terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Moraes derruba conta do Tik Tok de servidor do Tesouro Nacional suspeito de incentivar atos terroristas

 O ministro do STF determinou o bloqueio do perfil "patriota.guilherme"

Alexandre de Moraes (à esq.) e Henrique Guilherme do Amaral Santos (Foto: ABR | Reprodução)

247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou no domingo (8) a remoção de 17 contas suspeitas de promover os atos terroristas naquele dia, em Brasília (DF). Entre eles está o perfil no Tik Tok "patriota.guilherme", que pertence a um funcionário público vinculado ao Tesouro Nacional.

De acordo com informações publicadas nesta terça-feira (17) pelo jornal O Globo,  apresentados à Corte pela plataforma, o responsável pela conta é Henrique Guilherme do Amaral Santos, que tem salário de R$ 29,4 mil como auditor do Tesouro.

Nas redes sociais, o servidor estimulou um golpe por Bolsonaro e publicava fotos tiradas no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.

Dispensado por Lula, primo de torturador ganhou R$ 134 mil extras em cargo no GSI

 Com o cargo oferecido por Jair Bolsonaro, Marcelo Ustra da Silva Soares engordou seus ganhos financeiros de forma inédita em sua trajetória no serviço público

Marcelo Ustra da Silva Soares (à esq.) e o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra (Foto: Reprodução/Facebook | ABR)

Paulo Motoryn, Brasil de Fato | Brasília (DF) - O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dispensou, nesta terça-feira (17), o primo do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, torturador da Ditadura Militar (1964-1985) de um cargo no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que ele ocupava desde julho de 2020, nomeado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A dispensa ocorre menos de um dia depois de reportagem do Brasil de Fato revelar, em primeira mão, que o tenente-coronel Marcelo Ustra da Silva Soares viajou com a comitiva de Bolsonaro a Orlando, nos Estados Unidos. A informação foi repercutida pelos principais veículos de comunicação do país.

Marcelo Ustra da Silva Soares é bisneto de Celanira Martins Ustra, avó de Brilhante Ustra. Com o cargo oferecido por Bolsonaro, o primo – e admirador – do torturador engordou seus ganhos financeiros de forma inédita em sua trajetória no serviço público, iniciada no Exército em fevereiro de 1997.

Ganhos no cargo superam R$ 134 mil

O posto de confiança com o ex-presidente rendeu, ao todo, mais de R$ 134 mil a Marcelo Ustra da Silva Soares. O acréscimo no salário, durante os 30 meses em que esteve no GSI, foi de R$ 1.432,40 (no total, R$ 42.972,00). Com diárias nas viagens presidenciais, o tenente-coronel também multiplicou os ganhos (no total, cerca de R$ 91 mil).

Em 2022, em 26 viagens, ganhou R$ 35.206,00. No ano anterior, foram 15 viagens, somando R$ 25,769,84. Em 2020, ano que chegou ao GSI, ganhou R$ 30.894,74 em viagens a serviço. Em 2019, antes de chegar a Brasília, o ganho com diárias foi de apenas R$ 2.610,20.

Viagem a Orlando

Marcelo Ustra da Silva Soares, primo do torturador, foi um dos 24 servidores do Poder Executivo Federal que embarcaram na viagem do ex-presidente entre 28 e 30 de dezembro de 2022, de acordo com informações localizadas pelo Brasil de Fato no Portal da Transparência.

Na viagem aos EUA, Marcelo Ustra da Silva Soares foi escalado para embarcar em 28 de dezembro, para trabalhar nos preparativos para a chegada da família presidencial. De acordo com os registros oficiais, o retorno ao Brasil ocorreu em 1º de janeiro de 2023.

Em julho de 2021, quando a contratação de Marcelo Ustra da Silva Soares pelo Planalto foi noticiada em veículos de comunicação, o militar negou que o emprego em cargo de confiança no governo federal tivesse relação com a família.

"A nomeação não tem absolutamente nada a ver com indicação, com família. É uma nomeação de um plano normal de seleção dentro do Exército", afirmou Marcelo à coluna do repórter Guilherme Amado, do site Metrópoles, no ano retrasado.

Meses depois, em dezembro de 2021, Marcelo Ustra da Silva Soares foi promovido ao posto de coronel do Exército "por merecimento". Ele era major da Cavalaria e, antes de chegar à Presidência, servia no Rio Grande do Sul.

