sábado, 8 de abril de 2023

"Terrorismo bolsonarista provocou o atentado mais grave da história do Brasil", diz João Cezar de Castro Rocha

Professor da UERJ afirmou que o país presenciou um golpe de estado simbólico em 8 de janeiro e avaliou que o episódio foi mais grave do que a invasão ao Capitólio dos EUA em 2021
(Foto: ABR | Reprodução)

Em entrevista à TV 247, o professor da UERJ João Cezar de Castro Rocha, um dos maiores estudiosos da retórica fascista no Brasil, analisou o peso simbólico dos atentados terroristas bolsonaristas que se desenvolveram no país desde dezembro e culminaram no 8 de janeiro, afirmando que se trataram de alguns dos episódios mais graves da história brasileira.

Rocha destacou, entre outros casos, o episódio de 24 de dezembro de 2022: “o terrorista George Washington é preso porque havia colocado uma bomba de alta intensidade em um
caminhão de combustível para explodir no aeroporto de Brasília. É o Riocentro do século XXI. Seria o maior atentado terrorista da história do Brasil e um dos maiores da história do mundo”.

O especialista, então, prosseguiu para o marcante caso de 8 de janeiro, afirmando que, simbolicamente, houve um golpe de estado bem-sucedido no Brasil por algumas horas naquele dia: “nós esquecemos que simbolicamente, durante algumas horas, o golpe triunfou. Do ponto de vista simbólico, durante um par
de horas, longas horas, o golpe triunfou, porque os militantes bolsonaristas que principiaram na Guerra Cultural, que tornaram a Guerra Cultural uma forma de vida como seita religiosa, agora ultrapassaram o último grau possível, tornaram-se terroristas domésticos, invadiram a sede dos Três Poderes e depredaram sobretudo o Judiciário; simbolicamente, eles executaram o ministro Alexandre de Moraes, porque retiraram sua cadeira e rasgaram sua toga”.

“É muito mais grave do que o caso estadunidense, porque no 6 de janeiro [de 2021, em Washington DC] foi apenas no legislativo, o Capitólio. E não se deve confundir: por lá, o Donald Trump ainda estava no poder, onde ele ficaria até o fim do mês. O 6 de janeiro dos EUA equivale no Brasil ao 12 de dezembro [dia da diplomação de Lula e Alckmin], porque o 6 de janeiro por lá é a diplomação dos membros do colégio eleitoral, o que na prática referendava a vitória de Joe Biden. O 8 de janeiro no Brasil, por sua vez, é o que há de mais grave nos atentados da extrema direita no século XXI, porque o governo eleito já tinha uma semana no exercício do poder”, concluiu.

Fonte: Brasil 247



Inelegibilidade de Bolsonaro seria um marco para a Justiça brasileira, diz Eugênio Aragão

 Ex-ministro da Justiça elogiou o trabalho do TSE e disse que as ações contra Bolsonaro não deixam muita margem para ele se safar da inelegibilidade. Assista na TV 247

Montagem: Jair Bolsonaro e Eugênio Aragão (Foto: Alan Santos/PR | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

 O ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão concedeu uma entrevista à TV 247 em que defendeu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declare a inelegibilidade de Jair Bolsonaro com base na campanha anti-democrática conduzida pelo ex-chefe de governo. 

A Corte está avaliando se houve alguma irregularidade cometida por Bolsonaro durante uma reunião realizada em julho do ano passado com embaixadores no Palácio da Alvorada. Durante o encontro, Bolsonaro fez uma série de ataques sem provas às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral brasileiro, o que resultou em uma ação de investigação judicial eleitoral movida pelo PDT. O ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral do TSE, é o responsável pelo caso.

Aragão elogiou o trabalho de Gonçalves e dos outros juízes eleitorais e afirmou que as ações no Tribunal são bem instruídas. Segundo ele, a situação para Bolsonaro "é um prato cheio" para o TSE, já que ele "não tem muito para onde correr". 

"Há uma vontade política do Tribunal de realmente estabelecer um marco, de até onde candidatos podem ir. Esse marco, na verdade, não é de hoje. Já vem da ação do (deputado Felipe) Francischini, que foi o primeiro precedente de que fake news pode cassar mandato", acrescentou.

