terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Missas e cultos em ação de graças celebram o aniversário de Apucarana



A Prefeitura de Apucarana divulga os dias, locais e horários das missas e cultos celebrados dentro da programação comemorativa aos 79 anos de emancipação política do município. As celebrações “Orando por Apucarana” serão realizadas no dia 28 de janeiro (data do aniversário da cidade) e dia 29 de janeiro (domingo).

Pela Diocese de Apucarana, uma missa pelos 79 anos do Município será celebrada pelo Bispo Dom Carlos José, no domingo (29), às 10h30, na Catedral Nossa Senhora de Lourdes. Também está programado um culto na igreja Assembleia de Deus, no domingo (29) às 19 horas.

Confira a relação das celebrações em ação de graças pelo aniversário da cidade:

ORANDO POR APUCARANA” – MISSAS E CULTOS EM HOMENAGEM AOS 79 ANOS DO MUNICÍPIO

MISSAS

 

PARÓQUIA NOSSA SENHORA APARECIDA

SÁBADO: 19:00 HS

DOMINGO:  08:00 – 10:00 -19:00 HS

 

DIACONIA DIVINO ESPÍRITO SANTO

SÁBADO: 16:00 HS

 

COMUNIDADE SÃO CRISTÓVÃO

DOMINGO: 09:00 HS

 

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE LOURDES – CATEDRAL

 

SÁBADO: 18:00 HS

DOMINGO : 08:30 – 10:30 – 18:00HS

 

PARÓQUIA  IMACULADO  CORAÇÃO DE MARIA

SÁBADO:  19:30HS

DOMINGO:  09:30 – 19:00 HS

 

PARÓQUIA CRISTO SACERDOTE

SÁBADO: 19:30HS

DOMINGO: 08:00  – 10:00 – 19:30HS

 

DIACONIA ESPÍRITO SANTO

SÁBADO: 19:30HS

 

DIACONIA PERPÉTUO SOCORRO

SÁBADO: 19:00 HS

 

DIACONIA PERPÉTUO SOCORRO

DOMINGO: 08:00HS

 

DIACONIA SÃO PEDRO

DOMINGO: 08:00  – 10:00HS

 

DIACONIA SÃO PAULO

SÁBADO: 19:30HS

 

DIACONIA SÃO PAULO

DOMINGO: 10:00HS

 

DIACONIA RAINHA DA PAZ:

SÁBADO: 19:30HS

 

DIACONIA RAINHA DA PAZ

DOMINGO : 10:00HS

 

COMUNIDADE  NOSSA SENHORA DO ROCIO

DOMINGO: 19:30HS

 

CAPELA SANTO ANTÔNIO:

:DOMINGO: 09:30HS

 

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO

SÁBADO: 20:00HS

DOMINGO: 08:30 – 19:30HS

 

DIACONIA SÃO JOÃO BATISTA

SÁBADO:19:00HS

 

DIACONIA NOSSA SENHORA APARECIDA

SÁBADO: 19:00HS

 

DIACONIA SANTA RITA DE CÁSSIA

DOMINGO: 10:00HS

 

DIACONIA SANTA TEREZINHA

DOMINGO: 18:00HS

 

PARÓQUIA CRISTO REI

SÁBADO: 19:00HS

DOMINGO: 09:00 – 19:30HS

 

DIACONIA SANTA PAULINA

DOMINGO: 08:00HS

 

DIACONIA NOSSA SENHORA DO CARMO

DOMINGO: 08:00HS

 

DIACONIA SÃO JUDAS TADEU

DOMINGO: 10:00HS

 

 

PARÓQUIA SÃO FRANCISCO XAVIER

SÁBADO: 19:30HS

DOMINGO: 08:00HS

 

 

DIACONIA SÃO MARCOS

SÁBADO: 18:00HS

 

DIACONIA NOSSA SENHORA DO ROCIO

DOMINGO: 09:30HS

 

DIACONIA NOSSA SENHORA APARECIDA

DOMINGO: 18:00HS

 

PARÓQUIA CORAÇÃO EUCARÍSTICO DE JESUS

SÁBADO: 19:30HS

DOMINGO:: 07:30HS

 

DIACONIA SAGRADA FAMÍLIA

DOMINGO: 09:00HS

 

DIACONIA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS

DOMINGO: 10:30HS

 

