terça-feira, 2 de maio de 2023

Ministério da Justiça anuncia medida cautelar contra o Google e exige ajuste na página inicial em até duas horas

 Desde segunda a plataforma exibe uma mensagem contra o PL das Fake News. Senacom vê o conteúdo como propaganda abusiva e quer direito ao "outro lado"

Flávio Dino e Google (Foto: Reprodução)


O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), anunciou em entrevista coletiva nesta terça-feira (2) que a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacom) tomou uma medida cautelar relativa ao Google. Desde segunda-feira (1), a plataforma exibe em sua página inicial uma mensagem contra o Projeto de Lei 2630/2020, conhecido como PL das Fake News. O buscador terá até duas horas para fazer os ajustes necessários.

Para Dino, o Google se define como uma plataforma de tecnologia e não pode publicar um “editorial”. Sendo assim, no entendimento do ministro, o aviso exibido pelo buscador deve ser considerado publicidade e, portanto, precisa ser sinalizado como tal.

A Senacom avaliou que o aviso se trata de propaganda abusiva e, assim, necessita de contra-propaganda. Desta forma, a empresa deve veicular um aviso a favor do PL, para que o consumidor tenha acesso ao “outro lado”.

“Nosso objetivo é proteger os consumidores e combater a censura privada. A regulação não é uma proposta do governo, é uma exigência do nosso tempo. Não só é amparada pela Constituição, mas exigida pela Constituição”, afirmou Dino.

Segundo o Google, o PL 2630 "acaba protegendo quem produz desinformação", "coloca em risco o acesso e a distribuição gratuita de conteúdo na Internet", "dá amplos poderes a um órgão governamental para decidir o que os brasileiros podem ver na internet", "traz sérias ameaças à liberdade de expressão", "prejudica empresas e anunciantes brasileiros" e "dificulta o acesso dos brasileiros à Busca do Google ao tratar buscadores como redes sociais".

Fonte: Brasil 247

Ministros do STF veem abuso de poder econômico do Google contra PL 2630 e falam em punição

 Ministério Público já questionou a empresa sobre o suposto favorecimento de conteúdos contrários ao PL das Fake News

(Foto: Reuters/Dado Ruvic | STF)

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ouvidos por Valdo Cruz, do g1, afirmam que o Google poderá ser punido por abuso de poder econômico caso fique comprovado que a plataforma direcionou e aumentou a disseminação de conteúdos críticos ao PL 2630, conhecido como PL das Fake News.

Até esta terça-feira (2), na página inicial do Google aparecia a mensagem: "o PL das fake news pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil". Clicando sobre o texto, o usuário era direcionado para um artigo que faz crítica ao projeto de lei.

Estudo feito por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) sugere que há um suposto direcionamento de resultados de pesquisa quando um usuário busca por informações sobre o PL 2630 no Google. Foi realizado um teste pelo grupo no dia 29 de abril. Buscando pelo termo "PL 2630", a plataforma exibiu conteúdo patrocinado pela própria empresa com o título "Conheça o PL da Censura".

O Ministério Público Federal (MPF) já expediu um ofício questionando o Google sobre o possível favorecimento. O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), disse que pedirá apuração sobre uma possível prática abusiva da empresa contra o PL.

Fonte: Brasil 247 com informações de Valdo Cruz no g1

Câmara se prepara para votar PL das fake news ante oposição das big techs

 Presidente da Câmara convocou líderes e o relator para avaliar o cenário. Votação só deve ocorrer se houver ambiente para aprovar o texto e o projeto não for desfigurado


Manifestação do grupo Avaaz diante do Congresso (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Reuters - A Câmara dos Deputados se prepara para votar nesta terça-feira um ambicioso projeto de lei para regular as redes sociais no país que conta com apoio do governo Lula e da cúpula do Judiciário ao mesmo tempo em que mobiliza uma intensa campanha contrária de gigantes de tecnologia globais, de líderes religiosos e de oposicionistas ligados a Jair Bolsonaro.

