segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

MP abre investigação contra Jovem Pan por incitar terrorismo

 Notícias e comentários da emissora que abalam a confiança nas instituições e estimulam violência são o alvo da investigação

(Foto: Reprodução/Instagram)


247 — O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito civil contra a Jovem Pan nesta segunda-feira, 9. Os procuradores irão apurar a conduta da emissora no sentido de disseminar “conteúdos desinformativos a respeito do funcionamento das instituições brasileiras e com potencial para incitar atos antidemocráticos”.

O empresário Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha, renunciou ao cargo de presidente do grupo Jovem Pan nesta segunda, um dia depois de a JP News ser acusada nas redes sociais de fomentar o terrorismo bolsonarista, que atacou os prédios dos três poderes, no domingo. A emissora, inclusive, foi denunciada  ao Ministério da Justiça e ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela cobertura bolsonarista dos atos de terrorismo.

Assumidamente bolsonarista, a Jovem Pan nos últimos anos vem mantendo jornalistas e comentaristas que defendem posicionamentos golpistas, que insuflam os seguidores de Jair Bolsonaro.

Leia a íntegra da nota do MPF.

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito civil para apurar a conduta da rede Jovem Pan na disseminação de conteúdos desinformativos a respeito do funcionamento das instituições brasileiras e com potencial para incitar atos antidemocráticos. O foco da investigação será a veiculação de notícias falsas e comentários abusivos pela emissora, sobretudo contra os Poderes constituídos e a organização dos processos democráticos do país.

O órgão realizou levantamento ao longo dos últimos meses e detectou que a Jovem Pan, a princípio, tem veiculado sistematicamente fake news e discursos que atentam contra a ordem institucional, em um período que coincide com a escalada de movimentos golpistas e violentos em todo o país.

Na cobertura dos atos de vandalismo ocorridos em Brasília neste domingo, por exemplo, comentaristas da Jovem Pan minimizaram o teor de ruptura institucional dos atos e tentaram justificar as motivações dos criminosos que invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes. O comentarista Alexandre Garcia, contratado da emissora, chegou a fazer uma leitura distorcida da Constituição para atribuir legitimidade às ações de destruição diante do que ele acredita ser um contexto de inação das instituições. “É o poder do povo”, disse, em alusão ao artigo 1º da Lei Maior. “Nos últimos dois meses as pessoas ficaram paradas esperando por uma tutela das Forças Armadas. A tutela não veio. Então resolveram tomar a iniciativa.”

Paulo Figueiredo foi outro a proferir ataques aos Poderes da República e validar os atos de vandalismo. Mesmo quando vândalos já haviam invadido e destruído prédios públicos, o comentarista tentou imputar aos agentes públicos que neles atuam a culpa pelo caos instalado. Ele argumentou que “as pessoas estão revoltadas com a forma como o processo eleitoral foi conduzido, elas estão revoltadas com a truculência com que certas instituições têm violado a nossa Constituição”, ecoando notícias falsas sobre supostas fraudes eleitorais e atuações enviesadas ou omissivas de tribunais superiores e do Congresso Nacional. Já Fernando Capez classificou os atos como “manifestação claramente pacífica”. “Um ou outro vândalo que se infiltra, mas 99,9% são pessoas que estão ali expondo a sua indignação, sua maneira de pensar”, declarou.

Considerações de descrédito às instituições e ao processo democrático vêm ganhando fôlego na programação da Jovem Pan desde meados de 2022, antes mesmo do início do período eleitoral. Ataques infundados ao funcionamento das urnas eletrônicas e à atuação de membros do Judiciário foram cada vez mais constantes, acompanhados depois de suspeições sobre o próprio desfecho da eleição. O comentarista Rodrigo Constantino, em 14 de novembro, atribuiu o resultado dos processos democráticos do país a “um malabarismo do Supremo”. Já sua colega Zoe Martinez defendeu, em 21 de dezembro, que as Forças Armadas destituíssem os ministros do STF.

