quarta-feira, 3 de maio de 2023

Lula, Ratinho Jr. e Renan Filho anunciam R$ 55 bilhões em investimentos no Paraná

 De acordo com o ministro Renan Filho, os dois lotes devem gerar R$ 18 bilhões em investimentos

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante reunião com o ministro dos Transportes, Renan Filho, e o governador do Paraná, Ratinho Júnior (Foto: Reprodução)

Agência Brasil – O governo federal irá leiloar para a iniciativa privada 1,1 mil quilômetros de rodovias do Paraná. Nesta quarta-feira (3), foi oficializada a delegação das estradas à União em encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o governador Ratinho Junior e o ministro dos Transportes, Renan Filho.

O repasse possibilita à União incluir os 1,1 mil quilômetros de rodovias paranaenses no pacote a ser leiloado, que soma 3,3 mil quilômetros. Os trechos ficarão com a iniciativa privada por 30 anos. 

A previsão é que os editais de concessão sejam publicados nas próximas semanas. De acordo com o ministro Renan Filho, os dois lotes devem gerar R$ 18 bilhões em investimentos, como recuperação das estradas, obras de duplicação e implantação de novas faixas.   

“O melhor modelo é esse: fortalecer os investimentos públicos e também a atração do capital privado a fim de impulsionar a infraestrutura nacional. Ao longo dos últimos anos, por imposição do teto de gastos, o Brasil se transformou no país que menos investiu com recursos públicos. Isso também dificultou a atração do capital privado”, disse o ministro em entrevista à imprensa, no Palácio do Planalto.  

O modelo prevê que o ganhador é o que oferecer a menor tarifa. De acordo com a Secretaria Nacional de Transporte Rodoviário do Ministério dos Transportes, na praça de pedágio de Lapa, por exemplo, os motoristas pagarão até 33% a menos em comparação à tarifa corrigida praticada no encerramento do contrato anterior. Em Porto Amazonas, a diferença é maior: 36%. Em valores absolutos, sem contar a inflação, os preços caem em até 28%.

Renan Filho informou que será definido se o leilão dos dois lotes, na Bolsa de Valores, será no mesmo dia ou em datas diferentes. As concessionárias deverão assumir a responsabilidade pelas vias nos últimos três meses de 2023. 

O ministro destacou que a concessão integrada de rodovias estaduais e federais melhora a rentabilidade, reduz as taxas de pedágio e aumenta o montante de investimentos em adequações.
Segundo ele, estão previstos quatro leilões de rodovias em 2023, com publicação dos editais no primeiro semestre. Entre elas, da BR 381, em Minas Gerais, BR 040, no trecho Rio de Janeiro-Belo Horizonte-Brasília.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil




Moraes manda policiais federais ouvirem profissionais que supostamente vacinaram Bolsonaro

 De acordo com a Polícia Federal, Jair Bolsonaro cedeu o próprio CPF para que os dados fossem manipulados em seu nome

Alexandre de Moraes (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou um prazo de cinco dias para que a Polícia Federal colha depoimento dos profissionais de saúde responsáveis por terem vacinado o Jair Bolsonaro contra covid-19.

Bolsonaro foi alvo de uma investigação da Polícia Federal contra fraudes em dados de vacinação. De acordo com as apurações, o ex-ocupante do Planalto cedeu o próprio CPF para que os dados fossem manipulados em seu nome. 

A PF disse que Bolsonaro e seu ajudante de ordens, Mauro Cid, tinham "plena ciência" da adulteração nos cartões de vacinação.

Fonte: Brasil 247

Bolsonaro e Mauro Cid tinham 'plena ciência' de fraude no cartão de vacinação, aponta Polícia Federal

 Segundo as apurações, teria sido falsamente inserida a informação de que Bolsonaro se vacinou para ele poder entrar nos Estados Unidos

Mauro Cid, Jair Bolsonaro e Polícia Federal (Foto: ABr | Reprodução)

A Polícia Federal informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que Jair Bolsonaro e seu ajudante de ordens, Mauro Cid, tinham "plena ciência" da adulteração nos cartões de vacinação do ex-presidente, sua filha Laura e pessoas de seu entorno.

Jair Bolsonaro é um dos alvos da Operação Venire que investiga adulteração em cartões de vacinação. A residência do ex-presidente foi alvo de um dos mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira (3). Os agentes também recolheram o celular de Bolsonaro.