O relator da proposta, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), apresentou na quinta-feira a última versão do seu parecer, com o respaldo do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que trabalha para avançar com o texto após se empenhar para aprovar a urgência da matéria na semana passada.

Apesar de ter pautado, Arthur Lira convocou para esta terça líderes e o relator para avaliar o cenário e só deve levar adiante a votação da proposta tiver ambiente para aprová-lo e o texto não for desfigurado, segundo fontes próximas a ele e deputados ouvidos pela Reuters. É possível que somente a votação do texto-base seja apreciado, deixando pontos polêmicos para votações separadamente por meio de emendas ou destaques.

O parecer da intitulada Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência propõe responsabilizar as plataformas por conteúdos divulgados, em uma guinada em relação à norma atual, regida pelo Marco Civil da Internet.

As empresas terão que, por exemplo, atuar de forma ativa na busca --e impedimento de divulgação-- de conteúdos que envolvam discriminação de gênero, idade e raça e que preguem crimes contra o Estado, as eleições e atos de terrorismo, mesmo ainda em fase preparatória.

A proposta ainda prevê que as plataformas terão de remunerar empresas jornalísticas por uso de conteúdos, deixando valores para uma regulamentação posterior. Grupos de mídia nacional têm se colocado favoráveis ao texto.

"A situação atual (de regulação das redes) criou o ambiente para o 8 de janeiro, produziu um ambiente de violência em escolas que tragédias como aconteceram em São Paulo e Santa Catarina", disse o relator do texto à Reuters. "Tem um anseio da população para que haja parâmetros", destacou.

Pressionado por parlamentares, Orlando Silva fez recuos na última versão da proposta. Ele retirou a criação da autoridade autônoma no âmbito do governo para fiscalizar as redes sociais.

"Optei por tirar do texto essa proposta para permitir o debate fluir porque tem muitos outros itens e se nós ficássemos paralisados, por não ter acordo com o papel dessa entidade, poderíamos perder uma oportunidade", disse o relator.

Para o parlamentar, a opção com maior apoio no momento é transferir essas competências para a Agência Nacional de Telecomunicações. Outra possibilidade, contou, é deixar para a autorregulação das plataformas e, o que não for cumprido, seguirá para a esfera judicial.

CAMPANHA CONTRÁRIA

As plataformas ativaram uma intensa campanha contra o texto e, de forma geral, argumentam que a proposta traz riscos para a liberdade de expressão e para os negócios enquanto cobram mais tempo para debatê-la.

Os embates chegaram a um novo patamar quando o Google, que também controla o YouTube, lançou mão de sua própria plataforma para difundir suas críticas ao projeto.

Nesta segunda-feira, um link abaixo da janela principal do buscador no Brasil levava os usuários a um link em que o diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas do Google Brasil, Marcelo Lacerda, afirma que o PL das fake news teria o "potencial de impactar a vida de milhões de brasileiros e empresas todos os dias".

O movimento levou o ministro da Justiça, Flávio Dino, a anunciar que pedirá à Secretaria Nacional do Consumidor da pasta uma análise da conduta, "à vista da possibilidade de configuração de práticas abusivas das empresas". O relator da proposta chamou o posicionamento do Google de "jogo sujo".

Para a Câmara Brasileira de Economia Digital, entidade que reúne Google, Facebook e TikTok, diz que o projeto "agrava riscos de controle estatal" -- o grupo se diz a favor de uma regulação.

A câmara afirma ainda que, mesmo após a supressão da entidade autônoma de fiscalização das plataformas, consta do texto a figura de um órgão emissor que poderia demandar às plataformas a remoção de conteúdos "com base em premissas genéricas, sem critérios objetivos". Isso, avaliam, poderia deixar a porta aberta a qualquer órgão do Executivo apresentar esse tipo de demanda.

A associação também critica o parecer por obrigar as plataformas a remunerar "inclusive veículos propagadores de notícias falsas".

Em nota no sábado, a Meta, empresa responsável pelo Facebook, Instagram e WhatsApp, disse que a nova versão do texto tem "20 artigos completamente novos, que nunca foram amplamente debatidos, e contém dispositivos que prejudicam a maioria dos brasileiros que usam a internet com o propósito de atender a alguns poucos interesses econômicos".

