quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Bolsonaristas apaixonados por armas desafiam promessa de Lula de desarmar o Brasil

 A fraca fiscalização não é o único obstáculo que Lula terá pela frente

(Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Rio de Janeiro (Reuters) - Quando quatro policiais federais foram prender Roberto Jefferson, um aliado próximo do presidente Jair Bolsonaro, o político veterano deixou claro que não iria a lugar nenhum.

"Corram", ele disse aos policiais. "Vocês vão se machucar."

O ex-parlamentar federal então jogou três granadas adulteradas de efeito moral contra a polícia e alvejou o carro blindado das forças de segurança com mais de 50 tiros vindos de seu rifle Smith & Wesson 5,56 mm, de acordo com o depoimento dele próprio e o dos policiais que o prenderam. Dois homens foram hospitalizados com ferimentos de estilhaço e Jefferson só se rendeu após uma negociação que durou oito horas.

A troca de tiros que gerou imensa repercussão no dia 23 de outubro, apenas uma semana antes de Bolsonaro perder a eleição, reforçou o que virá a ser um dos maiores desafios para seu adversário de esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente eleito prometeu "desarmar" um país cada vez mais armado, onde armas de fogo pessoais se tornaram um símbolo da base conservadora de Bolsonaro.

“Acho que a gente viu, por exemplo no caso do Roberto Jefferson, como é grave você ter civis com armas mais potentes. Essa é uma coisa que coloca em risco a própria polícia e a sociedade”, disse Bruno Langeani, do Instituto Sou da Paz, que está informalmente compondo a equipe de transição de Lula como consultor.

A Reuters entrevistou outras oito pessoas trabalhando ou aconselhando a equipe de transição de Lula no que diz respeito ao reforço do controle de armas assim que ele assumir o cargo no dia 1º de janeiro. Embora os planos ainda não estejam totalmente definidos, a equipe pretende revogar dezenas de decretos assinados por Bolsonaro para afrouxar a legislação sobre armas, o que provocou um aumento na posse de armas de fogo no país.

Quase três quartos dos brasileiros se opõem ao afrouxamento da legislação sobre armas conduzido por Bolsonaro, mostrou uma pesquisa do Datafolha em maio.

A prioridade será restabelecer as proibições civis de certas armas de grosso calibre, incluindo o rifle usado por Jefferson, disseram as fontes.

O futuro governo também planeja tornar mais difícil a obtenção de novas licenças de armas de fogo e mais caro e oneroso renovar as antigas. A equipe de transição também está procurando maneiras de simplificar os opacos bancos de dados administrados pelo Exército e pela Polícia Federal, disseram as fontes.

Mas essa é a parte fácil.

Existem, neste exato momento, cerca de 1,9 milhão de armas privadas registradas no Brasil, de acordo com os institutos Igarapé e Sou da Paz, contra cerca de 695.000 em 2018, quando Bolsonaro foi eleito. Reduzir esse vasto estoque de armas de fogo, muitas das quais pertencem a fanáticos por Bolsonaro que detestam Lula e contestam sua vitória eleitoral, será "desafiador", disse Gabriel Sampaio, advogado membro da equipe de transição.

O contexto político atual não poderia ser mais diferente do que o período anterior de Lula na Presidência, entre 2003 e 2010, quando ele aprovou leis abrangentes sobre armas para combater crimes violentos. Essas medidas incluíram um esquema de recompra voluntária que removeu cerca de 650.000 armas de circulação.

A equipe de Lula está agora discutindo uma recompra obrigatória para tirar os fuzis de assalto das mãos de civis e entregá-los às forças de segurança, disseram fontes de transição.

Langeani, do Instituto Sou da Paz, estima que existam entre 40 mil e 70 mil fuzis legais nas mãos de civis. Uma recompra obrigatória e com preços competitivos, com o governo pagando de 15 mil reais a 20 mil reais por fuzil, removeria algumas das armas de fogo mais perigosas do país, disseram Langeani e outros assessores de Lula.

Cerca de 700 mil brasileiros aproveitaram as leis mais brandas de Bolsonaro para se registrar como "colecionadores, atiradores desportivos e caçadores" ou "CACs" e armazenar armas. O número de licenças CAC cresceu quase 500% desde 2018.

No entanto, a supervisão em cima desses proprietários de armas é minúscula. No ano passado, auditores do Exército realizaram 622 visitas presenciais a proprietários de armas com carteiras vencidas ou inativas e apreenderam cerca de 400 equipamentos, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Em pelo menos 10 Estados, onde vivem cerca de 80 milhões de pessoas, eles não realizaram nenhuma visita.

O incidente com Jefferson é um exemplo.

Apesar de ser um dos presos mais conhecidos do Brasil, em prisão domiciliar por supostamente organizar "atos antidemocráticos", ele tinha em seu arsenal caseiro um fuzil de assalto, uma pistola Tanfoglio 9mm, "muita munição" e granadas proibidas, de acordo com seu testemunho.

Jefferson também disse à polícia que tinha de 20 a 25 armas e que já foi proprietário de até 100 armas de fogo.

