quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Às vésperas da posse de Lula, Exército confirma desmobilização do acampamento no QG em Brasília

 Os bolsonaristas estão no local desde o fim do segundo turno eleitoral, que deu vitória a Lula da Silva (PT), e questionam o resultado da eleição presidencial

Atos de bolsonaristas perto do Quartel-General do Exército, no Distrito Federal (Foto: TV Globo/Reprodução)

247 — O Exército confirmou que o acampamento bolsonarista em frente ao Quartel-General em Brasília está sendo desmobilizado, informou o Metrópoles. Os bolsonaristas estão no local desde o fim do segundo turno eleitoral, que deu vitória a Lula da Silva (PT), e questionam o resultado da eleição presidencial.

Nesta quarta-feira, 28, o Centro de Comunicação Social do Exército informou à reportagem que “muitos manifestantes têm deixado o local de forma espontânea”. Ainda, os militares do Comando Militar do Planalto auxiliam na desmontagem das estruturas abandonadas na área do Setor Militar Urbano, segundo o Exército, para melhorar “a circulação e segurança do local”.

“Por fim, ressalta-se que todas as ações têm sido conduzidas em estreita coordenação com os órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF), com os quais se mantém permanente integração”, disse.

O Exército se comprometeu com o GDF a desmontar o acampamento até o dia 1º, quando ocorre a posse de Lula. É uma questão de segurança. O chefe da Casa Civil do DF, Gustavo Rocha, foi elencado como interlocutor do GDF com o grupo de transição do governo eleito.

Posse de Lula terá tiros de canhão, apesar de preocupações de Janja

 Futura primeira-dama estudava substituir os tiros de canhão e os fogos de artifício por preocupação com autistas e animais

(Foto: ABR | Reprodução/Facebook)

247 - O cerimonial do Senado deve manter os disparos de canhão na posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apesar dos apelos contrários da esposa do petista, Janja da Silva, informa o Painel da Folha de S. Paulo.

A pedido de grupos de autistas, a futura primeira-dama havia dito à imprensa que estudava substituir os tiros de canhão e os fogos de artifício. Ela é responsável pela organização do evento pelo gabinete de transição.

Associações de proteção aos animais também levantaram preocupações com o evento, já que as duas cadelas do casal, Resistência e Paris, participarão na cerimônia. Cachorros não lidam bem com o barulho de fogos de artifício.

Aeroporto de Brasília terá policiamento reforçado para a posse de Lula

 As equipes terão efetivo fixo 24 horas no aeroporto e o Detran também auxiliará na fiscalização dos veículos na região

(Foto: Ricardo Stuckert | ABR)

247 — Diante da tentativa de atentado terrorista realizado por bolsonaristas no Distrito Federal, o aeroporto de Brasília receberá reforço policial em operação integrada entre as polícias Militar, Civil e Federal para a posse do presidente Lula da Silva (PT), neste domingo, 1º, segundo a Inframerica, concessionária que administra o terminal.

Em comunicado à imprensa, a empresa informou que as equipes terão efetivo fixo 24 horas no aeroporto e o Detran também auxiliará na fiscalização dos veículos na região. A Inframerica também disse esperar um movimento de 150 mil pessoas entre embarques e desembarques na capital federal, entre sexta-feira, 30, e segunda-feira, 2, com 1.050 pousos e decolagens.

“A Inframerica também intensificará a atuação de suas equipes privadas de vigilância em todo o terminal aéreo. Além disso, o Centro de Controle Operacional do Aeroporto dará o apoio para os órgãos policiais acompanhando toda a movimentação por videomonitoramento. A concessionária mantém uma cooperação estreita com as autoridades de segurança pública locais e federais”, diz o comunicado.

“Já o Itamaraty é responsável pela recepção das delegações estrangeiras que virão para a posse presidencial. O órgão fará os receptivos das autoridades de forma coordenada com a Inframerica. A Base Aérea de Brasília também está alinhada com a concessionária para as tratativas dos chefes de Estado que desembarcarão na área militar”, completa.