"Os elementos informativos colhidos demonstraram coerência lógica e temporal desde a inserção dos dados falsos no sistema SI-PNI até a geração dos certificados de vacinação contra a Covid-19, indicando que Jair Bolsonaro, Mauro César Cid e, possivelmente, Marcelo Costa Câmara tinham plena ciência de inserção fraudulenta dos dados de vacinação, se quedando inertes em relação a tais fatos até o presente", diz a PF.

Segundo as investigações, a fraude nos registros de vacina do ex-presidente e da filha teria sido feita para ele poder entrar nos Estados Unidos.

De acordo com a polícia, os envolvidos podem ser acusados ​​de crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.

Em dezembro de 2022, depois de perder a eleição para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Bolsonaro e sua comitiva viajaram para os Estados Unidos, onde o grupo caiu por três meses. O país exige até o momento o certificado de vacinação contra Covid para entrada em seu território.

Durante a pandemia de Covid-19, doença que matou mais de 700 mil pessoas no Brasil, Bolsonaro por diversas vezes divulgou informações falsas sobre vacinas e questionou, sem apresentar provas, a eficácia dos imunizantes. Ele repetiu diversas vezes que não se vacinaria contra a doença.

Fonte: Brasil 247

Moraes determinou apreensão de passaporte e armas de Bolsonaro além do celular

 O ministro do STF autorizou que fossem apreendidas “armas, munições, computadores, passaporte, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos”

O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, durante cerimônia de posse do diretor-geral da PF, na sede da corporação, em Brasília. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, ordenou a busca e apreensão do passaporte e das armas do ex-presidente Jair Bolsonaro, além do seu celular, como parte de uma operação que investiga possíveis fraudes em cartões de vacinação. Ele autorizou que fossem apreendidas “armas, munições, computadores, passaporte, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos”.

A polícia federal suspeita que certificados de vacinação foram adulterados para permitir a entrada nos Estados Unidos no final do ano passado. Bolsonaro negou a acusação e afirmou que nunca tomou a vacina, enquanto sua esposa teria recebido a vacina da Janssen em 2021. 

Bolsonaro afirmou que apenas sua esposa e sua filha Laura, de 12 anos, foram vacinadas. Ele ainda informou que só deve prestar depoimento após ter acesso completo ao processo sobre a suposta fraude de dados sobre vacinação contra a Covid-19.

Fonte: Brasil 247

Banco Central mantém Selic a 13,75% ao ano

 O governo vem sinalizando positivamente aos temores do mercado financeiro, mas a autoridade monetária não cede

(Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu novamente por manter a taxa Selic em 13,75%. Este é o sexto encontro consecutivo em que a autoridade monetária insiste no aperto da economia para combater o que alega ser um cenário inflacionário ameaçador. A decisão desta quarta-feira (3) foi unânime.

Apesar de pressões do governo do presidente Lula para que a taxa seja reduzida, o BC decidiu seguir no caminho de aperto. O presidente Lula acredita que a taxa elevada inviabiliza investimentos produtivos no Brasil. O governo vem sinalizando positivamente ao mercado financeiro, com a proposta de arcabouço fiscal tendo sido relativamente bem recebida no setor.

Agora o mercado olha para o comunicado que acompanha a decisão, procurando entender o tom da autoridade monetária.

Confira a íntegra do comunicado:

O ambiente externo se mantém adverso. Os episódios envolvendo bancos no exterior têm elevado a incerteza, mas com contágio limitado sobre as condições financeiras até o momento, requerendo contínuo monitoramento. Em paralelo, os bancos centrais das principais economias seguem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas, em um ambiente em que a inflação se mostra resiliente.

Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores mais recentes de atividade econômica segue corroborando o cenário de desaceleração esperado pelo Copom, ainda que exibindo maior resiliência no mercado de trabalho. A inflação ao consumidor, assim como suas diversas medidas de inflação subjacente, segue acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação. As expectativas de inflação para 2023 e 2024 apuradas pela pesquisa Focus elevaram-se marginalmente e encontram-se em torno de 6,1% e 4,2%, respectivamente.

As projeções de inflação do Copom em seu cenário de referência* situam-se em 5,8% em 2023 e 3,6% em 2024. As projeções para a inflação de preços administrados são de 10,8% em 2023 e 5,2% em 2024. Em cenário alternativo, no qual a taxa Selic é mantida constante ao longo de todo o horizonte relevante, as projeções de inflação situam-se em 5,7% para 2023 e 2,9% para 2024.

