quarta-feira, 26 de abril de 2023

Obras de revitalização da Praça 28 de Janeiro avançam

 


O prefeito Junior da Femac vistoriou nesta quarta-feira (26/04) as obras de revitalização da Praça Semiramis Braga, mais conhecida como Praça 28 de Janeiro.  O espaço, que manterá as características originais, está passando por uma grande remodelação. Entre os novos atrativos, estarão o “parcão” para pets, ciclovia e pista de caminhada, além de novas calçadas e melhorias na drenagem e iluminação.

O projeto está sendo executado pela Secretaria de Serviços Públicos e Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan), com o apoio da Secretaria de Meio Ambiente. “Todos os serviços de drenagem já foram concluídos, com a colocação de tubos de coleta de água em toda a área. Também foi concluída a instalação de novas bocas de lobo”, cita Junior da Femac.

Nesta semana, estão em andamento as obras das novas calçadas na parte interna da praça e também em todo o seu entorno. “Além disso, a Rua Benjamin Braga Filho, que contorna a praça, está sendo alargada e irá ganhar dezenas de vagas de estacionamento. Também está em andamento a reabertura de um trecho de cem metros da Rua Renê Camargo de Azambuja, entre a praça e o Clube 28 de Janeiro, o que vai garantir mais vagas de estacionamento”, informa Junior da Femac, acrescentando que nestas vias o trânsito fluirá com limitação de velocidade.

Entre os principais atrativos que serão implantados, o prefeito cita o “parcão” para pets. “Será uma área com alambrado, brinquedos para os cães, bebedouro, caixa de areia e espaço de estar com bancos e mesas para os donos dos pets”, cita Junior da Femac.

Junior da Femac destaca ainda que a revitalização prevê a implantação de uma pista de caminhada, que será demarcada com pintada em azul, além de uma ciclovia, pintada em vermelho. “Ambas irão contornar toda a praça e também a quadra onde está situado o Clube 28 de Janeiro.  Nossa equipe também irá providenciar iluminação de todo o espaço com tecnologia de LED”, completa.

Junior da Femac ressalta ainda que a “nova praça” irá tornar a região mais agradável e, ao mesmo tempo, valorizar os imóveis. “Tenho certeza que as obras executadas e os novos atrativos irão contribuir também para alavancar o desenvolvimento econômico, com novos negócios de profissionais liberais, clínicas e comércio”, pontua Junior da Femac.

O projeto elaborado pela equipe técnica do Idepplan garante a preservação do conceito original da obra da década de 1960. “Será mantida a Biblioteca Professora Olga Antunes Pedroso, que ganhará um visual mais moderno, e também serão preservados o Monumento à Liberdade e a concha acústica”, reitera Carlos Mendes, diretor-presidente do Idepplan.

Entenda os argumentos do MPF sobre as ligações entre Bolsonaro e o 8 de janeiro

 

Bolsonaro e manifestantes no Congresso, em 8 de janeiro – Foto: Reprodução

O Ministério Público Federal (MPF) apresentou alguns argumentos que ligam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com os atos terroristas promovidos por seus simpatizantes nas sedes dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro. As informações são da BBC news.

O depoimento do ex-chefe do Executivo à Polícia Federal (PF), dentro do inquérito que apura se ele teve alguma responsabilidade nos ataques na capital federal, está marcado para esta quarta-feira (26).

A investigação foi solicitada ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Procuradoria-Geral da República (PGR). 79 procuradores do MPF assinaram uma representação acusando o ex-presidente de ter cometido o crime de incitação.

A representação contra Bolsonaro foi feita no dia 12 de janeiro, após o ex-presidente compartilhar nas redes sociais um vídeo que dizia, sem provas, que Lula (PT) não tinha sido eleito, mas sim “escolhido por ministros do STF e TSE (Tribunal Superior Eleitoral)”. O vídeo foi compartilhado dois dias após as invasões golpistas.