O Exército disse que ele possuía uma licença CAC desde 2005, que foi suspensa após a troca de tiros em outubro.

O advogado de Jefferson, Luiz Gustavo Cunha, disse que seu cliente exercia o direito legal de ter esses equipamentos em casa.

“Ele entende que todo político que quer desarmar sua população quer transformar seu povo em escravo”, disse Cunha.

INUNDAÇÃO DE ARMAS

A fraca fiscalização não é o único obstáculo que Lula terá pela frente.

Fontes do time de transição esperam contestações legais de detentores de licenças CAC que compraram armas de fogo estrangeiras de boa fé.

Os brasileiros importaram cerca de 75 milhões de dólares, uma quantia recorde, em revólveres e pistolas nos primeiros 11 meses de 2022, quase o dobro do total do ano passado.

Bolsonaro transformou o Brasil em um dos dez principais destinos de armas de fogo civis fabricadas nos Estados Unidos, de acordo com dados oficiais dos EUA compilados pelo Security Assistance Monitor, subindo da 26ª posição em 2018 para a nona este ano. As exportações de armas de fogo dos EUA para o Brasil atingiram valor recorde de 13,3 milhões de dólares até outubro de 2022, contra 3,2 milhões de dólares há quatro anos.

A demanda crescente também se refletiu em um eleitorado vocal a favor de legislações pró-armas.

A eleição do último mês de outubro viu o surgimento de uma nova onda de parlamentares pró-armas, eleitos dentro de um Congresso mais conservador, que planejam impor leis pró-armas ao estilo norte-americano.

Marcos Pollon, deputado federal recém-eleito que lidera o grupo de lobby PROARMAS, inspirado na Associação Nacional do Rifle nos EUA, disse que lutará contra os esforços de Lula na supressão deste novo e vibrante setor da indústria brasileira.

"Destruir da noite para o dia toda uma indústria por vingança política... é uma medida ditatorial", disse ele. "Acreditamos que a nova Legislatura responderá para garantir os direitos das pessoas de praticar seus esportes e exercer legítima defesa."

Antes da eleição, Bolsonaro incentivou seus seguidores a se armarem como um seguro contra possíveis irregularidades eleitorais. Ele ainda não reconheceu publicamente a derrota, e sua politização da posse de armas contribui para uma atmosfera tensa, com grupos de apoiadores acampados do lado de fora de quartéis militares, instando as Forças Armadas a reverter o resultado das eleições.

Na noite de segunda-feira, apoiadores de Bolsonaro tentaram invadir a sede da Polícia Federal em Brasília, entrando em confronto com as forças de segurança e ateando fogo em veículos, depois que o Supremo Tribunal Federal ordenou a prisão de um líder indígena que teria "convocado pessoas armadas para impedir a diplomação" de Lula.

Ele não é o único apoiador de Bolsonaro a pedir uma resposta armada ao resultado da eleição.

Em um vídeo de protesto no mês passado, o empresário Milton Baldin convocou os proprietários de licenças CAC a se dirigirem até Brasília para protestar contra a cerimônia de diplomação eleitoral de Lula. "Venha e marque presença", disse ele, acrescentando que a bandeira verde e amarela do Brasil "pode muito bem acabar se tornando vermelha, mas com meu sangue".

Baldin, que foi preso na semana passada por seus supostos comentários antidemocráticos, não quis comentar o episódio.

Um número crescente de armas legais acabou nas mãos de alguns dos traficantes mais violentos do Brasil, informou a Reuters. Essa tendência só se acelerou, disseram fontes da polícia federal.

No último dia 8 de novembro, a Polícia Federal desbaratou uma suposta quadrilha de tráfico de cocaína e de armas e de lavagem de dinheiro. Das 110 pessoas presas, 30 tinham licença CAC, disseram dois policiais à Reuters, falando sob condição de anonimato para discutir questões que não são públicas.

VIOLÊNCIA DO COLARINHO BRANCO

Roberto Jefferson não é um criminoso obstinado, mas é perfeitamente ilustrativo de como a retórica de Bolsonaro e o afrouxamento das leis de armas podem levar a crimes violentos, disse Claudio Mannarino, prefeito de Comendador Levy Gasparian, cidade 140 quilômetros ao norte do Rio de Janeiro.

Ele estava tomando café em sua casa por volta do meio-dia de 23 de outubro, quando ouviu o que pareciam ser fogos de artifício. Logo depois, Mannarino começou a receber mensagens de que Jefferson, seu vizinho, havia disparado contra a Polícia Federal.

Jefferson foi preso no ano passado por ameaçar instituições democráticas. Em janeiro, o político, lutando contra um câncer, obteve permissão para prisão domiciliar, mas foi banido das redes sociais.

No dia 21 de outubro, a filha de Jefferson publicou um vídeo em sua conta no Twitter no qual seu pai chamava a juíza Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, de "prostituta", entre outros insultos.

Dois dias depois, quatro policiais federais foram até sua casa para detê-lo por quebrar os termos de sua prisão domiciliar.

Ele deu as boas vindas com uma saraivada de balas.

Após a rendição, Jefferson pediu desculpas aos policiais feridos, dizendo em seu depoimento que não havia atirado com dolo.

