terça-feira, 28 de março de 2023

Zanin pode ficar com caso Tacla Duran no STF; entenda

 

Sergio Moro, Cristiano Zanin e Deltan Dallagnol. Fotomontagem

A possível efetivação do convite por parte do presidente Lula e a consequente possível aprovação de seu nome para o Supremo Tribunal Federal pelo Senado, poderá tornar o advogado Cristiano Zanin responsável pelo julgamento do processo de Rodrigo Tacla Duran, no qual Sergio Moro e Deltan Dallagnol são acusados de extorsão.

Ricardo Lewandowski é o responsável no STF pela demanda do advogado que depôs à Justiça Federal nesta segunda-feira (27). Tal fato foi destacado pelo novo juiz da Lava Jato, Eduardo Appio, que, ao determinar a remessa dos autos para a Corte Suprema, relembrou que o ministro está prevento, ou seja, designado com antecedência como responsável pelo feito por já ter atuado nele.

Ocorre, todavia, que as notícias dão conta de que Lewandowski antecipará em um mês sua aposentadoria e seu substituto herdará tudo que estiver pendente de decisão em seu gabinete.

Evidentemente, haverá um debate a ser provocado pelas partes envolvidas sobre o impedimento ou a suspeição de Zanin para decidir em um caso que envolva os ex-líderes da Lava Jato, uma vez que as declarações públicas dos dois réus justificariam a inclusão do possível novo ministro no rol de seus inimigos, fato que, se confirmado, o tornaria inapto para atuar.

Fonte: DCM

 

Internautas pedem “Moro na cadeia” após depoimento-bomba de Tacla Duran

 

Senador Sergio Moro (União Brasil-PR). Foto: Reprodução

O depoimento do advogado Rodrigo Tacla Duran movimentou as redes sociais nesta segunda-feira (27). Durante as declarações à 13ª Vara de Curitiba, Duran denunciou o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-juiz da operação Lava Jato, e o ex-procurador e deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR). A hashtag “Moro na cadeia” foi parar nos assuntos mais comentados no Twitter.

Na audiência realizada nesta tarde, o advogado disse que sofreu tentativas de extorsão na Lava Jato, em troca de facilidades, e que passou a ser “perseguido” por não compactuar com o que chamou de uma prática “comercial corriqueira”.

“O que estava acontecendo não era um processo normal, era um bullying processual, onde me fizeram ser processado pelo mesmo fato em cinco países, por uma simples questão de vingança, por eu não ter aceito ser extorquido”, afirmou durante a oitiva.

Nas redes sociais, internautas pediram a prisão do ex-juiz e afirmaram que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “avisou”. “Fique calmo, Moro. Você terá direito ao devido processo legal, direito que você tirou do Lula”, escreveu um usuário.

Confira alguns tuítes:

Fonte: DCM

Bolsonaro se apropriou de mais um estojo de joias com Rolex de diamantes dado pela monarquia saudita

 Ex-presidente levou com ele depois que terminou seu mandato um terceiro presente da Arábia Saudita

Jair Bolsonaro e joias (Foto: Adriano Machado/Reuters | Reprodução)


Jair Bolsonaro levou um terceiro pacote de joias dadas pelo regime da Arábia Saudita quando deixou o mandato, no fim de 2022. 

A informação é do jornal O Estado de S.Paulo, que destaca em reportagem que entre outras joias, o estojo continha um relógio da marca Rolex, de ouro branco, cravejado de diamantes.

A reportagem descreve: "A caixa de madeira clara, que traz o símbolo verde do brasão de armas da Arábia Saudita, contém uma caneta da marca Chopard prateada, com pedras incrustadas. Há um par de abotoaduras em ouro branco, com um brilhante cravejado no centro e outros diamantes ao redor. Compõe o conjunto, ainda, um anel em ouro branco com um diamante no centro e outros em forma de 'baguete' ao redor, uma 'masbaha', um tipo de rosário árabe, feito de ouro branco e com pingentes cravejados em brilhantes".

O relógio Rolex é encontrado na internet pelo preço de R$ 364 mil. Os demais itens, quando comparados a peças similares, somam, no mínimo, R$ 200 mil. Isso significa que esta terceira caixa de presentes está estimada em mais de R$ 500 mil, na hipótese mais conservadora.

