sábado, 24 de dezembro de 2022

Ratinho Junior anuncia mais cinco nomes para compor o governo a partir de 2023

 Dois são novidade: Ricardo Barros (Indústria, Comércio e Serviços) e Roni Miranda (Educação). Os outros três indicados se mantêm nos postos: Beto Preto na Saúde, Elisandro Pires Frigo na Administração e Previdência e Leticia Ferreira da Silva na PGE.

Foto: AEN

O governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou nesta sexta-feira (23) mais cinco nomes que vão compor o primeiro escalão do Governo do Paraná a partir do dia 1º de janeiro. Entre os indicados, dois são novidade: o deputado federal Ricardo Barros assume a recém-criada Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Serviços e o atual diretor de Educação da Secretaria da Educação e do Esporte, Roni Miranda, passa a liderar a pasta, que volta a atender somente a área da Educação.

Os outros três indicados se mantêm nos postos que já ocupam atualmente: Beto Preto na Saúde, Elisandro Pires Frigo na Administração e Previdência e Leticia Ferreira da Silva à frente da Procuradoria-Geral do Estado.

Ele também indicou o deputado estadual eleito Hussein Bakri para ser o líder do Governo na próxima gestão. Na atual legislatura, ele já foi líder do Governo e presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa.

Nesta semana, outros seis nomes do secretariado já tinham sido divulgados pelo governador: Hudson Leôncio Teixeira (Segurança Pública)Eduardo Pimentel (Cidades), Luciana Casagrande Pereira (Cultura), Helio Wirbiski (Esporte), Marcelo Rangel (Inovação Modernização e Transformação Digital) e Sérgio Vieira Benício (Casa Militar).

EDUCAÇÃO – Responsável atualmente por toda a área pedagógica da pasta, Roni Miranda será o próximo secretário estadual da Educação. Ele dará continuidade às políticas de sucesso que fizeram com que o Paraná subisse do 3º para o 1º lugar no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no ensino médio.

Um dos principais desafios na próxima gestão será avançar também no ensino fundamental, que já é um dos melhores do País, e dar continuidade ao modelo educacional que começou a ser implementado no Paraná a partir de 2019, considerado um case de sucesso pelo Ministério da Educação.

Programas que contribuíram com a melhoria dos índices educacionais do Paraná deverão ser continuados e aprimorados. É o caso do Ganhando o Mundo, que deverá levar mil estudantes paranaenses para fazerem intercâmbio no Exterior, o Mais Merenda, que garantiu segurança alimentar nas escolas estaduais, a ampliação da educação em tempo integral, e módulos de educação financeira e robótica no currículo escolar.

Miranda é professor de História da rede estadual de ensino e fez toda a formação, na educação básica, nas escolas públicas do Paraná. Natural de Foz do Iguaçu, na região Oeste, ele cresceu em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. Roni era o braço direito de Renato Feder, que será secretário da Educação de São Paulo, e liderou boa parte das ações educacionais que levaram o Paraná ao topo do Ideb.

SAÚDE – A Secretaria de Saúde, que nos últimos anos teve grande protagonismo na regionalização do atendimento e no combate à Covid-19, incluindo a maior campanha de vacinação da história, continuará sob o comando de Beto Preto. Médico especialista em Medicina Nuclear e pós-graduado em Medicina do Trabalho e Medicina Legal e Perícias, ele já foi prefeito de Apucarana, diretor-geral da Ouvidoria Nacional do SUS, presidente do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde do Paraná e vice-presidente para a Saúde Pública na Frente Nacional dos Prefeitos.

Entre as marcas importantes alcançadas pela gestão estão o aumento de 68% para 100% de abrangência do Samu no Paraná, a implantação de três novos hospitais regionais em Guarapuava, Ivaiporã e Telêmaco Borba, a ampliação histórica no número de leitos da rede SUS estadual para atender a demanda recorde no auge da pandemia, novos investimentos nos consórcios municipais, a entrega da maior frota de veículos para a Estratégia Saúde da Família da história e o aumento da parceria com hospitais filantrópicos e privados para realização de cirurgias eletivas.