Já TikTok reiterou ser a favor da regulamentação, mas disse que o projeto pode "estimular mais desinformação" e prejudicar empreendedores.

No Parlamento, as vozes mais ativas contra o projeto são nomes alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro e líderes da bancada evangélica, que rachou em relação ao texto, mesmo após mudanças feitas por Orlando Silva para acomodá-los.

Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), por exemplo, divulgou em seu Instagram um site, criado no início do mês, intitulado "PL da Censura" (pldacensura.com), que faz a contagem dos votos contrários e favoráveis à proposta. O site está hospedado em um domínio São Francisco, na Califórnia, com responsáveis removidos "por privacidade".

Se aprovado, o projeto de regulação das plataformas digitais seguirá para votação no Senado.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

STF começa a julgar à meia noite mais 250 acusados de participar da tentativa de golpe de 8 de janeiro

 


O STF começa a julgar, a partir da 0h desta quarta-feira (3/5), as denúncias contra mais 250 pessoas acusadas de envolvimento direto na tentativa de golpe de estado de 8 de janeiro.

Nessa terceira leva de apreciações, os ministros decidem se os acusados viram réus.

Até o momento, o STF tornou réus 300 indivíduos, sendo que 100 em uma primeira apreciação, e 200 na segunda.

A Corte decidiu fazer os julgamentos por partes, devido ao grande número de denunciados pela PGR. No total, são 1.390.

Os denunciados são investigados dentro dos inquéritos nº 4.921 e nº 4.922. No primeiro, são analisadas autoria intelectual e pessoas que instigaram os atos. A acusação é por incitação ao crime e associação criminosa. 

Haddad mira R$ 1 trilhão no exterior de quem não paga IR para compensar correção da tabela

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. (Foto: Reprodução)

 Para compensar a perda de arrecadação com o aumento da isenção do Imposto de Renda (IR) para dois salários-mínimos, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passará a tributar os rendimentos de pessoas físicas no exterior, incluindo recursos depositados em paraísos fiscais. Com informações da Folha de S.Paulo.

O Ministério da Fazenda mira, através de uma medida provisória (MP) publicada na noite de domingo (30), mais de R$ 1 trilhão (US$ 200 bilhões) em ativos de pessoas físicas no exterior que não pagam “praticamente nada” de IR sobre rendimentos decorrentes de juros e royalties, além de outros investimentos.

Os rendimentos obtidos no exterior a partir de 2024 passam a ser tributados em duas faixas de cobranças, com alíquotas que podem chegar a 22,5% dependendo do valor.

De R$ 6.000 a R$ 50 mil, a cobrança vai a 15% sobre os rendimentos. A partir de R$ 50 mil, o percentual sobe para 22,5%. A alíquota é zero em ganhos anuais de até R$ 6 mil.

Os valores valem para aplicações financeiras, lucros e dividendos de entidades controladas e bens e direitos presentes nos chamados trusts.

O trust são empresas estabelecidas em paraísos fiscais, onde alguém aplica o dinheiro, outra pessoa administra os recursos, no qual beneficia uma terceira pessoa.

Em nota divulgada nesta segunda-feira (1), o Ministério da Fazenda defende a tributação de rendimentos obtidos no exterior e argumenta que a medida é recomendada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

“A MP institui regra antidiferimento de rendimentos auferidos por pessoa física por meio de entidades controladas no exterior disciplina a tributação de ativos financeiros no exterior detidos por pessoa física; institui nova regra geral de tributação dos rendimentos oriundos do capital aplicado no exterior, por meio de uma tabela separada e com alíquotas progressivas (0% -22,5%); e introduz um novo regramento para tributação no trust”, diz um trecho da nota.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

VÍDEO: Sem provas, apoiadores de ‘Bolsonaro paraguaio’ protestam e acusam fraude em eleição


Apoiadores de ‘Bolsonaro paraguaio’ questionam eleição em Assunção, no Paraguai – Foto: Júlia Barbon/Folhapress

 Menos de 24 horas após a votação que elegeu o conservador Santiago Peña, do partido Colorado, à Presidência do Paraguai, diversos protestos ecoaram pelo país na última segunda-feira (1°).