Para os procuradores, a mensagem divulgada pelo ex-mandatário teria configurado “uma forma grave de incitação, dirigida a todos seus apoiadores, a crimes de dano, de tentativa de homicídio, e de tentativa violenta de abolição do Estado de Direito, análogos aos praticados por centenas de pessoas ao longo dos últimos meses”.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Foto: Reprodução

Os autores da representação também destacaram os questionamentos feitos pelo ex-chefe do Executivo sobre o sistema eleitoral brasileiro. Eles citaram as acusações que Bolsonaro fez, poucos meses antes da eleição de 2022, quando ele reuniu em julho embaixadores “sem apresentar qualquer elemento idôneo que amparasse suas alegações”.

Além dos questionamentos sobre o sistema eleitoral, os procuradores ressaltaram que Bolsonaro fez também acusações infundadas contra “instituições judiciárias brasileiras, responsáveis pela organização dos pleitos, alegando que elas tramavam contra sua reeleição”.

Para os procuradores, outro comportamento do ex-mandatário que teria contribuído para os atos terroristas foi a decisão de não reconhecer a eleição de Lula. O ex-capitão deixou o país dias antes da posse do petista. Vale destacar que ele ficou quase três meses nos Estados Unidos.

“Diante de sua derrota, e corroborando sua postura de sistematicamente lançar suspeita sobre as instituições e os processos democráticos do país, ele se tornou o primeiro presidente, na história da Nova República, a não reconhecer expressamente o resultado do pleito, nem mesmo quando seus apoiadores ocupavam, em revolta, rodovias Brasil afora, em prejuízo à circulação de pessoas bens e serviços”, diz a representação.

Na visão dos integrantes do MPF, as falas de Bolsonaro também tiveram “uma posição de destaque na câmara de eco desinformativo do país” e “compuseram o rol de motivações de muitos dos quais, ao longo dos últimos meses, alimentados por essas campanhas, praticaram atos violentos e participaram de graves atos antidemocráticos no país”.

Fonte: DCM com informações da BBC News

PF considera criminosas postagens feitas por deputadas bolsonaristas em 8 de janeiro


As deputadas Silvia Waiãpi (PL-AP) e Clarissa Tércio (PP-PE). Fotomontagem

A Polícia Federal (PF) afirmou, em relatório enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que as deputadas federais Silvia Waiãpi (PL-AP) e Clarissa Tércio (PP-PE) cometeram crimes ao incentivarem nas redes sociais os atos golpistas de 8 de janeiro. Com informações do Poder 360.

No relatório enviado no dia 22 de março, a PF disse que a conduta das parlamentares é classificada como “crime de opinião” e que caberá ao Ministério Público Federal (MPF) dizer o tipo penal.

O inquérito foi aberto pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da PGR, que declarou que as deputadas fizeram publicações antes e durante as invasões nos prédios dos Três Poderes.

Na ocasião, Waiãpi publicou vídeos dos atos antidemocráticos com o seguinte comentário: “O povo toma a Esplanada dos Ministérios nesse domingo! Tomada de poder pelo povo brasileiro insatisfeito com o governo vermelho”.

Assim como Silvia, Clarissa Tércio também foi acusada pela PF de ter cometido “crime de opinião”, por conta de suas publicações. Em um dos vídeos divulgados em seu perfil nas redes sociais, a parlamentar disse: “Acabamos de tomar o poder. Estamos dentro do Congresso. Todo povo está aqui em cima. Isso vai ficar para a história, a história dos meus netos, dos meus bisnetos”.

Fonte: DCM com informações do Poder 360

Artistas entregam ao Congresso carta de apoio ao PL das Fake News (vídeo)

 "Em 45 anos, é a primeira vez que nós atores estamos presentes em um PL", disse a atriz

Glória Pires (Foto: Reprodução)

Representados pela atriz Glória Pires, artistas entregaram nesta terça-feira (25) ao Congresso Nacional uma carta de apoio ao PL das Fake News, que teve o requerimento de urgência aprovado e, por consequência, o Projeto de Lei 2.630/2020 vai ser votado na próxima semana.

"Estamos falando de direito autoral. É o mesmo assunto. Em 45 anos, É a primeira vez que nós atores estamos presentes em um PL", disse a artista. 

O projeto prevê mais transparência de redes sociais e de serviços de mensagens privadas principalmente na responsabilidade dos provedores no combate a notícias falsas. A proposta também determina o aumento da transparência em conteúdos patrocinados e à atuação do poder público. 