O Comitê ressalta que, em seus cenários para a inflação, permanecem fatores de risco em ambas as direções. Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se (i) uma maior persistência das pressões inflacionárias globais; (ii) a incerteza ainda presente sobre o desenho final do arcabouço fiscal a ser aprovado pelo Congresso Nacional e, de forma mais relevante para a condução da política monetária, seus impactos sobre as expectativas para as trajetórias da dívida pública e da inflação, e sobre os ativos de risco; e (iii) uma desancoragem maior, ou mais duradoura, das expectativas de inflação para prazos mais longos.

Entre os riscos de baixa, ressaltam-se (i) uma queda adicional dos preços das commodities internacionais em moeda local; (ii) uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada, em particular em função de condições adversas no sistema financeiro global; e (iii) uma desaceleração na concessão doméstica de crédito maior do que seria compatível com o atual estágio do ciclo de política monetária.

Por um lado, a reoneração dos combustíveis e, principalmente, a apresentação de uma proposta de arcabouço fiscal reduziram parte da incerteza advinda da política fiscal. Por outro lado, a conjuntura, caracterizada por um estágio em que o processo desinflacionário tende a ser mais lento em ambiente de expectativas de inflação desancoradas, demanda maior atenção na condução da política monetária.

O Copom enfatiza que não há relação mecânica entre a convergência de inflação e a aprovação do arcabouço fiscal, e avalia que a desancoragem das expectativas de longo prazo eleva o custo da desinflação necessária para atingir as metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional. Nesse cenário, o Copom reafirma que conduzirá a política monetária necessária para o cumprimento das metas.

Considerando os cenários avaliados, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu manter a taxa básica de juros em 13,75% a.a. O Comitê entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego.

Considerando a incerteza ao redor de seus cenários, o Comitê segue vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação. O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas.

O Comitê avalia que a conjuntura demanda paciência e serenidade na condução da política monetária. O Copom enfatiza que, apesar de ser um cenário menos provável, não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado.

Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Diogo Abry Guillen, Fernanda Magalhães Rumenos Guardado, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso, Paulo Sérgio Neves de Souza e Renato Dias de Brito Gomes.

* No cenário de referência, a trajetória para a taxa de juros é extraída da pesquisa Focus e a taxa de câmbio parte de USD/BRL 5,05, evoluindo segundo a paridade do poder de compra (PPC). O preço do petróleo segue aproximadamente a curva futura pelos próximos seis meses e passa a aumentar 2% ao ano posteriormente. Além disso, adota-se a hipótese de bandeira tarifária “verde” em dezembro de 2023 e de 2024. O valor para o câmbio é obtido pelo procedimento usual de arredondar a cotação média da taxa de câmbio USD/BRL observada nos cinco dias úteis encerrados no último dia da semana anterior à da reunião do Copom.

Fonte: Brasil 247

Moraes retira sigilo de operação contra Bolsonaro por fraudar cartão de vacina e fala em 'organização criminosa'

 Ministro definiu como "plausível, lógica e robusta" a linha da PF que aborda a possibilidade de Jair buscar vantagens ao inserir dados falsos sobre cartões de vacinação no SUS

Alexandre de Moraes, Mauro Cid Barbosa e Jair Bolsonaro (Foto: ABR | Alan Santos/PR)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, retirou o sigilo de sua decisão que autorizou a busca e apreensão na casa de Jair Bolsonaro (PL) nesta quarta-feira (3), informa o portal g1.

De acordo com o documento, o magistrado definiu como "plausível, lógica e robusta" a linha investigativa da Polícia Federal que aborda a possibilidade de Bolsonaro buscar vantagens para si mesmo e seus aliados ao inserir dados sobre cartões de vacinação fraudulentos nos sistemas do SUS. De acordo com a PF, a falsificação foi realizada para permitir que Bolsonaro e sua filha entrassem nos Estados Unidos sem restrições sanitárias.

Moraes ainda mencionou a postura negacionista de Bolsonaro na pandemia para reforçar suas suspeitas: "diante do exposto e do notório posicionamento público de Jair Messias Bolsonaro contra a vacinação, objeto da CPI da Pandemia e de investigações nesta Suprema Corte, é plausível, lógica e robusta a linha investigativa sobre a possibilidade de o ex-presidente da República, de maneira velada e mediante inserção de dados falsos nos sistemas do SUS, buscar para si e para terceiros eventuais vantagens advindas da efetiva imunização, especialmente considerado o fato de não ter conseguido a reeleição nas eleições gerais de 2022".