Em sua conta no Facebook, em novembro de 2022, o assessor do GSI de Bolsonaro publicou um vídeo do depoimento de Coronel Ustra na Comissão da Verdade que exibia o seguinte comentário: "Alguém pelo amor de Deus ressucitem (sic) este homem urgente!!!".

Outro lado

Como o agora ex-presidente Jar Bolsonaro não tem assessoria de imprensa constituída, não foi possível entrar em contato com sua equipe para buscar um posicionamento para a elaboração desta reportagem. O espaço, porém, segue aberto para manifestações, e o texto poderá ser atualizado.

O Brasil de Fato tentou estabelecer contato com coronel Marcelo Ustra da Silva Soares por meio de sua conta no Facebook. Até o momento, não houve resposta. O espaço segue aberto para manifestações.

União Brasil pretende afirmar independência e se afastar do governo no Congresso; Bivar e Alcolumbre tentam impedir

 Manifesto deve ser lançado na próxima semana e envolve articulação do vice-presidente da sigla, Antonio Rueda, e do secretário-geral, ACM Neto, ex-prefeito bolsonarista de Salvador

Luciano Bivar e Gleisi Hoffmann (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | Marina Ramos/Câmara dos Deputados)

247 - Mesmo tendo sido contemplado com três ministérios, o União Brasil prepara um manifesto, que deve ser lançado na próxima semana, em que reforçará sua independência em relação ao governo Lula (PT) no Congresso, informa a Coluna do Estadão.

A articulação do documento nos bastidores é feita pelo vice-presidente da legenda, Antonio Rueda, e pelo secretário-geral, ACM Neto, ex-prefeito bolsonarista de Salvador. O União também negocia escantear o PT e formar um bloco majoritário na Câmara com o PL.

A negociação com o partido de Jair Bolsonaro envolve, ao União Brasil, manter-se na Primeira Secretaria da Câmara, assumir a relatoria do Orçamento e revezar o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) pelos próximos dois anos. O PT também busca chefiar a CCJ.

O presidente da sigla, Luciano Bivar, contudo, atua para conter o movimento. Ele conta com apoio do senador Davi Alcolumbre (AP) na empreitada. A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, cobra que o União componha o bloco do PT e entende que o partido pertence à base aliada.

Rosa Weber suspende indulto de Bolsonaro a PMs envolvidos no massacre do Carandiru

 No final de dezembro, Bolsonaro editou decreto que concedeu perdão a agentes de segurança condenados por crimes cometidos há mais de 30 anos

Luís Roberto Barroso (Foto: Reuters)

Por José Higídio, Conjur - A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal, suspendeu, em liminar, nesta segunda-feira (16/1), trechos do indulto de Natal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que perdoavam agentes de segurança pública condenados — incluindo os policiais envolvidos no massacre do Carandiru.

A decisão da presidente da corte tem validade até que o ministro Luiz Fux, relator do caso, analise o tema após a abertura do ano judiciáro. O Plenário também precisará legitimar quaisquer outras decisões.

No final do último mês de dezembro, Bolsonaro editou um decreto que concedeu perdão a agentes de segurança condenados, ainda que de forma provisória, por crimes cometidos há mais de 30 anos e que ainda não eram considerados hediondos. A medida foi criticada por especialistas consultados pela ConJur.  

Dentre os favorecidos pelo decreto estão os responsáveis pelo massacre ocorrido em 1992 na antiga Casa de Detenção de São Paulo, conhecida como Carandiru. Na ocasião, detentos do Pavilhão 9 iniciaram uma rebelião, que foi contida de forma violenta por tropas da Polícia Militar. 111 presos foram assassinados.

À época, o homicídio qualificado não era considerado crime hediondo. Isso mudou apenas em 1994, após forte mobilização popular pelo assassinato da atriz Daniella Perez.

Em ação direta de inconstitucionalidade, o procurador-geral da República, Augusto Aras, argumentou que o indulto não poderia ser concedido a crimes atualmente considerados hediondos, mesmo se ainda não eram assim definidos na data do cometimento.

Decisão

Rosa observou que o STF possui precedentes diversos: alguns alinhados à tese do PGR, outros em sentido diverso — ou seja, que adotam a irretroatividade da lei penal.

Assim, para "evitar a consumação imediata de efeitos concretos irreversíveis" antes da análise definitiva da ADI e conferir "necessária segurança jurídica a todos os envolvidos", a ministra considerou prudente suspender os trechos questionados por Aras.

A presidente do Supremo também lembrou que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) já recomendou que o Brasil fizesse uma investigação completa, imparcial e efetiva sobre o massacre do Carandiru.