INDÚSTRIA, COMÉRCIO E SERVIÇOS – O Paraná assumiu o posto de quarta maior economia do País neste ano e registrou a maior participação da história no Produto Interno Bruto (PIB) nacional da sua história. Em 2022, o Estado também chegou ao maior número de paranaenses empregados com carteira assinada e ao menor tempo para abertura de novas empresas. São conquistas marcantes e que agora passam a ser tabeladas diretamente com os representantes dos principais setores da economia.

Quem administrará a nova pasta será o deputado federal e engenheiro civil Ricardo Barros, que já ocupou o mesmo cargo em 2014. Além de ter sido eleito para o seu sétimo mandato na Câmara dos Deputados, Barros tem especialização em Políticas Públicas e também já foi ministro da Saúde, prefeito de Maringá e presidiu diversas comissões na Congresso, além da Liderança do Governo Federal.

A pasta atuará para ampliar os bons números econômicos Paraná em parceria com a iniciativa privada e vai atuar no diálogo com o setor produtivo ao lado da Invest Paraná, agência de atração de investimentos do Estado.

ADMINISTRAÇÃO E PREVIDÊNCIA – A Secretaria de Estado da Administração e da Previdência é a responsável pelo exercício das atividades-meio necessárias ao funcionamento do Executivo Estadual. Suas competências envolvem as políticas públicas e a macrogestão, procedimentos, documentação e suporte aos servidores públicos paranaenses. A pasta ainda é responsável pelos imóveis, a frota e a área de Recursos Humanos.

À frente da pasta desde abril de 2022, Elisandro Frigo continuará como secretário. Ele é graduado em Engenharia pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, com mestrado em Engenharia e doutorado em Agronomia. Frigo também foi diretor-geral da Seap, diretor-geral da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte e coordenador de Ensino Superior da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná.

PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO – A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) é o órgão responsável pela representação judicial e consultoria jurídica do Paraná, sendo peça essencial ao aprimoramento do controle interno e da defesa dos interesses do Paraná, seja no plano preventivo ou perante o Poder Judiciário. Também é a área responsável por emitir pareceres em projetos de lei.

Indicada procuradora-geral na primeira gestão de Ratinho Junior, Leticia Ferreira seguirá à frente da PGE no segundo mandato. Ela é formada em Direito pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e iniciou a carreira em 1996. É procuradora de carreira do Estado e foi integrante do Conselho Superior da PGE, além de atuar em outras áreas e regionais da entidade.

Na PGE, também coordenou o Grupo Estratégico de Recuperação de Ativos, ocupou a chefia da Coordenadoria de Assuntos Fiscais e atuou na área de projetos e coordenação da recuperação de créditos inscritos em dívida ativa.

LIDERANÇA DO GOVERNO – Hussein Bakri, novo Líder do Governo na Assembleia Legislativa, tem 57 anos e é formado em Relações Públicas. Radialista e comerciante, foi eleito vereador de sua cidade natal, União da Vitória, em 1988, aos 22 anos. Exerceu dois mandatos consecutivos como prefeito do município (2001-2008). Ele foi Líder na primeira gestão e em outubro deste ano foi eleito deputado estadual novamente.


Fonte: AEN

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Aliados próximos tentam convencer Bolsonaro a passar faixa a Lula

 Esse movimento foi feito, por exemplo, pelo governador eleito de São Paulo Tarcísio de Freitas

Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto 04/08/2022 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

247 - Aliados próximos de Jair Bolsonaro tentam convencê-lo a passar a faixa para o presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva.

Reportagem do jornal Estado de S.Paulo apurou que amigos com influência sobre Bolsonaro têm procurado demonstrar a ele que, no atual cenário de radicalização do País, essa obrigação do titular do cargo pode até mesmo soar como um “ato de grandeza” de sua parte, ajudando a aglutinar a oposição em torno de Lula.

Esse movimento foi feito, por exemplo, pelo governador eleito de São Paulo Tarcísio de Freitas, que esteve com Bolsonaro na semana passada, e pelo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Jorge Oliveira, que chegou à Corte por indicação de Bolsonaro. O ocupante do Planalto nada diz a respeito. Ouve e continua calado.

Homem perseguido por Carla Zambelli aponta racismo e mais 3 crimes ao STF

 A defesa do jornalista Luan Araújo também citou constrangimento ilegal majorado pelo emprego de arma de fogo

Carla Zambelli (Foto: Reprodução)

247 - O jornalista Luan Araújo pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes a abertura de processo criminal contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que o perseguiu com um revólver em 29 de outubro.