Alexandre de Moraes, arma e atentado terrorista em Brasília (Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE | Reuters)

 O pedido foi do delegado Jorge Teixeira de Lima

George Washington Sousa e Alan Diego Rodrigues dos Santos (Foto: Reprodução)

247 - O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios colocou sob sigilo a investigação do caso de tentativa de terrorismo bolsonarista em Brasília, segundo o portal Metrópoles. 

O pedido foi do delegado Jorge Teixeira de Lima, responsável pelo inquérito que investiga a tentativa de George Washington Sousa e Alan Diego dos Santos de explodir o Aeroporto Internacional de Brasília

O delegado justifica a necessidade de sigilo “diante da sensibilidade dos fatos investigados”.

Em decisão que proíbe armas na posse, Moraes cita "inconformados com o resultado das urnas" e "terroristas"

 Ministro do Supremo ainda promete punição a autoridades que estiverem se omitindo diante de crimes contra o Estado Democrático de Direito

Alexandre de Moraes, arma e atentado terrorista em Brasília (Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE | Reuters)

247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou no despacho que a decisão que suspendeu o porte de armas de fogo por CACs (Colecionadores, atiradores e caçadores) desta quarta-feira (28) até o dia 2 de janeiro - dia seguinte à posse do presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - no Distrito Federal se deve a "crescente radicalização de de cidadão brasileiros inconformados com o resultado das urnas” e a possibilidade de "execução de atos que podem ser considerados terroristas”. 

Em um outro trecho da decisão, o ministro do STF ressalta, ainda, que as autoridades públicas que estiverem sendo coniventes com crimes contra o Estado Democrático de Direito serão enquadradas por agirem com “omissão ou conivência" diante, por exemplo, dos acampamentos e manifestações golpistas realizadas em frente aos quartéis. 

"Lamentavelmente, grupos extremistas – financiados por empresários inescrupulosos, explorando criminosa e fraudulentamente a boa-fé de diversos eleitores, principalmente com a utilização de covardes milícias digitais e sob a conivência de determinadas autoridades públicas, cuja responsabilidade por omissão ou conivência serão apuradas – vem praticando fatos tipificados expressamente, tanto na Lei n° 14.197, de 1º de setembro de 2021, relativos aos crimes contra o Estado Democrático de Direito, quanto na Lei n° 13.260, de 16 de março de 2016, que regulamenta o disposto no inciso XLIII do artigo 5º da Constituição Federal, disciplinando o combate ao terrorismo, inclusive punindo os atos preparatórios”, diz um trecho da decisão do magistrado, segudo o jornal O Globo

Ainda segundo a decisão de Moraes, a suspensão temporária do porte de armas "não se aplica aos membros das Forças Armadas, aos integrantes do SUSP (Sistema Único de Segurança Pública), aos membros da Polícia Legislativa e Judicial e as empresas de segurança privada e de transporte de valores constituídas, nos termos da Lei”.

PF conclui que Bolsonaro cometeu crime por divulgar informações falsas da pandemia

 O inquérito foi aberto por causa de uma live na qual Bolsonaro associou falsamente o uso de vacinas ao desenvolvimento do vírus da Aids

(Foto: REUTERS/Adriano Machado)


247 - A Polícia Federal concluiu uma investigação sobre a disseminação, por parte de Jair Bolsonaro, de informações falsas a respeito da pandemia de Covid-19 e reiterou a acusação de que o ocupante do Palácio do Planalto cometeu o delito de incitação ao crime por estimular as pessoas a não usarem máscaras. A corporação diz ainda que Bolsonaro se recusou a prestar depoimento. O relatório final foi encaminhado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

O inquérito foi aberto a pedido da CPI da Covid no Senado por causa de uma live na qual Bolsonaro associou falsamente o uso de vacinas ao desenvolvimento do vírus da Aids.