Isso porque o país teria violado direitos humanos e se omitido de punir os responsáveis. Para Rosa, o indulto de Natal "pode, em princípio, configurar transgressão às recomendações da comissão".

APUCARANA: Programação de aniversário terá passeios turísticos gratuitos

 

As comemorações dos 79 anos de Apucarana contarão com passeios por pontos turísticos. O “city tour”, organizado pela Secretaria da Promoção Artística, Cultural e Turística (Promatur), acontecerá diariamente no período de 23 a 26 de janeiro.  A saída será às 13h30 em frente da Catedral Nossa Senhora de Lourdes, com retorno previsto para as 17 horas.

O prefeito Junior da Femac reitera que os passeios são gratuitos e integram a programação de aniversário, que contará ainda com shows nacionais, a tradicional Prova Pedestre 28 de Janeiro, inauguração de obras públicas e a realização de 79 missas e cultos.

“O objetivo dos passeios é presentear as famílias de Apucarana e também as pessoas de fora que estarão visitando a cidade neste período. Será uma oportunidade para visitarem os atrativos turísticos, conhecendo um pouco mais das belezas, história e aspectos culturais da nossa cidade”, frisa Junior da Femac.

De acordo com Maria Agar, secretária da Promatur, o roteiro prevê a visitação a locais como os parques Jaboti, Santo Expedito e São Francisco de Assis, Espaço das Feiras, Bosque Municipal, Estrada Bela, Fazenda Ubatuba e Museu do Café.

De acordo com Mario Felippe, superintendente municipal de turismo, serão disponibilizados dois ônibus com 30 lugares. “Haverá um guia para contar fatos, curiosidades e informações gerais sobre os pontos visitados”, afirma Mario Felippe.

As pessoas interessadas em fazer o “city tour” devem fazer o agendamento com antecedência na Promatur ou pelos telefones (43) 3423-2944 ou (43) 99986-4185.

APUCARANA: Prefeito emite nota de pesar pelo falecimento de Dona Quitéria Silva

 

O prefeito Junior da Femac emitiu na noite desta segunda feira (16) nota de pesar pelo falecimento da Senhora Quitéria Arlindo da Silva, aos 73 anos de idade. A idosa era mãe do secretário municipal de esportes, José Marcelino da Silva, e estava internada na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital da Providência.

“Em nome dos apucaranenses, manifesto condolências à família e amigos pela perda da Dona Quitéria, pessoa muito querida e respeitada em Apucarana”, disse Junior da Femac.

Ele lembrou que Dona Quitéria veio com a família para Apucarana no início da década de 70. “Ela foi uma autêntica guerreira, pois ficou viúva muito jovem e acabou sendo mãe e pai ao mesmo tempo, criando três filhos: José Marcelino, Cláudio e Aparecida”, citou o prefeito.

O velório da Sra. Quitéria Arlinda da Silva acontece a partir das 5 horas da amanhã desta terça feira, na Capela Mortuária Central. O sepultamento está previsto para as 17 horas, no Cemitério Cristo Rei.

Ipec: 64% dos brasileiros consideram que Lula está no caminho certo

 De acordo com a pesquisa, a maioria da população acha que o governo atual vai ser melhor do que de Jair Bolsonaro

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - A pesquisa Ipec mostrou que, de acordo com 64% dos entrevistados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está fazendo uma gestão com medidas corretas. Para 26%, o governo está no caminho errado, e 9% não souberam ou não responderam. Segundo a pesquisa, 54% disseram confiar no petista, 41% que não confiam e 4% que não souberam opinar. 

Os números mostraram que 21% acreditam em um ótimo governo de Lula; 34% preveem uma boa administração; e 18%, regular. Os mais negativos somaram 15%.

Na entrevista, 55% afirmaram que o governo Lula será melhor do que o de Jair Bolsonaro (PL). Outros 14% pensam que será igual, um quarto (25%) imaginam uma gestão pior e 6% não souberam responder.

A pesquisa foi realizada entre os dias 06 e 10 de janeiro, com 2 mil pessoas em 128 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos dentro de um intervalo de confiança de 95%. 