O ministro ainda apontou indícios "absolutamente relevantes da ocorrência efetiva dos crimes" e apontou a existência de uma organização criminosa articulada envolvida na fraude bolsonarista: "são absolutamente relevantes os indícios da ocorrência efetiva dos crimes, especialmente no contexto agora noticiado de inserção de dados falsos em sistema de informações, o que indicaria, nos termos dos indícios já colhidos, a efetiva existência de uma organização criminosa articulada, com divisão de tarefas e de múltiplos objetivos, tanto no âmbito particular dos investigados, como em aspectos relacionados ao interesse público, em detrimento da credibilidade interna e externa do exemplar controle de vacinação nacional em pleno período pandêmico".

Fonte: Brasil 247 com portal g1

Flávio Dino 'janta' Dallagnol: 'suas declarações comprovam a necessidade de um projeto sobre fake news' (vídeo)

"Há uma ideia de repetir uma mentira para ver se ela vira verdade", disse o ministro da Justiça após o ex-procurador da Lava Jato dizer que o governo Lula apoia ditaduras

Flávio Dino (à esq.) e Deltan Dallagnol (Foto: ABR)

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, deu uma invertida no deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) após o parlamentar afirmar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apoia ditaduras. 

"O senhor comprova a necessidade de projeto sobre fake news. Há uma ideia de repetir uma mentira para ver se ela vira verdade", disse o ministro. "O senhor parte de um sistema de crenças que não tem aderência na realidade. Nosso governo foi eleito pela população, mantém relações diplomáticas. O presidente Lula não recebeu presentes de ditadura, joias". 

O deputado do Podemos-PR afirmou que governo Lula "apoia ditaduras" e esteve envolvido nos "maiores escândalos de corrupção da face da terra para manter o poder".

Em março de 2022, Dallagnol, ex-procurador da Operação Lava Jato, foi condenado em março de 2022 pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) a indenizar Lula em R$ 75 mil por causa da apresentação do PowerPoint em 2016. Em 2021, o Supremo Tribunal Federal declarou a suspeição do senador Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-juiz da Lava Jato. 


PL das Fake News

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), adiou a votação do Projeto de Lei das Fake News (PL 2630/20). A proposta cria a chamada Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet. O projeto cria obrigações a serem seguidas por redes sociais, aplicativos de mensagens e ferramentas de busca na sinalização e retirada de contas e conteúdos considerados criminosos. 

O artigo 32, que trata da remuneração por conteúdo jornalístico, vem atraindo polêmicas. Comunicadores da esquerda alegaram que seus canais seriam prejudicados, enquanto grandes emissoras, como a Globo, seriam beneficiadas.

Escândalo das joias

Na resposta a Dallagnol, o ministro da Justiça fez referência às joias recebidas de forma ilegal pela família Bolsonaro. De acordo com a legislação, presentes são patrimônio do Estado brasileiro e não bens pessoais. 

Um dos pacotes tinha joias avaliadas em cerca de R$ 16,5 milhões. Iriam para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Em outro pacote eram produtos estimados em cerca de R$ 400 mil, que teriam o político do PL como destino. Em um terceiro conjunto estavam materiais estimados em R$ 500 mil. Policiais federais investigam e enviarão as conclusões a promotores, que decidirão se denunciam ou não os envolvidos no esquema. 

Fonte: Brasil 247 

APUCARANA: “Vida Animal” completa dois anos com 1.902 castrações e a entrega de 43 toneladas de ração



O Programa Mais Vida Animal, que integra as atividades desenvolvidas no Centro Municipal de Saúde Animal (Cemsa), completou nesta semana dois anos. Neste período, foram realizadas 1.902 castrações de cães e gatos, 1.636 resgates, a entrega de 43 toneladas de ração e o atendimento de 1.152 denúncias de maus-tratos.

O prefeito Junior da Femac lembra que em 2021 o antigo canil municipal foi transformado em Centro Municipal de Saúde Animal (CEMSA) e, juntamente, foi implantado o Programa Mais Vida Animal. “O programa proporciona de forma gratuita um atendimento amplo de promoção da saúde animal, sobretudo no atendimento médico-veterinário a vítimas de atropelamento, violência ou abandono”, assinala Junior da Femac.