O texto estabelece prisão de um a três anos e multa para quem promover ou financiar a disseminação em massa de mensagens falsas e que possam comprometer a “higidez” do processo eleitoral ou causar dano à integridade física. Plataformas terão de publicar regularmente relatórios semestrais de transparência.

Fonte: Brasil 247

"Estamos mais próximos de uma internet livre do ódio e da mentira", diz Pimenta sobre PL das fake news

 O chefe da Secom reforçou que não houve dificuldades para a aprovação do requerimento de urgência do Projeto de Lei

Paulo Pimenta, toma posse, no Salão Oeste do Palácio do Planalto (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O chefe da secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, comemorou nesta terça-feira (25) que decisão de parlamentares da Câmara dos Deputados, que aprovaram o requerimento de urgência para ser votada na próxima terça-feira (2) o Projeto de Lei 2.630/2020, o "PL das Fake News - a proposta cria a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet. 

"Por 238 votos a 192, os deputados e deputadas decidiram que o PL2630, que propõe regulação das plataformas digitais, precisa ser votado com urgência. A votação do projeto será na semana que vem. Estamos mais próximos de uma internet livre do ódio e da mentira", reforçou o chefe da Secom. 

O projeto de lei prevê mais transparência de redes sociais e de serviços de mensagens privadas principalmente na responsabilidade dos provedores no combate à notícia falsa. 

O texto estabelece prisão de um a três anos e multa para quem promover ou financiar a disseminação em massa de mensagens que possam comprometer a “higidez” do processo eleitoral ou causar dano à integridade física. 

Plataformas terão de publicar regularmente relatórios semestrais de transparência com informações sobre a moderação de conteúdo falso.



Em Madri, Lula assina três acordos com o primeiro-ministro da Espanha

 Lula e Pedro Sánchez assinaram dois memorandos e uma carta de intenções na área de educação, trabalho, ciência, tecnologia e inovação

Lula e Pedro Sánchez (Foto: Ricardo Stuckert)

Nesta quarta-feira (26), o presidente Lula (PT) e o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, firmaram três acordos entre Brasil e Espanha. Os acordos consistem em dois memorandos e uma carta de intenções, informa Igor Gadelha, do Metrópoles.

O primeiro memorando foi assinado pelos ministérios da Educação do Brasil e da Espanha, visando a cooperação no ensino superior. O segundo memorando se refere a um acordo entre os ministérios do Trabalho dos dois países. Além disso, os dois líderes também assinaram uma carta de intenções relacionada à ciência, tecnologia e inovação. 

Até o momento, não foram divulgados detalhes específicos sobre os acordos pelo Itamaraty. Lula e a comitiva brasileira foram recebidos por Sánchez no Palácio Moncloa, residência oficial do primeiro-ministro e sede do governo espanhol em Madri.

Foram firmados entre os dois países:

  • Memorando de entendimento entre o Ministério de Universidades do Reino da Espanha e o Ministério da Educação da República Federativa do Brasil sobre cooperação no ensino superior universitário.
  • Memorando de entendimento sobre cooperação entre o Ministério do Trabalho e Economia Social do Reino de Espanha e o Ministério do Trabalho e Emprego da República Federativa do Brasil.
  • Carta de intenções na área de ciência, tecnologia e inovação entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação da República Federativa do Brasil, o Ministério de Ciência e Inovação do Reino da Espanha, a financiadora de estudos e projetos, o Centro para o Desenvolvimento Tecnológico Industrial do Reino da Espanha.
Fonte: Brasil 247 com Metrópoles

"China será a primeira economia do mundo e não faz guerra", diz Lula

 Na Espanha, presidente declarou que a China é um exemplo “de que somente com muita paz é possível aproveitar o dinheiro produzido pelo povo para gerar bem-estar social”

Joe Biden, Xi Jinping e Lula (Foto: Reuters | Ricardo Stuckert/PR/Fotos Públicas)

Em declaração à imprensa, em Madri, após encontro com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, nesta quarta-feira (26), o presidente Lula (PT) afirmou que a China será, provavelmente, a primeira economia do mundo no próximo ano, finalmente superando os Estados Unidos.