PARÓQUIA PROTEÇÃO DA SANTÍSSIMA MÃE DE DEUS

DOMINGO: 09:00HS [ RITO UCRANIANO ]

 

PARÓQUIA SANTUÁRIO SÃO JOSÉ

SÁBADO: 15:00  – 18:30HS

DOMINGO: 07:30  – 09:30  – 18:30HS

 

PARÓQUIA SÃO BENEDITO

SÁBADO: 19:30HS

DOMINGO: 08:00  – 19:00HS

 

PARÓQUIA CRISTO PROFETA

SÁBADO: 18:00HS

DOMINGO: 09:30  –  19:00HS

 

COMUNIDADE SANTO ANTÔNIO

DOMINGO: 08:00HS

 

COMUNIDADE SÃO MIGUEL

DOMINGO: 08:00HS

 

COMUNIDADE SANTA EDWIGES

SÁBADO: 19:30HS

DOMINGO: 09:30HS

 

PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO [ DISTRITO CORREA DE FREITAS }

SÁBADO: 20:00HS

 

IGREJA DIVINO ESPÍRITO SANTO (RITO UCRANIANO)

DOMINGO:: 09:00HS

 

PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA (DISTRITO PIRAPÓ)

SÁBADO: 06:30  – 18:30HS

DOMINGO: 08:00  – 18:30HS

 

PARÓQUIA SÃO PEDRO (DISTRITO SÃO PEDRO)

DOMINGO: 10:00HS

 

 

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE FÁTIMA

SÁBADO: 19:30HS

DOMINGO: 08:00  – 10:00  – 19:00HS

 

 

CULTOS

 

 

COMUNIDADE EVANGÉLICA NOVA ALIANÇA

CULTO : SÁBADO: 19:30HS

CULTO : DOMINGO  : 29/01 : 18:30HS

 

COMUNIDADE CRISTÃ DE APUCARANA

CULTOS : DOMINGO: 10:00 – 19:00HS

 

IGREJA CRISTÃ MARANATA

CULTOS : DOMINGO: 10:00 – 19:30HS

 

CONGREGAÇÃO CRISTÃ DO BRASIL

CULTO : SÁBADO: 19:30HS

CULTO : DOMINGO: 19:30HS

 

MINISTÉRIO  GERAÇÃO VIDA
CULTO : SÁBADO: 19:30HS

CULTO : DOMINGO: 19:30HS

 

COMUNIDADE CRISTàMANÁ

CULTO : DOMINGO: 18:30HS

 

IGREJA MISSIONÁRIA UNIDA

CULTO : SÁBADO: 19:00HS

CULTO : DOMINGO: 19:00HS

 

IGREJA PRESBITERIANA INDEPENDENTE

CULTO : DOMINGO: 19:00HS

 

IGREJA EVANGÉLICA  ASSEMBLÉIA DE DEUS

CULTO : DOMINGO: 19:00HS

 

IGREJA INTERNACIONAL DA GRAÇA DE DEUS

CULTOS : DOMINGO: 09:00  – 18:00HS

 

PRIMEIRA IGREJA BATISTA DE APUCARANA

CULTOS : DOMINGO: 09:00  – 19:30HS

 

COMUNIDADE EVANGÉLICA  RIO DE VIDA  CHURCH

CULTO : DOMINGO: 19:00HS

 

IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS

CULTOS : DOMINGO  – 09:00 – 18:00

 

IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS PENTECOSTAL

CULTO : DOMINGO: 19:00HS

 

1ª IGREJA QUADRANGULAR DE APUCARANA

CULTO : SÁBADO: 19:30HS

CULTOS : DOMINGO: 09:30  – 19:OOHS

 

IGREJA PRESBITERIANA RENOVADA

CULTOS : DOMINGO: 09:30 – 18:00HS

 

IGREJA METODISTA LIVRE

CULTOS : DOMINGO: 09:00 – 19:00HS

Acia lança pedra fundamental do maior prédio comercial de Apucarana

 

Com investimento de R$ 60 milhões, o prédio contará com 174 salas comerciais, 235 vagas de garagem rotativa e portaria 24 horas


Com 28 andares, o Centro Comercial da Acia será o maior e mais moderno prédio comercial de Apucarana. A pedra fundamental da obra foi lançada nesta terça-feira (24/01) pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana (Acia). Com investimento de R$ 60 milhões, o prédio contará com 174 salas comerciais, 235 vagas de garagem rotativa e portaria 24 horas.