Vários dos programas analisados também continham falas com potencial efeito de incitação a atos violentos no país. Exemplo foi registrado em 22 de dezembro, quando Paulo Figueiredo resumiu o cenário político-social a duas alternativas: a aceitação de “uma eleição sem transparência, sem transparência, sem legitimidade, sem confiança da população” e a deflagração de uma guerra civil. Diante delas, sentenciou: “Então que tenha uma guerra civil, pô!”. Dias depois, o mesmo comentarista diria que uma intervenção militar não traria consequências gravosas ao país e que, em caso de reação de grupos como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, caberia “mandar esses daqui para um lugar pior”.

“Passa cerol, pô, vocês são treinados para isso!”, concluiu, dirigindo-se a integrantes das Forças Armadas.

Ordens - O MPF enviou ofício determinando que a Jovem Pan forneça, em até 15 dias, informações detalhadas sobre sua programação e os dados pessoais dos apresentadores e comentaristas dos programas Jovem Pan News, Morning Show, Os Pingos nos Is, Alexandre Garcia e Jovem Pan – 3 em 1. O documento inclui ainda uma notificação para que a empresa se abstenha de promover quaisquer alterações nos canais que mantém no YouTube, seja a exclusão de vídeos, seja tornar sua visualização restrita, pois todo o conteúdo será objeto de investigação minuciosa.

Ao YouTube, o MPF ordenou a preservação da íntegra de todos os vídeos publicados pela Jovem Pan desde janeiro de 2022 até hoje. A plataforma deverá ainda informar em até 30 dias a relação completa dos conteúdos removidos ou cujo acesso público foi restringido pela emissora, para compreender melhor quais razões motivaram essas ações. O YouTube terá também que indicar os vídeos que foram alvo de moderação de conteúdo pela própria plataforma ao longo do ano passado, especificando os fundamentos adotados nesse controle.

Abusos - O MPF lembra que a livre expressão do pensamento não exime a Jovem Pan de respeitar outras diretrizes constitucionais e legais referentes às atividades de comunicação, sobretudo porque parte de seu conteúdo é veiculado via rádio, uma concessão pública sujeita a limites relevantes. O artigo 5º da Constituição garante o acesso de todos à informação, não como o simples direito de recebê-la, mas de obter conteúdos qualificados. Ainda na Carta de 1988, o artigo 221 determina que emissoras de rádio e TV deem preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas em sua programação, com respeito a valores éticos e sociais da pessoa e da família.

“Tendem a violar tais finalidades educativas e informativas, e em especial valores éticos da pessoa humana, conteúdos que sistematicamente veiculam desinformação sobre o funcionamento das instituições democráticas do país e, sobretudo, que incitam violência e ruptura em face dos Poderes estabelecidos”, destacou o MPF na portaria de instauração do inquérito.

O MPF ainda aponta que o Código Brasileiro de Telecomunicações (Lei 4.117/1962), ao qual a Jovem Pan está submetida enquanto concessionária do serviço de radiodifusão, é claro ao estabelecer que a liberdade de transmissão por som e imagem não exclui a punição dos que praticarem abusos no seu exercício. Segundo a norma, incorrem em tais violações aqueles que empregarem os meios de comunicação para a prática de crimes previstos na legislação em vigor. Entre os exemplos estão incitar a desobediência às leis e a ordens judiciais, fazer propaganda de guerra ou de processos de subversão da ordem política e social e caluniar, injuriar ou difamar os Poderes Legislativo, Executivo ou Judiciário ou seus membros.

A investigação avaliará se a Jovem Pan violou direitos fundamentais da população e incorreu em abusos à liberdade de radiodifusão. Providências poderão ser adotadas tanto para impor multas e indenizações por dano moral coletivo quanto para acionar a Justiça em favor da suspensão da concessão por até 30 dias e até mesmo sua cassação. Para o MPF, “o regime de direito público pertinente aos serviços de radiodifusão coloca limites à iniciativa privada, ao exigirem que sua exploração voltada ao lucro seja compatibilizada com responsabilidade social”.