Ele relembrou o caminho trilhado pela China para alavancar seu desenvolvimento. “Eu quando vejo alguns países preocupados com o crescimento da China fico me perguntando se a gente está lembrado do discurso que era feito nos anos 80, depois do famoso Consenso de Washington, depois que se criou a ideia de que o mundo não teria mais problemas se fosse globalizado. Tinha um discurso feito há 43 anos, a globalização era a saída para a humanidade. E por conta disso, todas as mega empresas americanas foram investir na China. Para desenvolver a China? Não. Para utilizar a mão de obra barata que a China oferecia naquele instante. O que aconteceu com os chineses? Souberam tirar proveito do investimento. Não sei qual foi o milagre que eles fizeram, mas o dado concreto é que quando o Trump foi candidato e começou a dizer que era preciso tirar as empresas da China para as empresas voltarem para os Estados Unidos já era tarde”. 

O presidente destacou que o desenvolvimento chinês não está baseado em guerras, como promovem os Estados Unidos por diversos cantos do mundo. “A China já é a segunda economia mundial e possivelmente no próximo ano será a primeira economia do mundo. Com uma diferença: faz muitos anos que a China não faz guerra, isso em uma demonstração de que somente com muita paz é possível você aproveitar o dinheiro produzido pelo povo para poder gerar emprego e bem-estar social”.

Na sequência, o presidente falou sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia e voltou a condenar a violação do território ucraniano pelos russos.

Fonte: Brasil 247

Major do Exército que foi "garçom" de terroristas diz que serviu água para evitar que destruíssem a copa do Palácio

 José Eduardo Natele, que atuava na segurança de Jair Bolsonaro, disse que precisava acalmar os manifestantes

Militar José Eduardo Natale de Paula Pereira, lotado no GSI, serve água para invasores golpistas durante 8 de janeiro (Foto: Reprodução)

Agência Brasil – O major do Exército José Eduardo Natale, que estava lotado no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no dia dos atos golpistas de 8 de janeiro, disse em depoimento à Polícia Federal (PF) que entregou garrafas de água aos vândalos para acalmá-los e evitar que quebrassem as instalações de uma copa.

Natale e mais oito militares da pasta prestaram depoimento à PF no último domingo (23) após a divulgação de imagens das câmeras do interior do Palácio do Planalto durante a ação dos golpistas.

Na gravação, o major aparece dando água para os invasores. Os depoimentos foram enviados hoje (25) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator das investigações sobre o dia 8 de janeiro.

Aos investigadores, o major disse que estava sozinho no momento registrado pelas câmeras e afirmou que pediu para os golpistas saírem do prédio.

“Que em outro momento, foi em direção à copa, pegou uma água e logo apareceram 3 ou 4 manifestantes que estavam exaltados. Os manifestantes questionaram de forma exaltada [que] local era aquele, ocasião na qual respondeu que se tratava de uma copa. Que então os manifestantes exigiram que lhes dessem água. Que o declarante entregou algumas garrafas de água com o intuito de acalmá-los e que não danificassem a copa e ainda solicitou que saíssem do local. Que o declarante encontrava-se sozinho até o momento. Sem nenhum agente público por aproximadamente uma hora e que durante esse período permaneceu em contato com seus superiores pedindo reforço e atualizando-os sobre a situação da invasão”, diz o depoimento.

Ele também relatou aos delegados que se infiltrou no meio dos vândalos ao ser avisado que a “segurança tinha colapsado” e que foi hostilizado pelos golpistas. “Que então foi informado pelo coronel que a segurança do PP [Palácio do Planalto] havia colapsado. Que retirou o paletó, a gravata e a pistola para infiltrar-se no Palácio tomado pelos manifestantes, a fim de conter danos, bem corno evitar o furto de sua arma, já que estava sozinho”, declarou.

Alerta laranja

Natale também confirmou que, para aquele dia, existia um alerta de cor laranja de segurança por parte do setor de avaliação de riscos do órgão. Segundo ele, o grau corresponde ao terceiro nível de risco, num total de cinco.

“Que a título de exemplo, o evento de posse presidencial era nível vermelho ou preto (4º ou 5º nível). Que para o nível de criticidade laranja, o efetivo previsto era de um pelotão, compreendendo cerca de 30 a 40 pessoas de prontidão no Palácio do Planalto (no dia 08 o pelotão chegou por volta de 12 h)”, diz trecho do depoimento.