O lançamento da pedra fundamental ocorreu no terreno onde a obra será edificada, situado entre as ruas Guarapuava e Irmã Eleutéria. O prefeito Junior da Femac acompanhou o ato ao lado do presidente da Acia, Wanderlei Faganello. Também esteve presente Jayme Leonel, presidente da Sociedade de Propósito Específico (SPE), constituída pela Acia para gerenciar o projeto.

O ato contou ainda com a presença do empresário e ex-presidente da Acia, Armando Boscardin, do vereador Rodrigo Lievore, do arquiteto Lernardo Britici que projetou o prédio, Osmar Ida da construtora que vai executar a obra e de representantes das imobiliárias responsáveis pela comercialização das salas, João Ceriane (Ceriane Craveiro Imóveis) e Alonso Sanches (Sanches Imóveis).

O prefeito Junior da Femac fez um paralelo entre dois momentos difíceis vividos por Apucarana, em períodos distintos da história. “Em 1975, tivemos a geada negra que dizimou os cafezais que eram a grande força econômica da época. O setor produtivo respondeu construindo e inaugurando, em 1978, o maior prédio da cidade – o Palácio do Comércio – e que se transformou num dos principais símbolos de Apucarana”, afirmou Junior da Femac.

Recentemente – continua Junior da Femac – Apucarana, o Brasil e o mundo viveram o desafio da pandemia, que afetou diretamente o sistema de saúde e também trouxe grandes reflexos para a economia. “E como Apucarana está respondendo?”, questionou, para responder na sequência: “Construindo a maior torre comercial da história de Apucarana e do Vale do Ivaí, numa demonstração de que a cidade é capaz de se levantar, organizar e avançar”, pontua Junior da Femac.

Wanderlei Faganello lembrou do papel exercido pelos ex-presidentes da Acia, desde a aquisição do terreno, em 1987, onde o centro empresarial será edificado e todos os passos subseqüentes que culminaram no projeto atual. “Os ex-presidentes pensaram no futuro da associação e também da cidade. O Palácio do Comércio foi um ícone imponente de Apucarana e agora o centro empresarial será, além de um presente para a cidade, um legado para os próximos anos. Será um prédio moderno, com tecnologia, segurança e sustentabilidade”, ressalta Faganello.


Jayme Leonel afirma que o lançamento da pedra fundamental marca o início das obras e representa a concretização do sonho dos empresários. “Isso só é possível graças às pessoas que acreditaram no projeto da Acia e adquiriram as salas comerciais. Além disso, todo o projeto foi concretizado com DNA de Apucarana e será executado por profissionais e empresas apucaranenses”, reitera Leonel, acrescentando que a obra de construção deverá gerar cerca de 80 empregos.

O Centro Empresarial terá 30.196,08 metros quadrados de área construída, incluindo subsolo, térreo, três pavimentos para estacionamento e uma torre de mais 23 andares onde estarão distribuídas 174 salas comerciais. De acordo com o projeto, o térreo será destinado para a Acia. Nesse pavimento, a associação instalará sua nova sede, deixando o 15º andar do Palácio do Comércio.

APUCARANA: Definido o esquema de segurança da 60ª edição da Prova 28 de Janeiro

 

Visando a disputa da 60ª Prova Pedestre 28 de Janeiro, que será realizada no próximo sábado (28/01), em Apucarana, o secretário municipal de Esportes, professor José Marcelino da Silva, o Grillo, se reuniu nessa terça-feira (24/01) para uma reunião com os representantes do Idepplan, Polícia Militar, Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros, 30º Batalhão de Infantaria Mecanizado (BIMec) e do Samu, para tratar de assuntos relacionados a segurança da corrida, que faz parte das comemorações dos 79 anos do município. O encontro aconteceu no Salão Nobre do Centro da Juventude Alex Mazaron, no Jardim Diamantina.

“A reunião foi realizada para tratar e discutir questões importantes da competição, relacionadas principalmente ao trânsito e a segurança e, de como será a atuação de todos durante a realização da prova no dia 28. Nossa prioridade é dar total segurança aos atletas e as pessoas que acompanharão a corrida pelas ruas da cidade, com o evento contando com o apoio do prefeito Junior da Femac”, disse o professor Grillo.