De acordo com o portal Uol, a defesa de Araújo disse ao Supremo que a parlamentar foi responsável por quatro crimes: racismo, ameaça, perigo para a vida ou saúde de outrem, e constrangimento ilegal majorado pelo emprego de arma de fogo.

luan-araujo-zambelli-abi
Jornalista Luan Araújo (de boné) recebeu solidariedade da ABI. Foto: Reprodução/Twitter(Photo: Reprodução/Twitter)Reprodução/Twitter


O advogado Renan Bohus, que assina a petição, comentou o processo. "Aguardamos as imagens para poder ter um norte sobre quem efetuou os disparos, se foi para cima ou em direção a Luan, porque isso também pode caracterizar um crime diferente. Aguardamos os resultados da perícia e acompanhamos o desenrolar das investigações", afirmou.

A parlamentar afirmou que estuda quais medidas podem ser adotadas contra Luan Araújo. O jornalista teria xingado a congressista de "burra, vagabunda, prostituta" durante a discussão.

Segurança de Lula não ficará a cargo do GSI, decide PT

 A PF continuará fazendo a proteção do presidente eleito

Lula dá entrevista coletiva em Brasília (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - O PT decidiu que a segurança do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva não ficará mais a cargo do GSI, uma vez que a pasta foi aparelhada pelo governo Jair Bolsonaro, impondo risco à segurança do petista. Hoje, a pasta é comandada pelo bolsonarista general Heleno.

Segundo a Folha de S. Paulo, a Polícia Federal continuará fazendo a proteção de Lula até uma reestruturação. O delegado federal Alexsander Castro Oliveira comandará o trabalho.

O general da reserva Marco Edson Gonçalves Dias será o novo ministro-chefe do GSI. Ele coordenou a segurança de Lula durante a campanha deste ano.

Wellington Dias: "Vamos tirar novamente o Brasil do Mapa da Fome"

 O Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU em 2014, mas voltou a figurar a partir de 2015

(Foto: Divulgação/Governo do Piauí)

247 - O futuro ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT), prometeu tirar novamente o Brasil do Mapa da Fome da ONU. O país saiu do gráfico em 2014, em grande parte devido às políticas de segurança alimentar e nutricional aplicadas durante os governos petistas. Voltou a figurar a partir de 2015 e a situação foi agravada pelo governo neoliberal de Jair Bolsonaro e a pandemia de Covid-19.

De acordo com Wellington Dias, a pasta que comandará será o coração do futuro governo Lula. “Será o coração porque cuida do social e dos direitos básicos dos brasileiros. Sob a coordenação de Lula, cumpriremos a meta de tirar novamente o Brasil do mapa da fome, vamos cuidar de cada pessoa e família, com o olhar especial voltado para quem mais precisa”, disse o futuro ministro, durante entrevista coletiva nesta sexta-feira (23), em Teresina. 

Dias disse ainda que irá trabalhar para garantir uma atuação integrada com todas as áreas, com estados, municípios e o setor privado. “Vamos assegurar a abertura de oportunidades, o crescimento da economia e o aumento da geração de emprego e renda. Estarei aqui me dedicando para acertar”, acrescentou. 

Lula oferece Meio Ambiente para Tebet e tenta resolver futuro de Marina

 A ex-ministra negou ter interesse em chefiar a autoridade ambiental

Simone Tebet e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

247 - Em reunião nesta sexta-feira (22), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ofereceu o Ministério do Meio Ambiente a Simone Tebet (MDB), informa o jornal O Globo. A senadora aceitou, desde que Marina Silva (Rede), também cotada para chefiar a pasta, concorde.

O acerto com Marina deve ocorrer ainda nesta sexta-feira, quando ela deve conversar com Lula. A alternativa mais comentada é nomear Marina à autoridade ambiental, mas ela negou ter interesse em assumir a função, que considera puramente técnica.

A pasta de preferência de Tebet, do Desenvolvimento Social, ficou nas mãos do PT, com a nomeação de Wellington Dias (PI). Ontem, em reunião com o presidente do MDB, Baleia Rossi (SP), Lula disse que poderia oferecer o Ministério do Planejamento à senadora, mas, a pessoas próximas, ela disse que não teria interesse.