Gonçalves Dias

O tenente-coronel do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal Marcos Vinícius Braz de Camargo, que trabalhava como assessor parlamentar do GSI, também prestou depoimento disse que encontrou com o ex-ministro do GSI Gonçalves Dias no prédio durante a depredação.

“E o declarante encontrou com o gen. Gonçalves Dias no terceiro piso e procurou saber se ele estava bem, ao que o general respondeu que quase havia sido agredido por um manifestante”, disse.

Na última quarta-feira (19), Dias pediu demissão do cargo após imagens divulgadas pela CNN Brasil mostrarem ele e outros funcionários do GSI no interior do Palácio do Planalto

Ontem (24), o ministro interino do GSI, Ricardo Cappelli, disse que pretende acelerar a troca de servidores que permanecem no órgão desde o governo passado. Cappelli também informou que cerca de 35% dos servidores foram trocados desde o início do novo governo.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Lula decide manter o GSI sob comando militar

 A justificativa do presidente seria "manter a tradição"

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não irá fechar o Gabinete de Segurança Institucional, ocupado interinamente pelo ministro Ricardo Cappelli, nem irá desmilitarizá-lo. "O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desempatou a disputa interna no governo e já comunicou a auxiliares que rumo vai dar ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, que está sem titular desde a demissão do general Gonçalves Dias. Lula vai manter o GSI sob o comando de um militar, que terá o nome anunciado após a volta de sua visita oficial à Península Ibérica, no final da noite desta quarta-feira. De acordo com subordinados do presidente da República envolvidos nas discussões que se seguiram à queda de Gê Dias, a opção de Lula foi por 'manter a tradição'", segundo informa a jornalista Malu Gaspar, no Globo.

O GSI tem status de ministério foi criado em 1983 e sempre teve militares no comando. "O favorito para ocupar o posto é o general Marcos Antônio Amaro dos Santos, que foi responsável pela segurança da ex-presidente Dilma Rousseff de janeiro de 2011 a maio de 2016 e costumava acompanhá-la até nas pedaladas matinais", prossegue a jornalista.

O GSI (Gabinete de Segurança Institucional) é um órgão de assessoramento direto e imediato ao presidente da República do Brasil em assuntos relacionados à segurança institucional, defesa nacional, inteligência estratégica e políticas de defesa cibernética. O GSI é responsável por coordenar as atividades de inteligência do país e gerir a segurança das autoridades federais e das instalações estratégicas do governo. Além disso, o GSI também participa da elaboração de políticas de defesa e segurança nacional, promove a cooperação com outros órgãos de inteligência e segurança, e realiza a proteção de informações sensíveis do governo. A discussão sobre desmilitarização ganhou força após a demissão do general Gonçalves Dias, que apareceu em vídeos no Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro.

Fonte: Brasil 247 com Malu Gaspar no jornal O Globo 


Foragido por tentar explodir Aeroporto de Brasília diz que está abrigado em fazenda de empresário bolsonarista

 Wellington Macedo contou que está escondido na fazenda de um empresário que conheceu no acampamento golpista em Brasília

Wellington Macedo e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)

 Wellington Macedo, um dos três acusados de tentar explodir uma bomba perto do Aeroporto Internacional de Brasília em dezembro passado, está foragido há quatro meses e se refugia em uma fazenda de um empresário bolsonarista, segundo entrevista concedida à Folha de S. Paulo nesta terça-feira (25). 

Macedo, um blogueiro e influenciador bolsonarista, alega ser inocente e vítima de perseguição judicial. Ele ocupou um cargo no governo de Jair Bolsonaro (PL) como assessor da então ministra Damares Alves em 2019. 

Macedo foi preso em 2021 por incentivar atos antidemocráticos e foi acusado de dirigir o carro que transportou a bomba do acampamento bolsonarista até o aeroporto, juntamente com outros dois réus. Macedo é o único que ainda não foi preso.

"Eu não voltei mais em casa, fui para outra cidade. Estou numa fazenda de pessoas que conheci no acampamento. Estou bem isolado, estou longe", contou o foragido.