Estiveram presentes no encontro o diretor-presidente do Idepplan, Carlos Mendes; o coordenador de enfermagem do Samu, Miquéias Romagnolo; o sargento Demaman, do 30º BIMec; o sargento Marlon e o soldado Padilha, da Polícia Militar; o capitão Junior, do Corpo de Bombeiros; o comandante Andrade e o diretor Farias, da Guarda Municipal; os agentes de trânsito Pereira e Kozan e parte da equipe da Secretaria Municipal de Esportes.

MUDANÇAS NO PERCURSO – A 60ª Prova 28 de Janeiro passou por três mudanças no percurso em relação às competições dos anos anteriores. A informação foi dada nessa terça-feira (24/01) pelo professor Grillo. “No último final de semana o percurso da prova foi aferido novamente e certificado pela Confederação Brasileira de Atletismo com as três alterações. As modificações foram necessárias para que a prova pudesse ser homologada pela confederação”, destaca Grillo.

De acordo com ele, uma das mudanças da corrida é que a largada nesse ano será em frente à agência do Banco Bradesco. “Como o palco principal da festa da cidade será armado junto ao prédio das Casas Pernambucanas e da agência do Banco Itaú, foi necessário alterar o ponto de largada da competição”, frisa Grillo.

“Em outra alteração do percurso os atletas não passarão mais na frente da Prefeitura e também não subirão pela rua Lapa. Na descida da Avenida Curitiba na Barra Funda os competidores viram a esquerda na rua São Jerônimo e depois sobem na rua Corifeu de Azevedo Marques, seguindo para a rua Guarapuava e na sequência atingindo a “Ponta Grossa”. Já a outra modificação do percurso está na região do Colégio São José com os atletas tendo que fazer o trajeto contornando parte da rotatória da Praça Duque de Caxias e pegando em seguida a rua Arthur Bernardes.

Lula: objetivo da moeda comum é reduzir a dependência em relação ao dólar

 "Se dependesse de mim a gente teria comércio exterior sempre na moeda dos nossos países para que não precise depender do dólar", disse o presidente

Lula e Alberto Fernández na vérpera da cúpula da Celac (Foto: Ricardo Stuckert)


BUENOS AIRES (Reuters) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta segunda-feira, em entrevista conjunta com o presidente argentino, Alberto Fernández, que os governos do Brasil e da Argentina terão um grupo de trabalho para analisar a criação de uma moeda comercial comum --ou unidade de conta comum-- a ser usada nas transações entre os dois países para reduzir a dependência do dólar.

"Que nossos ministros da Fazenda, cada um com sua equipe econômica, possam nos fazer uma proposta de comércio exterior e de transações entre os dois países que seja feita em uma moeda comum a ser construída com muito debate e muitas reuniões. Isso é o que vai acontecer", disse Lula a jornalistas após encontro com Fernández em Buenos Aires.

"Se dependesse de mim a gente teria comércio exterior sempre na moeda dos nossos países para que não precise depender do dólar", acrescentou.

As declarações de Lula acontecem num momento em que o Brasil busca caminhos para reativar o comércio bilateral com a Argentina, cuja economia está enfrentando uma série de desafios, incluindo a falta de dólares, com o governo lutando para reabastecer as reservas em moeda estrangeira enquanto também enfrenta uma taxa de inflação de quase 100% no ano passado.

A proposta de "moeda comercial" comum --sem relação com uma espécie de "euro" latino-americano--, deve, como disse o presidente brasileiro, consumir "muitos debates", mas do encontro saiu um memorando de entendimento de cooperação econômica que dá as bases tanto para o estudo em questão como para medidas mais imediatas.

Como antecipou a Reuters, as equipes econômicas trabalham num desenho de um mecanismo que aumente o financiamento de exportações brasileiras ao país vizinho apoiado por garantias internacionais dadas pela Argentina.

No texto do memorando desta segunda, aparece que os dois países "comprometem-se a implementar linhas de financiamento de importações operadas por entidades bancárias e garantidas pelos governos de ambos os países, com prazos, volumes e contragarantias, acordados caso a caso, com critérios de risco".

A intenção do governo Lula é permitir que bancos brasileiros façam empréstimos para importadores argentinos poderem comprar bens de empresas brasileiras. O Fundo Garantidor de Exportações, ligado ao Ministério da Fazenda, dá segurança aos bancos, ao mesmo tempo que o governo argentino dá ao Brasil garantias com liquidez internacional, em jurisdições como Nova York ou Londres, que resguardem o Tesouro Nacional.

