appio considerou a denúncia de Garcia como um possível crime e encaminhou as cópias do processo ao STF, uma vez que Moro e Dallagnol desfrutam do foro privilegiado, que antes tanto criticavam.

Em seu despacho, Appio não poupou críticas a Moro, apontando que ele criou uma figura investigatória inusitada ao utilizar Tony Garcia como agente infiltrado para gravar ilegalmente os investigados selecionados por ele. Entre os alvos estavam um governador de Estado e ministros do Superior Tribunal de Justiça, todos com foro privilegiado. Appio destacou que Moro utilizou um "colaborador infiltrado sem qualquer formalidade ou observância das leis vigentes no país" para investigar figuras que estavam fora de sua alçada.

O juiz também demonstrou surpresa diante da inação da juíza Gabriela Hardt, que, mesmo ciente das ilegalidades praticadas por Moro e pelos procuradores de Curitiba, não tomou nenhuma providência em relação ao assunto. Em decorrência disso, os autos do caso foram encaminhados ao ministro Ricardo Lewandowski, aposentado do STF, por prevenção, e Hardt se tornou alvo de uma ação de suspeição apresentada pela defesa de Tony Garcia, que busca seu afastamento do caso.

No dia seguinte à revelação pública dos abusos de Moro feita por Tony Garcia, a juíza Hardt decidiu, por "foro íntimo", se afastar do julgamento das ações envolvendo o delator. A decisão de Appio de remeter o caso ao STF coloca em xeque as práticas investigativas da Operação Lava Jato e levanta questionamentos sobre a legalidade das ações conduzidas por Moro e sua equipe.

Appio, que já havia chamado atenção ao proferir uma aula de direito penal e constitucional em sua primeira sentença na Lava Jato, agora busca expor as irregularidades cometidas por Moro, ressaltando o uso problemático de Tony Garcia como agente infiltrado. O caso aguarda manifestação do Supremo Tribunal Federal, enquanto os envolvidos enfrentam escrutínio público e jurídico decorrente das denúncias feitas por Appio.

Confira, abaixo, a decisão de Appio:

“Tratam se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO opostos pelo Sr ANTÔNIO CELSO GARCIA (vulgo Toni Garcia), regulamente representado nestes autos. Verifico que na audiência de justificação realizada neste Juízo Federal (pela Exma Sra Juíza Substituta) em data de 4 de março de 2021 (plataforma zoom) o embargante foi ouvido e teve a oportunidade de informar a este Juízo Federal ter “trabalhado” por mais de dois anos como colaborador infiltrado no meio político e empresarial brasileiro, por força de um acordo de colaboração premiada envolvendo o embargante e o Ministério Público Federal do Paraná.

O embargante relata ter atuado inclusive com o auxílio e participação de um agente da Polícia Federal, sendo que sua atuação como INFILTRADO incluía prestação de contas do que apurava, junto aos senhores Procuradores da República (inclusive Procuradores Regionais com foro no STJ), bem como ao Exmo
Sr. Juiz Federal SÉRGIO FERNANDO MORO (hoje Senador pelo Paraná).

Os fatos narrados na referida audiência judicial – inclusive na presença da Exma Sra Procuradora da República no feito – consistem, na sua essência, em verdadeira “notitia criminis”, na medida em que a legislação brasileira não previa (e ainda não prevê) esta esdrúxula figura investigatória/processual (colaborador infiltrado). Ainda que estando presentes em audiência, as autoridades do caso nada fizeram
em face do relatado.

A infiltração de agente da Polícia Federal (concursado) em organização criminosa, demanda a observância de uma série de requisitos legais, principalmente a formalização desta atividade.

Segundo o embargante, diversas autoridades com prerrogativa de foro (inclusive governador do estado do Paraná, Presidente do TJPR na época e Ministros do STJ) teriam sido, clandestinamente, investigados, com a utilização do embargante na heterodoxa condição de colaborador infiltrado sem qualquer formalidade ou observância das leis vigentes no país.