Em agosto, a PF pediu autorização a Moraes para indiciar Bolsonaro e tomar o seu depoimento, mas, segundo a corporação, Moraes não respondeu. A PF também havia intimado a Advocacia-Geral da União para ouvir Bolsonaro, mas não houve resposta. Naquela época, a PF já apontava no relatório parcial o delito de incitação ao crime e também uma contravenção penal por "provocar alarme, anunciando desastre ou perigo inexistente" no caso da associação da vacina da Covid ao vírus da Aids, constatação mantida no relatório final. (Com informações d'O Globo). 


Deputada bolsonarista Carla Zambelli entrega arma à polícia e recorre da determinação do STF

 Defesa da parlamentar bolsonarista alega ela precisa do porte de arma "em decorrência de diversos ataques e ameaças que recebe constantemente"

(Foto: Reprodução)

247 - A deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) atendeu a uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e entregou, nesta quarta-feira (28) a pistola de sua propriedade às autoridades policiais. Segundo a coluna do jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles, a parlamentar recorreu da decisão proferida por Gilmar. 

De acordo com a reportagem, a bolsonarista “afirma que entregou a arma mesmo sem que a determinação tenha sido oficialmente publicada. Carla Zambelli é representada pelos advogados Karina Kufa e Igor Suassuna”. 

A defesa de Zambelli diz que o porte de arma pela parlamentar é necessário para que ela possa se defender “em decorrência de diversos ataques e ameaças que recebe constantemente”. 

A determinação para que Zambelli entregasse a pistola foi feita na esteira da perseguição feita por ela contra o jornalista Luan Araújo, jovem negro e apoiador de Lula, no dia 29 de outubro, véspera do segundo turno. 


Moraes acata pedido da equipe de Lula e proíbe porte de arma na posse

 Decisão é válida de hoje até dia 2. De acordo com a determinação, quem descumprir a ordem será enquadrado por por porte ilegal de arma de fogo

Lula recebe diploma de Moraes - 12/12/2022 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes acatou o pedido da equipe do presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e proibiu o porte de armas de fogo no Distrito Federal por colecionadores, atiradores e caçadores durante a posse.

A decisão é válida a partir desta quarta-feira (28) até 2 de janeiro, segundo Valdo Cruz, da GloboNews.

De acordo com a determinação, quem descumprir a ordem será enquadrado em flagrante por porte ilegal de arma.


Principal alvo de bolsonaristas no STF, Moraes foi citado em 410 mil postagens em 2022

 Número é 51,7% superior à soma dos outros dez ministros do Supremo, que totalizaram 270,6 mil menções no mesmo período

Presidente do TSE, Alexandre de Moraes 02/10/2022 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - Principal alvo dos ataques de Jair Bolsonaro (PL) e seus seguidores  no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes foi o magistrado da Suprema Corte mais citado em postagens em 2022, de acordo com dados contabilizados pelo software da Vox Radar, empresa que analisa redes sociais, em levantamento encomendado pela empresa de comunicação O Pauteiro.

Segundo Carolina Brígido, do UOL, Moraes foi mencionado em 410,5 mil publicações, número 51,7% superior à soma dos outros dez ministros do Supremo, que totalizaram 270,6 mil menções no mesmo período.

"Entre 1º de janeiro e 27 de dezembro deste ano, o STF foi mencionado em 5,3 milhões de postagens, realizados por cerca de 700 mil usuários no Twitter, Facebook e Instagram, totalizando 151,6 milhões de interações. O levantamento também mostra que 'Bolsonaro' foi a palavra mais associada ao Supremo nas redes", conta a reportagem.

Apesar de ter sido mencionado durante todo o ano, o nome de Moraes ganhou ainda mais destaque em novembro, após o término conturbado das eleições, quando bolsonaristas inconformados com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passaram a tumultuar o país. Alexandre de Moraes é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Após Moraes, foram mais citados os ministros Luís Roberto Barroso (62 mil), Edson Fachin (40,4 mil), Luiz Fux (36,3 mil), Gilmar Mendes (35,9 mil), André Mendonça (35,6 mil), Nunes Marques (32,6 mil), Rosa Weber (20 mil), Cármen Lúcia (14,4 mil), Ricardo Lewandowski (13,6 mil) e Dias Toffoli (12,7 mil).

