O ex-ocupante do Palácio do Planalto não tem mais foro privilegiado
quarta-feira, 4 de janeiro de 2023
Senadores da CPI da Covid vão voltar a denunciar Bolsonaro à Justiça
terça-feira, 3 de janeiro de 2023
Quebra de sigilo determinada à PF por Alexandre de Moraes deve atingir Bolsonaro
As informações são de Rodrigo Rangel, no Metrópoles.
Se tudo der certo, a medida atingirá o núcleo do grupo político que acaba de deixar o poder, com chances de incluir o próprio Bolsonaro.
A ordem foi expedida no último dia 12 de dezembro e mira um número limitado de bolsonaristas – oito, ao todo. Só que, no despacho, o ministro autoriza que também sejam quebrados os sigilos de todas as pessoas que mantiveram contato com esses investigados, o que amplia indefinidamente o número de alvos e, como o leitor verá a seguir, tende a levar para debaixo da lupa de Moraes ligações, mensagens e outros segredos do alto comando do bolsonarismo.
Além do sigilo telefônico, está abarcada na decisão a quebra de dados telemáticos dos aparelhos celulares. Informações armazenadas em servidores de e-mail e de aplicativos de mensagens, por exemplo, poderão ser acessadas.
Os alvos iniciais da quebra entraram na mira do ministro por promover ataques às instituições, especialmente ao Supremo e ao Tribunal Superior Eleitoral. A coluna optou por não revelar os nomes dos investigados para não atrapalhar as apurações.
Fonte: Agenda do Poder
PF faz batida em endereços de Carla Zambelli e apreende mais três armas
A Polícia Federal (PF) esteve nesta terça-feira, 3, nos endereços da deputada federal Carla Zambelli (PL) em São Paulo e em Brasília para apreender novas armas. Os policiais levaram duas pistolas e uma arma de coleção.
A ordem foi expedida pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). A deputada já havia entregado a arma usada para perseguir um homem na véspera do segundo turno da eleição.
Procurada pela reportagem, a equipe de Carla Zambelli confirmou a operação e disse que as armas eram usadas para sua defesa pessoal. A deputada também afirmou que os policiais foram “muito educados” e que ela cooperou com a operação.
“Caso qualquer atentado à vida da deputada, agora desprotegida, aconteça, já sabemos o responsável”, disseram.
Carla Zambelli perseguiu um homem negro junto com seus seguranças no bairro Jardins, em São Paulo, na véspera do segundo turno. A deputada sacou a arma e correu atrás do jornalista Luan Araújo até um restaurante da região.
Fonte: Bem Paraná
Militantes do PT de Curitiba encontram casa invadida e queimada ao voltarem da posse de Lula; partido divulga nota
'Vamos combater as fake news e a desinformação', afirma Paulo Pimenta, novo ministro da Secom
Pimenta ainda disse que não haverá “contaminação ideológica” e, criticando Bolsonaro, que vai trabalhar para “recuperar a comunicação como um instrumento da nossa democracia”
Marina revoga ato de Salles que dificultava aplicação de multas do Ibama
Norma editada no fim de 2019 retirava de fiscais do Ibama o poder de aplicar multas contra infrações ambientais
Sputnik Brasil - A recém-empossada ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, revogou um ato do ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles que dificultava o trabalho de fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Editada em 2019, a norma de Salles retirava dos fiscais do Ibama o poder sobre a aplicação de multas por infrações ambientais. O ato instituía que as multas aplicadas deveriam passar pela autorização de um superior do agente que aplicou a multa. Com isso, segundo dados levantados pelo jornal O Estado de S. Paulo, dos 1.154 autos de infração lavrados após a publicação da norma, 98% ficaram paralisados.
Com a medida, Marina Silva também publicou uma série de decretos que, em suas palavras, visam "fechar a porteira da destruição" na área ambiental. A expressão foi usada em referência à declaração dada por Salles em uma reunião do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com seus ministros, em maio de 2020, que gerou forte repercussão negativa nacional e internacional. Na ocasião, Salles afirmou que o governo deveria aproveitar a pandemia para alterar normas ambientais.
"É preciso ter um esforço nosso aqui enquanto estamos neste momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque só [se] fala de COVID, e ir passando a boiada, e mudando todo o regramento, e simplificando normas", disse o ministro na reunião.
