quinta-feira, 9 de março de 2023

Governo Lula lança programa de distribuição gratuita de absorvente pelo SUS

Absorventes
Foto: Marco Verch/ Flickr

 O Ministério da Saúde informou hoje (8) que vai assegurar a oferta de absorventes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com foco na população que está abaixo da linha da pobreza. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou nesta quarta-feira um decreto que cria o Programa de Proteção e Promoção da Dignidade Menstrual.

De acordo com o ministério, cerca de 8 milhões de pessoas serão beneficiadas pela iniciativa que prevê investimento de R$ 418 milhões por ano.

A nova política segue os critérios do Programa Bolsa Família, incluindo estudantes de baixa renda matriculados em escolas públicas, pessoas em situação de rua ou de vulnerabilidade social extrema.

Também serão atendidas pessoas em situação de privação de liberdade e que cumprem medidas socioeducativas. O ministério acrescenta que o programa, voltado a todas as pessoas que menstruam, alcançará mulheres cisgênero, homens trans, pessoas transmasculinas, pessoas não binárias e intersexo.

De acordo com Ana Nery Lima, especialista em gênero e inclusão na ONG Plan International Brasil, que promove os direitos das crianças e a igualdade para meninas, é urgente pensar em ações e políticas
públicas que garantam que meninas, mulheres e pessoas que menstruam tenham acesso a condições dignas de gerenciamento do seu ciclo menstrual.

“Por isso, medidas como a anunciada hoje são tão importantes para garantir a distribuição de absorventes para os públicos que convivem com a pobreza menstrual, para que consigam, minimamente, conviver com dignidade”, disse. “A dignidade menstrual também diz respeito à dignidade humana. Quando as pessoas acessam instalações e insumos seguros e eficazes para administrar sua higiene
menstrual, são capazes de administrar sua menstruação com dignidade”, concluiu.

Presidente Lula durante assinando PL de igualdade salarial para homens e mulheres. Foto: Ricardo Stuckert

Ministério Público
Nesta semana, o Ministério Público Federal (MPF) reforçou um pedido na Justiça para que a União apresentasse plano de distribuição de absorventes a estudantes de baixa
renda da rede pública, a mulheres em situação de vulnerabilidade social extrema, a detentas e a jovens em conflito com a lei internadas.

A distribuição é garantida pela Lei Federal 14.214 de 2021, mas o governo anterior foi contra a política. O texto, aprovado pelo Senado em setembro de 2021, foi sancionado pelo então presidente da República Jair Bolsonaro que, no entanto, vetou a distribuição gratuita dos absorventes.

O veto presidencial foi derrubado em março do ano seguinte pelo Congresso Nacional. No mesmo mês, Bolsonaro decidiu regulamentar a distribuição. Em novembro, o Ministério da Saúde lançou o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, com a promessa de atender a 4 milhões de mulheres.

Em outubro, a organização não governamental (ONG) Criola havia entrado com ação na Justiça Federal, pedindo que o governo federal apresentasse, em 15 dias, os planos para distribuição dos absorventes.

“A ideia era desenvolver essa política o mais rápido possível, com a urgência [de] que ela necessitava, visto que as pessoas que serão beneficiadas desta política são pessoas em situação de vulnerabilidade”, lembrou a coordenadora-geral da ONG Criola, Lúcia Xavier.

Publicado na Agência Brasil


Gleisi cobra processo contra Bolsonaro pela propina saudita: “tem vídeo, mensagens, ofício e tudo mais”

 Presidente do PT cobra que além de Bolsonaro, militares e o ex-chefe da Receita Federal sejam processados

Presidente do PT, Gleisi Hoffmann (Foto: Alessandro Dantas | Reprodução/Twitter)


A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, cobrou a punição, nos rigores da lei, dos envolvidos no escândalo das joias sauditas que entraram de maneira ilegal no Brasil no governo Bolsonaro.