A reportagem indica que este conjunto de joias foi recebido em mãos pelo próprio Bolsonaro quando esteve com sua comitiva em viagem oficial a Doha, no Catar, e em Riade, na Arábia Saudita, entre os dias 28 e 10 de outubro de 2019.

Fonte: Brasil 247 com jornal O Estado de S. Paulo 

Suposto plano do PCC contra autoridades foi investigado no ano passado, sem Moro, e não poderia ser julgado por Gabriela Hardt

 Juíza ligada ao ex-juiz suspeito Sergio Moro usurpou a competência do caso – o que prova a armação denunciada pelo presidente Lula

Gabriela Hardt, Sérgio Moro e Polícia Federal (Foto: ABR | Reprodução | Agência Senado)


Do Conjur –  A operação "sequaz", que desvendou um suposto plano para sequestrar o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e libertar chefes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), ressuscitou as alegações da operação "anjos da guarda", promovida em agosto do ano passado. A diferença foi o acréscimo de Moro entre os alvos.

Segundo a Polícia Federal, integrantes do PCC planejavam promover ataques contra Moro e o promotor do Ministério Público de São Paulo Lincoln Gakiya com o objetivo de resgatar líderes do grupo encarcerados em presídios federais. O principal deles seria Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, o chefe da facção, que está na Penitenciária Federal de Brasília.

A juíza Gabriela Hardt, em atuação como substituta na 9ª Vara Federal de Curitiba, decretou no último dia 22 a prisão provisória de 11 investigados. Os mandados de detenção e de busca foram cumpridos em São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul e Rondônia.

O suposto plano já foi mencionado em diversas outras ocasiões. A mais recente foi a operação "anjos da guarda". Em agosto de 2022, a 15ª Vara Federal de Brasília ordenou a prisão preventiva de quatro advogadas e sete líderes do PCC com a alegação de que estavam tramando para resgatar Marcola e aliados. O plano envolvia o sequestro de autoridades penitenciárias. As ordens de prisão e busca e apreensão foram cumpridas pela PF no Distrito Federal, em Mato Grosso do Sul e em São Paulo.

A principal diferença é que a investigação do ano passado foi conduzida pela Justiça Federal de Brasília, enquanto a de 2023 corre na Justiça Federal do Paraná, no que se refere ao suposto plano para sequestrar Moro, e na Justiça estadual de São Paulo.

Especialistas no assunto ouvidos pela revista eletrônica Consultor Jurídico apontam que a Justiça Federal do Paraná não é competente para conduzir a investigação sobre o suposto plano para sequestrar Sergio Moro. Como os delitos em averiguação não seriam praticados devido ao fato de ele ser parlamentar, nem em detrimento de bens, serviços ou interesse da União, o processo cabe à Justiça estadual.

E sequer cabe à Justiça paranaense, mas à paulista. Afinal, foi ela que iniciou a apuração. E os primeiros atos preparatórios para colocar o eventual projeto em prática foram praticados por integrantes do PCC em cidades de São Paulo.

Lula já sabia

Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse ao site Brasil 247 que já teve ganas de destruir Sergio Moro e, mais tarde, que a pantomima sem provas subscrita por Gabriela Hardt era uma armação do seu inimigo, ele tinha mais informações do que deixou entrever.

O Palácio do Planalto já fora avisado de que Curitiba juntara um amontoado de ilações, sem materialidade alguma, descrito como um plano para sequestrar o hoje senador da República.

A questão, de início, encerra uma disputa de narrativas. A de Moro é que, por ter combatido o crime, grandes traficantes — sob o apelido de "PCC" — teriam decidido vingar-se dele. A contraparte, ao que se vê, enxerga no movimento uma investida política para enfraquecer o governo.

A decisão cuja autoria é atribuída à juíza Hardt não ajuda muito. Ela fundamenta suas conclusões em elementos frágeis, que não provam nada. Decreta que a pretensa testemunha foi um "faccionado do PCC" sem indicar de onde vem a certeza. Conclui que determinadas palavras significam outras coisas sem explicação alguma e monta um enredo que não para em pé. E o que não é um detalhe: a juíza assumiu o caso em uma sexta-feira e na terça-feira seguinte, pela manhã, registrou sua decisão de 69 páginas no sistema. 