Posse de Lula terá presença recorde de líderes estrangeiros: 30 presidentes e chefes de governo já confirmaram presença

 Presença estrangeira esperada é três vezes maior que a registrada na posse de Jair Bolsonaro

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - A cerimônia de posse do presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia 1 de janeiro, terá uma presença recorde de líderes estrangeiros. “Segundo pessoas que trabalham na operação protocolar, cerca de 30 presidentes e chefes de governo já confirmaram presença, além de ministros e enviados especiais”, diz o jornalista Jamil Chade, em sua coluna no UOL. O número é três vezes maior que o registrado na posse de Jair Bolsonaro (PL).  

Ainda conforme a reportagem, “a equipe de protocolo do Itamaraty indicou que, nos próximos dias, novos nomes devem ser confirmados. A presença estrangeira ainda conta com líderes africanos, asiáticos e do Oriente Médio”.  

A participação estrangeira na posse de Lula tem como objetivo assinalar o reconhecimento internacional do resultado das eleições no Brasil, sinalizar uma condenação aos seguidos pedidos de ruptura institucional por parte dos apoiadores de Jair, além de blindar a cerimônia de possíveis tumultos que possam ser praticados por bolsonaristas e militantes da extrema direita.  

Chade ressalta, ainda, que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não participará da cerimônia em função de um ato assinado por Bolsonaro que impede a entrada do líder venzuelano e seus assessores no Brasil. O ato, neste caso, teria que ser revogado por Lula no dia 1 de janeiro, mesma data da posse, não restando tempo hábil para a vinda de Maduro.  

“Segundo fontes diplomáticas, Maduro demonstrou que entendia a situação. Em Caracas, a expectativa é de que a chegada de Lula restabeleça a relação institucional e que as embaixadas e consulados brasileiros em território venezuelano sejam reabertos”, diz o jornalista. 

Valente bate duro na Lava Jato em debate com Dallagnol (vídeo)

 O deputado do PSOL-SP também fez críticas ao ex-juiz Sérgio Moro

Ivan Valente (Foto: Reprodução / Agência Câmara)

247 - O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) bateu duro no deputado federal eleito Deltan Dallagnol (Podemos-PR) enquanto os dois participavam do programa na CNN Brasil. 

"Li todos os diálogos da Vaza Jato. Dallagnol sempre foi político, assim como Sérgio Moro. Ele (Moro) operou politicamente e as provas são contundentes. Violação de todos os princípios constitucionais", disse. 

"A operação política que foi feita para levar Lula à prisão foi um jogo para tirá-lo do páreo", afirmou. 


Papa Francisco critica processo que prendeu Lula em Curitiba: ‘começou com notícias falsas’

 "É preciso ter cuidado com aqueles que criam um cenário para condenar, não importam os fatos", disse o religioso

Luiz Inácio Lula da Silva e o Papa Francisco (Foto: Ricardo Stuckert)

Rede Brasil Atual - O julgamento que levou o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à prisão em Curitiba foi criticado pelo papa Francisco. Em entrevista ao jornal espanhol ABC, publicada neste domingo (18), o santo padre disse que não se trata de falar de política. E sim sobre fake news. “Começou com notícias falsas na mídia, que criaram uma atmosfera que favoreceu o julgamento e prisão de Lula”, disse.

Então, Lula saiu ileso de todas as acusações. Contudo, nada vai apagar os 580 dias de cárcere na sede da Polícia Federal em Curitiba. Além da falta de provas contra o presidente, a Justiça considerou seus algozes como parciais.

O grupo formado pelo então Juiz Sergio Moro e a força tarefa Lava Jato do Ministério Público, de nomes como Deltan Dallagnol, perseguiu Lula. Utilizaram instrumentos judiciais para tentar destruir a figura política do petista, em uma investida que os juristas chamam de lawfare.

Logo, o papa Francisco clamou por cautela e julgamentos justos no futuro. “É preciso ter cuidado com aqueles que criam um cenário para condenar, não importam os fatos. Eles moldam um cenário usando a mídia para influenciar aqueles que devem julgar”, disse.