Sônia Guajajara será ministra dos Povos Indígenas

 Ministério será criado no governo Lula

Sônia Guajajara e Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - A deputada federal eleita Sonia Guajajara (PSOL-SP) foi escolhida para ser a ministra dos Povos Indígenas. O anúncio oficial deve ser feito por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos próximos dias, junto com o restante dos escolhidos para ocupar a Esplanada, informa a Folha de S.Paulo.

Guajajara foi um dos três nomes enviados pela Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) como sugestões para o cargo mais alto da pasta, que será criada pelo próximo governo. 

Na lista de cotados também estavam Joênia Wapichana, deputada federal não reeleita da Rede de Roraima, e o vereador de Caucaia (CE) Weibe Tapeba (PT).

Segundo pessoas envolvidas na estruturação do ministério, ele abraçará a Funai (Fundação Nacional do Índio) e pode funcionar com o seu orçamento em um primeiro momento. 

Número 2 do Ministério da Justiça autoriza uso da Força Nacional na posse de Lula

A Força Nacional de Segurança Pública trabalhará ao lado da Polícia Rodoviária Federal nas atividades de escoltas

Força Nacional de Segurança (Foto: Reprodução/Ministério da Justiça)

247 - O Ministério da Justiça autorizou a utilização da Força Nacional para apoio ao esquema de segurança da posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Presidência da República, informa o Metrópoles. A autorização consta no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (28), assinada pelo secretário-executivo da pasta, Antonio Ramirez Lorenzo, e prevê o uso da Força Nacional até 2 de janeiro.

A Força Nacional de Segurança Pública trabalhará ao lado da Polícia Rodoviária Federal nas atividades de escoltas, "em caráter episódico e planejado, no período de 27 de dezembro de 2022 a 2 de janeiro de 2023”.

"A operação terá o apoio logístico do órgão demandante, que deverá dispor da infraestrutura necessária à Força Nacional de Segurança Pública", detalha a publicação no DOU. 

Auxiliar de Bolsonaro diz que ele viaja aos EUA sem passagem de volta e dispara contra Michelle: 'falsa crente' e 'medíocre'

 Declarações foram feitas em off ao jornalista Rodrigo Rangel e revelam os bastidores da queda

Jair e Michelle Bolsonaro em pronunciamento de Natal (Foto: Reprodução)

247 – Um auxiliar próximo a Jair Bolsonaro declarou ao jornalista Rodrigo Rangel, colunista do portal Metrópoles, que ele viaja aos Estados Unidos 'sem passagem de volta' e disparou ataques contra Michelle Bolsonaro, que não irá acompanhá-lo neste fim de ano.

“É, por enquanto, uma viagem só de ida, sem passagem de volta. Ele tomou a decisão (de viajar para os Estados Unidos) baseado em teorias da conspiração desse grupo de militares que fica buzinando no ouvido dele 24 horas por dia, sete dias por semana”, disse o interlocutor de Bolsonaro, de forma reservada ao jornalista.

“Esse grupo pilhou o presidente dizendo que se ele ficasse no Brasil teria o passaporte retido a partir do dia 1º de janeiro e, depois, seria preso. E ele acreditou”, acrescenta. “Esses caras são uns medíocres, despreparados. Só que são mais ouvidos do que outros assessores porque passam dia e noite ao lado dele. Se metem em tudo. Por estarem mais perto, conseguem convencê-lo.”

Críticas a Michelle Bolsonaro

A fonte de Rodrigo Rangel também disparou contra Michelle Bolsonaro. “Patético. Ela não vai porque não quer ir, porque não é e nunca foi companheira. É uma teimosa, equivocada, melindrada, medíocre. Nos momentos mais importantes, ela não quis ajudar”, diz. “Ela sempre agiu para separar o presidente dos filhos. Por várias vezes, quando precisamos, ela não se dispôs a contribuir com o governo. Na pandemia, por exemplo, surgiu a ideia de ela entregar respiradores, de visitar hospitais, mas ela não topou, mesmo sabendo que isso era importante (para Bolsonaro).”