O pivô da tese é uma portaria de 2019, assinada por Sergio Moro, quando ministro da Justiça, que restringiu visitas íntimas para traficantes presos em regime disciplinar diferenciado, mantendo o privilégio para delatores. Esse seria o motivo do alegado plano de vingança contra o hoje senador.

Essa "explicação" substituiu a de que a vingança seria por ter mudado de presídio um dos traficantes (suposto chefe do suposto PCC). Quando se viu que não foi Moro quem transferiu o condenado, a tese esboroou. Mas também a "motivação" das visitas a presidiários desmanchou no ar, uma vez que Moro apenas reproduziu o que estabelecera uma portaria assinada no governo Michel Temer pelo então ministro Torquato Jardim — que nem por isso virou alvo.

O objetivo dos órfãos da "lava jato" é o de associar o PT ao crime. Por isso, Moro questionou o fato de o partido ter assumido a ADPF contra restrições a visitas em prisões — que foi extinta recentemente, a pedido do governo.

Fonte: Brasil 247 com Conjur

segunda-feira, 27 de março de 2023

Sorteio da Copa Sul-Americana: saiba os adversário do seu time na fase de grupos



A Conmebol sorteou nesta segunda-feira as chaves da fase de grupos da Copa Sul-Americana 2023, em Luque, no Paraguai. Entre os 32 participantes desta etapa, sete são brasileiros: São Paulo, Santos, América-MG, Botafogo, Goiás, Red Bull Bragantino e Fortaleza.

Cada equipe fará seis jogos na fase de grupos, sendo três em casa e três como visitante. Nesta etapa, as duas melhores equipes avançam. Os primeiros colocados vão diretamente para as oitavas de final, enquanto os segundos colocados duelarão com os terceiros colocados dos grupos da Libertadores.

O São Paulo não terá vida difícil para se classificar. O acaso, porém, pesa a favor do clube tricolor. Há quem diga que uma “maldição” ronda o Morumbi desde a final da Sul-Americana, diante do Tigre, em que a partida não terminou depois que o rival se recusou a jogar. Agora, o São Paulo se reencontra como os argentinos e pode fazer um tira-teima. O Deportes Tolima deve ser o principal rival da chave e o Puerto Cabello, o mais fraco.

Já o Santos não terá de enfrentar a altitude. O Blooming é de Santa Cruz de la Sierra, que tem altitude semelhante à de São Paulo. O Newell’s Old Boys será o principal rival santista na luta pela liderança do Grupo E.

Botafogo, Red Bull Bragantino, Fortaleza e Goiás não devem ter dificuldades para avançar, mas o torcedor do América-MG vai sofrer com o grupo da morte. Os comandados de Vagner Mancini enfrentarão os tradicionais Peñarol e Millonarios e uma das novas forças sul-americanas, o Defensa y Justicia.

O campeão da Copa Sul-Americana 2023 garantirá vaga na próxima edição da Libertadores, se classificando diretamente para a fase de grupos. A final do torneio está agendada para Montevidéu, capital do Uruguai, no dia 28 de outubro.

A rodada inaugural da fase de grupos acontece na próxima semana, entre os dias 4 e 6 de abril. Nas próximas horas, a Conmebol, ao lado das emissoras que possuem os direitos de transmissão definirão datas e horários de todos os jogos desta etapa.

GRUPOS DA SUL-AMERICANA

Grupo A: 

LDU (EQU)

Botafogo

Universidad Cesar Vallejo (PER) 

Magallanes (CHI)

 

Grupo B: 

Emelec (EQU)

Guaraní (PAR)

Danubio (URU)

Huracán

 

Grupo C

Estudiantes La Plata (ARG)

Red Bull Bragantino

Oriente Petrolero (BOL)

Tacuary (PAR)

 

Grupo D

São Paulo

Deportes Tolima (COL)

Tigre (ARG)

Puerto Cabello (VEN)

 

Grupo E

Santos

Newell’s Old Boys (ARG)

Blooming (BOL)

Audax Italiano (CHI)

 

Grupo F

Peñarol (URU)

Defensa y Justicia (ARG)

América-MG

Millonarios (COL)

 

Grupo G

Santa Fe (COL)

Universitario (PER)

Goiás

Gimnasia y Esgrima La Plata (ARG)

 

Grupo H

San Lorenzo (ARG)

Palestino (CHI)

Estudiantes de Mérida (VEN)

Fortaleza.