“Um julgamento deve ser o mais limpo possível, com tribunais que não tenham outro interesse a não ser fazer justiça”, completou o sumo pontífice. Lula foi preso em 2018 pelo processo sobre o triplex no Guarujá. Em 2021, o Supremo Tribunal Federal anulou as sentenças contra ele. Papa finalizou ao classificar o julgamento parcial de Lula como “caso histórico”.

Miriam Belchior terá papel central no próximo governo

 Ela será secretária-executiva da Casa Civil e irá coordenar programas de retomada de investimentos

(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/RBA)

(Reuters) - O futuro ministro-chefe da Casa Civil Rui Costa anunciou nesta quinta-feira que a ex-ministra do Planejamento e ex-presidente da Caixa Econômica Federal Miriam Belchior será sua secretária-executiva, e que o atual secretário de Infraestrutura da Bahia, Marcus Cavalcanti, ficará à frente da Secretaria Especial do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI).

Em nota, Costa, cujo mandato como governador da Bahia termina em 31 de dezembro, disse ainda que o PPI, que atualmente está debaixo do Ministério da Economia, será transferido para a Casa Civil no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Miriam Belchior comandou o Planejamento no primeiro mandato de Dilma Rousseff, entre 2011 e 2014, e no segundo mandato da petista assumiu o comando da Caixa. Antes, nos dois primeiros mandatos de Lula --de 2003 a 2010-- atuou na Casa Civil e foi responsável pela articulação e monitoramento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Cavalcanti atua como secretário de Infraestrutura da Bahia desde 2014 e é servidor efetivo do governo baiano. Atualmente também preside o conselho de administração da Bahiagás.

Confira a lista de todos os ministros já anunciados por Lula

 Dos 21 ministros já confirmados, sete são petistas

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução/Youtube)

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta quinta-feira 16 futuros ministros de seu governo, totalizando 21 ministros confirmados até o momento em um total de 37 pastas previstas.

Além dos aspectos técnicos, a ampla frente de apoio nas eleições e a negociação com partidos com peso e número de votos no Congresso entram na equação política para a definição de nomes.

Veja a seguir a lista dos ministros anunciados por Lula até o momento:

FAZENDA: Fernando Haddad

Ex-prefeito de São Paulo, é um dos nomes mais próximos de Lula dentro do PT. Foi candidato à Presidência em 2018, quando Lula não pôde concorrer. Perdeu disputa neste ano pelo governo de São Paulo.

CASA CIVIL: Rui Costa

Governador da Bahia por dois mandatos, é visto como um bom gestor e pode ficar à frente de um novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

DEFESA: José Múcio Monteiro

Ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), é bem visto dentro das Forças Armadas e elogiado por todos espectros da política por sua capacidade de diálogo e articulação.

JUSTIÇA: Flávio Dino

Dino é ex-juiz federal e coordenou a área de Justiça e Segurança Pública na transição de governo. Defende revogação de decretos que facilitam acesso a armas e maior rigor no combate a crimes ambientais. Foi governador do Maranhão.

RELAÇÕES EXTERIORES: Mauro Vieira

Vieira foi o último ministro do Itamaraty do governo Dilma Rousseff, entre 2015 e 2016, e já chefiou as principais missões diplomáticas do Brasil no exterior, incluindo a representação do país na Organização das Nações Unidas (ONU).

INDÚSTRIA E COMÉRCIO: Geraldo Alckmin

Vice-presidente eleito, o ex-governador de São Paulo é visto como um político hábil nas negociações de bastidores. Antigo adversário de Lula, deixou o PSDB e ingressou no PSB para concorrer na chapa do petista como vice. Coordenou o Gabinete de Transição.

RELAÇÕES INSTITUCIONAIS: Alexandre Padilha

Petista de carteirinha, foi coordenador das campanhas de Lula em 1989 e 1994. Em 2011, assumiu a Secretaria de Relações Institucionais e respondeu pela coordenação política do governo Lula. Médico especializado em Infectologia pela USP, também foi ministro da Saúde na gestão de Dilma Rousseff.

SECRETARIA-GERAL DA PRESIDÊNCIA: Márcio Macêdo

Vice-presidente do PT, o deputado foi tesoureiro da sigla de 2015 a 2020. Biólogo, já ocupou secretarias estaduais, como a de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Estado de Sergipe.