Os procuradores federais não se comoveram. Na semana passada, eles tornaram Jefferson réu por acusações de quatro tentativas de homicídio, resistência qualificada, posse de arma de fogo e munição de uso restrito e permitido, além de posse e adulteração de granadas.

Cunha, advogado de Jefferson, disse que seu cliente era inocente, alegando que sua prisão inicial e o subsequente mandado de prisão eram ilegais.

“Eles se tornaram criminosos ao cumprir uma ordem ilegal”, disse Cunha sobre a polícia.

De novo: governo Bolsonaro corta verba de carros-pipa e deixa nordestinos sem água

 Ministério do Desenvolvimento Regional informou que o Ministério da Economia não liberou os R$ 21 milhões necessários para a manutenção da operação de abastecimento de água

(Foto: Agência Brasil)

247 - O governo Jair Bolsonaro (PL) mais uma vez cortou verbas para a Operação Carro-Pipa, que leva água potável àqueles que vivem em zonas rurais de municípios em situação de emergência pela seca no semiárido do Nordeste e de Minas Gerais.

Segundo Carlos Madeiro, do UOL, o Ministério do Desenvolvimento Regional informou que o Ministério da Economia não liberou os R$ 21 milhões necessários para a manutenção da operação. Não há previsão para a liberação dos recursos.

A Operação Carro-Pipa é uma parceria do MDR com o Exército e existe há mais de 20 anos. Neste mês, 1,5 milhão de pessoas deveriam ser atendidas pelos carros-pipa.

Em novembro deste ano, o governo Bolsonaro também prejudicou a operação por falta de dinheiro. Dos R$ 41 milhões necessários para abastecer a população, apenas R$ 9 milhões foram disponibilizados.

Coronel da reserva diz que terrorismo em Brasília foi obra de 'infiltrados' e é desmentida ao vivo: "são nossos" (vídeo)

 A oficial da reserva afirmava que o terrorismo em Brasília era ato de "infiltrados de esquerda", mas foi desmentida por uma bolsonarista que acompanhou o início dos atos violentos

Regina Benini Moézia de Lima (Foto: Reprodução/Instagram/@coronel_regina)


247 - A tenente-coronel da reserva do Exército Brasileiro Regina Benini Moézia de Lima estava em Brasília na noite de segunda-feira (12), marcada por atos de vandalismo e terrorismo de bolsonaristas que não aceitam a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a derrota de Jair Bolsonaro (PL).

Ela publicou em seu Instagram imagens da situação da capital federal e tentou disseminar entre seu público a afirmação de que os atos de violência teriam sido praticados por "infiltrados de esquerda", e não pelos próprios bolsonaristas, grupo do qual ela faz parte. “O pessoal manifestante, os bolsonaristas mesmo, o pessoal que está acampado não bota fogo em nada. Isso foi um ato terrorista, não pensem que foi obra do pessoal que estava no QG, não. Precisou chegar nesse limite, o povo não aguenta mais, mas foram infiltrados, tenho certeza", disse.


No entanto, ao conversar com outra bolsonarista que acompanhou o início dos atos de violência, ela foi desmentida. A mulher, que não se identificou, afirmou que o terrorismo partiu dos "nossos".  "Eles são nossos, são legítimos, não são infiltrados. Junto com os índios, queremos a liberação do cacique Serere".


A mensagem central de Lula ao 'glorioso mercado' ao indicar Mercadante: "vão acabar as privatizações"

 “Vamos fazer o povo acreditar que neste país acabou o complexo de vira-lata", disse ainda o presidente diplomado

Lula e Aloizio Mercadante (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)


Por Paulo Donizetti de Souza, da Rede Brasil Atual O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o ex-ministro Aloizio Mercadante, coordenador dos grupos técnicos do Gabinete de Transição, será o novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES. “Ouvi algumas críticas sobre boatos de que você vai ser o presidente do BNDES. Eu queria dizer pra vocês que não é mais boato: Aloizio Mercadante será presidente do BNDES”, afirmou Lula

“Nós estamos precisando de alguém que pense em desenvolvimento, em reindustrializar este país. Que pense em inovação tecnológica. Em alguém que pense na geração de financiamento ao pequeno, ao grande e ao médio empresário para que este país volte a gerar emprego”, disse Lula, provocando os setores da imprensa que costumam reproduzir uma suposta voz crítica do “mercado”.

As supostas ressalvas do mercado financeiro ao nome de Aloizio Mercadante no BNDES estão associadas a seu papel de peso no governo Dilma Rousseff. Mercadante foi ministro da Educação, da Ciência e Tecnologia e da Casa Civil de Dilma. Os opositores do PT sempre preferem lembrar das dificuldades sofridas pela gestão da ex-presidente dos resultados dos governos Lula.

Mas o presidente eleito fez questão de provocar. “Eu queria dizer ao glorioso mercado, que muitas vezes parece invisível: ao tentarem julgar o que estamos fazendo, digam se em algum momento da vida do mercado brasileiro ganharam tanto dinheiro como no meu tempo. Pergunte ao agronegócio, aos empresários da indústria, aos banqueiros, se ganharam tanto”, desafiou.