Fonte: Bem Paraná 

Athletico vai enfrentar Atlético-MG, Libertad e Alianza Lima na Libertadores



O Athletico Paranaense vai enfrentar Libertad (Paraguai), Alianza Lima (Peru) e Atlético-MG na fase de grupos da Copa Libertadores 2023. O clube paranaense ficou no Grupo G, com essas três equipes. A definição dos grupos ocorreu em sorteio na sede da Conmebol, nessa segunda-feira (dia 27) à noite.

A estreia do Athletico na competição será na próxima semana (em 4, 5 ou 6 de abril), em Lima, contra o Alianza Lima.

A TABELA DO ATHLETICO
1ª rodada (4, 5 ou 6 de abril) – Alianza Lima x Athletico
2ª rodada (18, 19 ou 20 de abril) – Athletico x Atlético-MG
3ª rodada (2, 3 ou 4 de maio) – Libertad x Athletico
4ª rodada (23, 24 ou 25 de maio) – Atlético-MG x Athletico
5ª rodada (6, 7 ou 8 de junho) – Athletico x Libertad
6ª rodada (27, 28 ou 29 de junho) – Athletico x Alianza Lima

COMO FICARAM OS GRUPOS
GRUPO A
Flamengo
Racing-ARG
Aucas-EQU
Rublense-CHI

GRUPO B
Nacional-URU
Internacional
Metropolitanos-VEN
Indep. Medellín-COL

GRUPO C
Palmeiras
Barcelona-EQU
Bolívar-BOL
Cerro Porteño-PAR

GRUPO D
River Plate-ARG
Fluminense
Strongest-BOL
Sporting Cristal-PER

GRUPO E
Ind. Del Valle-EQU
Corinthians
Argentino Juniors-ARG
Liverpool-URU

GRUPO F
Boca Juniors-ARG
Colo-Colo-CHI
Monagas-VEN
Deportivo Pereira-COL

GRUPO G
Athletico Paranaense
Libertad-PAR
Alianza Lima-PER
Atlético-MG

GRUPO H
Olimpia-PAR
Atlético Nacional-COL
Melgar-PER
Patronato-ARG

Para avançar na competição, o Athletico precisa terminar entre os dois primeiros lugares do grupo. Os confrontos das oitavas serão definidos em sorteio.

SORTEIO
A Conmebol dividiu as 32 equipes classificadas em quatro potes, de acordo com a classificação no ranking de clubes da entidade. Sétimo colocado no ranking, o Athletico é um dos cabeças de chave e está no Pote 1.

Cada um dos grupos foi formado por um time de cada pote. Clubes do mesmo país não podem ficar no mesmo grupo, com exceção dos classificados via fase preliminar. Desta forma, o Atlético Mineiro era o único que poderia enfrentar outro adversário brasileiro na fase de grupos.

Pote 1
Athletico Paranaense (Brasil)
Flamengo (Brasil)
River Plate (Argentina)
Palmeiras (Brasil)
Boca Juniors (Argentina)
Nacional (Uruguai)
Independiente del Valle (Equador)
Olimpia (Paraguai)

Pote 2
Libertad (Paraguai)
Atlético Nacional (Colômbia)
Internacional (Brasil)
Barcelona (Equador)
Racing (Argentina)
Corinthians (Brasil)
Colo-Colo (Chile)
Fluminense (Brasil)

Pote 3
Bolívar (Bolívia)
The Strongest (Bolívia)
Melgar (Peru)
Alianza Lima (Peru)
Argentinos Juniors(Argentina)
Metropolitanos (Venezuela)
Aucas (Equador)
Monagas (Venezuela)


Pote 4
Liverpool (Uruguai)
Deportivo Pereira (Colômbia)
Ñublense (Chile)
Patronato (Argentina)
Atlético Mineiro (Brasil)
Sporting Cristal (Peru)
Cerro Porteño (Paraguai)
Independiente Medellín (Colômbia)

Fonte: Bem Paraná 



 

Extorsão praticada por Moro e Dallagnol na Lava Jato vai ao STF e cai nas mãos de Lewandowski