Diante do detalhamento dos fatos envolvidos, reputo como mais prudente que o presente processo seja SUSPENSO até ulterior manifestação do Supremo Tribunal Federal (autos da PET 11128), atribuindo se sigilo de grau 04 a partir da presente data. Havendo, claramente, indícios da ocorrência de prática delitiva praticada, em tese e hipótese (segundo o embargante) por Juiz Federal (hoje Senador) e integrantes dos MPF, Procuradores Regionais com foro no Superior Tribunal de Justiça, determino o envio de cópias do presente processo ao conhecimento do gabinete do Exmo Sr Ministro RICARDO LEWANDOWSKI (prevenção), mantendo se os presentes autos em arquivo e suspensos pelo prazo máximo de 1 ano, atribuindo se grau 04 de sigilo”.

Fonte: Brasil 247 com informações do GGN

Desenrola será acompanhado de programa de educação financeira

 Objetivo é prevenir que os consumidores recaiam em nova inadimplência

Ferando Haddad (Foto: Valter Campanato/ag. Brasil)

Agência Brasil - Programa que pretende beneficiar cerca de 30 milhões de pessoas com a renegociação de dívidas, o Desenrola incluirá um segmento de educação financeira, anunciou nesta terça-feira (6) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A ação tem como objetivo prevenir o risco de que os consumidores recaiam em novos débitos após limparem o nome.

“Nós lançamos ontem um programa para as pessoas que estão negativadas e isso vai ser acompanhado de um programa de educação financeira, que é parte da saúde financeira. É um elemento importante da saúde financeira”, disse Haddad.

O ministro deu a declaração ao lado da rainha dos Países Baixos, Máxima Zorreguieta. Ela visitou o Ministério da Fazenda na qualidade de assessora especial do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, para Inclusão Financeira para o Desenvolvimento (UNSGSA, na sigla em inglês).

Fonte: Agência Brasil

Tacla Duran confirma depoimento à Câmara no dia 19 de junho

 Advogado acusador de Sergio Moro irá prestar esclarecimentos em sessão parlamentar

Rodrigo Tacla Duran (Foto: Reprodução (TV 247))

O advogado Rodrigo Tacla Duran informou ao deputado federal Rogério Correia (PT-MG) que comparecerá à sessão da Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados no dia 19 de junho. Essa reunião foi convocada com o objetivo de ouvir as acusações feitas por Duran contra o senador Sergio Moro. A informação foi divulgada pela Folha de S.Paulo.

Duran, que havia sido alvo de investigações na Operação Lava Jato em 2016, acusa pessoas próximas a Moro de tentarem extorqui-lo durante as negociações de um acordo de delação premiada naquele ano. No entanto, Moro nega as acusações, alegando que Duran não apresenta provas e que os assuntos em questão já foram investigados e arquivados pela Procuradoria-Geral da República.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, concedeu um salvo-conduto temporário a Tacla Duran, permitindo que ele participe da sessão sem risco de prisão. Toffoli justificou sua decisão afirmando que a concessão do salvo-conduto se deve às tratativas realizadas pela Câmara dos Deputados com o advogado para assegurar sua "imunidade" e permitir que esclareça as denúncias ao parlamento.

A data exata da sessão ainda será marcada, mas Duran expressou disponibilidade para comparecer já no dia 19. O requerimento de convite ao advogado foi aprovado pela comissão no dia 9 de maio. Os parlamentares têm interesse em aprofundar as acusações feitas por Duran em relação a Sergio Moro, buscando esclarecer os fatos e obter mais informações sobre o caso.

Rodrigo Tacla Duran atuou como advogado da Odebrecht entre 2011 e 2016 e foi apontado por delatores como operador financeiro de empreiteiras. Uma quebra de sigilo revelou que seu escritório de advocacia recebeu cerca de R$ 55 milhões (em valores não corrigidos) provenientes das construtoras no período de 2011 a 2013.