E emendou: “Mas também perguntem aos bancários, aos comerciários, às pessoas que ganham salário mínimo. Porque nós provamos que é possível governar para todos de verdade. O crescimento do PIB não é um número para ser usado em manchete e só tem sentido se a gente distribuir com aqueles que produziram o crescimento, que é o povo trabalhador”.

Fim da transição

O presidente eleito fez o anúncio ao final do ato de encerramento dos trabalhos do Gabinete de Transição de governo, na tarde desta terça-feira (13). Lula recebeu os relatórios de todos os grupos técnicos com diagnósticos da situação do país, que servirão de base para sua equipe de governo.

São propostas para “desarmar as bombas” deixadas pelo atual governo e de ações para os 100 primeiros dias de gestão. Os relatórios serão endossados ou revistos pelos ministros e reapresentados ao presidente que tomará posse em 1º de janeiro.

Lula enfatizou a importância da recuperação das pastas da Educação e da Saúde, que considera vitais para a qualidade de vida e foram abandonadas pelo governo que termina.

Disse ainda, ao enfatizar as razões para a ida de Aloizio Mercadante ao BNDES, que pretende encerrar a era das privatizações. “Vamos fazer o povo acreditar que neste país acabou o complexo de vira-lata. Não somos inferiores a ninguém, somos iguais a todo mundo e queremos ser donos de nosso território. Vão acabar as privatizações. E as empresas públicas vão poder provar sua rentabilidade.”

O presidente eleito convidou o capitalismo global a investir no Brasil. “E nós queremos dizer ao mundo inteiro: quem quiser vir para cá, venha. Porque tem trabalho, tem projetos novos para investimentos. Mas não venha para comprar empresas públicas, porque não estarão à venda. Nosso país vai voltar a ser respeitado, e com soberania.”

O novo governo pretende restaurar a respeitabilidade do Brasil no mundo. “Eu vou começar a viajar logo que eu tomar posse, porque é preciso recuperar o prestígio que o Brasil tinha. Nos Estados Unidos, na China, na Alemanha, na França, na Argentina, em qualquer parte do mundo. E quem quiser ganhar dinheiro venha para este país. Venha investir porque tem espaço para todo mundo.”

Pode cobrar

Lula pediu ainda para ser cobrado pelos compromissos assumidos e assinalou o período de quatro anos de governo. “Me cobrem, porque este país não pode retroceder. Vai ter que avançar, e o povo vai ter que ter prazer de ser governado outra vez pelo PT e os partidos aliados.”

Ao abrir o ato de entrega dos relatórios, antes de ser anunciado para presidir o BNDES, Aloizio Mercadante ressaltou que o programa de governo da coligação Brasil da Esperança teve ampla participação da sociedade e de diversos partidos. Mercadante foi um dos principais coordenadores da elaboração do programa, como presidente da Fundação Perseu Abramo, braço acadêmico do PT.

Economista, foi deputado federal e senador. Disputou a eleição presidencial de 1998 como vice da chapa de Lula.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico foi criado em 1952 pelo governo de Getúlio Vargas. Ganhou o “S” de Social na sigla e na concepção, com o objetivo de fomentar, por meio de concessão de créditos a taxas inferiores ao mercado convencional, o estímulo às empresas de todos os portes.

Terrorismo bolsonarista acende alerta para novos ataques antes da posse de Lula

 Terroristas protegidos pelo governo federal depredaram patrimônio público e tentaram invadir a Polícia Federal

Ônibus em chamas durante protesto de apoiadores de Bolsonaro em Brasília 12/12/2022 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

SÃO PAULO (Reuters) - O ataque de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro à sede da Polícia Federal em Brasília e as cenas de violência e depredação que se espalharam em vários pontos da região central da capital federal na segunda-feira acenderam um sinal de alerta sobre a possibilidade de novos tumultos até o dia 1º de janeiro, quando o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva será empossado.

A onda de violência, desencadeada pelo inconformismo de bolsonaristas com a prisão pela PF, atendendo a uma ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), de um líder indígena que apoia o atual presidente, ocorre também em meio a manifestações de simpatizantes de Bolsonaro em frente a unidades das Forças Armadas em vários pontos do país pregando o desrespeito ao resultado das eleições e uma intervenção militar -- o que seria um golpe, já que não existe previsão legal.

"O problema é saber se isso foi uma prévia do que pode vir depois ou se eles esgotaram os cartuchos agora", disse à Reuters o pesquisador de assuntos militares e professor titular da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) João Roberto Martins Filho.

"Faz muito tempo que a gente previa que isso poderia acontecer se o Bolsonaro fosse derrotado. A gente não sabia exatamente o que poderia acontecer, chegamos a pensar até que poderia ser pior do que foi até agora. Pior do que foi até agora é morrer alguém", acrescentou.

A onda de violência na capital teve início com a tentativa de invasão do edifício-sede da PF pelos bolsonaristas depois que José Acácio Serere Xavante foi preso acusado de "envolvimento em protestos antidemocráticos" por ordem do STF.