 O ministro Ricardo Lewandowski será relator no Supremo dos processos envolvendo o advogado Rodrigo Tacla Duran, que denunciou ilegalidades de Sergio Moro e Deltan Dallagnol

Da esq. para dir.: Ricardo Lewandowski, Sergio Moro (sem barba, em círculo), Deltan Dallagnol (de óculos) e Rodrigo Tacla Duran (Foto: ABR | Reprodução)


Conjur - O advogado Rodrigo Tacla Duran afirmou nesta segunda-feira (27/3) que foi alvo de uma tentativa de extorsão para que não fosse preso durante a finada "lava jato" e implicou o ex-juiz Sergio Moro, hoje senador, e o ex-procurador Deltan Dallagnol, hoje deputado federal, no suposto crime. Ele entregou fotos e vídeos que comprometeriam os parlamentares.

A declaração foi dada ao juiz Eduardo Fernando Appio, da 13ª Vara Federal de Curitiba, durante depoimento. Como a acusação envolve parlamentares, Appio decidiu enviar o caso ao Supremo Tribunal Federal, corte competente para julgar autoridades com prerrogativa de foro. O relator será o ministro Ricardo Lewandowski, prevento para analisar os processos envolvendo Tacla Duran.

"Diante da notícia-crime de extorsão, em tese, pelo interrogado, envolvendo parlamentares com prerrogativa de foro, ou seja, deputado Deltan Dallagnol e o Senador Sergio Moro, bem como as pessoas do advogado (Carlos) Zocolotto e do dito cabo eleitoral (de Sergio Moro) Fabio Aguayo, encerro a presente audiência para evitar futuro impedimento, sendo certa a competência exclusiva do Supremo Tribunal Federal, na pessoa do Excelentíssimo Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, juiz natural do feito, porque prevento, já tendo despachado nos presentes autos", disse o juiz na audiência.

Além de enviar o caso ao STF, Appio determinou que Tacla Duran seja colocado no programa de proteção a testemunhas.

No depoimento, o advogado disse que foi alvo da "lava jato" por não ter aceitado ser extorquido. "O que estava acontecendo era um bullying processual, em que me fizeram ser processado pelo mesmo fato em cinco países por uma simples questão de vingança", afirmou.

Tacla Duran, que foi advogado da Odebrecht, foi preso preventivamente na "lava jato", em 2016. Seis meses antes, ele tinha sido procurado pelo advogado Carlos Zucolotto Júnior, que era sócio de Rosângela Moro, mulher do ex-juiz.

Em conversa pelo aplicativo Wickr Me, Zucolotto ofereceu acordo de colaboração premiada, que seria fechado com a concordância de "DD" (iniciais do ex-procurador da República Deltan Dallagnol). Em troca, queria US$ 5 milhões. Zucolotto disse que os pagamentos deveriam ser feitos "por fora".

Um dia depois, seu advogado no caso recebeu uma minuta do acordo em papel timbrado do Ministério Público Federal, com o nome dos procuradores envolvidos e as condições negociadas com Zucolotto.

Em 14 de julho de 2016, Tacla Duran fez transferência bancária para o escritório do advogado Marlus Arns, no valor de US$ 613 mil, o equivalente hoje a R$ 3,2 milhões. A

transferência era a primeira parcela do pagamento pela delação. "Paguei para não ser preso", disse Tacla Duran em entrevista a Jamil Chade, do UOL.

Porém, depois o advogado deixou de fazer os pagamentos, e Sergio Moro decretou sua prisão preventiva. Contudo, Tacla Duran, já estava fora do Brasil. Ele acabaria preso em Madri, na Espanha.

Neste domingo (26/3), o influencer Thiago dos Reis divulgou o documento de transferência bancária para a conta de Marlus Arns. O advogado foi parceiro de

Rosângela em ações da Federação da Apae no Paraná e também na defesa da família Simão, um caso que ficou conhecido como "máfia das falências".

Em nota lançada após o depoimento, a assessoria de Sergio Moro afirmou que o senador é alvo de "calúnias" e que o político não teme "qualquer investigação".