Assista: 


Fonte: Brasil 247



sexta-feira, 7 de abril de 2023

Professor que apoiou ataque a creche de SC será intimado a depor

 Polícia Civil de Santa Catarina instaurou um inquérito para investigar o professor de Joinville que apoiou ataques à creche de Blumenau



professor denunciado por apoiar o ataque à creche de Blumenau, que terminou com quatro crianças mortas, será investigado pela Polícia Civil de Santa Catarina. De acordo com o delegado regional de Joinville, Rafaello Ross, um inquérito policial foi instaurado nessa sexta-feira (7/4) e, na segunda-feira (10/4), o educador, a direção escolar e testemunhas envolvidas no caso serão intimados para prestar depoimento.

A princípio, o episódio será tratado como apologia ao crime por causa da fala incitando ódio e endossando a assassinato de crianças no ambiente escolar de Blumenau. Em um vídeo recebido pela reportagem e gravado dentro da escola estadual Georg Keller, é possível ouvir o profissional dizendo que “mataria uns 15, 20. Entrar com dois facões, um em cada mão e ‘pá’. Passar correndo e acertando”.

Fonte: Metrópoles 

PT entra com ação contra autores de fake news que associa Lula e o partido ao autor do massacre de Blumenau

 O PT pede a remoção do conteúdo mentiroso e a identificação de seus autores. Ação tramita na 6ª Vara Cível de Brasília

Montagem: Luiz Henrique de Lima (círculo), dois prints tentando associar sem provas o PT ao massacre em Blumenau e, ao fundo, viaturas policiais no município catarinense (Foto: Reprodução)

O Partido dos Trabalhadores (PT) entrou com uma ação na Justiça Cível de Brasília pedindo remoção do conteúdo e punição contra pessoas que estão espalhando nas redes sociais notícia falsa que associa o partido e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o assassino Luiz Henrique de Lima, 25 anos, que matou quatro crianças e feriu outras quatro na creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC).

Na ação, o PT afirma que as postagens nas redes sociais extrapolam a liberdade de expressão, "transmutando-se num abuso de direito contra toda a sociedade", por violar o direito de acesso à informação e também violar o direito à honra e imagem da legenda e do presidente Lula. "Na realidade, as postagens fomentam o ódio e violência política, desumanizando cidadãos que de alguma forma identificam-se ou apoiam o Requerente enquanto Partido Político, associando-os à assassinos de crianças", afirma o PT na ação. 

Em razão do alto grau de ofensividade e lesão à honra do Partido dos Trabalhadores, ao associá-lo por meio de montagem de imagens ao autor dos crimes em questão, a ação foi ajuizada requerendo, liminarmente, a retirada dos links do ar, bem como reparação indenizatória no valor de R$ 50.000,00 contra os autores das postagens.

O Judiciário catarinense decretou a prisão preventiva de Henrique de Lima, que já tinha passagens pela Polícia por tentar esfaquear o padrasto e um cachorro. 

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou um "decreto interministerial para instalação de grupo de trabalho para colocar em prática uma política nacional de combate à violência nas escolas".

Leia a petição do PT na íntegra: 


Fonte: Brasil 247

Farmácia no centro de SP é saqueada por usuários da Cracolândia (vídeo)

 Imagens de câmera de segurança e vídeos feitos por testemunhas mostram a total destruição


Uma farmácia no centro de São Paulo foi invadida e saqueada por usuários de drogas da Cracolândia, na manhã desta sexta-feira (7), após uma ação conjunta da Prefeitura e das polícias Militar e Civil na região, informa o Metrópoles. 

Imagens de câmera de segurança e vídeos feitos por testemunhas mostram o momento em que os usuários invadem o estabelecimento, que fica na avenida São João. Os registros também mostram o cenário de destruição no local após a invasão.

Fonte: Brasil 247 com Metrópoles

'Fake News é crime e quem produz e espalha deve ser tratado como criminoso', afirma Paulo Pimenta

 Governo Lula será duro contra autores de notícias falsas, avisou o ministro da Secom

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, toma posse, no Salão Oeste do Palácio do Planalto (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, afirmou que o governo Lula será duro no combate à disseminação de notícias falsas e atuará pela responsabilização criminal dos autores. "Fake News é crime e quem produz e espalha deve ser tratado como criminoso", afirmou o ministro Pimenta. 