Além de Jair Bolsonaro, então presidente da República, Gleisi cobra que militares envolvidos no esquema e o ex-chefe da Receita Federal  sejam processados. 

Segundo a deputada, já existem provas suficientes para investigação.  

“O que falta para processar Bolsonaro que mandou afanar as joias para Michelle,  o ex-chefe da Receita que coagiu funcionários a liberarem os diamantes e o CINCO militares que participaram do esquema? Tem vídeo, mensagens, ofício e tudo mais”.


Fonte: Brasil 247


Aziz anuncia investigação da venda da refinaria Landulpho Alves após escândalo das joias de Bolsonaro

 Suspeita é de que as joias tenham sido pagamento de propina a Jair Bolsonaro pela venda da refinaria abaixo do valor de mercado

Omar Aziz, Bolsonaro com Michelle, joias e RLAM (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado | André Valentim/Agência Petrobras | Carolina Antunes/PR | Reprodução/Twitter)

247 - O senador Omar Aziz (PSD-AM), eleito presidente da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) do Senado, usou as redes sociais para anunciar que abrirá uma investigação para apurar a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, para o Mubadala Capital, um fundo dos Emirados Árabes Unidos.

A investigação será aberta em meio às suspeitas de que as joias avaliadas em mais de R$ 16,5 milhões dadas pela monarquia saudita ao casal Jair e Michelle Bolsonaro tenha sido algum tipo de
contrapartida no negócio envolvendo a RLAM. 

A refinaria, que pertencia a Petrobrás, foi vendida para Mubadala Capital pelo valor de US$ 1,8 bilhão, abaixo da estimativa feita pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (Ineep), que indica que a refinaria valia entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões.

“Como presidente da comissão CTFC, vou abrir investigação no Senado sobre a venda refinaria da Petrobras Landulpho Alves, na Bahia, para o fundo árabe Mubadala Capital”,
postou Aziz nas redes sociais. 

“Qualquer violação ao interesse da União, relação com a tentativa de descaminho de joias, ou qualquer ato que tenha gerado vantagens a autoridades nessa venda, será levado à Justiça para
punição dos envolvidos”, ressaltou em seguida. 

Ainda conforme o senador, “o primeiro passo da comissão será pedir documentos da Petrobras sobre a avaliação de preço abaixo do valor de mercado do ativo brasileiro para os estrangeiros”.

Na segunda-feira (6), a Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para apurar a a suspeita de que o governo brasileiro tenha oferecido algum tipo de
contrapartida ou vantagem em negócios celebrados com a Arábia Saudita durante a gestão Bolsonaro.



Fonte: Brasil 247

 

Barroso é internado para cirurgia de emergência; ministro está na UTI

 Magistrado teve episódios de obstrução intestinal. Ministro passa por recuperação e espera deixar cuidados intensivos nos próximos dias

Ministro do STF Luís Roberto Barroso (Foto: Pedro Gontijo/Senado Federal)

247 - A assessoria do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou que o ministro Luís Roberto Barroso precisou ser internado na UTI do hospital Sírio Libanês, em Brasília, para se recuperar de uma cirurgia de emergência no aparelho digestivo.

“O magistrado foi internado no fim de fevereiro para uma intervenção que visava o fechamento de uma hérnia incisional, fruto de uma operação que ele fez alguns anos atrás”, destaca a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo.

Ainda de acordo com a reportagem, Barroso se recuperava bem e chegou a participar de uma sessão do STF por vídeo no dia 1º de março. No entanto, teve dois episódios de obstrução intestinal que exigiram novos procedimentos de emergência.

A expectativa é que o ministro deixe os cuidados intensivos nos próximos dias.