Outras medidas anunciadas pela ministra foram: autos de infração, retirados do ar durante a gestão de Jair Bolsonaro, devem ser novamente tornado públicos na Internet; um prazo de 45 dias para que o Ministério do Meio Ambiente proponha novas regulamentações para o Conselho Nacional do Meio Ambiente proponha novas regulamentações para o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama); e recompor a participação social no Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA).
Na manhã desta terça-feira (3), Marina falou sobre a reunião que teve com a ministra do Meio Ambiente alemã, Steffi Lemke. Ela afirmou que o encontro foi "muito produtivo" e que, além do auxílio financeiro, foram tratados temas como a cooperação tecnológica e científica entre os países na área ambiental.
Lupi toma posse como ministro da Previdência e fala em zerar fila do INSS
Novo ministro também defendeu discutir uma nova reforma da previdência
Ovacionado pela plateia de convidados, Lupi disse que a Previdência não é deficitária e defendeu que "toda a arrecadação destinada à Previdência esteja na Previdência”. “Aposentadoria é dívida da União com trabalhadores, não é prejuízo para os cofres públicos. Vamos trabalhar para resgatar a dignidade de suas aposentadorias", afirmou.
O novo ministro ainda chamou a reforma da Previdência realizada no governo Jair Bolsonaro de “antirreforma” e defendeu discutir uma nova reforma. “Tenho que conversar com os ministros da Fazenda, do Planejamento; mas precisamos cuidar dos atrasos que houve nessa antirreforma”, complementou. “A reforma foi feita só para tirar direitos.
Somos uma sociedade que temos que entender que a maioria tem que ser protegida, não a minoria”.
Para a discussão, Lupi propôs a criação de uma comissão quadripartite formada por representantes dos sindicatos patronais, dos empregados, dos aposentados e do governo.
“É primordial um novo relacionamento entre previdência e seguridade social”, disse Lupi.
"Somos quatro pensando o Brasil", diz Tebet sobre equipe econômica de Lula
Ministra reforça fala de Haddad sobre o Brasil não ter apenas um posto Ipiranga, mas uma rede de postos na equipe econômica
Haddad: plano para a renegociação de dívidas deve ser apresentado a Lula em janeiro
De acordo com o ministro da Fazenda, a proposta vai ajudar famílias e pequenas empresas
Apucarana é única do PR a ofertar especialização da Fiocruz em gestão da educação
O prefeito Junior da Femac destaca ainda que o curso é oferecido em poucas cidades do Brasil. “Além de Apucarana, a Fiocruz está ofertando essa especialização somente em outros sete polos da UAB, localizados nos estados de São Paulo, Pernambuco e Espírito Santo. Os cursos da Fiocruz são da mais alta qualidade e essa é uma excelente oportunidade de formação continuada para os educadores, especialmente para aqueles que atuam como gestores da Educação Básica pública”, frisa Junior da Femac.
No Brasil, além de Apucarana, o curso será desenvolvido pela Fiocruz através dos polos da UAB de Tabira-Jureminha (PE), São Mateus (ES), Iúna (ES), Interlagos (SP), Jaraguá (SP), Penha (SP) e Boa Esperança/São Mateus (SP).
De acordo com a professora Sueli Gomes Reis, coordenadora do Polo UAB de Apucarana, os interessados em cursar a Especialização em Gestão Estratégica de Investimentos na Educação Básica ganharam um novo prazo para fazer as inscrições. O período foi prorrogado para 15 de janeiro de 2023 e as inscrições podem ser feitas pelo link https://inscricao.ead.fiocruz.br/583
Ao todo, são 30 vagas destinadas ao município de Apucarana. “Trata-se de uma especialização a distância com carga horária de 444 horas, com dois encontros presenciais de 16 horas cada, sendo um em junho e outro em dezembro de 2023”, informa a coordenadora do Polo UAB de Apucarana.
De acordo com o edital, o objetivo do curso é especializar professores, técnicos e gestores da Educação Básica, qualificando-os para a análise situacional e de riscos, e para a formulação de Projetos Pedagógicos Integrados, com um plano operativo, capaz de indicar a necessidade de investimentos para sustentabilidade das intervenções em processos de trabalho pedagógico, administrativo e/ou técnicos na Educação Básica.