Nesta sexta-feira (7), o Partido dos Trabalhadores (PT) ingressou com ação na Justiça de Brasília contra autores da notícia falsa que associa o partido e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Luiz Henrique de Lima, 25 anos, que matou quatro crianças e feriu outras quatro na creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC).

Na ação, o PT afirma que as postagens nas redes sociais extrapolam a liberdade de expressão, "transmutando-se num abuso de direito contra toda a sociedade", por violar o direito de acesso à informação e também violar o direito à honra e imagem da legenda e do presidente Lula. "Na realidade, as postagens fomentam o ódio e violência política, desumanizando cidadãos que de alguma forma identificam-se ou apoiam o Requerente enquanto Partido Político, associando-os à assassinos de crianças", afirma o PT na ação.

Fonte: Brasil 247

Michelle Bolsonaro recusa assessor indicado pelo PL


Michelle Bolsonaro (Foto: Reprodução)


A ex-primeira dama e atual líder do PL mulher, Michelle Bolsonaro, rejeitou os serviços de assessoria do ex-secretário de Comunicação da Presidência da República no governo do marido, Fabio Wajngarten. Segundo fontes, Michelle considera o estilo de Wajngarten “muito raivoso” e “radical”. As informações são da colunista do Globo, Malu Gaspar.

De acordo com aliados próximos, Michelle acha ainda que Wajngarten não trabalha para diminuir as crises e muitas vezes contribui para acirrar os ânimos. Por isso, prefere não tê-lo em sua equipe. A ex-primeira dama prefere que ele trabalhe exclusivamente para seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A líder do PL Mulher teria recordações ruins com o ex-secretário de Comunicação que a auxiliou no escândalo das joias sauditas. No início da crise, Wajngarten teria sugerido a Michelle algumas iniciativas, como a de declarar que não tinha conhecimento da existência dos itens luxuosos.

Fonte: DCM com Malu Gaspar no jornal O Globo 



Sob Bolsonaro, corregedor escondeu 23 denúncias contra ex-diretor geral da PRF

Wendel Benevides Matos e Silvinei Vasques. Foto: Reprodução

 O ex-corregedor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Wendel Benevides Matos, não comunicou à Controladoria-Geral da União (CGU) 23 denúncias envolvendo o seu chefe, o ex-diretor-geral Silvinei Marques. As informações foram divulgadas pelo jornalista Octávio Guedes, do portal g1.

A condição hierárquica obrigava Wendel a comunicar à CGU sobre as possíveis infrações cometidas por Silvinei, no entanto, nenhum registro foi encontrado no sistema correcional da controladoria.

Nomeado no governo de Jair Bolsonaro (PL), Wendel foi tinha mandato até novembro deste ano, mas foi exonerado nesta semana a pedido da atual direção da PRF. Havia contra ele “indícios de distorções técnicas, parcialidade, interferência e uso não isonômico das ferramentas de correição pelo atual Corregedor-Geral”.

Silvinei foi o principal nome envolvido nas blitzes durante o segundo turno das eleições de 2022, que buscavam barrar eleitores nordestinos, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem o maior número de eleitores.

Ficou constatado que Benevides usava dois pesos e duas medidas ao investigar manifestações político-partidárias de policiais.

Quando os servidores declaravam apoio a candidatos de esquerda, os processos disciplinares eram instaurados
rapidamente. O mesmo não acontecia quando as manifestações em redes sociais envolviam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ou seus apoiadores.

Sobre o caso das blitzes, Wendel que era responsável pela apuração da conduta dos policiais, disse que “nenhuma ordem foi dada no sentido de que servidores não deixassem de cumprir o seu papel”.

Desta forma, a CGU também suspeita de parcialidade do ex-corregedor, pois não há provas e procedimentos de investigação feitos por ele. 