Zema provoca revolta entre agentes públicos após culpar o governo Lula pelo terrorismo bolsonarista

 Governador de Minas Gerais fez uma das declarações mais vis e levianas da história do Brasil

Jair Bolsonaro, Romeu Zema e terroristas bolsonaristas (Foto: Reuters | Agência Brasil)

247 – O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, do Partido Novo, provocou revolta entre agentes públicos após fazer uma das declarações mais vis e levianas da história do Brasil, em que culpou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo terrorismo comandado por Jair Bolsonaro e suas hordas fascistas. Confira algumas reações:


 

 

 

 


Lula terá reuniões bilaterais com presidentes da Argentina, Cuba e Venezuela em Buenos Aires

 Primeira viagem de Lula será à Argentina, onde participará da reunião de cúpula da Celac

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

247 - O presidente Lula planeja realizar reuniões bilaterais na Argentina com o presidente Alberto Fernández e ao menos dois chefes de Estado de outros países durante a cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), informa o jornalista Igor Gadelha no Metrópoles.

O evento acontecerá no dia 24 de janeiro, em Buenos Aires, na Argentina.

Antes disso, no dia 23 de janeiro, o petista deve ter um encontro oficial com o presidente da Argentina, Alberto Fernandez.

Diplomatas brasileiros ainda estudam o teor dos encontros com os presidentes cubano e venezuelano: se serão apenas para aproximação política ou se haverá acertos para cooperação comercial. 

Lewandowski nega liberdade a presos após atos de 8 de janeiro

 Ministro rejeitou a libertação por questões processuais

O ministro Ricardo Lewandowski (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

Agência Brasil - O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta segunda-feira (16) dois pedidos de liberdade a presos após os atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

O ministro rejeitou a libertação por questões processuais. Citando jurisprudência da Corte, Lewandowski entendeu que não pode julgar, por meio de habeas corpus, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que determinou a prisão de todas pessoas que estavam no acompanhamento instalado no quartel do Exército em Brasília no dia dos ataques.

Os pedidos de liberdade foram protocolados pela defesa do empresário Eduardo Zeferino Englert, de Santa Maria (RS). Os advogados alegaram que ele não tem relação com o financiamento dos atos, pagou sua passagem de ônibus com os próprios recursos para participar pacificamente da manifestação e chegou em Brasília após os atos de vandalismo.

A advogada de Francisca Elisete Cavalcante Farias disse que ela estava no acampamento em frente ao quartel, ma somente participou de atividades religiosas e não esteve na Esplanada dos Ministérios.

Mais cedo, a corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) informou que deve concluir hoje as audiências de custódia dos mais de mil presos acusados de participação nos atos.

Conforme o último levantamento divulgado pelo conselho, 1.418 pessoas foram presas. Elas foram encaminhadas para o presídio da Papuda e à penitenciária feminina da Colmeia, ambos no Distrito Federal.

Camilo Santana anuncia reajuste de quase 15% no piso salarial dos professores

 De acordo com o MEC, a portaria que estabelece o novo piso será publicada nesta semana no "Diário Oficial da União"

Camilo Santana (Foto: © Luis Fortes/MEC)

247 - O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou nesta segunda-feira (16) um aumento de quase 15% no piso salarial dos professores, que passará de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55.

De acordo com o MEC, a portaria que estabelece o novo piso será publicada nesta semana no "Diário Oficial da União".

"A valorização dos nossos profissionais da educação é fator determinante para o crescimento do nosso país", disse o ministro.

A lei do piso dos professores, aprovada em 2008, no governo Lula, estabelece que o reajuste deve ser feito anualmente, no mês de janeiro.

O piso salarial é definido pelo governo federal, mas os salários da educação básica são pagos pelas prefeituras e pelos governos estaduais.


Gilmar Mendes manda soltar 85 presas para dar espaço a golpistas no sistema penitenciário do Distrito Federal

 Mulheres presas e que deixarão a cadeia estão cumprindo pena em regime semiaberto

Gilmar Mendes (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes mandou soltar nesta segunda-feira (16) 85 presas que cumprem pena em regime semiaberto no Distrito Federal. O objetivo é liberar espaço para as mulheres detidas após os atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília (DF), quando apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadiram o Congresso, o STF e o Palácio do Planalto, onde fica o gabinete presidencial.

"As 85 (oitenta e cinto) apenadas indicadas já dispõem do direito de deixar o estabelecimento durante o dia e retornar para pernoitar", escreveu Gilmar na decisão.

PGR denuncia 39 bolsonaristas e pede bloqueio de R$ 40 milhões, mas não inclui terrorismo entre crimes cometidos no 8/1

 Os alvos são os "executores" dos ataques às sedes dos três poderes, em Brasília

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

247 - A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou nesta segunda-feira (16) ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para bloquear R$ 40 milhões em bens de terroristas bolsonaristas que participaram da depredação das sedes dos três poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.  