Fonte: Brasil 247

 


Dino fala em 'indícios nítidos' de crimes de peculato e descaminho no escândalo das joias

 “Se alguém se apropria indevidamente de um bem público, nós estamos em um crime chamado peculato", afirmou o ministro da Justiça

Flávio Dino e Jair Bolsonaro (Foto: Tom Costa/MJSP | Reprodução | Reuters/Adriano Machado)

Rede Brasil Atual O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, voltou a falar, na tarde desta quarta-feira (8), que existem indícios de cometimento de crimes no caso das joias sauditas. Ele não citou o nome de Jair Bolsonaro (PL), de sua esposa, Michelle, ou qualquer outro envolvido no caso. Mas afirmou que “o inquérito vai ser feito”. “Claro que a essas alturas existem indícios muito nítidos de que há uma múltipla possibilidade do cometimento de crime”, disse o ministro. “Se alguém se apropria indevidamente de um bem público, nós estamos em um crime chamado peculato. Se alguém diz: ‘Não, esse bem é privado’, ora, um bem privado só pode entrar no território nacional mediante a declaração e o pagamento do imposto devido”, continuou.

Na sexta-feira, no início das revelações de mais um escândalo do clã Bolsonaro, Dino já havia postado, no Twitter, que os fatos relativos às joias “podem configurar os crimes de descaminhopeculato e lavagem de dinheiro”.

No caso das joias, o advogado criminalista Leonardo Yarochewsky afirma que, em tese, existe materialidade dos supostos crimes, e o objeto desses crimes é “palpável”. Em relação aos três crimes mencionados por Dino, o advogado concorda com a materialização de descaminho e peculato.

“Há muitas outras condutas a se apurar em relação ao que foi aquele governo, inclusive as acusações referente à pandemia”, diz o criminalista. “Mas tudo isso depende do processo, do contraditório e do direito de defesa, que a muita gente foi negado, mas a gente não nega a ninguém.”

Polícia Federal

A Justiça já remeteu os fatos à Polícia Federal. O delegado que vai conduzir a investigação na PF é Adalto Ismael Rodrigues Machado, da delegacia de Repressão
a Crimes Fazendários da PF em São Paulo. Ele é considerado técnico, frio e discreto.

O que são os crimes de peculato e descaminho:

Peculato – Artigo 312 do Código Penal. Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou
particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa.

Neste caso, Bolsonaro se enquadraria no crime de peculato devido à segunda caixa contendo joias masculinas. De acordo com a repórter Giuliana Morrone, da TV Globo, o ex-presidente recebeu pessoalmente o segundo pacote, o que se comprova por documento oficial do dia em que o presente chegou ao Palácio da Alvorada, residência oficial do chefe do governo. Ninguém sabe onde está o conteúdo da encomenda. Bolsonaro não se pronunciou.

Descaminho –  Artigo 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo
consumo de mercadoriaPena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.

O crime aqui é relativo à caixa apreendida pela Receita Federal, contendo joias femininas no valor de R$ 16,5 milhões.

Yarochewsky observa que “vulgarmente as pessoas chamam o descaminho de contrabando, o que não é correto, pois contrabando se refere a mercadoria
ilegal”. Não passa na alfândega de jeito nenhum, nem pagando imposto. Não é o caso das joias que auxiliares de Bolsonaro tentaram liberar na Receita
a todo custo até o último momento do mandato, sem conseguir.  

Há duas possibilidades para as joias milionárias. Ou eram um bem privado, e aí era preciso pagar imposto, ou eram propriedade do Estado, e nesse caso não poderiam ficar com ninguém privadamente (o que parece que Bolsonaro fez com a segunda caixa). Tudo indica que o ex-presidente queria ficar com as joias e não pagar imposto.

Quanto ao crime de lavagem de dinheiro, Yarochewsky diz que é um conceito mais complexo, que envolve, por exemplo, a questão do eventual crime antecedente que teria motivado a lavagem. Ou a análise também da questão tributária/fazendária.

