Com missões bem-sucedidas aos principais parceiros comerciais como EUA, China e países do Mercosul, e ao G7, Governo reposiciona o País no tabuleiro internacional
(Foto: Ricardo Lima/Reuters | Divulgação)
Nos cinco primeiros meses de 2023 o Governo brasileiro realizou mais encontros com chefes de Estado estrangeiro. Tais números demonstram a retomada da política externa brasileira, que voltou a priorizar temas como comércio, meio ambiente, segurança internacional, paz e direitos humanos. Entre janeiro e maio deste ano, o Chefe de Estado se reuniu com 31 líderes internacionais, incluindo encontros no G7, o grupo das sete maiores economias do mundo.
Com esta agenda internacional, o Governo Federal do Brasil tem buscado fortalecer relações com parceiros comerciais, reconstruir laços com países vizinhos e propor iniciativas para a paz, como a criação de um clube de nações para tentar construir um caminho diplomático que leve à pacificação entre Ucrânia e Rússia. De suas viagens, destacam-se as missões à China e aos Emirados Árabes Unidos, que resultaram em diversos acordos comerciais bilaterais. Nestas missões, ocorrida em abril deste ano, a comunicação oficial do Governo brasileiro ressaltou o retorno do protagonismo internacional do País e a assinatura de acordos bilaterais significativos. Durante as visitas à China e aos Emirados Árabes foram firmados acordos no valor total de R$ 62,5 bilhões, sendo R$ 50 bilhões com os chineses e R$ 12,5 bilhões com a nação árabe, demonstrando o interesse dos países em fortalecer suas relações com o Brasil.
Além dos aspectos financeiros, o Governo brasileiro enfatizou a importância de novos entendimentos em áreas como cultura, tecnologia digital e educação. Para a Presidência da República, que explicitou tais pontos em comunicados, os acordos firmados nas missões vão além dos recursos financeiros e proporcionam oportunidades de colaboração e intercâmbio em diferentes setores.
RECOMPOSIÇÃO DE FUNDOS PARA PRESERVAR A AMAZÔNIA E MATRIZ ENERGÉTICA LIMPA
Durante as missões comerciais, o Governo do Brasil defendeu a matriz energética limpa do País como uma vantagem comparativa na atração de investimentos. Foi ressaltado que possuímos um grande potencial em energia eólica e solar, além de estar trabalhando em iniciativas como o hidrogênio verde e a política de biodiesel, etanol e biomassa. Essas alternativas energéticas têm o potencial de serem oferecidas como parcerias para o mundo, fortalecendo o compromisso brasileiro com a sustentabilidade e a transição para uma economia de baixo carbono.
A partir da mudança de orientação do Brasil, em relação à forma como as Nações devem agir em conjunto para deter a velocidade do aquecimento global, a devastação de florestas e a degradação de áreas onde é necessário manter rígida vigilância ambiental, permitiu que países como Alemanha, Noruega, Reino Unido e Estados Unidos descongelassem ou alocassem substanciais contribuições para o Fundo Amazônia. EUA e Reino Unido anunciaram aportes de até R$ 2,5 bilhões, cada um, para o Fundo. A Alemanha retomou a linha de investimentos que pode chegar a até US$ 1,2 bilhão em 2024 e a Noruega, que já investiu US$ 68 milhões no Fundo Amazônia, anunciou a disposição de ampliar os aportes.
Além disso, o Fundo Clima, criado em 2009 e gerido pelo Ministério do Meio Ambiente, está sendo recomposto internamente dentro do Governo, com esses novos ingressos para o Fundo Amazônia. A criação do Fundo Clima foi uma demonstração concreta do comprometimento do Brasil nos esforços para conter as mudanças climáticas. A partir dele, o País assumiu um papel de liderança na luta contra o aquecimento global e demonstrou que é possível conciliar desenvolvimento econômico com preservação ambiental. Com a volta das liberações de recursos estrangeiros para o Instituto Amazônia, o Brasil recupera a vanguarda na luta pela preservação ambiental. Além disso, a decisão de países como EUA, Alemanha, Reino Unido e Noruega representa um reconhecimento da importância da sociedade civil e das organizações não governamentais no processo de preservação do meio ambiente.
Destacou-se, em todos os encontros internacionais nos quais o País esteve, a estabilidade jurídica, política e social do Brasil como fatores atrativos para investidores estrangeiros. Representantes ministeriais brasileiros mencionaram o pacote de obras de infraestrutura em negociação com governadores como uma potencial carteira de investimentos para capital internacional.
O Governo apresentou, nas reuniões bilaterais, a necessidade de incluir novos atores no Conselho de Segurança da ONU, um pleito antigo da diplomacia nacional, a fim de promover uma governança global mais forte e atualizada com a realidade política do século XXI. Também foram defendidas as teses centrais e históricas do Ministério das Relações Exteriores: a ampliação da representatividade levaria a decisões mais efetivas, especialmente em questões como mudanças climáticas, que exigem a cooperação global.
Os esforços do Governo brasileiro na questão ambiental foram coroados no fim do mês de maio de 2023, quando a Organização das Nações Unidas confirmou em definitivo a cidade de Belém, capital do Pará, como sede da COP 30 em novembro de 2025. O evento é o mais relevante do calendário internacional para monitoramento do avanço das ameaças ambientais representadas pelo aquecimento do planeta e pelo degelo das calotas polares. Em todas as agendas bilaterais e multilaterais internacionais o Brasil passou a lembrar o compromisso do seu Governo com a defesa do Meio Ambiente e ressalta a importância da COP 30 ser sediada em uma cidade relevante da Amazônia brasileira.
REGULAMENTAÇÃO DAS REDES SOCIAIS
Ao discutir a agenda do G20, o grupo que reúne as 7 maiores economias do mundo e os demais 13 países que possuem relevância e destaque na economia e na diplomacia em suas regiões continentais, o Governo brasileiro enfatizou a importância de temas como inflação, taxa de juros, violência e plataformas digitais. A tese do Brasil é ressaltar a necessidade de regulamentar as redes sociais e combater a disseminação de fake news e discursos de ódio. Os posicionais oficiais dos representantes do Governo brasileiro sempre destacaram a importância de fortalecer a democracia, respeitar as instituições democráticas e promover a igualdade e o combate à fome em todo o mundo.
Fonte: Brasil 247