Em um cenário muito parecido com o que aconteceu no Brasil nas últimas eleições, apoiadores do candidato Paraguayo Cubas, comparado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo extremismo nos discursos, alegaram fraude eleitoral sem provas.

Vale destacar que Cubas ficou em terceiro lugar, atrás de Efraín Alegre. Além disso, é a primeira vez que o Paraguai utiliza máquinas nas eleições gerais, que já haviam sido usadas nas primárias e em eleições municipais.

Os protestos começaram no início da tarde e foram aumentando ao longo do dia, inclusive com o incentivo de Cubas. As manifestações foram compostas principalmente por jovens, eleitorado considerado “farto” da política tradicional, formada pelos partidos “os liberais” e “os colorados”.

Assista abaixo: 



Fonte: DCM


Miriam Leitão diz que, segundo a ANJ, associação dos grandes jornais, veículos pequenos e médios serão beneficiados

 Jornalista também cobra a aprovação do PL das fake news, que favorece financeiramente a Globo

Miriam Leitão (Foto: Reprodução)

A jornalista Miriam Leitão, colunista do Globo, defendeu nesta terça-feira a aprovação do PL 2630, o das "fake news", que favorece a Globo financeiramente, ao transferir recursos da publicidade digital para as empresas de jornalismo.

"Um debate intenso no fim de semana foi sobre a remuneração do jornalismo. Alguns veículos menores passaram a dizer que o texto poderia privilegiar as grandes empresas. A ANJ soltou nota negando isso e dizendo que será para todo o espectro do jornalismo. A Fenaj não ficou contra o texto, mas disse que é preciso assegurar o alcance geral do jornalismo. Esse ponto pode até ser mudado para ficar mais claro", escreveu a jornalista.

A ANJ, Associação Nacional de Jornais, reúne os veículos da mídia corporativa, e, em geral, adota posições alinhadas aos interesses da Globo.

Fonte: 247 com Miriam Leitão no jornal O Globo

Twitter nega que tenha derrubado posts sobre o PL 2630 e aponta instabilidade no serviço

 Rede social enfrentou instabilidade no dia de ontem, quando foi acusada por internautas que defendem o PL 2630

Twitter (Foto: Reuters)

247 – O Twitter publicou um aviso em suas redes negando que tenha derrubado posts contrários ao PL 2630. A rede social alegou que sofreu instabilidade em suas redes e publicou um link para a reportagem da Reuters abaixo:

(Reuters) – Os serviços do Twitter caíram para milhares de usuários nesta segunda-feira, de acordo com o site de rastreamento de interrupções Downdetector.com.

Houve mais de 3.600 incidentes de pessoas relatando problemas com a plataforma de mídia social liderada por Elon Musk, de acordo com o Downdetector, que rastreia interrupções reunindo relatórios de status de várias fontes, incluindo erros enviados por usuários em sua plataforma.

O Twitter não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Os usuários do Reddit reclamaram que o site os desconectou inesperadamente e não conseguiram fazer login.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Colunista liberal da Folha diz que PL 2630 traz risco de censura

 "Querer que redes arbitrem sobre o conteúdo em temas cruciais é temerário", afirma Joel Pinheiro da Fonseca

Joel Pinheiro da Fonseca (Foto: Reprodução)

O colunista Joel Pinheiro da Fonseca, defende posições liberais no jornal, criticou o PL 2630, o das "fake news", no artigo Por que sou contra o PL das Fake News. Segundo ele, o texto, da maneira como está redigido, traz risco de censura. "Uma rede social que permita postagens afirmando que Lula, ajudado pelo STF, deu um golpe nas instituições brasileiras estará faltando com seu dever de cercear conteúdos que ataquem a democracia? E a rede social que permitir posts dizendo que Temer deu um golpe, 'com o Supremo, com tudo'? Será lícito defender a cloroquina num post? E a Teoria Monetária Moderna?", questiona.