Munidos de paus, pedras, fogos de artifício e até mesmo bombas caseiras, manifestantes vandalizaram e atearam fogo a carros e ônibus e depredaram um posto de combustível. A polícia respondeu com bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e tiros de bala de borracha. Ninguém foi preso até o momento.

Os tumultos aconteceram no dia em que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva foi diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Bolsonaro não se manifestou sobre os episódios de violência até o momento.

Desde a sexta-feira, Bolsonaro, que até agora não reconheceu diretamente sua derrota na eleição presidencial, falou a apoiadores no Palácio da Alvorada que defendem uma intervenção federal ilegal enviando mensagens cifradas, citando as Forças Armadas e pedindo que os simpatizantes façam "a coisa certa".

"Se o presidente simplesmente mandasse as pessoas voltarem para casa, elas voltariam. Ao mesmo tempo, ele fica nesse fio da navalha, entre convocar claramente uma eclosão de violência ou ficar jogando com as palavras, mas deixando implícito que as pessoas têm autorização para fazer alguma coisa", disse Martins.

"Tem um caldo de cultura que pode resultar em coisas mais violentas", acrescentou, lembrando que não houve, até o momento, por parte dos militares, manifestações para desencorajar os protestos em frente aos quartéis.

COORDENAÇÃO

Enquanto a onda de violência acontecia em Brasília, não houve manifestação pública de autoridades do atual governo, exceto por uma publicação do ministro da Justiça, Anderson Torres, no Twitter, quando a situação já estava mais tranquila. Quem falou à imprensa na noite de segunda foi o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, ao lado do secretário de Segurança do Distrito Federal.

Na entrevista, Dino disse que não houve diálogo com representantes do atual governo. O futuro ministro, assim como outros integrantes do governo de transição, alertaram para eventual responsabilização de autoridades que, por ventura, tenham sido lenientes no cumprimento de suas funções.

"É preciso que haja uma investigação profunda para se identificar quem financia esses atos e como a sua estruturação é subsidiada tanto no aspecto financeiro, quanto na questão relacionada à hierarquia", disse o deputado federal Fábio Trad (PSD-MS), que participa da área de segurança pública da transição.

"Eu acho que já é hora de pensar em interpretar de uma maneira mais rigorosa essa leniência das autoridades do governo atual, que estão condescendendo de forma irresponsavelmente permissiva com essas práticas criminosas."

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do DF disse que o policiamento na região do hotel em que Lula está hospedado foi reforçado e que os atos, que disse terem sido realizados por "grupos isolados" estão sendo investigados pela Polícia Civil.

Especialista em segurança pública, o coronel da reserva da Polícia Militar de São Paulo e ex-secretário nacional de Segurança Pública José Vicente da Silva afirmou à Reuters que as autoridades não poderiam ter sido apanhadas de surpresa pelo que ocorreu e que é necessário uma coordenação entre os que estão deixando o governo e aqueles que assumirão.

"Nesses casos, é necessário inteligência de campo, alguém que fica ali no meio da multidão, que faz parte, fica lá meses, se for o caso e vai avaliando uma série de questões. Essas informações ajudam a dimensionar a reação", disse.

José Vicente afirmou ainda que é preciso haver compartilhamento das informações de inteligências entre as diversas instituições das várias esferas, como Polícia Militar e Civil do DF, Polícia Federal e Agência Brasileira de Inteligência (Abin), e que essa engrenagem precisa funcionar de forma azeitada, mesmo que em período de transição de governo.

"É importante que as autoridades que estão saindo e as que estão entrando possam se entender perfeitamente sem a menor rivalidade, porque o que está em causa é a ordem pública... Todos deviam estar --se já não estão-- reunidos em uma sala de situação", disse.

"Esse trabalho é uma área que é uma tecnologia crítica, que é aquela que não pode falhar um minuto. Esse potencial de tumulto não passa desapercebido em outros países. Existem outros fatores que são afetados, os famosos prejuízos reputacionais, que têm que ser considerados", acrescentou.

Lula diz, com razão, que Bolsonaro segue cartilha fascista global

 Presidente diplomado também o apontou como responsável por incentivar seus apoiadores a negarem o desfecho eleitoral

Lula e Bolsonaro (Foto: REUTERS/Mohamed Abd El Ghany | Isac Nóbrega/PR)

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira que o atual presidente Jair Bolsonaro se alinha ao comportamento fascista mundial e incentiva ações como a da véspera, quando bolsonaristas tentaram invadir prédio da polícia federal, quebraram carros e atearam fogo em ônibus.

Segundo o petista, o presidente "segue o rito que todos os fascistas seguem no mundo".

Lula lembrou, em pronunciamento no encerramento dos trabalhos dos grupos técnicos do gabinete de transição, que Bolsonaro até o momento não reconheceu o resultado das eleições, apesar de ter autorizado o início das conversas de seu governo com a equipe de transição. Também o apontou como responsável por incentivar seus apoiadores a negarem o desfecho eleitoral.

O petista alertou, no entanto, que saiu vitorioso das urnas e que irá governar.

Para o presidente eleito, as ações de segunda-feira de poucos ativistas integra uma organização maior de extrema-direita que não existiria apenas no Brasil.