Fonte: Brasil 247 com Folha de S. Paulo 



Bolsonaro depõe hoje sobre sua participação nos atos terroristas de 8 de janeiro

 Ao contestar a eleição, ex-presidente foi o mentor intelectual da depredação da Praça dos Três poderes

Bolsonaro e bolsonaristas radicais invadindo o Palácio do Planalto em 8 de janeiro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


Nesta quarta-feira, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será ouvido pela Polícia Federal no âmbito do inquérito que investiga os autores intelectuais dos ataques golpistas às sedes dos Três Poderes em Brasília em 8 de janeiro.

Bolsonaro foi incluído no inquérito após compartilhar um vídeo que sugeriu, sem provas, que a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva foi fraudada pelo TSE e pelo STF. A determinação para o depoimento foi feita pelo ministro Alexandre de Moraes, a pedido da PGR. O ex-presidente já foi ouvido pelos investigadores em 5 de abril, em relação ao escândalo das joias sauditas. 

Durante a oitiva, Bolsonaro deverá esclarecer pontos como a postagem do vídeo, sua possível participação na produção da "minuta do golpe", sua inação em relação aos acampamentos golpistas e sua viagem aos Estados Unidos dias antes dos ataques.

Fonte: Brasil 247

terça-feira, 25 de abril de 2023

Moraes defende multa de até R$ 150 mil por hora contra plataforma que não cumprir ordem judicial

 O magistrado do TSE entregou às presidências da Câmara e do Senado sugestões de mudança ao "PL das Fake News", que teve o requerimento de urgência aprovado no Congresso

Câmara dos Deputados, TSE e Alexandre de Moraes (Foto: Câmara dos Deputados | ABR)


O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, Moraes defendeu a aplicação de uma multa de até R$ 150 mil por hora contra alguma plataforma que mantiver no ar fake news sobre as eleições, no caso de descumprimento de ordem judicial. 

O magistrado do STF entregou nesta terça-feira (25) aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com sugestões de mudança ao Projeto de Lei 2.630/2020, o "PL das Fake News", proposta que teve o requerimento de urgência aprovado nesta terça e será votada na próxima terça-feira (2). O projeto cria a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet.

De acordo com as recomendações do ministro, a multa a uma plataforma passa a ser cobrada a partir do término da segunda hora após o recebimento da notificação judicial. Fica proibida a propaganda paga (inclusive monetização) de candidatos, até no site do partido, dois dias antes e um dia após a data da eleição. O valor da multa aplicado é o mesmo por hora. A punição passa a ser cobrada a partir do término da primeira hora após o recebimento da notificação.

Moraes também defendeu que os provedores de redes sociais identifiquem todos os conteúdos impulsionados.

O presidente do TSE sugeriu, ainda, que plataformas respondam civil e administrativamente se não retirarem do ar imediatamente conteúdos e contas.

Fonte: Brasil 247

Câmara aprova urgência do PL das fake news

 A votação foi concluída com um placar favorável de 238 a 192

Plenário da Câmara dos Deputados (Foto: Elaine Menke/Câmara dos Deputados)

A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira (25) a urgência do PL das fake news, que pune as big techs por conteúdos veiculados nelas que violem padrões estabelecidos contra o discurso de ódio e anti-democrático. A votação foi concluída com um placar favorável de 238 a 192. 

Com isso, o PL nº 2.630/20 poderá ser votado de maneira mais célere. Pelo cronograma, o plenário votará o mérito do texto na próxima terça-feira (2). 

O início da sessão foi marcado pelas tentativas de obstrução da extrema direita. O deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS) chegou a afirmar que "pode ser a ideia do relator comunista [Orlando Silva], mas o Brasil não virará a China".

Fonte: Brasil 247


Supremo torna réus primeiros 100 denunciados por atos golpistas

 O placar do julgamento foi finalizado em 8 votos a 2. Os réus vão responder por crimes como associação criminosa armada e abolição violenta do Estado democrático de direito

Atos terroristas de bolsonaristas contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Rede Brasil Atual - Em julgamento virtual encerrado na noite de ontem (24), o Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réus os primeiros 100 denunciados envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. Na ocasião, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram as sedes do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso e o Palácio do Planalto, em Brasília.