"São algumas perguntas que o PL das Fake News suscita. Originalmente, ele previa a criação de um conselho independente para resolvê-las. Agora o conselho caiu, mas as discussões ainda caberão a alguém. Ministério da Justiça? Anatel? Seja quem for, está bem claro que é muito poder para uma entidade só", prossegue. "Um PL poderia ajudar a tornar as redes mais transparentes e menos manipuláveis. Mas querer que elas arbitrem sobre o conteúdo em temas cruciais, sob a ameaça de multas e até fechamento, é temerário", finaliza.

Fonte: Brasil 247

PL das fake news pode mudar para incluir o Discord, que estava fora da regulação

 Reportagem do Fantástico motivou campanha a favor do PL 2630, mas a plataforma não seria atingida pelo projeto

(Foto: Reprodução)


O PL 2630, o das chamadas fake news, pode mudar mais uma vez para incluir a plataforma Discord, usada sobretudo por gamers. Isso porque uma reportagem do último Fantástico foi usada por vários influenciadores para defender a regulação, mas poucos atentaram para o fato de que o Discord, como alertou o historiador Fernando Horta, em artigo no Brasil 247, não seria atingido pela regulação.

"Pela redação atual, apenas plataformas com mais de 10 milhões de usuários brasileiros estariam sob regulamentação. Além disso, servidores que realizam reuniões fechadas por vídeo ou voz também estão fora, o que é o caso do Discord", apontou reportagem desta terça-feira do Globo.

"Deveríamos rever a linha de corte do número de usuários para não permitir que aplicativos como o Discord sigam impunes. É tema para se decidir na reunião de líderes que antevê a discussão do PL", disse o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

Fonte: Brasil 247


Prerrogativas oferece apoio jurídico ao MST para enfrentar CPI na Câmara

 Coordenador do Prerrogativas, o advogado Marco Aurélio de Carvalho diz não ter dúvidas de que a CPI do MST "será um tiro no pé da oposição"

MST (Foto: MST/Matheus Alves)

O Grupo Prerrogativas disponibilizou ao MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) seu time de advogados para prestar assessoria jurídica a lideranças do movimento na CPI aberta pela Câmara dos Deputados para investigá-lo.

Caberá ao MST decidir se aceitará o apoio ou se seguirá apenas com seus advogados.

Coordenador do Prerrogativas, o advogado Marco Aurélio de Carvalho diz não ter dúvidas de que "essa CPI será um tiro no pé da oposição. O MST mostrará ao país a importância da reforma agrária e da função social da propriedade. O MST tem a nossa solidariedade, a nossa admiração, o nosso respeito e o nosso irrestrito apoio".

Para Carvalho, a CPI será uma oportunidade de desmistificar a imagem do MST. "Do limão, nós vamos fazer uma limonada".

Fonte: Brasil 247

Lula recebe Fernández e vai propor linha de crédito para comércio entre Argentina e Brasil

 Segundo o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, Lula vai propor ao presidente argentino financiamento às empresas brasileiras que vendem para o país

Lula e Alberto Fernández (Foto: Presidência da República)

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, viaja ao Brasil nesta terça-feira (2) para encontro com o presidente Lula (PT). Ele se reunirá com o mandatário brasileiro e sua equipe econômica no fim da tarde no Palácio da Alvorada.

Secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo disse à GloboNews que Lula vai propor ao presidente argentino financiamento às empresas brasileiras que vendem para o país. "A gente vem discutindo há algum tempo o que a gente chama de crédito para exportação. Na verdade, é um financiamento às empresas brasileiras que vendem para a Argentina, e são essas empresas (argentinas) que importam serviços e mercadorias do Brasil".

Fernández viaja ao Brasil em meio à deterioração da situação econômica e financeira da Argentina. O país enfrenta escassez de dólares, inflação de mais de 100% ao ano e a pior seca desde 1929. A agenda vai tratar de mecanismos de financiamento para as exportações brasileiras para Argentina, dada a escassez de divisas no país.