Fonte: Brasil 247 com informação da Folha de S. Paulo

Após ter mandato cassado, Dallagnol é flagrado sozinho no plenário da Câmara (vídeo)

 O ex-procurador foi barrado na Lei da Ficha Limpa

Deltan Dallagnol (Foto: Reprodução/Twitter/Gabriela Oliva)


O ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos-PR) foi visto solitário na Câmara dos Deputados após a Mesa Diretora da Casa confirmar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que resultou na cassação do mandato dele. O motivo foi a candidatura do ex-Lava Jato no ano passado enquanto o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) ainda analisava processos contra ele.

Políticos e internautas ironizaram o agora ex-deputado federal e "tchau querido" ficou entre os assuntos mais comentados nas redes sociais. Cassado por conta da Lei da Ficha Limpa, o ex-procurador afirmou que a Mesa Diretora da Câmara se curvou diante de uma "decisão injusta" do TSE. 

Líder da bancada ruralista elogia discurso de Lula

 Em evento na Bahia, Lula fez acenos ao agro, defendendo a conciliação entre pequenos e grandes agricultores

(Foto: Ricardo Stuckert)

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Pedro Lupion (PP-PR) fez um elogio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo seu discurso na abertura da Bahia Farm Show, na cidade de Luís Eduardo Magalhães (BA). O ruralista destacou que Lula pela "primeira vez" fez uma sinalização positiva ao setor do agronegócio. Lupion elogiou também a promessa de Lula de garantir um Plano Safra "robusto" para este ano. 

A bancada do agronegócio pretende reunir-se com a equipe econômica do governo na semana que vem para tratar do tema, segundo a coluna Painel da Folha de S.Paulo.

Na visita à Bahia, Lula fez acenos ao agro, defendendo a conciliação entre pequenos e grandes agricultores. 

Fonte: Brasil 247 com a coluna Painel da Folha de S. Paulo

Advogado Kakay celebra cassação de Dallagnol ao lado de José Dirceu em Paris

 Os dois fizeram o L ao saber da cassação definitiva do parlamentar

Kakay e José Dirceu (Foto: Divulgação)

Na última terça-feira, 6 de junho de 2023, o renomado advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, celebrou a confirmação da cassação do deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR). O momento foi marcado por uma foto simbólica tirada em Paris, onde Kakay posou ao lado do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, ambos fazendo o gesto de "L", em referência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Kakay compartilhou a imagem com seus contatos e também divulgou um vídeo no qual expressa a necessidade de responsabilizar criminalmente tanto Deltan Dallagnol quanto o senador Sergio Moro (União Brasil-PR). O advogado ressaltou a importância desse marco, destacando as batalhas travadas contra o fascismo enraizado dentro do Ministério Público, que teria utilizado o Poder Judiciário e parte significativa do Ministério Público para alcançar o poder.

"Acredito que hoje é um dia crucial após tantas lutas contra o fascismo presente no Ministério Público, que instrumentalizou não apenas o Poder Judiciário, mas também uma instituição tão relevante como o Ministério Público, com o intuito de conquistar o poder", declarou Kakay.

Além disso, o advogado enfatizou que a Lava Jato ainda não chegou ao fim e que a cassação de Dallagnol foi um sinal claro de que o ex-deputado ainda merece ser investigado. Segundo Kakay, a atuação de Dallagnol representa um período em que o Ministério Público foi utilizado como instrumento político, tornando crucial a responsabilização dos envolvidos.

Fonte: Brasil 247

terça-feira, 6 de junho de 2023

Copa Libertadores pode definir mais 12 classificados para as oitavas de final

 Nesta lista estão quatro times brasileiros que podem se classificar antecipadamente para o mata-mata

Cerro Porteño e Palmeiras (Foto: Reprodução (Rede Social))

247 - A Copa Libertadores entra na penúltima rodada da fase de grupos nesta terça-feira (6) e pode definir mais 12 times nas oitavas de final antecipadamente. Nesta lista estão quatro brasileiros: Internacional, Palmeiras, Fluminense e Athletico-PR. Apenas o colombiano Atlético Nacional está classificado matematicamente. As informações foram publicadas pelo Globo Esporte

Times como o Corinthians precisa vencer o Independiente del Valle, na quarta-feira (7), para manter as chances de se classificar. A rodada é decisiva também para o River Plate. Os argentinos podem ser eliminados antecipadamente se não vencer o Fluminense, em casa, também na quarta.