O modelo, além de permitir que a Argentina consiga aumentar a importação de produtos brasileiros, é, ao mesmo tempo, um embrião da proposta do governo brasileiro para criar uma unidade comum de troca para a América do Sul.

Após a fala de Lula, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, disse em Brasília que a proposta de eventual criação de moeda comum não visa substituir as moedas nacionais.

Em entrevista à GloboNews, Galípolo afirmou que a atuação da política monetária dos Estados Unidos pode impor constrangimentos ao comércio entre os países, ao citar dificuldades da Argentina em converter sua moeda para realizar transações externas.

"A gente está tomando todos os cuidados para que esses créditos sejam sempre condicionados a colaterais e garantias, inclusive garantias reais", disse, ressaltando que a China tem ocupado o espaço perdido pelo Brasil no comércio com a Argentina ao usar mecanismos similares.

Um segundo passo seria a discussão sobre os meios de troca, disse o secretário, ressaltando que "parece fazer pouco sentido" ter o comércio da região constrangido em função da política monetária norte-americana.

A proposta deve começar a ser desenhada, como disse Lula, a partir de um grupo de trabalho, também previsto no memorando, entre os governos de Brasil e Argentina.

"Se dependesse de mim a gente teria comércio exterior sempre nas moedas dos outros países para que a gente não precise ficar dependendo do dólar. Por que não tentar criar uma moeda comum entre os dois países, com países do BRICS?", defendeu Lula.

"Eu acho que com o tempo isso vai acontecer e eu acho que é necessário que aconteça, porque muitas vezes há países que tem dificuldade de adquirir o dólar e você pode fazer acordos, estabelecer um tipo de moeda para o comércio, que os bancos centrais façam um acerto de contas para que os dois países possam continuar fazendo negócio."

O tema criou turbulência nos últimos dias depois que em um artigo assinado por Lula e pelo presidente argentino falava em discussões sobre uma moeda comum para transações comerciais e financeiras, o que foi mal interpretado como ideia para criar uma moeda corrente única.

O tema foi alimentado pelo governo argentino, que tem interesse direto no assunto --em especial em um ano eleitoral, que promete ser difícil para Alberto Fernández--, mas fontes do governo brasileiro correram para esfriar o tema e esclarecer que não existe a ideia de uma moeda corrente única para a região.

BNDES

Em sua fala ao lado de Fernández, Lula fez questão de afirmar que fará o possível para ajudar a Argentina e outros países da região, dentro das possibilidades brasileiras. Uma das medidas citadas pelo presidente responde a um pedido direto do presidente argentino, o financiamento do gasoduto que sai do campo de Vaca Muerta até Buenos Aires e, depois, até a fronteira com o Brasil.

"Eu tenho certeza que os empresários brasileiros têm interesse no gasoduto, nos fertilizantes que a Argentina tem, no conhecimento científico e tecnológico da Argentina. E se há interesse dos empresários e do governo e nós temos um Banco de Desenvolvimento para isso, nós vamos criar as condições para fazer o financiamento que a gente puder fazer para ajudar no gasoduto argentino", disse Lula.

Apesar da promessa, o presidente brasileiro deixa nas entrelinhas que o modelo de financiamento não está exatamente definido. Uma fonte ouvida pela Reuters revelou que o Brasil não deve voltar ao modelo anterior de financiar diretamente obras de infraestrutura em outros países, mas financiar a compra de bens de empresas brasileiras a serem usados nas obras.

O acesso ao gás argentino, no entanto, é de interesse direto do Brasil, que hoje depende em grande parte do gás boliviano. O campo de Vaca Muerta está entre os maiores campos gasíferos do mundo, e poderia aliviar a dependência brasileira.

América Latina realiza hoje na Argentina cúpula da Celac com mensagem de integração e paz

 Encontro será marcado pelo retorno do Brasil à Celac, depois de ser excluído pelo governo de extrema direita de Bolsonaro

Celac 2023 (Foto: Prensa Latina)

247 - A 7ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) reunirá hoje na Argentina delegações de 33 países com a premissa de fortalecer a integração e garantir a paz.

O encontro, que acontecerá no Hotel Sheraton da capital, será presidido pelo presidente argentino, Alberto Fernández, e será marcado pelo retorno do Brasil a esse mecanismo, três anos depois de ter sido afastado dele pelo ex-presidente de extrema direita Jair Bolsonaro.