De acordo com Galípolo, cerca de 210 empresas brasileiras comercializam com a Argentina. O país é considerado um parceiro comercial importante. "Nos últimos cinco anos, por ausência de mecanismos do Brasil para financiamento das exportações brasileiras e importações argentinas, perdemos aproximadamente US$ 6 bilhões de espaço na balança comercial com a Argentina para a China, que vem viabilizando mecanismos de financiamento em alternativas em meios de pagamento".

A tendência é que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) seja o financiador das exportações para a Argentina.  Quando o BNDES financia outro país, o banco repassa o dinheiro para a empresa brasileira que venderá seus produtos ou serviços. Se o governo argentino não efetuar o pagamento do empréstimo, o BNDES não sofrerá perdas, pois o Fundo Garantidor de Exportações (FGE) cobrirá o valor devido.

Fonte: Brasil 247

CPMI do 8 de janeiro: Planalto e oposição veem sucesso nas redes como crucial e preparam guerra virtual

Oposição vai resgatar o “gabinete do ódio” bolsonarista e criar fábrica de memes. Governistas apostam em Janones e querem apoio de influenciadores como Felipe Neto

Deputados André Janones e Nikolas Ferreira (Foto: Agencia Camara)

Tanto o governo Lula (PT) quanto a oposição concordam que um bom desempenho nas redes sociais é crucial para selar uma vitória no campo político na CPMI do 8 de janeiro. Por isso, segundo relata o jornal O Globo, os dois lados já estão se preparando.

A oposição aposta no engajamento de Jair Bolsonaro (PL) e em antigos integrantes do “gabinete do ódio”, grupo de ex-assessores palacianos especializado em atacar adversários políticos. Já os governistas têm montado uma equipe dedicada às redes e pretende também pedir ajuda a influenciadores, como o youtuber Felipe Neto.

A escalação dos parlamentares de oposição para o colegiado também vai levar em conta o poder de fogo na arena digital. “Das seis vagas reservadas aos deputados do PL — entre titulares e suplentes —, três dos escalados estão na lista dos dez mais influentes, de acordo com monitoramento da Genial/Quaest. Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ocupa a quinta posição, enquanto André Fernandes (PL-CE), autor do requerimento da CPI, é o sétimo no ranking. O topo dessa lista é de Nikolas Ferreira (PL-MG), com 2,4 milhões de seguidores no Twitter, que ficará como suplente. A estratégia do grupo passa por utilizar gabinetes que têm equipes mais estruturadas para trabalhar com a internet. A ideia é que essas pessoas forneçam banners e memes para os colegas. Entre eles está o de Nikolas, que tem entre seus assessores Lígia Nara Arnaud Tomaz, irmã de Tércio Arnaud Tomaz — um dos principais nomes do ‘gabinete do ódio’ que funcionava no Palácio do Planalto no governo Bolsonaro”, diz a reportagem.

Entre os governistas destaca-se a figura do deputado André Janones (Avante-MG) como líder do embate virtual. “Vamos montar uma estratégia e o Janones vai estar lá para ajudar”,  afirmou o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), um dos cotados para integrar a comissão. O Avante não tem cadeira garantida na CPMI, mas o deputado tenta se cacifar para ocupar uma das vagas governistas. “Uma única promessa a vocês no dia do trabalho: trabalhar muito caso eu seja indicado pra CPMI, dar muito trabalho para Bolsonaro, e fazê-lo arrepender amargamente de ter roubado o povo trabalhador deste país”, postou Janones nesta segunda-feira (1).

O Palácio do Planalto planeja se equilibrar entre respostas rápidas aos acontecimentos da CPMI e não se mostrar preso aos rumos da comissão. “Um dos pontos de atenção serão os ‘cortes’ de vídeos que a oposição deverá fazer e publicar nas redes sociais com eventuais derrapadas de integrantes do governo. A ideia é tentar conter a repercussão daquilo que não for relevante para a investigação, mas que possa manchar a imagem de Lula”, relata o jornal. “O próprio PT está se preparando para isso. Vamos fortalecer as redes que já temos e vamos dar uma atenção especial para os assuntos da CPMI para que a direita não consiga emplacar fake news”, detalhou o deputado Rogério Correia (PT-MG), outro cotado para participar do colegiado.