A Especialização em Gestão Estratégica de Investimentos na Educação Básica destina-se aos profissionais com nível superior que atuem, preferencialmente, como gestores, docentes, técnicos e conselheiros da Educação Básica pública. “Eu incentivo fortemente que os diretores, coordenadores e professores da nossa rede municipal de ensino inscrevam-se neste processo seletivo. A formação continuada é importante para qualquer profissional, mas principalmente para aqueles que são responsáveis pela formação de outros seres humanos,” reitera a secretária de educação, Marli Fernandes.
As inscrições para a Especialização em Gestão Estratégica de Investimentos na Educação Básica devem ser realizadas até 15 de janeiro, exclusivamente pela internet, no endereço: https://inscricao.ead.fiocruz.br/583
O edital completo encontra-se disponível no portal da Fundação Oswaldo Cruz.
Ex-ministra de Bolsonaro abraça Lula em posse e deixa o PL
A deputada federal e ex-ministra da Secretaria de Governo de Jair Bolsonaro (PL), Flávia Arruda (DF) anunciou a desfiliação do Partido Liberal (PL), a mesma sigla do ex-presidente. A informação foi divulgada pela própria parlamentar ao UOL em comunicado ontem.
“Me desfilio hoje [segunda-feira, dia 2] do Partido Liberal com certeza, tranquilidade e sentimento de dever cumprido no meu mandato, no ministério e na presidência regional. Entrego um partido com a maior bancada do DF, lideranças fortes e motivadas”, disse.
Na nota, a ex-ministra ainda citou o “posicionamento do partido” nas últimas eleições. Em novembro, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, anunciou que o partido fará oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional. “Considerando os fatos das últimas eleições, o posicionamento do partido e meus ideais democráticos, sigo em um novo caminho com os sinceros votos de que a política continue sendo espaço de respeito, diálogo e busca de um Brasil melhor.”
Flávia ainda não anunciou em qual novo partido pretende se filiar.
Flávia é esposa de José Roberto Arruda, ex-governador do Distrito Federal e concorreu ao Senado pelo DF com o apoio de Bolsonaro. Ela aparecia em primeiro lugar em diversas pesquisas de intenção de voto. Porém, a parlamentar foi derrotada por Damares Alves, ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, também do governo Bolsonaro.
Damares é amiga da ex-primeira-dama Michelle e foi apoiada durante toda a campanha pela esposa de Bolsonaro. A amiga de Michelle conseguiu 44,98% (714.562 votos) contra 27,05% (429.676 votos) de Flávia Arruda na disputa.
Fonte: Agenda do Poder
150 mil pessoas já passaram pelo velório de Pelé, na Vila Belmiro, aponta levantamento da PM de SP
Levantamento informado pelo Santos Futebol Clube e que leva em consideração a contagem feita pela Polícia Militar de São Paulo aponta que 150 mil pessoas já passaram pelo velório de Pelé.
As informações são do Metrópoles.
A cerimônia de despedida do Rei do Futebol começou na segunda às 10h. O corpo foi colocado no centro do gramado onde Pelé brilhou e se tornou o maior jogador da história.
Durante a madrugada, membros de torcidas organizadas do Santos entraram no gramado para fazer a última homenagem ao ídolo. Eles empunharam bandeiras e fizeram cantos de arquibancada para reverenciar o rei.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai prestar sua última homenagem a Pelé hoje. A previsão é de que ele chegue às 9h no local, pouco antes de o corpo sair em cortejo pelas ruas da cidade em direção ao Memorial Necrópole Ecumênica, cemitério vertical onde Pelé será sepultado.
Na segunda, outras autoridades visitaram o velório, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o prefeito da capital, Ricardo Nunes, e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, além de membros de delegações estrangeiras e ex-atletas.
Fonte: Agenda do Poder
BNDES de Mercadante terá Lara Resende, Carlos Nobre, Izabella Teixeira, Tereza Campello e Nelson Barbosa
"Quero que o banco tenha ousadia na área ambiental, atue nas transições energética e ecológica, com a ideia de inovação na reindustrialização", declarou o presidente do banco
247 - Presidido por Aloizio Mercadante, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) terá em seu conselho de administração nomes fortes e conhecidos: o economista André Lara Resende, o climatologista Carlos Nobre, a ex-ministra Izabella Teixeira e os ex-ministros Tereza Campello e Nelson Barbosa.
De acordo com Míriam Leitão, do jornal O Globo, Mercadante chamou ainda Luiz Navarro para o compliance do banco. Ele é especialista em combate à corrupção.