Em comunicado, a Presidência argentina indicou que o evento terá como foco promover um trabalho coordenado para enfrentar os desafios existentes e contribuir para que a voz dos países membros seja ouvida no cenário global, informa a Prensa Latina.

O texto oferece um resumo das ações realizadas pela Argentina à frente da Celac desde janeiro de 2022 e lembra que elas foram guiadas pelos princípios de unidade na diversidade, respeito à democracia e preservação da área como zona de paz.

Além disso, indica que o Governo de Fernández trabalhou com base em 15 objetivos vinculados à estratégia de saúde, recuperação econômica e produtiva, gestão de riscos em situações de desastre e segurança alimentar.

Também abordou a revalorização da ciência, tecnologia e inovação como ferramentas a serviço do desenvolvimento e da inclusão, da igualdade de gênero e da importância da educação e da cultura, com o objetivo de reduzir as lacunas e proteger o meio ambiente.

Em declarações recentes, o coordenador nacional da Celac, Gustavo Martínez, afirmou que a cúpula vai analisar as preocupações dos povos e também a necessidade de aprofundar o diálogo com a União Europeia e a União Africana, a Associação das Nações do Sudeste Asiático, a China e aÍndia.

Queremos mostrar uma Celac muito unida internamente e muito aberta para o resto do mundo, afirmou.

Segundo a porta-voz da Casa Rosada, Gabriela Cerruti, o evento desperta muito interesse e acontecerá em um contexto marcado pelas consequências das políticas de extrema direita aplicadas em alguns países, a recente intentona de golpe de Estado no Brasil, a situação no Peru e ações da oposição para desestabilizar o governo de Luis Arce na Bolívia.

Em outubro passado, Buenos Aires sediou a XXIII Reunião de Ministros das Relações Exteriores da Celac, que concluiu com um apelo à unidade, à paz, à segurança dos povos, à eliminação da pobreza e das desigualdades e ao fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos Estados Unidos para Cuba.

Além disso, os chanceleres exigiram a exclusão da ilha de uma lista de supostos patrocinadores do terrorismo elaborada por Washington e expressaram seu apoio aos legítimos direitos da Argentina à soberania sobre as Malvinas, Geórgia do Sul, Ilhas Sandwich do Sul e espaços marítimos circundantes.

Saiba como foi o depoimento do terrorista que destruiu o relógio raro do Planalto

 

Bolsonarista Antônio Cláudio Alves Ferreira destruindo relógio Balthazar Martinot. Foto: Reprodução

O mecânico Antônio Cláudio Alves Ferreira, que invadiu o Palácio do Planalto e destruiu o relógio Balthazar Martinot durante os ataques terroristas em Brasília, ficou em silêncio ao ser interrogado pela Polícia Federal na noite desta segunda-feira (23).

O apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso pela PF em Uberlândia, em Minas Gerais, e levado para a delegacia da corporação. No momento, o terrorista ficará no presídio da cidade.

Ele residia em Catalão, cidade do interior de Goiás, antes de cometer o crime no Planalto. O golpista já havia sido preso duas vezes anteriormente, segundo a Polícia Civil.

Haddad diz que reindustrialização do Brasil passa pelo financiamento aos vizinhos

 "Nossas exportações de manufaturados são para América do Sul. Se a gente perder esse espaço aumenta a desindustrialização na região", afirmou

Fernando Haddad (à esq.) e o ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa (Foto: Ricardo Stuckert)

BUENOS AIRES (Reuters) - A proposta de uma moeda comum para transações comerciais com a Argentina, em processo que terá como um primeiro passo a implantação de um mecanismo de financiamento às exportações do país vizinho, visa enfrentar um problema de falta de divisas da economia argentina e permitir que o Brasil recupere terreno na relação comercial com um importante consumidor de produtos industrializados do país, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta segunda-feira.

"Quem está oferecendo financiamento de médio e longo prazo está levando um comércio que seria natural entre Brasil e Argentina", disse Haddad a jornalistas em Buenos Aires, citando a China como principal competidor, não na qualidade dos produtos, mas no prazo de financiamento.

"Nossas exportações de manufaturados são para América do Sul. Se a gente perder esse espaço aumenta a desindustrialização na região", complementou.

A Argentina é o terceiro principal destino das exportações do Brasil e a terceira principal origem das importações brasileiras. Em 2022, do total de 15,4 bilhões de dólares exportados pelo Brasil à Argentina, 91% foram em produtos industrializados.