Lula aproveitou o pronunciamento para endereçar um recado ao que chamou de "glorioso mercado" ao fazer pergunta retórica se os operadores do setor "ganharam tanto dinheiro" em algum outro momento quanto durante seus governos.

Para o presidente eleito, o crescimento do PIB só tem sentido se for distribuído a "quem ajuda" nesse processo.

Mas para além do combate à fome, uma de suas principais bandeiras, o petista disse também ter compromisso com a educação básica e com o sistema público de saúde.

Câmara aprova texto de projeto que muda Lei das Estatais e libera Mercadante a assumir o BNDES

 Atualmente, a lei proíbe a indicação de pessoas que tenham atuado, nos últimos 36 meses, em campanha eleitoral

(Foto: ABR)

247 - Parlamentares da Câmara dos Deputados aprovaram na noite desta terça-feira (13) um projeto que muda a Lei das Estatais. De acordo com a proposta, a pessoa deve comprovar o desligamento da atividade relacionada a partido político ou a uma determinada campanha eleitoral, com antecedência mínima de 30 dias em relação à posse como administrador de empresa pública ou sociedade de economia mista.

Atualmente, a lei proíbe a indicação para o conselho de administração e para os cargos de diretor-geral e diretor-presidente de pessoas que tenham atuado, nos últimos 36 meses, como participante de estrutura decisória de partido político ou em trabalho vinculado a uma determinada campanha eleitoral. 

A nova proposta retira do inciso principal a menção aos 36 meses, o que pode beneficiar o ex-ministro Aloizio Mercadante, indicado nesta terça-feira como presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).



terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Com show de Messi, Argentina bate Croácia por 3 a 0 e vai à final da Copa do Mundo de 2022

 Hermanos chegam à segunda final nas últimas três Copas, lembrando que também foram finalistas em 2014, na edição sediada no Brasil

Messi comemora gol da Argentina na vitória contra a Croácia na Copa do Catar (Foto: REUTERS/Molly Darlington)

247 - Em mais um dia inspirado do craque Lionel Messi, a Argentina derrotou a Croácia por 3 a 0 e se tornou a primeira finalista da Copa do Mundo de 2022.

O camisa 10 da albiceleste teve participação direta em dois gols, abrindo o placar de pênalti, ainda no primeiro tempo, e dando o passe, após linda jogada individual, para Julian Álvarez fechar o marcador na segunda etapa. 

Álvarez também marcou o segundo gol da partida, em boa jogada iniciada ainda no campo de defesa e que contou com ajuda de um 'bate rebate' com os defensores croatas para a bola sobrar limpa para a finalização na meta do goleiro Dominik Livaković.

Agora, os hermanos chegam à segunda final nas últimas três Copas, lembrando que também foram finalistas em 2014, na edição sediada no Brasil. Na ocasião, foram derrotados por 1 a 0 pela Alemanha, na prorrogação, com gol de Mario Gotze.

A Argentina aguarda a definição do outro finalista, que sairá da semifinal marcada para as 16h desta quarta-feira (14), entre França e Marrocos. A final será no domingo, às 12h, no Lusail Iconic Stadium.

Pacheco avisa Lira: Senado não dará mandato vitalício a Bolsonaro

 A ideia por trás de tal proposta era garantir foro privilegiado a Jair Bolsonaro (PL) após este deixar a presidência

Jair Bolsonaro e Rodrigo Pacheco (Foto: Agência Brasil)

247 - O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), avisou a Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, que não será aprovada a proposta de dar cargos de senador vitalício a ex-presidentes da República. A informação é do blog do Bernardo Mello Franco do jornal O Globo.

A ideia por trás de tal proposta era garantir foro privilegiado a Jair Bolsonaro (PL) após este deixar a presidência. Como foi derrotado na eleição presidencial por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o atual chefe do Executivo não terá mandato a partir de 2023 e poderá ser julgado por juízes de primeira instância.

Quem costurava a proposta silenciosamente era o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes. No entanto, neste domingo (11), em conversa entre Pacheco e Lira, o presidente do Senado já alertou que a proposta "não tem chance de ser aprovada na Casa que comanda."

Lula confirma Aloizio Mercadante presidente do BNDES: "precisamos de alguém para reindustrializar esse país"

 O anúncio do presidente diplomado foi feito durante encerramento dos grupos de trabalho da transição governamental

(Foto: Divulgação)

247 - O presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva confirmou nesta terça-feira (13) o nome do economista Aloizio Mercadante para o cargo de presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 

O anúncio do presidente diplomado foi feito durante o encerramento dos grupos de trabalho da transição governamental. "Quero dizer para vocês que não é boato. Aloizio Mercadante será presidente do BNDES. Precisamos de alguém que pense em desenvolvimento, reindustrializar, inovação tecnológica, financiamento ao pequeno, médio empresário. Nossas empresas públicas não estão à venda. Nosso País será respeitado", disse Lula. 

Lula também mandou um recado aos agentes do mercado financeiro. "Ao mercado, eu queria dizer, digam se em algum momento o mercado ganhou tanto dinheiro como no meu governo. Provamos que é possível governar para todos. Crescimento do PIB só tem sentido se a gente distribuir o crescimento com aqueles que produziram crescimento, que é o povo trabalhador", afirmou o presidente diplomado.