O pedido consta da denúncia, feita ao Supremo, contra 39 bolsonaristas "executores" dos ataques. Eles deverão responder pelos crimes de associação criminosa armada; abolição violenta do estado democrático de direito; golpe de estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União; e deterioração de patrimônio tombado. A denúncia pede ainda a decretação de prisão preventiva dos acusados e a perda dos cargos ou funções públicas nos casos pertinentes.

O crime de terrorismo ficou de fora da lista. Segundo a PGR, a lei diz que os atos são terroristas quando praticados por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia ou religião, o que não teria ocorrido. 

As denúncias foram apresentadas no inquérito que tramita sob relatoria do ministro do STF Alexandre de Moraes sobre os atos golpistas.

A denúncia da PGR é assinada pelo subprocurador-geral Carlos Frederico Santos, que coordena o Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, criado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, na semana passada. 

Numa mudança de perfil de atuação desde que Jair Bolsonaro deixou o comando do país e pressionada por procuradores e parlamentares, a PGR pediu na semana passada a inclusão do ex-chefe do Executivo como investigado por ações antidemocráticas perante o STF. Moraes autorizou a apuração.

A polícia prendeu até o momento quase 1.400 pessoas pelos ataques. 

Vendedor da mansão que hoje é de Flávio Bolsonaro obteve R$ 1 mi no BNDES, contrato com o BRB e licenças para mineração

 O grupo Sarkis, de Juscelino e Simão Sarkis, fechou diversos negócios com os governos federal e do Distrito Federal durante as gestões de Jair Bolsonaro e Ibaneis Rocha

Flávio Bolsonaro | mansão de R$ 6 milhões em Brasília (Foto: Pedro França /Agência Senado | Reprodução)

247 - O grupo pertencente à família do empresário que vendeu a mansão de R$ 6 milhões ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) obteve no mesmo período da transação um empréstimo de R$ 1 milhão no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), um contrato com o Banco de Brasília e licença para mineração, informa reportagem da Agência Sportlight.

"No dia 6 de julho de 2020, a Sarkis Empreendimentos, do grupo Sarkis, obteve um empréstimo de R$ 1 milhão no BNDES. Tendo o Banco de Brasília (BRB) como instituição financeira para concessão do crédito. Alguns meses depois, Flávio Bolsonaro obteve um financiamento de R$ 3,1 milhões do mesmo BRB para comprar uma mansão no Lago Sul, Brasília. Em 2 de fevereiro, a operação foi liberada. Foi quando o filho do então presidente da República adquiriu a propriedade de Juscelino Sarkis, primogênito de Simão Sarkis, patriarca do grupo e sócio da Sarkis Empreendimentos. Valor anunciado de R$ 6 milhões. A venda da casa foi através da imobiliária RVA Construções e Incorporações, do herdeiro", diz o texto.

Sarkis fez mais negócios com o governo federal e com o governo do Distrito Federal ao longo das gestões de Jair Bolsonaro (PL) e Ibaneis Rocha (MDB), respectivamente.

Em 5 de Setembro de 2022, a Sarkis Mineração, também de Juscelino Sarkis, fechou contrato com o BRB referente a compra de brita para execução da pista do autódromo da capital federal no valor de R$ 1.102.500. Durante o governo Bolsonaro a empresa obteve 8 processos de licenças de mineração na Agência Nacional de Mineração, ligada ao Ministério de Minas e Energia.

A mansão comprada por Flávio é luxuosa: conta com academia, brinquedoteca, piso e varandas em mármore, cortina automatizada na sala, sauna integrada à piscina, área gourmet, churrasqueira e forno de pizza. "Diversas reportagens publicadas na ocasião mostraram que, de acordo com a escritura, o valor avaliado da propriedade era maior que o pago pelo senador: R$ 6,15 milhões. Foram pagos à vista R$ 2,87 milhões. Os R$ 3,1 milhões restantes foram financiados em 360 meses pelo BRB, com taxa de juros nominal de 3,65% ao ano. Um valor abaixo da inflação, que ficou em 4,52% em 2020. Outra controvérsia na ocasião se deu porque o senador tinha R$ 28.307,68 de renda e sua mulher, R$ 8.650. A prestação consumiria 49% dos ganhos do casal. O valor somado das rendas de Flávio e da mulher (R$ 36.957,68) era menor que o mínimo exigido pelo banco para a aprovação de financiamentos nessas condições. De acordo com o simulador disponível no site do BRB, seria necessária renda mensal de, pelo menos, R$ 46.401,25".