Fonte: DCM com Otávio Guedes no G1



Presidente do Japão convida Lula para participar de cúpula do G7

 O Brasil já participou das cúpulas entre 2004 e 2009, durante os governos de Lula, mas este será o primeiro convite desde então

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)


O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, convidou o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para participar da cúpula do G7, que ocorrerá em Hiroshima entre os dias 19 e 21 de maio, informou a Folha de S.Paulo.

O país anfitrião já havia indicado ao governo brasileiro que convidaria Lula, e a oficialização ocorreu em uma ligação entre os dois líderes na noite de quinta-feira (6). 

O G7 é composto pelos EUA, Canadá, Reino Unido, Espanha, Itália, França, Alemanha e Japão, e geralmente convida países em desenvolvimento para suas reuniões anuais. 

O Brasil já participou das cúpulas entre 2004 e 2009, durante os governos de Lula, mas este será o primeiro convite desde então. Lula viajará para a China na próxima terça-feira (11), onde terá uma reunião bilateral com o líder chinês, Xi Jinping, para discutir a situação da guerra na Ucrânia e sua atuação como facilitador de um diálogo pela paz. 

O ex-presidente brasileiro também fará viagens a Portugal e Espanha no final do mês.

Fonte: Brasil 247 com Folha de S. Paulo





Dirceu defende projeto para 3 governos seguidos e reeleição de Lula em 2026

 Ex-ministro defendeu um programa nacional de desenvolvimento

(Foto: Lula Marques)


O ex-ministro José Dirceu defendeu um programa nacional de desenvolvimento que seja implantado em três governos consecutivos e a candidatura do ex- presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à reeleição em 2026.

"Eu penso em 12 anos, três governos, para um projeto de desenvolvimento nacional, porque o Brasil precisa fazer em 10 anos 100 em matéria de ciência, tecnologia e educação", disse Dirceu, em entrevista ao  programa "É Notícia" (Rede TV!). 

“Não estou falando isso com patriotismo de partido e pensando em um governo do PT. Estou pensando em um governo de uma frente que pense um projeto para o país, porque são reformas estruturais e políticas de longo prazo que o Brasil precisa", completou. 

Fonte: Brasil 247

Gleisi comemora estatais que foram salvas de privatização: “não adianta vender e reestatizar depois, pois os serviços são ruins”

 Correios, EBC e outras estatais foram retiradas do programa de privatizações

(Foto: Waldemir Barreto)


247- A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, comemorou a ação do governo Lula em retirar do projeto de privatizações importantes estatais como Correios, EBC, entre outras empresas parte do patrimônio brasiliero (confira a lista completa aqui). 

“Ótimo! Governo Lula retira Correios, EBC e outras estatais do programa de privatizações. Não adianta sair vendendo o patrimônio do povo pra depois acontecer como lá fora onde empresas estão sendo reestatizadas porque os serviços eram caros e ruins”, indica.




Saiba mais

O governo Lula (PT) anunciou, nesta quinta-feira (6), a exclusão dos Correios e outras estatais de programas de privatização através de uma edição extra do Diário Oficial da União, informa o portal g1.

No total, sete empresas foram excluídas do Programa Nacional de Desestatização (PND) e três do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Essas estatais haviam sido remetidas para os programas privatizantes durante o governo de Jair Bolsonaro.


Fonte: Brasil 247


Alunos gravam professor de Joinville apoiando ataque a creche em SC

 

Sala de aula. Foto: Reprodução

Um professor da Escola Estadual Dr Georg Keller de Joinville, em Santa Catarina, fez comentários apoiando o ataque a uma creche de Blumenau. Em um vídeo, gravado por estudantes, o docente afirmou em sala de aula que “mataria uns 15, 20” e que entraria “com dois facões” para cometer o crime.

“Entrar com dois facões, um em cada mão e ‘pá’. Passar correndo e acertando”, disse o professor.

A Secretaria de Estado de Educação informou, em nota, que “está tomando todas as medidas cabíveis” e fará a “verificação dos fatos para dar andamento ao processo”.

Segundo o NSC Total, uma aluna conta que a turma ficou sabendo do ataque em Blumenau e passou a conversar sobre a tragédia. Em seguida, o professor teria entrado no debate e dito que “mataria mais do que quatro pessoas, pois a população está muito grande”.