Com o fim do julgamento, os acusados passam a responder a uma ação penal. Passada esta etapa, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, vai agora analisar se mantém a atual prisão dos acusados. Também nesta segunda-feira, o STF iniciou sessão para julgar se torna réus mais 200 envolvidos. Moraes já deu o primeiro voto favorável.

Já na semana passada, o voto do relator ja havia formado maioria para transformar todos os investigados em réus. O voto foi seguido por Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Em função de aposentadoria de Ricardo Lewandowski, a Corte ainda não conta com o total de 11 ministros.

Os dois últimos ministros a votar, Nunes Marques e André Mendonça, que chegaram ao STF indicados por Bolsonaro, seguiram parcialmente o relator. Ambos rejeitaram as denúncias contra 50 dos investigados que foram presos no acampamento de golpistas em frente ao QG do Exército, em Brasília.

O placar do julgamento foi finalizado em 8 votos a 2. Com isso, os réus vão responder por crimes como:

  • Associação criminosa armada;
  • Abolição violenta do Estado democrático de direito;
  • Golpe de Estado;
  • Dano qualificado pela violência e grave ameaça com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima;
  • Deterioração de patrimônio tombado.

Divergências

Para fundamentar seu voto, Alexandre de Moraes afirmou que o país garante liberdade de manifestação, mas atos com objetivo de pregar violência e desrespeito à democracia
são “criminosos e inconstitucionais”.

“Tanto são inconstitucionais as condutas e manifestações que tenham a nítida finalidade de controlar ou mesmo aniquilar a força do pensamento crítico,
indispensável ao regime democrático, quanto aquelas que pretendam destruí-lo, juntamente com suas instituições republicanas, pregando a violência, o arbítrio, o
desrespeito à Separação de Poderes e aos direitos fundamentais, em suma, pleiteando a tirania, o arbítrio, a violência e a quebra dos princípios republicanos, como se verifica pelas
manifestações criminosas ora imputadas ao denunciado”, escreveu.

No entanto, Nunes Marques abriu divergência em relação aos demais votos para rejeitar 50 denúncias contra investigados que estavam em frente ao quartel do Exército no dia dos atos golpistas. O ministro alegou que não há provas de que os acusados tenham participado dos atos de vandalismo de 8 de janeiro.

Em relação aos outros 50 investigados, que fazem parte de outro processo julgado, Nunes Marques entendeu que o caso deve ser analisado pela Justiça Federal. Contudo, votou pela rejeição da denúncia
pelo crime de associação criminosa e aceitou pelo crime de dano ao patrimônio alheio.

Por sua vez, em voto semelhante, André Mendonça também afirmou que não há provas contra os acusados presos no QG do Exército, e votou para tornar réus as outras 50 pessoas, presas na Praça dos Três Poderes. No entanto, entendeu que as denúncias devam ser analisadas pela primeira instância da Justiça, e não pelo Supremo.

8 de janeiro no STF

Essa foi a primeira leva de denúncias analisadas pelo STF sobre os atos de terrorismo em Brasília no dia 8 de janeiro, num ataque à democracia sem precedentes na história do Brasil. A Procuradoria-Geral
da República (PGR) já denunciou 1.390 pessoas por atos antidemocráticos, sendo 239 no chamado núcleo dos executores, 1.150 no núcleo dos
incitadores e uma pessoa no núcleo que investiga suposta omissão de agentes públicos.

Naquele dia, terroristas quebraram vidraças e móveis, vandalizaram obras de arte e objetos históricos, invadiram gabinetes de autoridades, rasgaram documentos e roubaram armas e outros objetos. O
prejuízo é calculado em R$ 26,2 milhões.

Esses primeiros 100 casos analisados tiveram prioridade porque os acusados estão presos. Ainda cabem recursos contra o recebimento das denúncias. Na sequência,
serão abertas ações penais, com nova coleta de provas, tomada de depoimentos de testemunhas, além de interrogatórios dos réus. Esse também é o julgamento da Corte com o maior número de
denúncias analisadas simultaneamente pelos ministros. Não há prazo para a conclusão dos julgamentos.

