Ministro da Secom também afirmou que o presidente Lula pretende atuar ao lado do presidente Xi Jinping na construção de um plano de paz para a Ucrânia; confira a íntegra
O ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, fez um balanço dos primeiros 100 dias do governo do presidente Lula, em entrevista ao Boa Noite 247, destacando as medidas tomadas e os objetivos alcançados nesse período.
Antes disso, ele comentou a decisão do presidente Lula de não viajar para a China antes de visitar o estado do Maranhão, vitimado pelas chuvas. Segundo Pimenta, essa escolha teve um sentido simbólico importante, mostrando a preocupação do governo em estar presente e acolher as pessoas em situações de crise, como é o caso das 7 mil famílias desalojadas no estado.
O ministro também criticou o governo anterior, afirmando que houve uma tentativa de garantir de forma ilegal a reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro, além da tentativa de golpe que ocorreu em 8 de janeiro, uma semana depois da posse do atual governo.
Paulo Pimenta destacou a importância da devolução de direitos aos brasileiros, como o Bolsa Família, o Minha Casa, Minha Vida e o Mais Médicos. "O presidente Lula decidiu que, nos primeiros 100 dias, era preciso devolver o que foi retirado dos brasileiros, e ainda ampliar os programas, como no caso dos médicos brasileiros, que ganharão 15 mil vagas adicionais", disse ele.
Na entrevista, o ministro anunciou o lançamento do site "O Brasil voltou: 100 dias de governo", que mostrará as ações realizadas em todos os estados e municípios do país.
Sobre a tragédia Blumenau, o ministro afirmou que há uma banalização da violência, que tem se tornado uma epidemia mundial e afeta diretamente o Brasil. Para lidar com essa realidade, o governo colocou 50 policiais federais na identificação do discurso de ódio nas redes sociais, com ações preventivas e repressivas.
A comunicação pública
As declarações do ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, sobre as políticas de comunicação adotadas no governo Lula, mostram uma preocupação com a transparência e a disseminação de informações confiáveis à população brasileira.
Uma das iniciativas destacadas pelo ministro será a realização de lives semanais com o presidente Lula, que se mostra disposto a dialogar diretamente com apopulação. "O presidente fará lives semanais, depois da volta da China", afirmou. Outro ponto levantado pelo ministro é a remontagem da programação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que foi encontrada "destruída".
Pimenta fez também um diagnóstico sobre a relação do governo com a mídia corporativa. "Podemos confiar na mídia comercial? Nós sabemos que vamos ter uma oposição feroz. Boa parte da imprensa queria derrotar o Bolsonaro, mas não tem compromisso com o nosso projeto de transformação do País. Não podemos ter a ilusão de achar que a mídia comercial será nossa aliada", disse ele.
A viagem à China
A viagem do presidente Lula à China, que está sendo aguardada com grande expectativa pelo governo chinês, é um dos grandes acontecimentos internacionais deste momento. "A possibilidade de transações comerciais em moedas locais, fora do dólar, é uma das principais pautas que serão discutidas na reunião entre os presidentes", disse Pimenta.
Para o ministro da Secom, a presença do presidente Lula na China é de grande importância, pois o Brasil pode contribuir para a paz mundial e para a solução da guerra na Ucrânia. "Este tema será discutido com o presidente Xi Jinping, e o Brasil se coloca como parceiro na construção de uma solução pacífica para o conflito", disse Pimenta.
Fonte: Brasil 247