“Seria bom que ela fosse, e que a filha deles (Laura, de 12 anos) também fosse. É a primeira viagem para fora depois da derrota, e é um momento importante para ele. Mas a Michelle se nega. Ela não é nada disso que tenta mostrar ao público. É uma pessoa má, uma falsa crente”, finaliza.

Entrega da faixa presidencial pode ser feita por Rodrigo Pacheco

 Diante da negativa de Bolsonaro e Mourão, aliados de Lula cogitam recorrer a decreto de 1910 para organizar ritual, informa a jornalista Malu Gaspar

Luiz Inácio Lula da Silva (à esq.) e Rodrigo Pacheco (Foto: REUTERS)

247 - Uma das alternativas que tem ganhado adeptos entre os integrantes da equipe que prepara a cerimônia da posse de Luiz Inácio Lula da Silva para resolver o impasse em torno da entrega da faixa presidencial é incumbir da missão o presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), informa a jornalista Malu Gaspar no Globo.

Essa possibilidade passou a ser avaliada nos últimos dias e com o aval de Pacheco. Por lei, cabe ao presidente do Congresso abrir a sessão solene de posse e entregar ao presidente eleito e ao vice o termo de posse para que assinem. Nesta posse, a previsão é de que Pacheco discurse logo depois de Lula.

O texto ainda especifica: “Em seguida, o presidente da República conduzirá o ex-presidente até a porta principal do Palácio do Planalto”.

Na tentativa de solucionar o impasse, uma parte da equipe que está organizando a cerimônia da posse foi buscar resposta em um decreto assinado em 1910 pelo marechal Hermes da Fonseca (1855-1923) criando a faixa presidencial.

O texto prevê que o presidente da República, ao ser empossado, receberá o distintivo “das mãos do presidente do Congresso ou das do presidente do Supremo Tribunal Federal, conforme a posse se verificar perante este ou aquele poder”.


Paulo Pimenta defende varredura em acampamento bolsonarista em Brasília

 "É razoável que o Exército ainda não tenha determinado revista em acampamento do QG?", questiona parlamentar, que deve ser ministro da Secom

Paulo Pimenta | Carro é incendiado em frente à posto de gasolina na noite desta segunda-feira (12), em Brasília (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados | Adriano Machado/Reuters)


Sputnik – Deputado cotado para a Secom no governo Lula diz que falta de punição a atos radicais estimulam a violência e cobra revista por parte das Forças Armadas em acampamento bolsonarista em frente ao Quartel General do Exército.

Cotado para assumir a Secretaria de Comunicação (Secom) do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) criticou, nesta terça-feira (27), a falta de punição a radicais que participaram de atos violentos em Brasília no dia 12 de dezembro.

Segundo Pimenta, a impunidade gerou o clima de insegurança atualmente observado na capital federal. "O ambiente de insegurança é provocado por um sentimento de impunidade. Acontecer tudo o que aconteceu aqui em Brasília no dia 12, e até hoje ninguém foi detido, ninguém foi responsabilizado", disse o deputado, em entrevista a jornalistas no hotel Meliá, em Brasília.

Pimenta criticou a falta de uma ação enérgica por parte das Forças Armadas, destacando que "as pessoas que colocaram fogo em ônibus em Brasília saíram de QG do Exército", citando como exemplo a recente prisão de um bolsonarista radical, pela tentativa de explodir um caminhão bomba.

"Nós sabemos que o cidadão que tentou fazer atentado no aeroporto saiu do acampamento lá do QG [Quartel General do Exército]. É razoável que o Exército ainda não tenha determinado revista em acampamento do QG? É razoável que o Exército e as Forças Armadas não tenham determinado revista [no acampamento]?"
O deputado finalizou enfatizando que considera "absolutamente inaceitável" a falta de providência tomada pelas Forças Armadas sobre o acampamento no QG do Exército, e destacou que a responsabilidade sobre qualquer episódio futuro recairá sobre as Forças Armadas.
"Cabe a eles, autoridades do Distrito Federal, incluindo Exército e Forças Armadas, a responsabilidade sobre qualquer coisa que possa acontecer", disse o deputado.