A quinta rodada da fase de grupos ocorre de 6 a 8 de junho. A sexta e última vai acontecer de 27 a 29 de junho. Os dois melhores times de cada grupo avançam. O sorteio da fase de mata-mata foi marcado para 5 de julho. As oitavas serão disputadas entre 19 e 26 de julho, as quartas de 23 a 30 de agosto e das semifinais estão previstas para ocorrer de 27 de setembro a 4 de outubro.

Grupo A

Líder do grupo, o Racing visita o enfrenta o Flamengo nesta quinta-feira (8)  no Maracanã, e se classifica com um empate ou se o Ñublense não ganhar do Aucas, fora de casa. O rubro-negro precisa vencer para depender apenas de si na última rodada. Se empatar, mantém o segundo lugar em caso de empate no outro jogo da chave.

  • Aucas x Ñublense: quarta, 21h, Chillogallo – Paramount
  • Flamengo x Racing: quinta, 21h, Maracanã – ESPN

Grupo B

Na liderança da chave, o Internacional estará classificado se vencer o Nacional, em Montevidéu, no Uruguai. Qualquer outro resultado leva a definição das vagas para a última rodada.

  • Nacional x Internacional: quarta, 19h, Parque Central – Paramount
  • Metropolitanos x Independiente Medellín: quinta, 19h, Olímpico de La UCV – ESPN

Grupo C

O Palmeiras está colado no Bolívar na liderança da chave, e os dois times só precisam empatar para se classificarem de forma antecipada. Os paulistas recebem o Barcelona, e os bolivianos encaram o Cerro Porteño, em La Paz.

  • Bolívar x Cerro Porteño: terça, 23h, Hernando Silles – ESPN
  • Palmeiras x Barcelona-EQU: quarta, 21h30, Allianz Parque – TV Globo e Paramount

Grupo D

O Fluminense vai se classificar se ganhar ou empatar com o River Plate, na Argentina. Se isso acontecer, a chave pode já ser definida se o The Strongest vencer Sporting Cristal.

O River Plate precisa ganhar ou no torcer para que o Sporting Cristal não seja derrotado pelos bolivianos.

  • River Plate x Fluminense: quarta, 21h30, Monumental de Nuñez – TV Globo e Paramount
  • The Strongest x Sporting Cristal: quarta, 23h, Hernando Silles – Paramount

Grupo E

O Argentino Juniors avança para as oitavas de final se vencer o Liverpool. Se empatar, tem que torcer para o Corinthians não ganhar do Del Valle, que precisa ganhar e torcer para o Liverpool não vencer o Argentino Juniors.

Para o Corinthians, uma derrota significa a eliminação. Em caso de vitória, o Timão pode assumir a vice-liderança e depender de si na última rodada.

  • Independiente Del Valle x Corinthians: quarta, 19h, Banco Guayaquil – Paramount
  • Argentino Juniors x Liverpool-URU: quarta, 19h, Diego Armando Maradona – ESPN

Grupo F

O Boca Juniors se classifica com uma vitória sobre o Colo-Colo. A chave pode ser definida se o Deportivo Pereira ganhar do Monagas, fora de casa, e o Colo-Colo tem que empatar ou perder.

  • Monagas x Deportivo Pereira: terça, 19h, Monumental de Maturín – Paramount
  • Boca Juniors x Colo-Colo: terça, 21h, La Bombonera – Paramount

Grupo G

O Athletico-PR garante a classificação antecipada se vencer o Libertad, em casa. O Atlético-MG precisa vencer o Alianza Lima para depender apenas das próprias forças para avançar na última rodada.