Interventor no DF, Cappelli anuncia a retomada da área militar que abrigou terroristas bolsonaristas

 "A área foi retomada e não será permitida a volta de 'manifestantes'", afirmou o secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Garcia Cappelli

Ricardo Cappelli (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil 247 | Amanda Perobelli/Reuters)


247 - O secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Garcia Cappelli, anunciou nesta segunda-feira (9) que áreas militares ocupadas por apoiadores de Jair Bolsonaro

(PL). De acordo com o portal G1, cerca de 1.200 pessoas foram detidas em consequência do terrorismo cometido por bolsonaristas na capital federal.

 "Desativamos o acampamento que funcionou como QG dos atos antidemocráticos inaceitáveis de ontem. Todas as barracas serão retiradas. A área foi retomada e não será permitida a volta de 'manifestantes'. Todos os elementos foram encaminhados para a PF. A lei será cumprida", disse Cappelli.

Cappelli foi nomeado interventor pelo decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que determinou, neste domingo (8), intervenção federal na área de segurança pública no Distrito Federal.





Em Brasília, bolsonaristas são levados para ginásio da PF para triagem

 Mais de 50 ônibus foram utilizados para carregar os bolsonaristas que estavam acampados em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília

(Foto: Reprodução)

247 — Cerca de 1,2 mil bolsonaristas que estavam acampados em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, foram levados para o ginásio da Academia Nacional
da Polícia Federal, na tarde desta segunda-feira, 9, após serem detidos em operação realizada pela Polícia Militar do Distrito Federal e o Exército.
A operação é decorrente de decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o fim dos acampamentos após as invasões golpistas ao Congresso Nacional e os ataques ao Palácio do Planalto e à sede do Supremo.

Segundo o G1, mais de 50 ônibus foram utilizados para carregar os bolsonaristas, que foram inicialmente levados para a Superintendência da PF. Agora, no ginásio, os bolsonaristas formam uma longa fila e passam por triagem. Os bolsonaristas também foram revistados.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), afirmou que “o pior já passou”, ao comentar as invasões ao Planalto, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal cometidas por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL). Segundo o ministro, cerca de 1.500 pessoas foram presas somente em Brasília (DF).

Em coletiva de imprensa na capital federal, o titular da pasta disse que o terrorismo praticado por bolsonaristas é a “materialização do discurso de ódio”. O ministro criticou a “irresponsabilidade criminosa” de quem financiou e estimulou os atos de vandalismo. De acordo com o ministro, “o extremismo foi derrotado”. “Teremos instauração de pelo menos três novos inquéritos: um para ataques ao Congresso, outro ao Planalto e outro de ataques ao Supremo Tribunal Federal. Apuração sobre financiadores, instigadores”.

“Havia financiamento. Temos relação de contratantes dos ônibus. Essas pessoas serão chamadas a prestar esclarecimentos. Investigação rigorosa. Há uma cadeia de eventos atípicos”, acrescentou.



Renan Calheiros pede ao STF que Jair Bolsonaro seja extraditado 'imediatamente'

 Senador Renan Calheiros pede ainda, que a Corte decrete a prisão preventiva de Jair Bolsonaro caso ele não retorne ao Brasil em até 72 horas

Renan Calheiros e Bolsonaro (Foto: ABr)

247 - O senador Renan Calheiros (MDB-AL) enviou um requerimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Corte determine o “retorno imediato” de Jair Bolsonaro (PL) ao Brasil. Na ação, Calheiros alega que Bolsonaro, que está nos Estados Unidos desde o dia 30 de dezembro, teve participação “inegável” nos atos terroristas promovidos por seus apoiadores, neste domingo (8), em Brasília, e pede que ele seja extraditado em até 72 horas.

“Em caso de descumprimento à ordem de retorno ao território brasileiro no prazo estipulado, requer seja decretada sua prisão preventiva para garantia da ordem pública e assegurar a aplicação da lei penal”, completa o texto da ação, segundo o Metrópoles. Calheiros também afirma ser “inegável a participação ativa e responsabilidade de Jair Messias Bolsonaro nos ataques de ontem”.