"Trata-se de uma pessoa que, após inicialmente negar, confessou depois lavar profissionalmente dinheiro para a Odebrecht e teve a prisão preventiva decretada na Lava Jato. Desde 2017 faz acusações falsas, sem qualquer prova, salvo as que ele mesmo fabricou. Tenta desde 2020 fazer delação premiada junto à Procuradoria-Geral da República, sem sucesso, por ausência de provas, o procedimento na PGR foi arquivado em 9/6/22", disse o ex-juiz.

Dallagnol disse que o juiz Eduardo Fernando Appio "acreditou" em um acusado que "tentou enganar autoridades da Lava Jato".

"Adivinha quem acreditou num dos acusados que mais tentou enganar autoridades na Lava Jato? Ele mesmo, o juiz lulista e midiático Eduardo Appio, que nem disfarça a tentativa de retaliar contra quem, ao contrário dele, lutou contra a corrupção", afirmou em seu perfil no Twitter.

Duran x Moro

Tacla Duran, que foi detido na Espanha em 2016 e obteve liberdade provisória três meses depois, continua vivendo no país europeu e acusa Moro de fazer "negociações paralelas" na condução da finada "lava jato".

O advogado foi incluído na lista de procurados da Interpol, mas teve seu nome retirado por decisão do Comitê de Controle de Arquivos, que considerou que ele teve seus direitos violados por Moro.

De acordo com a Interpol, a conduta do ex-juiz, responsável pela "lava jato" em Curitiba, lançou dúvidas sobre a existência de um julgamento justo contra o ex-empregado da Odebrecht. A organização apontou violação de leis, princípios, tratados e normas do Direito Internacional reconhecidos pelo Brasil.

Entre as evidências apresentadas pela defesa de Duran à Interpol estavam as reiteradas decisões de Moro de negar o arrolamento do advogado como testemunha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao fazê-lo, segundo o advogado de Duran, Sebastian Suarez, Moro desqualificou a fala de seu cliente antes mesmo de ouvi-la, como se a tivesse prejulgado.

Outra das evidências é a entrevista de Moro ao programa Roda Viva, da TV Cultura. Nela, o então magistrado fala abertamente sobre o processo, o que viola regras éticas da magistratura.

Clique aqui para ler o termo de audiência

Processo 5019961-43.2017.4.04.7000

Fonte: Brasil 247 com Conjur 

Appio manda colocar Tacla Duran em programa de proteção de testemunhas

 O pedido foi feito após Duran prestar depoimento ao próprio juiz e à Polícia Federal em que denunciou extorsão de advogado ligado a Moro



O novo responsável pelos processos da Operação Lava Jato em Curitiba, o juiz Eduardo Appio, determinou que o advogado Rodrigo Tacla Duran, denunciador das irregularidades de Sergio Moro e Deltan Dallagnol, seja incluído no programa de proteção a testemunhas do governo federal.

O pedido foi feito após Tacla Duran prestar depoimento ao próprio juiz e à Polícia Federal, no qual ele reafirmou a acusação de extorsão contra advogados próximos à deputada federal Rosangela Wolff Moro (União Brasil-SP), esposa do ex-juiz Sergio Moro, que agora é senador pelo União-PR.

“O acusado está sendo encaminhado ao programa federal de testemunhas protegidas por conta do grande poderio político e econômico dos envolvidos, sendo certo que toda e qualquer medida somente será apreciada por esse juízo federal em caso de risco concreto à vida e/ou segurança das testemunhas e autoridades envolvidas”, escreveu Appio na decisão.

A audiência desta segunda-feira (27) foi interrompida depois que o advogado que prestou serviços à Odebrecht denunciou Moro e Dallagnol por envolvimento no caso. 

Tacla Duran diz que, em 2016, o advogado Carlos Zucolotto Júnior o procurou para exigir 5 milhões de dólares em troca de benefícios num acordo de colaboração. Na conversa, que Tacla Duran guardou através de um print de tela, Zucolotto disse que acertaria os termos com DD (iniciais de Deltan Dallagnol). Zucolotto é também padrinho de casamento de Moro e Rosângela.

Um mês depois, Tacla Duran fez uma transferência de 613 mil dólares para o escritório de Marlus Arns. Tanto Zucolotto quanto Marlus Arns têm relação profissional com Rosângela Moro. Zucolotto era sócio da esposa do então juiz e Marlus atuava com Rosângela em casos da Apae e também e processos da chamada Máfia das Falências.

Fonte: Brasil 247