Itamaraty afirmou que a revitalização e atualização da União de Nações Sul-Americanas será 'processo de construção coletiva'
(Foto: Divulgação)
Opera Mundi - O Ministério das Relações Exteriores brasileiro (Itamaraty) anunciou o "regresso" do país ao Tratado Constitutivo da União de Nações Sul-Americanas (Unasul)".
Por meio de nota publicada na última sexta-feira (07/04), o Ministério afirmou que, "com a medida, o Brasil ratifica o seu compromisso com a consolidação da América do Sul como zona de paz e cooperação, em linha com o preceito constitucional de promoção da integração regional".
"A revitalização e atualização da Unasul será processo de construção coletiva, a ser levado adiante por meio de diálogo entre todos os países da região", continuou a nota.
Ao final do comunicado, o Itamaraty declarou que o Brasil, "em conjunto com os parceiros regionais", deve trabalhar pela "pronta retomada das iniciativas de cooperação sul-americana, com o objetivo de gerar resultados palpáveis em áreas de interesse compartilhado, tais como saúde, infraestrutura, combate aos ilícitos transnacionais e defesa, entre outras".
Providências jurídicas mencionadas pelo comunicado
Em uma medida para fortalecer o bloco e a integração regional, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou na última quinta-feira (06/04) um decreto que encaminhou o retorno do Brasil à União das Nações Sul-Americanas (Unasul).
Publicada em edição extra do Diário Oficial da União, a ratificação apontou que o documento deve entrar em vigor em 6 de maio deste ano, tendo como expectativa a retomada da composição original do bloco: Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.
Lula já havia indicado que a retomada do bloco era uma de suas propostas ao assumir pela terceira vez: em seu discurso de posse, o petista ressaltou que o protagonismo do Brasil iria se concretizar.
Integrantes da Unasul nos últimos anos
A Unasul foi formada pelo Brasil e essas outras onze nações. Atualmente, os Estados-membros ativos da Unasul são Bolívia, Guiana, Suriname e Venezuela.
Lula já havia indicado que a retomada do bloco era uma de suas propostas ao assumir pela terceira vez: em seu discurso de posse, o petista ressaltou que o protagonismo do Brasil iria se concretizar.
Após o impeachment de Dilma Rousseff, os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro limitaram ou tentaram extinguir a relevância da Unasul. No ano de 2019, a gestão do ex-presidente Bolsonaro formalizou a saída do Brasil do bloco para integrar o Fórum para o Progresso da América do Sul (Prosul).
Também foi anunciado pela Argentina, na última semana, volta do país como Estado-membro da Unasul, por "decisão soberana".
O chanceler argentino, Santiago Cafiero, afirmou que o retorno à organização, que se removeu durante o governo do ex-presidente Mauricio Macri (2015-2019), foi uma decisão do mandatário Alberto Fernández.
O que é a Unasul
A Unasul (União de Nações Sul-Americanas) é uma organização intergovernamental criada em 2008 com o objetivo de promover a integração regional da América do Sul. Ela representa um esforço conjunto dos países sul-americanos para fortalecer sua unidade e cooperação em áreas como economia, política, cultura e segurança.
A Unasul foi criada em um contexto de mudanças políticas e econômicas na América do Sul. Na década de 2000, muitos países da região passaram por transformações políticas que levaram a uma maior estabilidade e democracia. Ao mesmo tempo, a região estava se tornando cada vez mais importante no cenário internacional, como resultado de seu crescente poder econômico e político.
A Unasul foi criada como um fórum para que os países sul-americanos pudessem cooperar em questões importantes para a região. Seus objetivos incluem a promoção da integração econômica, o fortalecimento da democracia e dos direitos humanos, a cooperação em questões de segurança, a promoção da educação e da cultura e a proteção do meio ambiente. A Unasul tem como membros todos os países da América do Sul: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.
(Artigo escrito com apoio de inteligência artificial)