Fonte: Brasil 247 com Rede Brasil Atual 





Michelle e Bolsonaro estão vivendo “climão” em casamento, apontam pessoas próximas

 Episódio com joias trouxe um verdadeiro climão entre o casal

Joias, Bolsonaro com Michelle e Polícia Federal (Foto: Reprodução/Twitter | REUTERS/Ueslei Marcelino | Marcelo Camargo/Agência Brasil)

247 - “Desde que o escândalo das joias de diamantes envolvendo Michelle e Jair Bolsonaro veio à tona, a ex-primeira-dama tem modulado sua postura em relação ao marido. Parlamentares do PL dizem que há um “climão” entre o casal, apesar de Michelle ter recorrido às redes sociais na quarta-feira para brincar com uma foto do marido”, informa a jornalista Bela Megale em sua coluna no jornal O Globo. 

“Até a semana passada, Michelle falava constantemente do ex-presidente durante suas conversas. Como informou a coluna, ela vinha defendo que ele ficasse mais tempo nos Estados Unidos até a “poeira baixar”. Após a tentativa de Bolsonaro de receber, de maneira ilegal, joias avaliadas em R$ 16,5 milhões revelada pelo “Estadão”, porém, a ex-primeira-dama parou de citar o nome do ex-presidente em qualquer conversa.”, acrescenta.

De acordo com a jornalista, “entre integrantes do PL, a avaliação é que a versão de Michelle de que só teria sabido das joias pela imprensa seria crível. Sobre Bolsonaro, no entanto, os deputados o veem mergulhando cada vez mais na crise, especialmente após a confirmação que ele recebeu um segundo pacote do regime da Arábia Saudita”.

Fonte: Brasil 247 com a coluna de Bela Megale no jornal O Globo


Quem é o jornalista preso após ser acusado de integrar grupo criminoso

 O jornalista foi detido em casa e não reagiu à prisão

(Foto: Divulgação (Polícia Civil))

247 - “Mister Tripa”: esse é o apelido do jornalista Juvenilson dos Santos Martins, que foi preso nesta quarta-feira (8), em cumprimento a um mandado de prisão preventiva pela Delegacia de Peixoto de Azevedo (MT). Tripa é investigado por supostamente integrar uma organização criminosa. O mandado foi expedido pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá (MT).

De acordo com reportagem do portal RD, o jornalista foi detido em casa e não reagiu à prisão. Minutos antes de ser preso, ele gravou um vídeo afirmando ser inocente. Disse ainda que a prisão dele seria uma retaliação porque estaria investigando um político da cidade.

"Não tenho envolvimento algum com o crime organizado. Não tenho contato com faccionado. Não faço parte de nenhuma quadrilha. Simplesmente tive contato com um ex-faccionado que estava disposto a fazer uma delação, entregar quem eu estava investigando", disse.

Reprodução

Fonte: Brasil 247 com informações do portal RD

Bolsonaristas são isolados e ficam sem a presidência de comissões do Senado

 Os presidentes das comissões foram escolhidos nesta quarta-feira. Davi Alcolumbre foi reconduzido e permanece à frente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)

Davi Alcolumbre (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Agência Senado - Treze das 14 comissões permanentes do Senado elegeram nesta quarta-feira (8) seus presidentes. A eleição dos presidentes das comissões marca o início dos trabalhos dos colegiados. A definição de alguns vice-presidentes ainda ficou pendente e deve acontecer nas próximas reuniões. As escolhas dos presidentes geraram protestos de senadores oposicionistas, que consideraram a distribuição injusta.

Tradicionalmente, a ordem de escolha das presidências segue a proporcionalidade das bancadas de blocos e partidos. A maior delas é a do bloco Democracia (MDB, União Brasil, Podemos, PDT, PSDB e Rede), que conta com 30 senadores. O segundo é o Resistência Democrática (PSD, PT e PSB), com 28 parlamentares. O terceiro maior bloco é o Vanguarda (PL, PP, Republicanos e Novo), com 23 senadores.