"Quero que o banco tenha ousadia na área ambiental, atue nas transições energética e ecológica, com a ideia de inovação na reindustrialização. Todo o esforço é criar condições de funding sem pressionar o Tesouro, por isso estou trabalhando outras opções de financiamento", declarou Mercadante à jornalista.
"Carlos Nobre é um dos maiores cientistas do país, com forte projeção internacional. André Lara Resende é macroeconomista renomado que tem uma pauta atualizada com o que há de mais novo no mundo, Izabella é consultora da ONU, Luchesi é referência em inovação, esse é do perfil do conselho que estou montando e que dialoga muito com a diretoria", disse ainda. Luchesi é Rafael Luchesi, especialista em inovação, diretor de educação e tecnologia da CNI e um dos organizadores da Embrapii, que também fará parte do conselho.
Novo secretário da Receita Federal, Robinson Sakyama Barreirinha também estará no grupo. Serão mantidos tanto o atual presidente, Walter Baère de Araújo, quanto o representante dos trabalhadores, Arthur Koblitz.
Na diretoria estarão Natália Dias - CEO do Standard Bank Brasil -, Luciana Costa - presidente no Brasil do banco francês de investimentos Natixis -, Alexandre de Abreu - ex-Banco do Brasil e ex-conselheiro do Votorantim, Cielo e Febraban -, José Luiz Gordon - presidente da Embrapii - e Jean Uema - servidor do STF e membro da consultoria jurídica do PT.
Mercadante afirma que o BNDES terá uma atuação na direção do combate às mudanças climáticas. "Temos que avançar no mercado de crédito de carbono porque há muitos recursos na União Europeia para terceiros países. Ontem mesmo estive com o presidente da Alemanha e a ministra do Meio Ambiente. Já foi feita nova liberação para o Fundo Amazônia. Há muito interesse deles em uma agricultura de baixo carbono. Estive com a ministra do Meio Ambiente do Reino Unido. E tive uma reunião específica com a delegação chinesa. A China tinha um projeto de US$ 10 bi que estava encaminhado com o BNDES e que eles pararam".
Secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous manda notificar postos por aumento ilegal na gasolina
"Parece coisa orquestrada", afirmou Damous após consumidores denunciarem aumento abusivo nos preços dos combustíveis pelo país
247 - O secretário nacional do Consumidor, Wadih Damous, informou nesta segunda-feira (2) que notificou postos onde houve aumento no preço de combustíveis.
"Inaceitável e inexplicável a alta da gasolina pois não houve aumento no preço internacional do barril de petróleo e a isenção de tributos federais sobre os combustíveis foi renovada. Como Secretário Nacional do Consumidor já mandei notificar esses postos. Parece coisa orquestrada".
Em participação no programa Boa Noite 247, o jornalista Marcelo Auler afirmou nesta segunda-feira (2), que brasileiros estão denunciando um aumento injustificado no preço de combustíveis, mesmo após Medida Provisória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, publicada nesta segunda-feira (1°), que reduziu a zero alíquotas de PIS/Cofins para diesel, biodiesel e gás de cozinha, até 31 de dezembro de 2023.
Lula vai nesta terça-feira ao velório de Pelé, afirma Planalto
Visita ocorrerá às 9h, uma hora antes do fim da cerimônia em Santos
Agência Brasil - O Palácio do Planalto confirmou a ida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao velório de Pelé, Rei do Futebol, na manhã desta terça-feira (3). De acordo com a Presidência, Lula chegará às 9h (horário de Brasília) na Vila Belmiro, estádio do Santos, onde o corpo do ex-jogador começou a ser velado na manhã de hoje (2).
"O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, prestará seu respeito e homenagem à Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, e solidariedade para sua família na manhã de terça-feira, dia 3 de janeiro, na cidade de Santos", disse o Planalto em nota.
A cerimônia, com visitação aberta ao público, seguirá pela noite e madrugada, com término às 10h de terça (3). Depois, o corpo de Pelé seguirá em cortejo pelas ruas de Santos. O trajeto inclui a Avenida Coronel Joaquim Montenegro (conhecida como Canal 6), onde vive a mãe de Pelé, Celeste Arantes, que completou 100 anos no último dia 20 de novembro. De lá, o corpo do camisa 10 será levado à Memorial Necrópole Ecumênica, para sepultamento ao meio-dia, em cerimônia restrita aos familiares.