Grupos extremistas estão sendo identificados e PF tomará providências a partir de 1º de janeiro, diz Flávio Dino

 "Os inquéritos cabíveis serão feitos", disse o futuro ministro da Justiça. "É o imperativo da lei"

Flávio Dino (Foto: Reprodução)

247 - O senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), nomeado para ser o ministro da Justiça no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse nesta terça-feira (13), em coletiva de imprensa, que os grupos responsáveis pelos atos de vandalismo em Brasília (DF) estão sendo identificados. 

"Nem eu, nem Lula, nem Alckmin pediremos para a Polícia Federal não cumprir o seu papel. Todas as pessoas estão sendo identificadas. Vamos tomar as providências. Os inquéritos cabíveis serão feitos. Grupos extremistas não terão força para vencer o povo brasileiro. São cada vez mais radicalizados, porém não terão força. É o imperativo da lei", afirmou o ex-governador do Maranhão na capital federal. 

"A democracia venceu e vai continuar vencendo. Nos causa repulsa que ainda haja esse tipo de atitude antidemocrática contra o voto popular.  Vamos fazer a maior posse presidencial da história do Brasil no dia 1 de janeiro de 2023", afirmou Dino. 

Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) colocaram fogo em carros, quebraram alguns veículos em protesto contra a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou a prisão do líder indígena José Acácio Serere Xavante, apoiador do atual ocupante do Planalto.

Mais depoimentos

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) fez críticas a Bolsonaro. "Não se faz campanha de um governo democrático em cima de motociata, a gente faz ouvindo, reuniões com movimentos culturais, sociedade civil organizada. Foi a transição mais participativa de todos os governos. Nunca Brasília esteve tão perto do seu governo".

O ex-ministro Aloizio Mercadante, coordenador dos Grupos Técnicos do gabinete de transição, destacou que a equipe do próximo governo entender ser necessário revogar o teto de gastos. 

"Tivemos muitas contribuições. Foi um programa digno. Os relatórios são riquíssimos. Diagnóstico muito preciso. Houve apagão fiscal se espalhou por toda a Esplanada (dos Ministérios). Só de revogaço temos 23 páginas. Estamos passando uma peneira para poder avaliar cada medida e suas implicações". 

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), disse que é necessário "colocar o povo na centralidade do orçamento". "Não tinha mais canal de diálogo com a sociedade. Esse governo vai mudar pra melhor a vida do povo brasileiro".

Apucarana têm professores e alunos premiados em três concursos culturais


 A Autarquia Municipal de Educação realizou, na manhã de hoje (13/12), a premiação dos professores e estudantes da sua rede que se destacaram em três concursos culturais: MPT na Escola, promovido pelo Ministério Público do Trabalho; Televisando, organizado pelo Instituto GRPCOM; e Cooperar para Transformar, da Cooperativa de Crédito Sicoob Aliança.

A estudante Michele Vitória Pereira, da turma do 5º Ano, da Escola Municipal Augusto Weyand, conquistou o segundo lugar na etapa estadual do concurso MPT na Escola, pela produção do poema Não se deixem enganar, que abordou o tema Trabalho Infantil. Como prêmio pelo excelente trabalho pedagógico desenvolvido, a unidade de ensino foi contemplada com um bônus no valor de R$10 mil, a professora recebeu de presente um relógio de pulso e a aluna ganhou um celular do modelo smartphone.

Já a professora Ângela Torresan e os estudantes Agatha Sophia Ferreira, Lucas Westphal da Cruz, Manuella Louise Passoni, Paloma Quimelo Pereira e Pietro Leonardo Santana de Carvalho, da turma do 2º Ano, também da Escola Municipal Augusto Weyand, foram premiados no concurso Televisando, do Instituto GRPCOM, pela produção de uma belíssima reportagem sobre a relação existente entre a sustentabilidade e a acessibilidade.

“Primeiramente, os estudantes promoveram uma grande campanha de arrecadação de lacres de latinhas de refrigerante, envolvendo a comunidade escolar, as próprias famílias e demais moradores do bairro. Depois, os lacres foram doados a uma entidade que os trocou por cadeiras de rodas, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida de outras pessoas. Tudo foi documentado no vídeo que foi exibido no Jornal Meio Dia Paraná, da RPCTV,” detalhou a secretária de educação, Marli Fernandes.

Como prêmio pela reportagem produzida, o Instituto GRPCOM premiou a Escola Municipal Augusto Weyand com um troféu, a professora Ângela Torresan com um notebook e os alunos com certificados e presentes.

Por fim, as estudantes Evelyn Gabriele dos Santos, da Escola Municipal Fernando José Acosta, Michele Vitória Pereira, da Escola Municipal Augusto Weyand, Milena Fernanda Pereira, da Escola Municipal Professor Idalice Moreira Prates, e Maria Isabella Gaia Queiroz, da Escola Municipal Mateus Leme, foram premiadas pela Cooperativa de Crédito Sicoob Aliança por terem produzido excelentes textos e desenhos sobre o tema Cooperar para Transformar. Elas receberam como recompensa kits de materiais didáticos, contendo mochila, cadernos, lapiseiras, lápis de cor, canetas, entre outros itens.