Junior da Femac salienta que o canil, que já era referência, passou a ser um centro especializado. “Temos que valorizar e enaltecer também o trabalho que foi realizado anteriormente, através dos membros da Sociedade Protetora dos Animais de Apucarana (Soprap) e também do Luan Rafael da Silva Santos, que por longo tempo coordenou esse trabalho”, reitera Junior da Femac.

Na nova estrutura que foi formatada, o Município ampliou o suporte aos protetores de animais. “Cuido de 35 cães e todo mês recebo 60 quilos de ração, que é muito boa e de qualidade”, afirma a protetora Elizabeth Lahnozych. Ela também cita o trabalho de esterilização dos animais, que contribui para evitar as ninhadas indesejadas, diminuindo a quantidade de animais errantes. “Somente no período de um ano, consegui fazer a castração de dez cães diretamente no Centro Municipal de Saúde Animal e também aproveitando os mutirões que o Município fez em parceria com o governo do Estado”, frisa.

Elizabeth também destaca o serviço de resgate de animais. “Quando a gente encontra um cachorro na rua abandonado ou doente, é só ligar que eles vêm recolher. Além disso, eles prestam todos os cuidados necessários, com atendimento do veterinário, internamento e medicamentos”, afirma.

A protetora Julia Bortolassi, que cuida de cerca de 40 cães, também ressalta o suporte prestado pelo Cemsa. “A gente, além de cuidar os animais, também encaminha para o Cemsa cães que estão abandonados na rua, que muitas estão doentes ou até foram atropelados”, reforça a protetora.

O diretor do Cemsa, médico-veterinário João Pedro Correa, afirma ainda que o programa disponibiliza um número de WhatsApp (99626-3680) para receber denúncias de maus-tratos a animais. “Temos também um número específico para plantões, o 99967-0045, que pode ser acionado no período das 17 às 20 horas e também aos finais de semana e feriados”, informa, acrescentando que a maior parte das denúncias está relacionada com o abandono de animais.

Veja lista de todos os alvos da PF em operação contra falsificação de cartões de vacina

 A Operação Venire mira um grupo criminoso responsável por adulterar e fraudar cartões de vacina. O principal alvo da ação foi Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro e Mauro Cid (Foto: Alan Santos/PR/Divulgação)

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (3) a Operação Venire, mirando um grupo criminoso supostamente responsável por adulterar e fraudar cartões de vacina. O principal alvo da ação foi Jair Bolsonaro (PL), que recebeu agentes federais em sua casa em Brasília nesta manhã para uma ação de busca e apreensão.

Dentre os auxiliares de Bolsonaro atingidos pela operação, o mais notório da lista é o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens.

Segundo a TV Globo, outras 14 pessoas foram atingidas pela operação. São elas:

  1. Gabriela Santiago Ribeiro Cid, esposa de Mauro Cid
  2. Gutemberg Reis de Oliveira, deputado federal pelo MDB-RJ
  3. Luís Marcos dos Reis, sargento do Exército, ex-integrante da equipe de Mauro Cid
  4. Farley Vinicius Alcântara, médico que teria envolvimento no esquema
  5. João Carlos de Sousa Brecha, secretário de Governo de Duque de Caxias (RJ)
  6. Max Guilherme Machado de Moura, segurança de Bolsonaro
  7. Sergio Rocha Cordeiro, segurança de Bolsonaro
  8. Marcelo Costa Câmara, assessor especial de Bolsonaro
  9. Eduardo Crespo Alves, militar
  10. Marcello Moraes Siciliano, ex-vereador do RJ
  11. Ailton Gonçalves Moraes Barros, candidato a deputado estadual pelo PL-RJ em 2022
  12. Camila Paulino Alves Soares, enfermeira da prefeitura de Duque de Caxias
  13. Claudia Helena Acosta Rodrigues Da Silva
  14. Marcelo Fernandes de Holand

Foram presos nesta quarta, além de Mauro Cid, Max Guilherme, Sérgio Cordeiro, João Carlos de Sousa Brecha, Luís Marcos dos Reis e Ailton Gonçalves Moraes Barros.

Operação Venire

Segundo a PF, a associação criminosa investigada inseria "dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde".

"As inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários. Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de covid-19. A apuração indica que o objetivo do grupo seria manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19. As ações ocorrem dentro do inquérito policial que apura a atuação do que se convencionou chamar "milícias digitais", em tramitação perante o Supremo Tribunal Federal. Os fatos investigados configuram em tese os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores", diz comunicado da corporação.