O parlamentar pede, ainda, que o STF seja investigado no âmbito do inquérito que apura a realização e o financiamento dos atos antidemocráticos , além de que o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, seja intimado a depor sobre os ataques terroristas em Brasília. 


Bolsonaro é internado com dores abdominais em hospital nos EUA

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo
Foto: Reprodução

No início da tarde desta segunda-feira (9), um dia após os atos terroristas em Brasília (DF), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi internado no AdventHealth Celebration, em Orlando, nos Estados Unidos. O ex-capitão disse estar sentindo fortes dores abdominais.

Até então, Bolsonaro já passou por quatro cirurgias desde que foi atingido por uma facada em evento de campanha em 2018 na cidade de Juiz de Fora, no interior de Minas Gerais (MG).

A última vez em que o ex-presidente foi ao médico por esses sintomas, foi no dia 18 de novembro de 2022, quando deu entrada no Hospital das Forças Armadas, em Brasília. Ele sentiu dores na região abdominal e passou por exames, segundo fontes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Desde as últimas visitas a hospitais, há suspeita de que uma hérnia possa ter surgido na cicatriz da cirurgia. O quadro ainda está sob avaliação e a possibilidade de nova intervenção no local não
foi descartada. Segundo o colunista Lauro Jardim, do O Globo, em janeiro e em março do ano passado, no seu último ano de mandato, o ex-presidente também foi acometido do mesmo problema.

O ex-presidente, que já foi internado ao menos 7 vezes, tem histórico de suboclusão intestinal e já teve recomendação de nova cirurgia para tratar uma hérnia.

Ainda assim, antes de ir ao hospital, o ex-presidente foi visto ontem conversando com seus apoiadores em frente a sua residência na Flórida. Uma multidão se formou próximo a Bolsonaro, diversas pessoas estavam tirando fotos, inclusive, o ex-jogador Valdívia. 


Fonte: DCM

AO VIVO: Randolfe mostra destruição no Congresso



Acompanhe aqui, ao vivo, como ficou o Congresso após vandalismo que bolsonaristas terroristas cometeram na tarde de ontem, em Brasília.

Terroristas bolsonaristas mijaram e cagaram no Palácio do Planalto, aponta ministro

"Quebravam tudo, urinavam, defecavam nos corredores, dentro das salas. Foi um ato de destruição", disse Paulo Pimenta. Um bolsonarista foi filmado mostrando a bunda no local

Terroristas bolsonaristas no Palácio do Planalto (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | REUTERS/Adriano Machado)

Reuters - O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta, disse a jornalistas na manhã desta segunda-feira que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que invadiram e vandalizaram o Palácio do Planalto urinaram e defecaram no local, além de terem destruído obras de artes que ficavam no local.

Pimenta também confirmou que, apesar dos danos causados no palácio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva trabalhará no local nesta segunda. Em seu primeiro compromisso na agenda do dia, Lula se reunirá com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, pela manhã. O prédio do STF também foi invadido e depredado pelos apoiadores de Bolsonaro.

"O pessoal que olhou (os vândalos) disse que parecia um bando de pessoas com ódio, fora de si, parecia um bando de zumbi. Corriam pelos corredores, quebravam tudo, urinavam, defecavam nos corredores, dentro das salas. Foi um ato de destruição", disse Pimenta a jornalistas do lado de fora do palácio.

De acordo com o ministro, que falou com repórteres pouco antes de ser liberada a entrada deles para verificar os danos causados ao palácio pelos vândalos, algumas obras de arte foram danificadas e outras completamente destruídas.

Pimenta disse que, apesar dos danos, Lula despachará do Planalto nesta segunda, confirmando o que o presidente havia afirmado na véspera em sua conta no Twitter.

"Nós vamos trabalhar aqui hoje já", disse Pimenta. "A reunião do presidente com a presidente do STF vai ser aqui, às 9h", acrescentou.