Procurados, Flávio Bolsonaro, Jair Bolsonaro, Ibaneis Rocha e o Grupo Sarkis não se manifestaram.


“Bolsonaro não tem mais foro privilegiado e será investigado. Ele é peça central nos ataques”, diz Cappelli à TV 247

 Segundo o interventor federal no DF, o ex-chefe do Executivo serve de inspiração aos terroristas

Ricardo Cappelli e Jair Bolsonaro (Foto: 247 | Reuters)

247 - O interventor federal na Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, afirmou, em entrevista à TV 247, que o ex-chefe do Executivo Jair Bolsonaro será investigado pelos atos terroristas de seus apoiadores, que invadiram e depredaram as sedes dos três poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro. 

Segundo ele, Bolsonaro serve de inspiração para os terroristas que tentaram dar um golpe de Estado e impôr um regime militar. 

"Jair Bolsonaro não tem mais foro privilegiado, então ele está fazendo parte do inquérito, foi um pedido da PGR. Será investigado e está submetido a todo procedimento que qualquer cidadão brasileiro e as investigações vão avançar. O que é mais grave, que o Brasil sabe, parte de tudo que aconteceu obviamente tem uma inspiração intelectual, no mínimo, direta em Jair Bolsonaro. Ele que passou anos atacando o Supremo Tribunal Federal, atacando as instituições democráticas. É ele que insiste em tentar deslegitimar a eleição do presidente Lula. Ele é parte central de tudo que vem acontecendo no Brasil, nos ataques à democracia, nos ataques aos jornalistas", disse Cappelli.

 

Justiça ordena que Moro e Dallagnol se manifestem sobre gastos em campanha

 Tanto Deltan quanto Moro foram acionados na Justiça pela Federação Brasil da Esperança

Sergio Moro e Deltan Dallagnol (Foto: Marcos Corrêa/PR | Pedro de Oliveira/ALEP)

247 - O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) deu cinco dias para que o ex-procurador e deputado federal eleito Deltan Dallagnol (Podemos-PR) e o ex-juiz e senador eleito Sergio Moro (União Brasil-PR) apresentem suas defesas após serem acusados de abuso de poder econômico em suas campanhas eleitorais.

Tanto Deltan quanto Moro foram acionados na Justiça pela Federação Brasil da Esperança, que reúne os diretórios estaduais de PT, PV e PCdoB, informa a jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.

Deltan Dallagnol é acusado de ter feito pagamentos ao escritório do advogado Matheus Almeida Rios Carmo, seu ex-assessor, sem que fosse apresentada a origem dos recursos. 

Já Sergio Moro, condenado como juiz suspeito e parcial pelo STF por ter cometido irregularidades na condução da Operação Lava Jato, se tornou alvo da federação por gastos realizados durante a sua pré-campanha de 2022. 

Ministro do TSE inclui minuta golpista em ação aberta contra Bolsonaro

 O corregedor Benedito Gonçalves disse que existiram argumentos "sabidamente falsos" sobre as urnas eletrônicas

Anderson Torres (à esq.) e Jair Bolsonaro (Foto: Carolina Antunes/PR)

247 - O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Benedito Gonçalves determinou a inclusão da minuta do decreto para dar um golpe de Estado em uma ação de investigação contra Jair Bolsonaro e o candidato a vice, Braga Netto. A informação foi publicada nesta segunda-feira (16) pelo portal G1. Policiais federais encontraram o documento na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. 

"Conforme se observa, a tese da parte autora, desde o início, é a de que o discurso realizado em 18/07/2022 não mirava apenas os embaixadores, pois estaria inserido na estratégia de campanha do primeiro investigado de 'mobilizar suas bases' por meio de fatos sabidamente falsos sobre o sistema de votação", disse o ministro.

"Constata-se, assim, a inequívoca correlação entre os fatos e documentos novos e a demanda estabilizada, uma vez que a iniciativa da parte autora converge com seu ônus de convencer que, na linha da narrativa apresentada na petição inicial, a reunião realizada com os embaixadores deve ser analisada como elemento da campanha eleitoral de 2022, dotado de gravidade suficiente para afetar a normalidade e a legitimidade das eleições e, assim, configurar abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação".

O ministro deu prazo de três dias para que Bolsonaro e Braga Netto se manifestem sobre o conteúdo.