Fonte: Brasil 247 com TV Globo

Ministério da Saúde diz que sistema não foi invadido durante falsificação de registro de vacinação de Bolsonaro

 Bolsonaro é o centro de mais um escândalo nesta quarta-feira (3)

Fachada do Ministério da Saúde (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Todos os registros de vacinação feitos pelo SUS são rastreáveis, e, no período em que a Polícia Federal (PF) diz que os dados de Jair Bolsonaro foram adulterados não houve relatos de invasão, informou o Ministério da Saúde. 

Bolsonaro é o centro de mais um escândalo nesta quarta-feira (3). A PF apreendeu seu celular, bem como o de sua mulher, Michelle, e deteve três auxiliares do ex-chefe de estado em uma operação para investigar possível adulteração em seus registros de imunização. Os auxiliares teriam atuado na falsificação do documento.

A plataforma da pasta passa por inspeções de rotina para manter a sua segurança e auditorias são realizadas com frequência nela, informou ainda a Saúde. 

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL 

Alvo da PF por fraudar cartão de vacina, Bolsonaro chora e diz que operação foi para "esculachar" (vídeo)

 "Essa questão de hoje, receber a PF na sua casa, não há dúvida, que é o que eu chamei de operação para te esculachar", disse Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/Pânico)

Alvo central de uma operação da Polícia Federal deflagrada nesta quarta-feira (3) com o objetivo de apurar a falsificação de cartões de vacina contra a Covid-19, Jair Bolsonaro (PL) chorou ao afirmar que não cometeu “nenhuma fraude”. Segundo ele, a Operação Venire, que cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e outros seis de prisão preventiva contra assessores e aliados, foi realizada com o objetivo de "esculachar".

“Essa questão de hoje, receber a PF na sua casa, não há dúvida, que é o que eu chamei de operação para te esculachar. Poderiam perguntar sobre vacinação pra mim, cartão, eu responderia sem problema nenhum. Agora é uma pressão enorme, 24 horas por dia, o dia todo, desde antes de assumir a Presidência, até agora. Não sei quando isso vai acabar”, disse o ex-mandatário ao programa Pânico, veiculado pela emissora bolsonarista Jovem Pan. 

“Por que eu fico emocionado? Mexeu comigo, sem problema. Agora vai para a esposa, para a filha… é desumano”, disse mais à frente. Além do cartão de vacina de Bolsonaro, a PF investiga se os cartões da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e da filha Laura, de 12 anos, também foram fraudados. 

A Operação Venire cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão na manhã desta quarta-feira (3), incluindo na residência de Jair Bolsonaro, em Brasília. Entre os presos estão o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, o policial militar Max Guilherme e o militar do Exército Sérgio Cordeiro, seguranças que atuaram durante o mandato de Bolsonaro e que também o acompanharam aos Estados Unidos, quando ele deixou o país dois dias antes do término do mandato.


Fonte: Brasil 247

Preso em operação que atingiu Bolsonaro diz saber quem mandou matar Marielle

 Ailton Barros foi preso na operação que mira um esquema de falsificação de cartões de vacina contra Covid. Bolsonaro foi alvo da mesma ação nesta manhã

Ailton Barros, Jair Bolsonaro e Marielle Franco (Foto: Reprodução/Instagram/@ailton.barrosrj | Mídia NINJA)


Um dos presos nesta quarta-feira (3) pela Polícia Federal na Operação Venire, Ailton Barros afirma saber quem foi o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol), morta em 2018. Barros foi preso na operação que mira um grupo criminoso responsável por falsificar dados de vacinação contra a Covid-19. A mesma operação atingiu Jair Bolsonaro (PL), alvo de buscas e apreensões, seus auxiliares e o ex-vereador Marcelo Siciliano, citado durante as investigações da execução de Marielle como um dos mandantes do crime.

De acordo com o Metrópoles, mensagens reveladas pela Polícia Federal mostram Ailton Barros - que foi candidato a deputado estadual do Rio de Janeiro em 2022 pelo PL - afirmando conhecer o mandante da morte de Marielle.