Herança maldita: Bolsonaro deixa para Lula 1,1 milhão de brasileiros na fila do INSS

 Governo eleito deve acelerar a rapidez na análise de benefícios

Fila do INSS (Foto: Antônio Cruz / ABr (20.05.2011)

247 – Jair Bolsonaro deixa uma herança maldita para o presidente diplomado para o novo governo. "O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai assumir o governo com uma fila de 1,1 milhão de brasileiros à espera da concessão de algum tipo de benefício da Previdência Social. O contingente é menor do que quando Jair Bolsonaro assumiu a Presidência, em 2019, mas segue em um patamar elevado apesar de o atual governo ter tomado medidas para acelerar tanto a liberação dos benefícios no período eleitoral que foi preciso reprogramar o Orçamento para garantir o pagamento das aposentadorias", aponta reportagem de Fernanda Trisotto e Letícia Messias, no Globo.

"A fila de brasileiros à espera da concessão de algum tipo de benefício da Previdência bateu 1.144.047 pessoas em novembro, de acordo com dados do INSS obtidos pelo GLOBO via Lei de Acesso à Informação (LAI). Esses números compreendem todos os pedidos iniciais, inclusive os que dependem de perícia médica. Nos cálculos do economista Paulo Tafner, a fila do INSS precisa ser reduzida para uma média mensal entre 200 mil e 300 mil requerimentos iniciais para evitar o represamento", acrescentam as jornalistas.


terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Flávio Dino: 'podemos chegar a até 8.000 policiais para garantir a posse de Lula'

 'Um terrorismo psicológico tenta desafiar a democracia', criticou o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública

Flávio Dino (ao microfone) e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução | Reuters)


247 - Futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, o senador eleito Flávio Dino (PSB) afirmou nesta terça-feira (27) que até 8.000 policiais podem ser chamados para garantir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no próximo domingo (1º). De acordo com o futuro ministro, um "terrorismo psicológico tenta desafiar a democracia". "Podemos chegar até 8.000 policiais se necessário for", disse em entrevista à CNN Brasil

"Nós temos várias alternativas de planejamento que serão decididas no dia (01/01). Temos uma avaliação permanente em relação a esse planejamento, não só com a Polícia Federal, mas com a Polícia Rodoviária Federal e as próprias Forças Armadas", continuou. 

"Quero agradecer ao Governo do Distrito Federal. Estamos falando de milhares de policiais que estarão em vários círculos ao redor dos locais em que ocorrerão os eventos. E esse número pode ser ampliado de acordo com a necessidade. Nós temos efetivos do GDF que estão 100% à disposição, segundo o governador Ibaneis [Rocha]", complementou.

A Polícia Federal e investigadores apuram suspeitas de terrorismo no Distrito Federal. Forças de segurança encontraram nesta terça uma mochila abandonada no Setor Hoteleiro Norte (SNH), em Brasília (DF). O Allia Gran Hotel chegou a ser evacuado. O coronel Fábio Augusto, da Polícia Militar do Distrito Federal informou que a mochila tinha apenas roupas.

Segundo a PF, o mesmo grupo de apoiadores de Bolsonaro foi responsável pelo vandalismo na capital no dia 12 de dezembro, quando carros e ônibus foram queimados, e pela tentativa de atentado com bomba no último sábado (24), próximo ao aeroporto da capital federal.

O empresário bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa foi preso no último final de semana depois de planejar explodir um caminhão-tanque carregado com querosene próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília (DF). Outro suspeito, Alan Diego Rodrigues, foi identificado por policiais.

Mochila que gerou nova suspeita de bomba em Brasília só tinha roupas, diz coronel da PM

A mochila foi encontrada próxima a um depósito de gás, o que gerou temores iniciais de uma grande explosão
Policiais do BOPE averiguaram a denúncia de nova bomba em Brasília (Foto: Reprodução/TV Band)


247 - mochila abandonada no Setor Hoteleiro Norte (SNH) de Brasília, por volta das 16h, tinha apenas roupas, segundo o coronel Fábio Augusto, da Polícia Militar do Distrito Federal. 