SAÚDE: Nísia Trindade

Presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desde 2017, teve papel fundamental durante a pandemia de Covid-19, organizando ações emergenciais, como aumento da capacidade de produção de kits de diagnóstico e a produção de vacinas. Também criou o Observatório Covid-19, rede de sistematização e monitoramento de dados epidemiológicos.

EDUCAÇÃO: Camilo Santana

Governador do Ceará por dois mandatos, é filho de ex-deputado e assistente social. Formado em Engenharia Agrônoma, ingressou na máquina pública como servidor concursado no Ibama.

GESTÃO: Esther Dweck

Professora Associada do Instituto de Economia da UFRJ, atuou no governo Dilma como chefe da Assessoria Econômica do Ministério do Planejamento entre 2011 e 2014, e como secretária de Orçamento Federal em 2015 e 2016.

TRABALHO: Luiz Marinho

Sindicalista e presidente do Diretório do PT em São Paulo, Marinho foi ministro da Previdência Social do governo Lula, entre 2007 e 2008, e prefeito de São Bernardo do Campo (SP) pelo PT 2009 a 2016.

PORTOS E AEROPORTOS: Márcio França

Político do PSB, desistiu de concorrer neste ano ao governo de São Paulo, abrindo caminho para Haddad disputar o posto, e concorreu ao Senado, mas não conseguiu se eleger. Foi governador de São Paulo entre 2018 e 2019, após ter sido vice-governador de 2015 a 2018. Ao tentar a reeleição, perdeu o governo de São Paulo para João Doria (PSDB).

CIÊNCIA E TECNOLOGIA: Luciana Santos

Com origens no movimento estudantil, é atual presidente nacional do PCdoB. Vice-governadora de Pernambuco -- ela concorreu novamente como vice na chapa de Danilo Cabral (PSB), mas eles não se elegeram. Santos já exerceu mandatos como deputada federal e estadual.

DESENVOLVIMENTO SOCIAL: Wellington Dias

Ex-governador do Piauí e senador eleito pelo PT, coordenou as conversas com o Congresso para a aprovação do Orçamento de 2023 e da PEC da Transição. Especialista em Políticas Públicas e Governo, iniciou a carreira política em 1992, como vereador de Teresina. Depois elegeu-se deputado estadual, federal e chegou a senador.

CULTURA: Margareth Menezes

Cantora de estilo AfroPop, proposta que mistura elementos africanos, brasileiros e pop, criou em 2004 a Associação Fábrica Cultural, entidade privada sem fins lucrativos voltada à construção coletiva do reconhecimento cultural local.

IGUALDADE RACIAL: Anielle Franco

Irmã de Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro assassinada em 2018. Ativista das questões étnico-raciais, Anielle é jornalista, colunista, escritora e professora, além de feminista e diretora do Instituto Marielle Franco.

MULHERES: Cida Gonçalves

Militante e ativista do movimento de mulheres e movimento feminista, é especialista em gênero e violência contra a mulher. No primeiro mandato de Lula, ocupou o cargo de secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres na Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República. Coordenou processo de articulação e fundação da Central dos Movimentos Populares no Brasil.

DIREITOS HUMANOS: Silvio Almeida

Jurista, filósofo e professor, preside o Instituto Luiz Gama, associação civil sem fins lucrativos formada por um grupo de juristas, acadêmicos e militantes dos movimentos sociais que atua na defesa das causas populares, com ênfase nas questões sobre os negros, as minorias e os direitos humanos.

ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO: Jorge Messias

O procurador da Fazenda já ocupou subchefia de assuntos jurídicos da Casa Civil (SAJ) do governo Dilma, ocasião em que ficou conhecido com a divulgação de grampo ilegal em que a então presidente conversava com Lula sobre um termo de posse. Messias integrou a coordenação do grupo de trabalho de Transparência, Integridade e Controle do gabinete de transição.

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO: Vinícius Marques de Carvalho

Especialista em políticas públicas e gestão governamental, o professor-doutor no Departamento de Direito Comercial da Universidade de São Paulo, já presidiu o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), de 2012 a 2016. Entre 2011-2012 foi secretário de Direito Econômico.