Durante a campanha eleitoral no ano passado, Barros se apresentava como o “01 do Bolsonaro". Ele foi eleito suplente e tem diversas fotos em rede social ao lado do ex-mandatário. Barros foi oficial da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), mas seguia carreira civil nos últimos anos. Em 2020, foi candidato a vereador pelo PRTB. Em março de 2022, foi exonerado de um cargo de assessor que ocupava na Casa Civil do governo do Rio de Janeiro.

Fonte: Brasil 247 com Metrópoles

General Amaro aceita convite de Lula e será ministro do GSI

 Marcos Antonio Amaro receberá a pasta das mãos de Ricardo Cappelli, que passou a chefiar o GSI interinamente após a renúncia do também general e ex-ministro Gonçalves Dias

Lula e Marcos Antonio Amaro (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil | Divulgação/Comando Militar do Sudeste)

O general da reserva do Exército Marcos Antonio Amaro aceitou o convite do presidente Lula (PT) e assumirá o comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República.

Ele receberá a pasta das mãos de Ricardo Cappelli, ministro que passou a chefiar o GSI interinamente após a renúncia do também general e ex-ministro Gonçalves Dias. Imagens de G. Dias, como é conhecido, no Palácio do Planalto durante a invasão do prédio por terroristas bolsonaristas no dia 8 de janeiro tiraram a sustentação do militar, que foi levado a deixar o posto.

Lula fez oficialmente o convite a Amaro na manhã desta quarta-feira (3), no Palácio do Planalto, na presença do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, relata a Folha de S. Paulo. "Amaro tem relação próxima com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Os laços com a ex-presidente foram criados quando o general assumiu a Secretaria de Segurança Presidencial em 2010 —função que ocupou por cinco anos. O general ainda participou do processo de criação da Casa Militar, em 2015, sendo nomeado chefe do órgão por Dilma. Deixou o cargo após o processo de impeachment contra a presidente", diz a reportagem.

A escolha por Amaro põe fim a uma discussão interna e extrena acerca do futuro do GSI. Dentro e fora do governo havia quem defendesse o fim da pasta, além de duas alas que se dividiam entre favoráveis a um comando civil ou militar. 

Fonte: Brasil 247 com Folha de S. Paulo

Repórter da Jovem Pan chora ao noticiar "bom dia" de Lula (vídeo)

 A repórter da Jovem Pan Katiuscia Sotomayor entrou ao vivo emocionada

(Foto: Reprodução)

A repórter da Jovem Pan Katiuscia Sotomayor quase chorou ao noticiar ao vivo um “bom dia” que o presidente Lula e a primeira-dama Janja deram no mesmo momento em que a Polícia Federal cumpria mandado de busca e apreensão na casa de Jair Bolsonaro.

A ação foi considerada por muitos internautas como um deboche.


Fonte: Brasil 247

PF apreende US$ 35 mil em espécie na casa de ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

 Mauro Cid foi preso nesta quarta-feira (3) em operação para investigar possível falsificação do registro de vacinação de Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro e o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid (Foto: Reprodução)

Investigadores da Polícia Federal (PF) apreenderam na casa do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, uma grande quantidade de dinheiro em espécie: US$ 35 mil e R$ 16 mil. A infromação é da coluna da jornalista Bela Megale, de O Globo

A PF deteve, além de Mauro Cid, Max Guilherme e Sergio Cordeiro, seguranças que continuam a serviço de Bolsonaro como parte do staff a que os ex-chefes do Executivo têm direito por lei. Os investigadores ainda apreenderam o celular de Bolsonaro na operação que investiga a inserção de informações falsas sobre vacinação de Covid-19 no banco de dados oficial do Ministério da Saúde.

Bolsonaro teria que prestar depoimento ainda nesta quarta-feira (3) à PF em Brasília, mas seus advogados pediram o adiamento da oitiva, de acordo com uma fonte. 

A PF apura a existência de um registro de vacinação contra Covid-19 supostamente fraudulento feito em nome de Bolsonaro em 21 de dezembro do ano passado, dias antes de ele "fugir" aos Estados Unidos. (Com Reuters). 

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista Bela Megale no jornal O Globo

8 de janeiro: Moraes vota para tornar réus mais 250 denunciados por atos terroristas

Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal – Foto: Reprodução

 O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, votou para tornar réus mais 250 denunciados por participação nos atos terroristas promovidos por bolsonaristas nas sedes dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro.

A sessão, em plenário virtual, foi iniciada às 00h desta quarta-feira (2). O voto do magistrado foi depositado logo no início da sessão. Agora, os demais ministros analisam se acompanham o voto do relator ou se divergem. O prazo é até 8 de maio.