Uma equipe no Palácio do Planalto estará à disposição dos parlamentares aliados para fornecer documentos e informações e alimentar as redes sociais. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, estará na liderança da articulação política. Já na área de comunicação o governo espera conseguir apoio de influenciadores, dentre eles Felipe Neto, que tem mais de 16 milhões de seguidores apenas no Twitter. 

Fonte: Brasil 247 com jornal O Globo

Lula deve acelerar indicação de Zanin ao STF

 Auxiliares têm aconselhado o presidente a fazer a indicação antes de um eventual desgaste provocado pela CPI do 8 de janeiro

Lula e Cristiano Zanin (Foto: Ricardo Stuckert | STF)


Auxiliares do presidente Lula (PT) têm, segundo o jornal O Globo, o aconselhado a acelerar a indicação do advogado Cristiano Zanin ao Supremo Tribunal Federal (STF). A ideia é que o presidente consiga emplacar o advogado no Supremo antes que a CPI do 8 de janeiro no Congresso Nacional possa provocar algum eventual desgaste no governo.

A cadeira a ser ocupada no STF é a que ficou vaga após a aposentadoria de Ricardo Lewandowski. Zanin é visto como favorito para o posto. Emissários do governo têm levado ao advogado a expectativa de que seu nome seja indicado em até duas semanas.

"Embora o próprio Zanin tenha evitado contato com parlamentares neste momento, buscando manter-se discreto em sua articulação, interlocutores do mundo jurídico, especialmente advogados com bom trânsito em Brasília, já tem feito esse papel. Em conversas com senadores, tentam medir qual ambiente para aprovação do seu nome junto ao Congresso. Parlamentares, por sua vez, já fizeram chegar até ele que não haverá problemas caso seja o escolhido por Lula", diz a reportagem.

Zanin recebeu sinalizações positivas até de Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Ex-ministro de Jair Bolsonaro, Ciro Nogueira (PP-PI) também não vê dificuldades para a aprovação de Zanin.

Presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o senador Davi Alcolumbre (União-AP) já fez chegar a Zanin o recado de que, uma vez confirmada a indicação, não demorará para definir a data de sua sabatina no Senado.

O indicado por Lula ao STF precisa ser aprovado por maioria absoluta do plenário do Senado — ao menos 41 dos 81 senadores.

Fonte: Brasil 247 com jornal O Globo 


segunda-feira, 1 de maio de 2023

MPF notifica Google e Meta sobre campanhas contra PL das Fake News

 MPF de São Paulo afirma que a prática “parece estar fora do âmbito de condutas que sujeitos alvo de propostas de regulação podem adotar em um debate democrático”

(Foto: Reuters)

O Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP) notificou nesta segunda-feira (1) o Google e a Meta sobre campanhas das pataformas contra o PL das Fake News, que está previsto para ser votado nesta terça-feira (02) na Câmara.

No despacho, o MPF cita "notícias e indícios de que os responsáveis por algumas das plataformas digitais potencialmente impactadas pelas novas regras propostas estariam não apenas fazendo pressões que, numa
democracia, são esperadas e absolutamente legítimas a qualquer ator que esteja sendo alvo de propostas de regulação— como se reunindo com Congressistas para pedirem que votem contra dado Projeto, financiando propagandas que defendam sua posição neste debate”.

Sobre o Google, o Ministério Público afirmou que a plataforma estaria lançando uma ofensiva contra o Projeto de Lei nº 2630/2020 "que iria além de práticas ordinárias de participação no debate público legislativo”.

“Trata-se, aqui, não da participação pública e transparente em uma discussão regulatória em curso (por meio, por exemplo, de reuniões e conversas com parlamentares, de publicação de artigos em
jornais e revistas, e de publicidade declarada como tal, perante a população), mas sim do uso, por plataformas potencialmente afetadas, dos meios que elas controlam, com
exclusividade, para impulsionar, de forma opaca e escapando de qualquer accountability, a percepção que lhes interessa sobre um tema de inegável importância pública”, diz o MPF, segundo a CNN

Para órgão, as plataformas “podem estar violando direitos fundamentais à informação, à transparência nas relações de consumo e ao exercício da cidadania de seus usuários, ao, em tese,
atuarem de forma opaca para impulsionarem, na esfera pública digital, conteúdos de seus interesses”.