Integrantes do bloco Vanguarda protestaram em várias reuniões para a eleição dos presidentes dos colegiados e se abstiveram de votar. Nas reuniões da Comissão de Educação (CE) e da Comissão de Relações Exteriores (CRE), o líder do PL, senador Carlos Portinho (PL-RJ), registrou sua insatisfação pelo fato de o bloco não ter conquistado nenhuma vaga nas presidências.

Ele citou a Constituição que determina que, na constituição das Mesas e de cada comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa.

— Cumpre registrar que o termo "tanto quanto possível" é para garantir que, havendo um número maior de partidos ou bloco do que o número de comissões, não será possível a distribuição observando a proporcionalidade, mas não é o caso. Hoje, o nosso bloco é o terceiro maior desta Casa, o que lhe garantiria, pela proporcionalidade, direito à presidência de quatro comissões, conforme o cálculo — ressaltou.

Protesto semelhante foi feito pelo líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RJ), em comissões e também em entrevista coletiva após as eleições. Ele firmou que a oposição preferiu não participar do processo porque a regra da proporcionalidade, apesar de ter sido considerada na composição das comissões, não foi respeitada nas presidências.

— Nós vamos aguardar os desdobramentos das conversas que estão sendo feitas para verificar se há alguma alguma possibilidade de negociação. A nossa posição ficou clara por ocasião da votação — disse Marinho, ao informar que há uma reunião marcada para esta quinta-feira (9) na Presidência do Senado. Ele não confirmou se algumas das vice-presidências que ainda não foram definidas podem ficar com o bloco Vanguarda.

Escolha

Também em diversas comissões, senadores dos outros blocos contestaram as falas dos integrantes do bloco Vanguarda. Segundo o Regimento Interno do Senado, o presidente de uma comissão deve ser eleito por seus membros em votação secreta. Na maioria das vezes, porém, as lideranças partidárias decidem esses nomes em acordos, respeitando a proporcionalidade entre as bancadas.

Os membros das comissões, tradicionalmente, referendam essas escolhas, mas nada impede o surgimento de outros candidatos e a disputa no voto, o que não ocorreu. As eleições se deram com chapas únicas, sem o registro de outros candidatos pelo bloco Vanguarda.

Na CE e na CRE, o líder do PDT, senador Cid Gomes (PDT-CE), afirmou que que o bloco Vanguarda optou por não participar de um “esforço eclético, amplo, de entendimento” em torno da eleição para a Mesa do Senado. Assim, segundo o senador, não é razoável que o bloco almeje a presidência de comissões. Ele lembrou que o bloco Vanguarda tem participação assegurada em todas as comissões da Casa.

— O bloco parlamentar Vanguarda resolveu não participar de um esforço de uma Mesa eclética, porque a Mesa é a baliza de todas as direções, e as comissões são uma sequência disso, uma sequência natural. Então, no momento em que o bloco não participou da presidência que, na Mesa, é o principal cargo, isso fez com que se entendesse que eles estavam fora da disputa pelos demais órgãos de direção — explicou.

O líder do PSD, senador Otto Alencar (PSD-BA), também afirmou que o embate na eleição para a Presidência do Senado fez com que os dois blocos que apoiaram a eleição do presidente Rodrigo Pacheco pudessem indicar os presidentes das comissões.

— Isso foi decidido com os blocos Democracia e Resistência Democrática. Essa decisão coletiva não pode ser revogada por uma decisão de ordem pessoal — opinou.

Trabalhos

Com as eleições dos presidentes, os colegiados agora retomam os trabalhos. Além da análise prévia de todos os projetos que tramitam pelo Senado, as comissões fiscalizam o trabalho do Poder Executivo, acompanham a execução de políticas públicas e propõem emendas ao Orçamento da União.