Estudantes também afirmaram que o docente faz, frequentemente, comentários preconceituosos e de ódio, incluindo casos de racismo, homofobia, misoginia e apologia ao suicídio. Uma adolescente disse que uma das alunas disse estar triste durante a aula, e o professor teria sugerido que a menina se suicidasse para “poupar oxigênio no mundo”.

Veja abaixo:




Fonte: DCM



Estado de saúde de Anderson Torres preocupa e alimenta rumor sobre acordo de delação

 Pesam contra o ex-ministro e Bolsonaro diversas acusações graves; cabe a ele decidir agora se irá enfrentá-las sozinho

Ex-ministro Anderson Torres (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - Nos últimos dias circularam rumores de que Anderson Torres estaria negociando um acordo de delação premiada com a Justiça. Em troca de benefícios legais, revelaria detalhes de um plano de Jair Bolsonaro para desacreditar as eleições, sabotar o segundo turno e se manter no poder.

De acordo com a revista Veja, ele nega, seus advogados também, mas o fato é que pessoas próximas ressaltam que o delegado está emocionalmente fragilizado, doente e reclama de abandono.

Crimes gravíssimos pesam contra Torres. Além da minuta do golpe ter sido encontrada em sua casa, o braço direito de Bolsonaro viajou à Bahia às vésperas do segundo turno. Justamente naquele estado, no domingo de votação, policiais fizeram barricadas para fiscalizar até pneus carecas, atrapalhando o processo eleitoral  e indo contra a determinação de Alexandre de Moraes, que proibiu tal movimentação policial. 

Fonte: Revista Veja 


Argentina volta ao topo do ranking da Fifa

 Seleção Brasileira caiu para o terceiro lugar

(Foto: Reuters)

A Argentina voltou nesta quinta-feira (6), a ocupar o primeiro lugar no ranking da Federação Internacional de Futebol (Fifa), desbancando o Brasil na última classificação divulgada pela entidade.

A combinação das vitórias dos argentinos contra Panamá e Curaçao, por dois a zero e sete a zero respectivamente e a derrota do Brasil para o Marrocos foram suficientes para que a seleção dirigida por Lionel Scaloni avançasse ao primeiro lugar. 

O Brasil caiu para o terceiro lugar, sendo desbancado também pela seleção francesa, vice-campeã da última Copa do Mundo.

As demais posições dos 10 primeiros no ranking permanecem as mesmas. A Bélgica é a quarta, seguida pela Inglaterra, Holanda, Croácia, Itália, Portugal e Espanha.

O próximo ranking da Fifa será publicado em julho. 

Fonte: Brasil 247


Dia do jornalista: como frear escalada da violência contra profissão

 Apenas em 2022, relatório aponta 557 ataques a profissionais de imprensa. Representantes da Abraji e Fenaj avaliam que é urgente e possível reverter esse cenário

Jornalismo (Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/ABr)

Agência Brasil - Gritos, empurrões, socos. Mentiras, ameaças e intimidações. Jornalistas passaram a sofrer, em pleno expediente ou até fora dele, violências de diferentes tipos que tentavam calar quem trabalha com a palavra e com a imagem.

No ano de 2022, segundo o mais recente relatório divulgado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), profissionais no país foram vítimas de 557 ataques, 23% a mais do que no ano anterior, o que demonstrou uma escalada “sem precedentes” de violência.

Entidades que defendem a categoria avaliam que é urgente e possível reverter esse cenário com a participação de diferentes setores da sociedade e de medidas do Poder Público.

O ano de 2022 foi marcado pela violência política contra profissionais, com 31,6% das agressões relacionadas diretamente à cobertura eleitoral. Na maior parte das ocasiões (56,7%), segundo o documento, agressores foram agentes estatais, como gestores públicos eleitos ou funcionários públicos, como as forças de segurança.

“O relatório de monitoramento da Abraji mostra muito claramente esse crescimento. É importante dizer que esse fenômeno não é uma exclusividade brasileira, mas, no Brasil, há particularidades”, explica a presidente da Abraji, Katia Brembatti.