  • Athletico-PR x Libertad: terça, 19h, Arena da Baixada – ESPN
  • Alianza Lima x Atlético-MG: terça, 21h, Alejandro Villanueva – ESPN

Grupo H

Classificado, o Atlético Nacional confirma o primeiro lugar do grupo se vencer o Olímpia. O time paraguaio se classifica se vencer ou se o Patronato não ganhar do Melgar.

  • Melgar x Patronato: terça, 21h, Monumental de La Unsa – Paramount
  • Olímpia x Atlético Nacional: quinta, 21h, Defensores del Chaco - ESPN

Câmara se curvou a uma "decisão injusta" do TSE, afirma Dallagnol

 O ex-procurador negou ter cometido crime

Deltan Dallagnol (Foto: Fernando Frazão - Agência Brasil)

O deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) afirmou nesta terça-feira (6) que a Câmara dos Deputados se curvou diante de uma "decisão injusta" do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A Mesa Diretora do Legislativo confirmou a decisão do TSE que resultou na cassação do mandato do ex-procurador da Operação Lava Jato.

"A Mesa da Câmara dos Deputados decidiu se curvar diante de uma decisão injusta do TSE", afirmou a jornalistas em Brasília (DF). "Deixo o Congresso Nacional com a paz de alguém que não foi cassado porque cometeu algum crime, porque esteve em farras de guardanapos ou porque aceitou um tríplex em troca de favores", complementou. 

"Não fui cassado pela minha saída do Ministério Público. Fui cassado pelo que eu fiz dentro do Ministério Público, por ter ousado colocar corruptos pela primeira vez debaixo da lei. O meu crime foi ter defendido meus valores e ter buscado colocar políticos corruptos na cadeia pela primeira vez na história do Brasil".

O ex-procurador perdeu o mandato por causa da Lei da Ficha Limpa. De acordo com essa legislação, ninguém pode ser candidatar se tiver processos sendo analisados no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). 

Fonte: Brasil 247

“Moro deve ser preso preventivamente para não obstruir as investigações”, diz Tony Garcia à TV 247

 “Quando eu puder mostrar o meu acordo, ele por si só, dificilmente não vai fazer Sérgio Moro parar na cadeia. É oficial, eu não preciso mais do que aquilo para provar", afirmou

(Foto: Divulgação)

O empresário e ex-deputado Tony Garcia participou do Boa Noite 247 na noite desta terça-feira (6) e comentou a decisão do ministro Dias Toffoli, que suspendeu todas as ações contra ele e determinou a investigação de suas denúncias contra o ex-juiz suspeito e senador Sérgio Moro. Em entrevista ao jornalista Joaquim de Carvalho, Tony Garcia defendeu a prisão preventiva de Moro, para não obstruir as investigações contra ele. 

“A hora que eu começar a trazer à tona o que tem contra ele, Moro terá que ser preso preventivamente para não obstruir as investigações. São muitas”, afirmou Garcia à TV 247. O empresário voltou a defender a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os crimes cometidos pela Lava Jato. 

Questionado sobre as provas que detém contra Sérgio Moro, agora com a decisão do STF, Tony Garcia mencionou que seu acordo de delação premiada firmado poderá levar o ex-juiz à prisão. “Quando eu puder mostrar o meu acordo, ele por si só, dificilmente não vai fazer Sérgio Moro parar na cadeia. Não tem como, as provas estão dentro do meu acordo. É oficial, eu não preciso mais do que aquilo para provar. Eles fizeram um acordo comigo que não se comunica com as tarefas que eles me deram. Quando retirarem o sigilo, nós poderemos mostrar as gravações com agentes da Abin, que ele [Moro] disse que não tinha. Vai sobrar provas. É só abrir o sigilo”, afirmou. 

Assista à entrevista de Tony Garcia:

Fonte: Brasil 247