No domingo, apoiadores de Bolsonaro invadiram as sedes dos Três Poderes --o prédio do Congresso Nacional também foi vandalizado-- e deixaram um rastro de destruição, o que levou Lula a decretar uma intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal e o ministro Alexandre de Moraes a determinar o afastamento por 90 dias do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB).

Autoridades do governo Lula apontaram falhas na atuação da segurança pública da capital federal e a situação só foi contida e os prédios públicos desocupados após a decretação da intervenção.

 

Deputada publica vídeo exaltando atos antidemocráticos: “Acabamos de tomar o poder” (vídeo)

 


Clarissa Tércio (PP), eleita deputada federal com a segunda maior votação em Pernambuco, nas últimas eleições, compartilhou conteúdo exaltando atos antidemocráticos realizados ontem por bolsonaristas extremistas, em Brasília.

As informações são do Metrópoles.

“Acabamos de tomar o poder. Estamos dentro do Congresso. Todo povo está aqui em cima. Isso vai ficar para a história, a história dos meus netos, dos meus bisnetos”, narrava uma mulher em vídeo, durante a invasão ao Congresso Nacional.

A parlamentar, eleita com mais de 240 mil votos, usou seu perfil no Instagram para divulgar o conteúdo que exaltando os atos de terrorismos para mais de 995 mil seguidores.

A publicação foi compartilhada em colaboração com o deputado estadual mais votado de Pernambuco e marido de Clarissa, Pastor Júnior Tércio (PP).

Os dois apoiaram Jair Bolsonaro (PL) nas últimas eleições, e ainda utilizam as redes sociais para compartilhar conteúdos em apoio ao candidato derrotado nas Eleições 2022.

Assista:

Bolsonaro pode ser preso por insuflar atos terroristas

Antes das cenas de vandalismo e depredação do patrimônio público, aliados de Bolsonaro viam que havia um risco médio de prisão do ex-chefe do Executivo

Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - Aliados de Jair Bolsonaro temem que o ex-chefe de governo vai acabar preso em algum momento ao longo dos próximos meses por conta dos atos terroristas de seus apoiadores, que, no domingo (8), invadiram as sedes dos três poderes em Brasília, em um ato golpista. A informação é de Malu Gaspar, d'O Globo

Antes das cenas de vandalismo e depredação do patrimônio público, aliados de Bolsonaro viam que havia um risco médio de prisão do ex-chefe do Executivo, mas, segundo eles e ministros de tribunais superiores, agora "a situação de Bolsonaro ficou delicadíssima", escreve Gaspar em sua coluna. Ela aponta que o maior temor no círculo bolsonarista é com duas investigações nas mãos do ministro Alexandre de Moraes, do STF: o inquérito das fake news e o das milícias digitais.

“Depois de hoje, Alexandre vai ter todo o respaldo de que precisar”, afirma um colega de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Eu acho que, a médio prazo, ele não escapa”, avalia um magistrado. 

O número de presos pelos ataques em Brasília já ultrapassa a casa de 400, de acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (DF).

Governo do Paraná, em nota, informa que forças de segurança do Estado preparam ações para desmobilizar atos em frente aos quartéis


Acampamento no quartel do Exército do Boqueirão. Foto: Colaboração

Em nota, o Governo do Paraná, via Secretaria de Estado da Segurança Pública, informou nesta manhã de segunda-feira, 9 de janeiro, que as forças de segurança estão preparando as ações para desmobilização dos atos que ainda estão na frente dos quartéis, em respeito à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Informa ainda, que o Estado do Paraná também se colocou à disposição do Ministério da Justiça para auxiliar no que for preciso para a retomada da ordem e da paz na capital federal.

Reiterou ainda que vem atuando desde o domingo (8) para impedir bloqueios em rodovias estaduais ou nos municípios. Também está dialogando com forças federais.

Houve uma tentativa de bloqueio de acesso na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, mas ela foi desmobilizada após atuação rápida do Batalhão de Choque da Polícia Militar. Duas pessoas foram presas no local. Lideranças estão sendo identificadas e seus nomes serão encaminhados para o Poder Judiciário.

Fonte: Bem Paraná