No total, são 14 comissões permanentes, 13 delas com presidentes eleitos. Falta apenas a Comissão Senado do Futuro (CSF), que pode ser alterada para dar origem a outro colegiado para defender o Estado democrático de direito. 

— A comissão que foi criada mais recentemente foi a Comissão de Segurança Pública. Era uma distorção não termos uma comissão de segurança no Senado. Agora eu tenho uma proposta que é a transformação da Comissão Senado do Futuro em uma comissão permanente de defesa do Estado democrático de direto. Eu considero muito importante que haja a permanente vigilância do Senado depois de tudo que aconteceu — afirmou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em fevereiro. 

Comissão de Assuntos Econômicos (CAE)

Presidente: Vanderlan Cardoso (PSD-GO)

Vice-presidente: a definir

Comissão de Assuntos Sociais (CAS)

Presidente: Humberto Costa (PT-PE)

Vice-presidente: Mara Gabrilli (PSD-SP)

Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)

Presidente: Davi Alcolumbre (União-AP)

Vice-presidente: a definir

Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT)

Presidente: Carlos Viana (Podemos-MG)

Vice-presidente: a definir

Comissão de Direitos Humanos (CDH)

Presidente: Paulo Paim (PT-RS)

Vice-presidente: Zenaide Maia (PSD-RN)

Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR)

Presidente: Marcelo Castro (MDB-PI)

Vice-presidente: Cid Gomes (PDT-CE)

Comissão de Educação (CE) 

Presidente: Flávio Arns (PSB-PR)

Vice-presidente: Cid Gomes (PDT-CE)

Comissão de Infraestrutura (CI)

Presidente: Confúcio Moura (MDB-RO)

Vice-presidente: a definir

Comissão de Meio Ambiente (CMA)

Presidente: Leila Barros (PDT-DF)

Vice-presidente: Fabiano Contarato (PT-ES)

Comissão de Agricultura (CRA)

Presidente: Soraya Thronicke (União-MS)

Vice-presidente: a definir

Comissão de Relações Exteriores (CRE)

Presidente: Renan Calheiros (MDB-AL)

Vice-presidente: a definir

Comissão Senado do Futuro (CSF)

Presidente: a definir

Vice-presidente: a definir

Comissão de Segurança Pública (CSP)

Presidente: Sérgio Petecão (PSD-AC)

Vice-presidente: Jorge Kajuru (PSB-GO)

Comissão de Fiscalização e Controle (CTFC) 

Presidente: Omar Aziz (PSD-AM)

Vice-presidente: a definir

Fonte: Brasil 247 com Agência Senado


Servidores da Receita denunciam ex-chefe que pressionou pela liberação da propina de Bolsonaro

 O assédio praticado por Julio Cesar Vieira Gomes foi levado à corregedoria da Receita Federal

Julio Cesar Vieira Gomes e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Reprodução/Twitter | Reuters/Joe Skipper)


O ex-chefe bolsonarista da Receita Federal, Julio Cesar Ferreira Gomes, que pressionou servidores da casa a liberar a propina em joias e diamantes que Jair Bolsonaro recebeu da ditadura saudita, responderá pelo assédio praticado. "Os atos de coação que o ex-secretário da Receita Federal Julio Cesar Vieira Gomes praticou contra os servidores do órgão resultaram em denúncias levadas à Corregedoria do Ministério da Fazenda", aponta reportagem de Adriana Fernandes e André Borges, no Estado de S. Paulo. "A denúncia é assinada pelo comando da superintendência e os delegados da alfândega de Guarulhos. Como prova dos atos de pressão, foram enviados à Corregedoria diversos tipos de documentos, além de mensagens de texto, áudios e e-mails, entre outros itens", aponta ainda os repórteres.

O ex-chefe da Receita pressionou para liberar a entrada ilegal de joias avaliadas em R$ 16,5 milhões pelo governo Jair Bolsonaro. De acordo com a reportagem, "os servidores também avaliam, neste momento, a possibilidade de entrar com representações individuais contra Julio Cesar Vieira Gomes, devido aos atos que sofreram desde o momento em que o servidor passou a comandar a Receita, em dezembro de 2022".