Mais 200

Também nesta segunda-feira, o STF iniciou sessão virtual para julgar se torna réus mais 200 envolvidos nos atos golpistas contra as sedes do Supremo, do Congresso e o Planalto. A votação começou à meia-
noite e vai até as 23h59 da próxima terça-feira (2). Na modalidade virtual, os ministros depositam os votos de forma eletrônica e não há deliberação presencial. Primeiro a votar, Alexandre de Moraes já decidiu pelo recebimento
das denúncias da PGR contra o novo grupo de acusados.

Com a divulgação do voto do ministro, que é relator das denúncias, os demais nove ministros da Corte também podem começar a votar. Da mesma forma que o julgamento concluído
ontem, se a maioria aceitar a denúncia, os acusados passarão a responder a uma ação penal e se tornam réus no processo.

Fonte: Rede Brasil Atual com Agência Brasil, STF e g1


Gleisi detona Dallagnol por espalhar fake news: 'usar a fé das pessoas politicamente é asqueroso'

 Em mensagem nas redes sociais, o ex-procurador da Lava Jato disse que o PL das fake news baniria compartilhamento de trechos bíblicos, o que não consta no projeto

Deltan Dallagnol e a deputada Gleisi Hoffmann (Foto: José Cruz/Agência Brasil | Paulo Sergio/Câmara dos Deputados)

 A deputada Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, criticou nesta terça-feira (25) o deputado Deltan Dallagnol por espalhar mentira nas redes sociais sobre o PL das fakes news, cuja urgência da votação está sendo votada pela Câmara

Em mensagens publicadas para mobilizar seguidores contra o PL, o ex-procurador da Lava Jato alegou que iniciativa baniria o compartilhamento de trechos bíblicos. "O que leva um deputado que se diz cristão inventar mentiras dizendo que a religião será censurada pelo PL que regula as plataformas?", questionou Gleisi. 

"A gente tá falando de fake news, de atentado à democracia, às escolas! Que religiosidade é essa? Usar a fé das pessoas politicamente é asqueroso e mentir usando a crença é ainda pior. PL 2630 JÁ", acrescentou a presidente do PT. 

Na proposta analisada pela Câmara, que deverá ser votada nesta quarta-feira 26, em nenhum momento é mencionado censura a trechos do texto religioso.Após a publicação, Deltan tomou uma invertida de Orlando Silva (PCdoB), relator da proposta. “É por esse tipo de indignidade que as redes sociais estão cheias de discurso de ódio e desinformação. Quem lucra com essa campanha mentirosa, que explora a fé alheia para politicagem barata, deputado? Só reformada a urgência da regulação”, afirmou Orlando Silva. 

Fonte: Brasil 247


Moraes envia à PGR ação de Dino contra Dallagnol por calúnia, difamação e racismo

 

Flávio Dino e Deltan Dallagnol (Foto: Reprodução)


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, enviou para a Procuradoria-Geral da República (PGR) a ação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, em que acusa o deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) dos crimes de calúnia, difamação e racismo e pede que ele seja investigado no inquérito das fake news, que tramita no STF.

Segundo a Veja, no despacho publicado nesta segunda-feira (24), Moraes dá o prazo de cinco dias para a PGR se manifestar sobre a ação movida por Dino. O processo já foi recebido pelo Ministério Público Federal.

No início do mês, Dino alegou que Dallagnol, ex-procurador da força-tarefa da Operação Lava Jato, espalhou notícias falsas ao afirmar em entrevistas que o ministro da Justiça fez acordos com o crime organizado e que por isso foi permitida a sua visita ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.

A ação tramita em segredo de Justiça no STF e diz que a visita foi “dolosamente repercutida nas redes sociais de parlamentares” e cita entrevistas concedidas por Dallagnol à CNN Brasil e à Jovem Pan.

A visita de Dino ao complexo de favelas na Zona Norte do Rio ocorreu em 13 de março, quando foi lançado o boletim “Direito à segurança pública na Maré”. Segundo a ação, a visita “teve por finalidade garantir a participação da sociedade civil no desenvolvimento da política pública nacional de segurança pública e defesa social”.

A notícia-crime afirma que, além de disseminar fake news, o deputado cometeu os crimes de calúnia e difamação e pode ter incorrido também no delito de racismo contra “camadas menos abastadas da sociedade, retirando-lhes, inclusive, o direito de serem ouvidas pelo poder público”.

Fonte: DCM