Depois de afirmar em discurso que parte dessa nova engenharia envolverá o financiamento de exportações pelo Banco do Brasil por meio de cartas de crédito --o que derrubou as ações do banco--, Haddad negou que haverá risco para o banco estatal ou qualquer outra instituição financeira.

"O Banco do Brasil não vai tomar risco nenhum com essa operação de crédito de exportação. Nós vamos ter um fundo garantidor, que é um fundo soberano, que vai garantir as cartas de crédito emitidas pelo BB para os exportadores brasileiros”, repetindo que está sendo negociado um sistema de garantias com a Argentina.

O risco para o banco, diz Haddad, é apenas o de conversão entre o peso e o real. Hoje, com 30 dias, a perda do banco é pequena. Com o aumento do prazo, pode passar a ser maior, mas aí, explica, entra o fundo garantidor de exportações.

Ao mesmo tempo, o governo brasileiro negocia que, a cada operação, o governo argentino irá oferecer colaterais com liquidez internacional --que podem ser títulos da dívida de países estáveis ou contratos futuros de venda de commodities, por exemplo. No caso de a empresa argentina não honrar seu compromisso com o banco brasileiro e o fundo garantidor tiver que ser acionado, o governo brasileiro teria como recuperar os recursos.

MOEDA ÚNICA

Haddad e sua contraparte argentina, o ministro Sergio Massa, repetiram várias vezes que a proposta não envolve uma moeda única, como chegou a ser defendido pelo ex-ministro da Economia do governo Jair Bolsonaro, Paulo Guedes.

"Meu antecessor defendia uma moeda única, não é disso que estamos falando, não se trata da ideia de Paulo Guedes, se trata de avançarmos nos instrumentos previstos e que não funcionaram a contento", disse.

O ministro citou como exemplos que não funcionaram bem a possibilidade de pagamento em moeda local pelos dois países e o CCR (Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos), mecanismo de compensação entre bancos centrais.

Ele afirmou que a iniciativa vai além de uma engenharia para pagamento em moedas locais, mas não tem como objetivo chegar a ser algo parecido com um euro --a moeda única da União Europeia.

Em agosto de 2021, Guedes afirmou que uma moeda única para o Mercosul possibilitaria uma integração maior e uma área de livre comércio, e criaria uma divisa que poderia ser uma das "cinco ou seis moedas relevantes no mundo".

Nesta segunda, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, também explicou que a ideia de criar uma moeda comum para transações entre Brasil e

Argentina nada tem a ver com uma substituição das moedas nacionais.

"É uma proposta de câmara de compensação para que a gente possa viabilizar comércio na região de forma que ele não fique dependente e condicionado à oferta de dólares, que esta condicionada à política monetária norte-americana", disse à Reuters.

Haddad também disse que a integração de países da América Latina deveria ser “um pouco mais radical”, mencionando que o “Mercosul foi uma grande iniciativa, mas penso que chegou o momento de ser mais ambicioso”.


Lula manda recado ao eleitor argentino: 'extrema-direita não deu certo em nenhum país'

 Presidente disse torcer para que a Argentina não caia nas mãos da direita radical

(Foto: Ricardo Stuckert)


BUENOS AIRES (Reuters) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira que espera que a extrema-direita não vença a eleição presidencial na Argentina, ao ser questionado sobre sua visão política do país vizinho, que realizará o pleito este ano.

Dizendo que não gosta de dar palpite sobre a situação política dos outros países, Lula disse inicialmente que ficou muito contente quando ocorreu a eleição do atual presidente, o peronista Alberto Fernández.

"A única coisa que espero é que a Argentina não permita que a extrema-direita ganhe as eleições aqui", disse Lula na sequência, durante entrevista coletiva em conjunto com Fernández, em Buenos Aires, onde se encontra em visita oficial.

"A extrema-direita não deu certo em nenhum país que governou", acrescentou. "Eu espero que o povo argentino, na sua inteligência, não permita que aconteça um desastre político e eleitoral aqui na Argentina."

Na última eleição presidencial argentina, o então presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, apoiou abertamente o então presidente Mauricio Macri, que tentava a reeleição, e criticou seguidamente a chapa encabeçada por Fernández, que tem a ex-presidente Cristina Kirchner como vice, dizendo que a vitória da esquerda levaria a Argentina para a mesma situação da Venezuela, que vive uma crise política e econômica há anos.