Fim de Guaidó: direita venezuelana decide acabar com 'governo interino'

 Decisão foi tomada em sessão virtual do antigo parlamento eleito em 2015

(Foto: REUTERS / Leonardo Fernandez Viloria)

Sputnik - Os partidos que compõem o campo de oposição ao governo da Venezuela, do presidente Nicolás Maduro, aprovaram nesta quinta-feira (22) o fim do chamado "governo interino" que era reivindicado pelo ex-deputado Juan Guaidó desde 2019.

Líderes da oposição e ex-deputados que reivindicam a continuidade da Assembleia Nacional eleita em 2015 aprovaram em primeira discussão a proposta de eliminar o autodenominado governo interino de Juan Guaidó.

"Com 72 votos, foi aprovada a proposta apresentada pelos partidos Primero Justiça, Ação Democrática, UNT e MPV que propõe a eliminação do governo interino. A segunda proposta promovida pelo Vontade Popular obteve 23 votos", informou o Centro Nacional de Comunicação do 'governo interino'.

A votação foi realizada em sessão virtual da antiga legislatura da Assembleia Nacional, controlada pela oposição. 

Na quarta-feira, líderes da oposição disseram que o governo interino deveria desaparecer depois de se enfraquecer e não cumprir seus objetivos.

Os ex-deputados ainda pretendem manter conversas sobre a PDVSA e controlar os bens do Estado bloqueados no exterior.

No início de 2019, o líder oposicionista se autoproclamou como presidente interino da Venezuela, recebendo apoio imediato dos Estados Unidos e vários de seus aliados. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, segue reconhecido como única liderança legítima do país sul-americano por diversos países, incluindo Rússia e China.

Reinaldo Azevedo: 'Lula garantiu condições mínimas de governabilidade e vai corrigir um Orçamento delinquente'

 O jornalista destacou a importância da PEC da Transição

Reinaldo Azevedo (à esq.) e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução/Youtube | Ricardo Stuckert)

247 - Em sua coluna publicada nesta quinta-feira (22) no jornal Folha de S.Paulo, o jornalista Reinaldo Azevedo destacou as articulações feitas pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para aprovar a PEC da Transição, promulgada pelo Congresso Nacional. A proposta prevê R$ 145 bilhões fora do teto de gastos e deixará o valor do programa Bolsa Família em R$ 600 mais o adicional de R$ 150 por família com criança de até 6 anos.

"Não me lembro de ter lido a previsão de que, 52 dias depois de vitória apertada, o líder petista, na condição de eleito, realizaria a proeza de aprovar a tal PEC ainda durante o plantão do governo derrotado — este que opera no modo 'golpe, silêncio e lágrimas' —, o que garante ao futuro presidente condições mínimas de governabilidade, permitindo a correção de um Orçamento delinquente", escreveu o jornalista Reinaldo Azevedo. 

Gleisi deve ter mandato prorrogado na presidência do PT

 A deputada pode ficar mais dois anos presidindo o partido e deve ter participação decisiva nas estratégias do Partido dos Trabalhadores para as eleições municipais de 2024

Gleisi Hoffmann (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - A presidente nacional do PT, deputada federal reeleita Gleisi Hoffmann (PR), deve ter a prorrogação de seu mandato à frente da legenda, que se encerraria em 2023. A petista ficaria mais dois anos presidindo o partido. A informação foi publicada nesta quinta-feira (22) pela coluna Painel

A deputada foi eleita presidente do PT pela primeira vez em 2017. Se tiver o mandato prorrogado, a parlamentar seria a responsável pela coordenação das estratégias do seu partido na eleição municipal de 2024.

Dentro do PT, Gleisi faz parte da corrente Construindo um Novo Brasil, que tem maioria interna.

Relatório final da transição aponta que Bolsonaro promoveu "desmonte dos serviços públicos" e sugere "revogaço"

 "O desmonte respondeu a uma lógica de menos direitos para a maioria, e mais privilégios para uma minoria", diz o documento

Presidente Jair Bolsonaro durante pronunciamento no Palácio da Alvorada 01/11/2022 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - O relatório final dos grupos de trabalho da equipe de transição destaca que o governo Jair Bolsonaro (PL) promoveu um "desmonte dos serviços públicos essenciais" e aponta a necessidade de um “revogaço” geral de normas instituídas em diversas áreas, incluindo a o acesso às armas de fogo por civis, meio ambiente, educação, igualdade racial, privatização e acesso à informação. 