“Eu fico muito feliz de ver as nossas crianças brilhando em concursos culturais e provas de conhecimento das mais diversas áreas. Isso significa que estamos no caminho certo, formando uma geração de cidadãos vencedores para o futuro de Apucarana,” comemorou o prefeito Junior da Femac.

O vice-prefeito Paulo Vital comentou que a educação municipal avançou muito na última década. “A revolução aconteceu porque o ex-prefeito Beto Preto e o atual prefeito Junior da Femac fizeram da educação a prioridade nas suas gestões, investindo fortemente na reforma e ampliação das escolas, na unificação do currículo da rede, na valorização e na formação continuada dos professores, no enriquecimento da merenda e na compra dos melhores materiais didáticos para os estudantes,” disse.

“Eu gostaria de parabenizar à secretária Marli Fernandes e à equipe dela pelo trabalho maravilhoso que estão realizando, colocando a educação de Apucarana em destaque no Paraná e no brasil. Eu sinto muito orgulho de morar em um município que se preocupa com a formação das suas crianças,” concluiu o presidente da Cooperativa de Crédito Sicoob Aliança, Osnei José Simões Santos.

Professores recebem certificados de conclusão de curso de Libras
A Autarquia Municipal de Educação também realizou, no mesmo ato, a entrega de certificados para quarenta professores da sua rede que concluíram um curso formativo na área da Língua Brasileira de Sinais.

O ensino de Libras está sendo implantado na rede municipal de educação de Apucarana com o intuito de colaborar para a construção de uma sociedade cada vez mais inclusiva. “Em 2022, a disciplina já foi introduzida em 16 das nossas 36 escolas. E, a partir do próximo ano, todos os estudantes, matriculados nas turmas de 1º ao 5º ano, em todas as unidades de ensino, participarão das aulas,” afirmou o prefeito Junior da Femac.

No entanto, para que o ensino de Libras pudesse ser implantado nas escolas municipais, a Autarquia de Educação precisou investir na formação dos seus professores. “Por isso, desde 2015, nós mantemos uma parceria com o Polo da UAB a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), por meio da qual ofertamos cursos de Libras, dos níveis básico e intermediário, aos docentes. Em 2022, quarenta professores concluíram a formação,” acrescentou a secretária de educação, Marli Fernandes.

Participaram ainda da cerimônia de premiação e entrega de certificados na manhã de hoje (13/12) no salão nobre da Prefeitura, os vereadores Rodrigo Lievore (Recife), Tiago Cordeiro de Lima, Mauro Bertoli e Jossuela Pirelli, os secretários municipais Ana Paula Nazarko, José Airton Deco de Araújo, Gerson Canuto, Edison Estrope, Denise Canesin, Ângela Stoian, Gentil Pereira e Ivanildo da Silva, e os representantes da Cooperativa de Crédito Sicoob Aliança, Gregory Pereira Galvão, Jacqueline Feltrin Salatta, Pedro Alexandre Garcia, Ivanete de Carvalho Silva, Maira Tiski Neves, Marcos Rogério Purceno e Neuza Cristina Bisones.

APUCARANA: Complexo Esportivo Áureo Caixote realiza “Aulão” de Kung Fu

 

Com apoio da Secretaria Municipal de Esportes da Prefeitura de Apucarana, o Complexo Esportivo Áureo Caixote realizou no domingo (11/12), um “Aulão” de Kung Fu, promovido pela Associação Shizuka de Kung Fu Wushu. O evento acontece uma vez por ano e tem como objetivo promover uma confraternização dos praticantes da modalidade de Apucarana e de toda a região.

“Nessa temporada tivemos 120 participantes vindos de escolas de várias cidades do estado, com praticantes de 4 a 60 anos de idade. Foi realizada também a cerimônia de graduação dos novos professores e mestres”, frisou o professor Abel Cezar Cândido Bento.

De acordo com ele, a Associação Shizuka de Kung Fu Wushu é berço de todos os atletas da modalidade que representam o município de Apucarana em eventos esportivos oficiais. “Esse ano foi positivo para a associação, pois ganhamos muitos títulos no Campeonato Paranaense, no Brasileiro e nos Jogos Abertos do Paraná Combate. Mostramos a nossa força e o nosso potencial e, queremos muito mais no ano que vem”, destacou Abel.

O experiente mestre apucaranense Waldenir dos Santos agradeceu a todos que estiveram presentes no evento nesse domingo e a Secretaria Municipal de Esportes de Apucarana pelo apoio à modalidade de Kung Fu.

“O kung fu de Apucarana realiza já há algum tempo um belíssimo trabalho, sempre se destacando nas competições que participa e com certeza tem o nosso apoio e também do prefeito Junior da Femac. É uma modalidade que traz muitas medalhas e troféus para a cidade e que a cada ano revela novos talentos”, disse o professor José Marcelino da Silva, o Grillo, secretário municipal de Esportes de Apucarana.