Descredibilizar a imprensa para que não seja um um fiscal efetivo de governo (uma das funções da atividade) teve uma própria trajetória no país. “Foi mais acentuado a partir das jornadas de junho de 2013 e nos anos seguintes a partir de discursos políticos. Mas o que a gente viu a partir da campanha eleitoral de 2018 não tem precedentes”, explica. 

A violência foi incorporada por pessoas comuns também. “Houve uma relação entre as ações dos apoiadores ao discurso do então presidente da República Jair Bolsonaro (2018-2022). Muitas vezes, os apoiadores não ficavam só nos discursos, o que já é grave, mas passavam para a agressão física”, afirma Katia Brembatti.

De acordo com a presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Samira de Castro, as agressões por parte das forças do estado contra jornalistas a partir das jornadas de junho de 2013 serviram de estopim perigoso.

“Depois vimos crescer uma violência que a gente pode caracterizar como generalizada na sociedade. São pessoas comuns que agridem jornalistas. Essas pessoas querem se basear em informações fraudulentas repassadas pelas redes de mensagens”, avalia. 

“É possível reverter”

“Uma forma de reverter é trabalhar pela sensibilização dos poderes e de toda a sociedade. As discordâncias
deveriam ser embasadas em argumentos e não com a prática de crimes. Outra mudança urgente é lutar contra a
impunidade”, diz a presidente da Abraji.

Para as entidades, os setores devem agir tanto em conjunto quanto isoladamente. “A gente também precisa de políticas públicas”, diz a
presidente da Abraji, em entrevista à Agência Brasil.

As entidades avaliam como positiva a criação do Observatório Nacional da Violência contra Jornalistas e Comunicadores Sociais instalado pelo Ministério da Justiça.

Katia Brembatti entende que esse observatório deve ser mais do que um contador de casos, ou enumerador de estatísticas, mas também uma política de tomada de providências.

Para a presidente da Fenaj, Samira de Castro, a criação do observatório foi um primeiro passo importante. “Esse observatório vai ter um poder importante de
avaliar as estatísticas, os casos, as denúncias que chegam e, a partir desse levantamento, produzir um diagnóstico para viabilizar essas políticas públicas”. Por isso, entende que essa
medida ajuda a chancelar um protocolo nacional de segurança em prol da categoria e contra a impunidade. “Podem, por exemplo, fazer articulações junto ao Congresso
Nacional para que se aprove uma lei federalizando as investigações de crimes contra jornalistas”

Para a presidente da Abraji, o Brasil precisa que a polícia, o Ministério Público e o Poder Judiciário estejam atentos para o fato de que esses casos não são violências comuns.

“Quando você ataca uma profissional de imprensa, se ataca o que essa pessoa faz e a democracia. Para uma reversão do cenário, é preciso que exista uma rede de suporte para as pessoas atacadas porque elas precisam saber quais são os seus direitos e saber como recorrer.

Estar atento às vulnerabilidades das regiões também é fundamental. “O que a gente percebe é que os principais alvos estão em cidades pequenas, em que a disputa política costuma ser muito acirrada", afirma.

"Até pouco tempo atrás, o Brasil não era, em geral, um lugar perigoso para ser jornalista. Hoje virou quase uma questão de guerra ir pra rua”, diz a presidente da Abraji.

Violência contra a mulher 

No ano de 2022, foram registrados 145 ataques explícitos de gênero com agressões contra mulheres jornalistas. As presidentes das entidades entendem que, além dos números,  é
necessário contextualizar que a gravidade da agressão é mais cruel e virulenta. ]

“Há ataques contra a reputação das mulheres jornalistas e especialmente contra as mulheres jornalistas pretas. Elas são vítimas de agressões recorrentes graves e que vão minando a saúde mental dessas profissionais.”

Um divisor de águas a respeito da escalada da violência ocorreu nos atos terroristas de 8 de janeiro. Um outro dossiê publicado neste ano pela Abraji contabilizou, ao menos, 45 agressões contra jornalistas da data dos atentados até o dia 11 daquele mês .

“Aquele dia foi trágico. Espero que seja um dia histórico e que jamais se repita. A gente sabe que esse movimento de ampliação das agressões, que foi construído ano a ano, não desaparece do dia pra noite, mas temos esperança que isso diminua”, avalia Kátia.

Fonte: Agência Brasil