Oswaldo Eustáquio publicou no site Poder DF, registrado em seu nome, que os indígenas desnutridos seriam refugiados venezuelanos
Ato contra Jair Bolsonaro e um indígena Yanomami em Roraima (à dir.) (Foto: Mídia NINJA | Condisi-YY/Divulgação)
PORTO ALEGRE (Reuters) – Com a crescente atenção à gravidade da crise humanitária yanomami nas últimas semanas, alguns políticos e influenciadores aliados de Jair Bolsonaro (PL) passaram a espalhar alegações falsas para tentar dissociar o ex-presidente da tragédia vivida pelos indígenas.
A exposição da crise humanitária ganhou força no dia 20, quando o site Sumaúma noticiou, com base em dados obtidos junto ao governo federal, que 570 crianças yanonamis morreram durante o governo Bolsonaro de causas evitáveis. O número representa um aumento de 29% na comparação com os quatro anos anteriores, nos governos de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB).
Dois dias depois, o blogueiro Oswaldo Eustáquio publicou no site Poder DF, registrado em seu nome, que os indígenas desnutridos seriam refugiados venezuelanos. Ele é investigado nos inquéritos das “fake news” e dos atos antidemocráticos, que correm no Supremo Tribunal Federal (STF).