O esquadrão antibomba da PM foi ativado e o Corpo de Bombeiros acompanhou a ação. A mochila foi encontrada próxima a um depósito de gás, o que gerou temores iniciais de uma grande explosão. 

As forças de segurança do DF vêm se empenhando nas investigações do terrorista bolsonarista George Washington Sousa, preso preventivamente por tentar explodir uma bomba no Aeroporto Internacional de Brasília. (Com informações do Metrópoles). 

Bolsonaristas começam a deixar acampamento em QG do Exército em Brasília

 Os apoiadores de Jair Bolsonaro estão acampados há quase dois meses perto de um quartel no Distrito Federal. A equipe do próximo governo não descarta a desocupação compulsória

Atos de bolsonaristas perto do Quartel-General do Exército, no Distrito Federal (Foto: TV Globo/Reprodução)

247 - As mobilizações feitas por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília (DF) estão com menos participantes em comparação com semanas atrás. A informação foi publicada nesta terça-feira (27) pelo site Metrópoles. Eles estão acampados há quase dois meses.

Em coletiva de imprensa nesta terça, o senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, disse que a equipe de Lula está tentando desocupar o local por meio de conversas com as pessoas que estão acampadas. 

"Nós temos uma segunda possibilidade que é uma desocupação compulsória. As indicações vão no sentido de que haverá a desocupação voluntária nos próximos dias. Vamos esperar esse cenário se concretizar para decidir na quinta-feira o que faremos", disse. 

Bolsonarismo e as eleições

Eleitores do atual chefe do Executivo federal fizeram bloqueios em ruas após o término do segundo turno da eleição presidencial em 30 de outubro, quando Bolsonaro teve 49,1% dos votos e o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhou, com 50,9%. 

Nos últimos anos, o atual ocupante do Planalto tentou passar para a população a mensagem de que o Poder Judiciário atrapalha o governo. Também defendeu a participação das Forças Armadas na apuração do resultado das eleições. 

Partidos de oposição denunciaram publicamente a hipótese de o bolsonarismo tentar um golpe. No mês passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) multou o PL em R$ 22,9 milhões após o partido questionar a confiança das urnas eletrônicas

Preocupação com violência 

O acampamento próximo ao QG do Exército aconteceu em um contexto de investigações sobre suspeitas de terrorismo em Brasília (DF). Forças de segurança do Distrito Federal encontraram nesta terça uma mochila abandonada no Setor Hoteleiro Norte (SNH), em Brasília (DF). O Allia Gran Hotel chegou a ser evacuado. 

De acordo com a PF, o mesmo grupo de apoiadores de Bolsonaro foi responsável pelo vandalismo na capital no dia 12 de dezembro, quando carros e ônibus foram queimados, e pela tentativa de atentado com bomba no último sábado (24), próximo ao aeroporto da capital federal.

O empresário bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa foi preso no último final de semana depois de planejar explodir um caminhão-tanque carregado com querosene próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília (DF). Outro suspeito, Alan Diego Rodrigues, foi identificado por policiais.

'Jamais apoiaria rupturas democráticas', diz comandante da Aeronáutica sobre 'fake news'

 Carlos de Almeida Baptista Junior negou estar do lado de Bolsonaro em qualquer aventura golpista, como noticiou um colunista

(Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

247 - O comandante da Força Aérea Brasileira, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, negou estar disposto a embarcar com Jair Bolsonaro na invocação do artigo 142, como noticiou o colunista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles. 

Segundo o jornalista, os comandantes do Exército e da Marinha não teriam a mesma disposição. Ele citou "pessoas próximas ao presidente". 

"Lamentável o espaço e interpretações erradas que este tipo de mentira consegue ocupar na internet e na mídia dependente de 'likes' para sobreviver. Jamais apoiaria rupturas democráticas" diz o Brigadeiro.