Vale destacar que essa é terceira leva de apreciações de denúncias. Até o momento, o STF tornou réus 300 simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sendo que 100 em uma primeira apreciação, e 200 na segunda.

Bolsonaristas invadem Congresso – Foto: Reprodução

Desde o ataque, a Procuradoria-Geral da República (PGR) já denunciou 1.390 bolsonaristas pelos atos antidemocráticos na capital federal. Com esse terceiro grupo de denúncias, o STF terá analisado se 550 pessoas viram réus, faltando 840.

Na sequência, serão abertas ações penais, com nova coleta de provas, tomada de depoimentos de testemunhas, além de interrogatórios dos réus. Depois, o STF terá de julgar se condena ou absolve os acusados.

Fonte: DCM

Bolsonaro avisa que não prestará depoimento nesta quarta e PF descarta, por ora, pedir condução coercitiva

 Oitiva havia sido determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. defesa alega não ter tido acesso às investigações da Operação Venire, deflagrada na manhã desta quarta-feira

Jair Bolsonaro (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)

Alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira (3), Jair Bolsonaro (PL) afirmou que não irá depor no âmbito da investigação que apura a atuação de um grupo que teria inserido dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

Apesar da oitiva ter sido determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, “no que depender da própria PF, nenhuma medida extra será adotada diante da aparente resistência do ex-presidente”, diz a coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles. 

Ainda segundo a reportagem, "ao menos por enquanto, está descartada a possibilidade de os investigadores pedirem a Moraes um mandado de condução coercitiva para que ele seja levado, à força, para depor”.

Bolsonaro foi alvo de um mandado de busca e apreensão expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no âmbito da Operação Venire, que investiga a atuação de um grupo que teria inserido dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. 

De acordo com a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Cunha Bueno disse que o ex-mandatário “está sendo ‘coagido a ficar quieto’" pelo "absurdo" de a Polícia Federal executar uma ordem de busca e apreensão na casa dele às 7h e, na sequência, marcar um depoimento para horas depois, "sem que os advogados tenham tido acesso aos autos”. A defesa pretende solicitar o adiamento da oitiva.

A Operação Venire cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão na manhã desta quarta-feira (3). Entre os presos estão o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, o policial militar Max Guilherme e o militar do Exército Sérgio Cordeiro, seguranças que atuaram durante o mandato de Bolsonaro e que também o acompanharam aos Estados Unidos, quando ele deixou o país dois dias antes do término do mandato.

fonte: Brasil 247

Alvo de operação, Bolsonaro depõe à PF nesta quarta-feira

 Advogado Paulo Cunha Bueno, que defende Bolsonaro, afirmou que seu cliente “vai exercer o direito de ficar calado” durante a oitiva

(Foto: ABr)

O advogado Paulo Cunha Bueno, que defende Jair Bolsonaro (PL), afirmou que seu cliente “vai exercer o direito de ficar calado” no depoimento que deverá prestar à Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (3). A previsão inicial era de que a oitiva fosse realizada às 10h, mas foi adiada em função dos mandados no âmbito da Operação Vanire ainda estarem sendo cumpridos pela PF.

Bolsonaro foi alvo de um mandado de busca e apreensão expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no âmbito da Operação Venire, que investiga a atuação de um grupo que teria inserido dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. De acordo com a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Cunha Bueno disse que o ex-mandatário “está sendo ‘coagido a ficar quieto’" pelo "absurdo" de a Polícia Federal executar uma ordem de busca e apreensão na casa dele às 7h e, na sequência, marcar um depoimento para horas depois, "sem que os advogados tenham tido acesso aos autos”.

"Eu sou um advogado que raramente orienta um cliente a fazer uso do direito que todos têm ao silêncio", disse. "Mas querer botar calor, não deixar que a defesa conheça os autos antes de a pessoa depor, não nos deixa outra opção", completou em seguida. Ainda segundo o advogado, os fatos investigados pela Operação Venire não seriam contemporâneos, como exige a lei para que uma ação de busca e apreensão seja realizada.

A Operação Venire cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão. Entre os presos estão o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, o policial militar Max Guilherme e o militar do Exército Sérgio Cordeiro, seguranças que atuaram durante o mandato de Bolsonaro e que também o acompanharam aos Estados Unidos, quando ele deixou o país dois dias antes do término do mandato.

Fonte: Brasil 247