Segundo o documento, divulgado na quinta-feira (22), "a herança do governo Bolsonaro é a desorganização do Estado e o desmonte dos serviços públicos essenciais. Esses processos foram contínuos, abrangentes e sistemáticos, sendo parte do seu projeto político-ideológico de redução e enfraquecimento institucional do Estado. O desmonte respondeu a uma lógica de menos direitos para a maioria, e mais privilégios para uma minoria"

“Ele deixa para a população o reingresso do Brasil no mapa da fome: hoje são 33,1 milhões de brasileiros que passam fome e 125,2 milhões de pessoas, mais da metade da população do país, vive com algum grau de insegurança alimentar", diz um outro trecho do relatório.

O relatório, concluído após 34 dias de trabalho da equipe de transição, sugere que o governo do presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tomará posse no dia 1 de janeiro, faça uma revisão e promova a revogação de uma boa parte dos atos editados por Jair Bolsonaro ao longo de seu mandato, incluindo os relacionados ao acesso às armas de fog, meio ambiente, educação, igualdade racial, privatização, acesso à informação, além da chamada pauta de costumes, uma das bandeiras do bolsonarismo. 

“A lista de sugestões de revogações e revisões de atos normativos elencada demonstra o tamanho dos desafios do novo governo eleito, quanto à reconstrução do Estado brasileiro em áreas bastantes sensíveis, cujas políticas públicas são essenciais para a efetivação de direitos da população”, ressalta o documento. 

Aeronautas não fecham acordo com companhias aéreas e greve da categoria entra no quinto dia

 Proposta das empresas aéreas foi rejeitada por 59,25% dos participantes da assembleia virtual, realizada na quinta-feira

Movimento de passageiros no Aeroporto Santos Dumont no primeiro dia de greve dos aeronautas (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

247 - A greve dos aeronautas entra em seu quinto dia de paralisação nesta sexta-feira (23), após a categoria recusar uma proposta apresentada pelas companhias aéreas durante uma reunião do sindicato com o Tribunal Superior do Trabalho (TST), realizada na quinta-feira (22), em Brasília. 

De acordo com a Folha de S. Paulo, o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Henrique Hacklaender, informou que a proposta foi rejeitada por 59,25% dos 5.084 participantes da assembleia virtual. 

Ainda segundo a reportagem, “as companhias aéreas ofereceram aos trabalhadores reposição total da inflação medida pelo INPC de 5,97%, mais 1% de aumento real. Conforme a proposta, o reajuste incide sobre salários fixos e variáveis, pagamento de diárias em todo o território nacional, seguro, multas por descumprimento da convenção coletiva e vale-alimentação”.

Os aeronautas pediam, inicialmente, um aumento de 5% e a reposição da inflação. “Além da proposta menor, de 1%, os tripulantes não conseguiram incluir na convenção coletiva uma definição para horário de folgas e regras que impeçam a alteração dos descansos pelas empresas”, completa a reportagem. 

quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Além de ministério para Tebet, MDB quer Cidades e Transportes

 Transportes deve ficar com o senador Renan Filho, enquanto Cidades deve ser oferecida a um nome indicado pela Câmara dos Deputados

Simone Tebet, Lula, Janja e Marina Silva (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - O MDB, partido da senadora Simone Tebet,  poderá ter três ministérios no governo do presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com a reportagem, em conversa nesta quinta-feira (22) com Lula, dirigentes emedebistas disseram que os ministérios de Cidades e Transportes podem ficar com a sigla além, claro, do ministério que será ofertado a Simone Tebet. 

Transportes deve ficar com o senador Renan Filho (MDB-AL), enquanto Cidades deve ser oferecida a um nome indicado pela Câmara dos Deputados. Tebet, inclusive, disse a aliados que aceitaria ser ministra do Meio Ambiente, com a condição de que Marina Silva (Rede-SP) seja indicada para chefiar a autoridade climática, que teria status de ministério.

O MDB almeja, ainda,  ficar com o Programa de Parcerias de Investimento (PPI), estrutura que ficaria subordinada à Casa Civil.