Fonte: Brasil 247


Exército reabre redes para comentários e recebe enxurrada de ataques bolsonaristas

 

Soldados do Exército. (Foto: Sérgio Lima)

O Exército havia fechado os comentários nas redes sociais da Força em fevereiro desse ano e recebeu uma enxurrada de ataque após a reabertura do espaço recentemente. O comando restringiu a aba em todas as contas @exercitooficial, mas a reação do bolsonarismo foi violenta após a retomada. A informação é do Estadão.

Na semana passada, o general Alcides Valeriano Faria Junior deixou o espaço aberto após a publicação de uma entrevista com a major Gabriela Rocha Bernardes, que está em força de paz das Nações Unidas, no Sudão. Entre os 215 primeiros comentários da publicação, 188 eram ofensas à Força e aos comandantes dela.

O xingamento mais repetido é “melancia” (40 menções), um termo usado para sugerir que os oficiais são “vermelhos”, ou de esquerda, por dentro. O segundo comentário mais comum é a acusação de “trairas” ou “traição”, repetida 35 vezes.

Uma dúzia de comentários manda os militares “pintar a sarjeta” ou “capinar”, enquanto outros mandam a Força “fazer o L” e a acusa de prender crianças e idosos e abandonar “patriotas”.

Fonte: DCM

Randolfe quer multar o Google em 20% do faturamento e bloquear as contas bancárias da empresa

 Senador pedirá ao Cade abertura de inquérito administrativo para investigar o Google por abuso de posição dominante na campanha contra o PL das Fake News

Senador Randolfe Rodrigues (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo no Senado, anunciou nesta segunda-feira (1°) que irá acionar o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para investigar e multar a plataforma Google por conta da campanha contra o PL das Fake News. 

"Solicitarei ao CADE, cautelarmente, a remoção do conteúdo, abstenção de reiteração de práticas análogas e fixação de multa no valor máximo de 20% do faturamento bruto, além do bloqueio cautelar nas contas bancárias do Google", disse Randolfe pelço Twitter. 

Na página inicial de buscas do Google há um link que afirma "O PL das Fake News pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil". Ao clicar, o leitor é direcionado a uma nota da plataforma com críticas à proposta.





Fonte: Brasil 247



VÍDEO: Daniela Lima mostra ao vivo que foi censurada pelo Twitter ao falar do PL das Fake News

Daniela Lima, apresentadora da CNN Brasil. (Foto: Reprodução)

A apresentadora Daniela Lima, da CNN Brasil,  relatou ao vivo nesta segunda-feira (1) que foi censurada pelo Twitter. Durante o programa CNN 360, a jornalista afirmou que não estava conseguindo publicar seu tuíte sobre o PL das Fakes News, Projeto de Lei 2630/20, que cria a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet.

“Google não só passou a atacar institucionalmente o PL 2630 como também direciona o usuário a pressionar deputados. O mesmo Google que não coloca UM AVISO de fake news em imagens sabidamente falsas e manipulada, e que lucra com o impulsionamento do discurso de ódio. Ministério da Justiça vai apurar”, diz a publicação censurada pela plataforma.


 “Eu fui apenas relatar no Twitter, simplesmente não estou conseguindo publicar”, relatou a apresentadora.

Em seguida, para mostrar que sua publicação está sendo censurada pela rede social, Daniela tirou uma foto do tuíte e conseguiu publicar normalmente. “O algoritmo está mesmo mapeando as menções ao número do projeto de lei”, afirmou.

“Impossível saber a posição da plataforma porque ela, como já é de conhecimento público, responde a qualquer questionamento da imprensa com um emoji de mer**”, disse a apresentadora.


Assista abaixo:

Fonte: DCM