Fonte: Brasil 247 com jornal O Estado de S. Paulo 


Bolsonaro conversou com ex-chefe da Receita Federal sobre liberação de joias

 Ligação telefônica foi feita em dezembro de 2022

Jair Bolsonaro e joias (Foto: REUTERS | Reprodução)

247 - Jair Bolsonaro e o então chefe da Receita Federal Julio Cesar Vieira Gomes conversaram por telefone em dezembro do ano passado sobre a liberação das joias presenteadas pela Arábia Saudita, informa a Folha de S.Paulo.

Uma das caixas trazidas do reino saudita foi apreendida na alfândega do aeroporto de Guarulhos (SP).

A conversa comprova a participação direta do ex-presidente na tentativa de liberar o material avaliado em R$ 16,5 milhões.

Essa conversa de Bolsonaro com o chefe da Receita Federal contradiz a versão que o ex-presidente apresentou no final de semana, quando tentou se desvincular do caso, dizendo não ter ficado sabendo dos presentes barrados na alfândega e negando tentativa de trazê-los de forma ilegal.

Fonte: Brasil  247 com Folha de S. Paulo 


“Vai entrar lá para a primeira-dama”: VÍDEO mostra servidores sendo pressionados para liberar as joias

Imagens captadas do ex-ministro Bento Albuquerque na alfândega do aeroporto de Guarulhos. Reprodução TV Globo

Reportagem exibida pela TV Globo nesta quarta-feira mostra que o ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse na alfândega do Aeroporto de Guarulhos que os presentes dados pelos sauditas estavam destinados para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

“Isso tudo vai entrar lá para a primeira-dama”, disse ele, para justificar o ingresso das joias no país sem o devido recolhimento dos impostos.

O vídeo também confirma que o ex-ministro poderia ter declarado os bens como patrimônio do Estado brasileiro, mas a alternativa foi recusada. As joias são avaliadas em R$ 16,5 milhões.

O vídeo também exibe o assessor Marcos André Soeiro, o portador do conjunto de joias, sendo abordado pelos funcionários da alfândega. Em sua
primeira versão, entretanto, ele disse que os objetos pertenceriam a Bento Albuquerque:  “É um presente do príncipe regente da Arábia Saudita para o ministro.”

Neste momento, o ex-titular da pasta das Minas e Energia retorna à alfândega para resolver a questão:

“Nunca resolvi coisa tão grande. Mas quando você vai para um lugar desse, o cara chega e vai te dando, quem sofre é quem tem que carregar (…) Depois desse evento, que a gente foi para o aeroporto, o cara chegou lá… Eu ainda assinei o papel dizendo que a gente recebeu”.

Bento Albuquerque representou o Brasil na cúpula “Iniciativa Verde do Oriente Médio”, realizada na Arábia Saudita.

Outro momento exibido pela reportagem foi a tentativa do do primeiro-sargento da Marinha, Jairo Moreira da Silva, que deslocou-se a São Paulo vindo de Brasília para reaver as joias em 29 de dezembro de 2022.

Jairo Moreira da Silva, na alfândega do aeroporto de Guarulhos. Reprodução TV Globo

Nesta tentativa, ele disse que não poderia ficar nada para o próximo governo Lula. Paralelamente, o ex-secretário da Receita Federal, Julio Cesar Viera Gomes, tentava pressionava o auditor da Receita, Marco Antônio Lopes Santana, que não cedeu e também não atendeu ao telefonema de seu superior hierárquico.

O servidor insistiu que a liberação somente se daria mediante o pagamento dos impostos ou a declaração dos itens como sendo patrimônio da União, ambas hipóteses não verificadas no episódio.



Fonte: DCM