Nesta segunda (2), várias personalidades do Esporte deram o último adeus ao ídolo mundial. Estiveram presentes os presidentes Gianni Infantino (Fifa), Alejandro Domínguez (Conmebol), Ednaldo Rodrigues (CBF) e Paulo Wanderley Teixeira (COB). Também compareceram à cerimônia o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes.
Cotado para o STF, Zanin senta ao lado de ministros de Lula na posse de Flávio Dino
Mesmo sem exercer cargo no governo, o advogado de Lula foi visto ao lado de ministros do atual governo. Ele é cotado para substituir Lewandowski no Supremo
247 - O advogado do presidente Lula (PT), Cristiano Zanin, foi visto sentado ao lado de ministros do atual governo durante a cerimônia de posse de Flávio Dino (PSB) no Ministério da Justiça e Segurança Pública, relata a Folha de S. Paulo.
O fato chama atenção porque Zanin não exerce cargo no governo, mas mesmo assim acompanhava ministros como Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Márcio França (Portos). Também estavam na primeira fileira o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, e Márcio Rosa Elias, braço-direito do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski estava na segunda fileira.
Muito próximo a Lula, o advogado é cotado para assumir a vaga de Lewandowski no Supremo.
Brasil voltará a ter protagonismo internacional, promete o novo chanceler Mauro Vieira
“A boa notícia, como tem dito o presidente Lula, é que o Brasil está de volta. Existe uma clara demanda do mundo pelo Brasil”, disse ele
BRASÍLIA (Reuters) - Em um discurso de quase 40 minutos em sua cerimônia de posse, o novo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, deixou claro o fim da política externa do governo de Jair Bolsonaro e prometeu a volta do Brasil ao protagonismo internacional.
Na presença do ex-chanceler Carlos França, Vieira apontou que o Brasil retomará sua tradicional política de direitos humanos, voltará ao protagonismo nos fóruns internacionais e voltará a investir nas relações regionais.
“Estivemos alijados do cenário internacional nos últimos anos por força de uma visão ideológica limitante. Com bom senso e muito trabalho e dedicação, reconquistaremos nosso lugar”, afirmou o novo ministro.
Nos últimos quatro anos, o Brasil se afastou de posições internacionais tradicionais, que vão desde a defesa da solução de dois Estados para a situação da Palestina à defesa de direitos das mulheres e de minorias e da ação a favor de imigrantes.
Em fóruns internacionais e na Organização das Nações Unidas (ONU), o país se alinhou a nações como a Arábia Saudita, por exemplo, contra políticas de direitos reprodutivos. Votou, pela primeira vez, com os Estados Unidos e contra a condenação ao embargo a Cuba. Abandonou os fórum regionais e a prioridade na relação com países como a Argentina e criou problemas nas relações com China, França e Alemanha, entre outros.
Posições que Vieira deixou claro que serão abandonadas com a volta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao poder.
“Teremos de recompor relações bilaterais danificadas e retomar o protagonismo construtivo nos foros e organismos internacionais onde temos uma contribuição singular a oferecer", afirmou.
"O Brasil será um parceiro confiável, um ator incontornável, uma liderança e uma força positiva em favor de um mundo mais equilibrado, racional, justo e pacífico”, acrescentou. “O Brasil realinhará a política externa em direitos humanos aos parâmetros da Constituição Federal e do direito internacional dos direitos humanos, sobretudo na promoção da igualdade de gênero; no combate à discriminação e à violência em função de orientação sexual e identidade de gênero; na promoção da igualdade racial e o combate ao racismo e a xenofobia; e na defesa dos direitos dos povos indígenas."
Logo após o assumir o cargo, Vieira instaurou três mudanças em áreas que tinham sido relegadas a segundo plano no governo anterior: recriou as secretarias de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, que fora rebaixada a um departamento; da África e Oriente Médio, que havia sido unida à da Europa; e a de Serviço Consular, colocada como um departamento da Secretaria de Assuntos Políticos.
São três áreas colocadas como prioritárias para o novo ministro. Vieira, que indicou pela primeira vez uma mulher para a Secretaria-Geral do Itamaraty, a embaixadora Maria Laura da Rocha, tocou também em um ponto sensível para a gestão da chancelaria: a pouca quantidade de negros e mulheres em geral na carreira --elas representam apenas 27% dos diplomatas-- e menos ainda nos cargos mais altos.
O próprio ministro foi criticado por, em sua primeira passagem como chanceler, ter promovido poucas mulheres. Agora, se comprometeu a adotar políticas de maior inclusão de negros e mulheres na carreira.
“A sub-representação crônica de pessoas negras e mulheres distancia o perfil da diplomacia brasileira da sociedade que representa. Para reverter progressivamente esse quadro, instruirei a Secretaria de Estado a elaborar uma política de diversidade e inclusão no Itamaraty”, disse.
IMPEACHMENT
Mauro Vieira, de 71 anos, volta ao topo da carreira diplomática quase sete ano depois de deixar o cargo com o impeachment da então presidente Dilma Rousseff em maio de 2016.
O embaixador foi o terceiro ministro das Relações Exteriores de Dilma, e citou o impedimento de Dilma em seu discurso na volta ao comando do Itamaraty.
“Não é comum que a nós seja dada uma segunda oportunidade de voltar a fazer algo que foi brusca, involuntariamente interrompido. Em maio de 2016, deixei o cargo a que hoje regresso, em meio a um doloroso processo de impeachment que fraturou o país e deixou marcas profundas”, lembrou.
“Queria reiterar a gratidão que devo à presidenta Dilma Rousseff, primeira mulher a ocupar a Presidência do nosso país, pela confiança que em mim depositou naquele período, lamentando que não tenhamos podido concluir, na política externa, as tarefas a que nos havíamos proposto.”
Em um salão lotado de convidados e, especialmente, diplomatas, Mauro Vieira foi aplaudido de pé por um Itamaraty que, nos últimos quatro anos, sobreviveu praticamente alijado das principais decisões de governo, executando uma política externa que terminou por afastar o país do centro do cenário político internacional.
“A boa notícia, como tem dito o presidente Lula, é que o Brasil está de volta. Existe uma clara demanda do mundo pelo Brasil”, afirmou.
Rui Costa afirma no Roda Viva que Lula pode disputar reeleição
Para ministro da Casa Civil, não é fato consumado que Lula esteja fora da próxima eleição
247 - O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou na noite desta segunda-feira (2) que considera a possibilidade de Lula tentar a reeleição, mesmo que ele tenha dito diversas vezes na campanha eleitoral que não disputaria um novo mandato.
A declaração foi feita ao programa Roda Viva, da TV Cultura. "Lula falou de coração considerando a sua trajetória e a volta dele pra consolidar a democracia. Mas, se tudo der certo, faremos um governo exitoso. E se Lula continuar com energia e o tesão de 20 anos, quem sabe ele faça um novo mandato", afirmou o ministro.
O ministro criticou as manifestações de caráter golpista em frente aos quartéis e disse que os bolsonaristas se comportam como seitas, que representam apenas uma minoria da população.
Em outro momento, Costa foi questionado sobre como a nova gestão vai dialogar com o agronegócio. Ele disse discordar de que a revogação de decretos de flexibilização de armas desagradaria o setor. "Eu não diria que o agro quer armas. O agro quer produzir alimentos, proteína, milho", afirmou Costa.
O ministro da Casa Civil também comentou sobre a agenda de reformas do terceiro governo Lula. Defendeu que é necessário fazer a reforma tributária ainda este ano para promover justiça social e fazer com que os mais ricos paguem mais impostos do que os mais pobres.
Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira promete investimento em refinarias e nova política de preços da Petrobrás
Prioridade deve ser a defesa do consumidor, disse ele
247 – O novo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, garantiu que o Brasil terá uma nova política de preços de combustíveis e investirá mais em refino, com a finalidade de proteger os consumidores. “Apesar de sermos, muito graças à Petrobras, a maior produtora de petróleo da América Latina, nossa capacidade de refino deficitária nos torna reféns da importação de derivados de petróleo e de gás natural, deixando o mercado nacional exposto às constantes e abruptas oscilações internacionais de preço”, disse ele Silveira, durante sua posse, segundo reportagem do Valor.
“Precisamos implementar um desenho de mercado que promova a competição, mas que preserve o consumidor da volatilidade de preço dos combustíveis”, acrescentou. “É muito difícil explicar ao povo brasileiro que somos o paraíso dos biocombustíveis, que temos a riqueza do pré-sal, mas que ele ficará inevitavelmente à mercê dos preços da commodities internacionais ou do açúcar no mercado internacional”, pontuou. “Algumas coisas estamos fazendo de forma equivocada. Precisamos exercitar nossa criatividade e pensar em soluções que funcionem para os investidores, mas, em especial, para o povo brasileiro”, disse.