quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

A mensagem central de Lula ao 'glorioso mercado' ao indicar Mercadante: "vão acabar as privatizações"

 “Vamos fazer o povo acreditar que neste país acabou o complexo de vira-lata", disse ainda o presidente diplomado

Lula e Aloizio Mercadante (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)


Por Paulo Donizetti de Souza, da Rede Brasil Atual O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o ex-ministro Aloizio Mercadante, coordenador dos grupos técnicos do Gabinete de Transição, será o novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES. “Ouvi algumas críticas sobre boatos de que você vai ser o presidente do BNDES. Eu queria dizer pra vocês que não é mais boato: Aloizio Mercadante será presidente do BNDES”, afirmou Lula

“Nós estamos precisando de alguém que pense em desenvolvimento, em reindustrializar este país. Que pense em inovação tecnológica. Em alguém que pense na geração de financiamento ao pequeno, ao grande e ao médio empresário para que este país volte a gerar emprego”, disse Lula, provocando os setores da imprensa que costumam reproduzir uma suposta voz crítica do “mercado”.

As supostas ressalvas do mercado financeiro ao nome de Aloizio Mercadante no BNDES estão associadas a seu papel de peso no governo Dilma Rousseff. Mercadante foi ministro da Educação, da Ciência e Tecnologia e da Casa Civil de Dilma. Os opositores do PT sempre preferem lembrar das dificuldades sofridas pela gestão da ex-presidente dos resultados dos governos Lula.

Mas o presidente eleito fez questão de provocar. “Eu queria dizer ao glorioso mercado, que muitas vezes parece invisível: ao tentarem julgar o que estamos fazendo, digam se em algum momento da vida do mercado brasileiro ganharam tanto dinheiro como no meu tempo. Pergunte ao agronegócio, aos empresários da indústria, aos banqueiros, se ganharam tanto”, desafiou.

E emendou: “Mas também perguntem aos bancários, aos comerciários, às pessoas que ganham salário mínimo. Porque nós provamos que é possível governar para todos de verdade. O crescimento do PIB não é um número para ser usado em manchete e só tem sentido se a gente distribuir com aqueles que produziram o crescimento, que é o povo trabalhador”.

Fim da transição

O presidente eleito fez o anúncio ao final do ato de encerramento dos trabalhos do Gabinete de Transição de governo, na tarde desta terça-feira (13). Lula recebeu os relatórios de todos os grupos técnicos com diagnósticos da situação do país, que servirão de base para sua equipe de governo.

São propostas para “desarmar as bombas” deixadas pelo atual governo e de ações para os 100 primeiros dias de gestão. Os relatórios serão endossados ou revistos pelos ministros e reapresentados ao presidente que tomará posse em 1º de janeiro.

Lula enfatizou a importância da recuperação das pastas da Educação e da Saúde, que considera vitais para a qualidade de vida e foram abandonadas pelo governo que termina.

Disse ainda, ao enfatizar as razões para a ida de Aloizio Mercadante ao BNDES, que pretende encerrar a era das privatizações. “Vamos fazer o povo acreditar que neste país acabou o complexo de vira-lata. Não somos inferiores a ninguém, somos iguais a todo mundo e queremos ser donos de nosso território. Vão acabar as privatizações. E as empresas públicas vão poder provar sua rentabilidade.”

O presidente eleito convidou o capitalismo global a investir no Brasil. “E nós queremos dizer ao mundo inteiro: quem quiser vir para cá, venha. Porque tem trabalho, tem projetos novos para investimentos. Mas não venha para comprar empresas públicas, porque não estarão à venda. Nosso país vai voltar a ser respeitado, e com soberania.”

O novo governo pretende restaurar a respeitabilidade do Brasil no mundo. “Eu vou começar a viajar logo que eu tomar posse, porque é preciso recuperar o prestígio que o Brasil tinha. Nos Estados Unidos, na China, na Alemanha, na França, na Argentina, em qualquer parte do mundo. E quem quiser ganhar dinheiro venha para este país. Venha investir porque tem espaço para todo mundo.”

Pode cobrar

Lula pediu ainda para ser cobrado pelos compromissos assumidos e assinalou o período de quatro anos de governo. “Me cobrem, porque este país não pode retroceder. Vai ter que avançar, e o povo vai ter que ter prazer de ser governado outra vez pelo PT e os partidos aliados.”

Ao abrir o ato de entrega dos relatórios, antes de ser anunciado para presidir o BNDES, Aloizio Mercadante ressaltou que o programa de governo da coligação Brasil da Esperança teve ampla participação da sociedade e de diversos partidos. Mercadante foi um dos principais coordenadores da elaboração do programa, como presidente da Fundação Perseu Abramo, braço acadêmico do PT.

Economista, foi deputado federal e senador. Disputou a eleição presidencial de 1998 como vice da chapa de Lula.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico foi criado em 1952 pelo governo de Getúlio Vargas. Ganhou o “S” de Social na sigla e na concepção, com o objetivo de fomentar, por meio de concessão de créditos a taxas inferiores ao mercado convencional, o estímulo às empresas de todos os portes.

Terrorismo bolsonarista acende alerta para novos ataques antes da posse de Lula

 Terroristas protegidos pelo governo federal depredaram patrimônio público e tentaram invadir a Polícia Federal

Ônibus em chamas durante protesto de apoiadores de Bolsonaro em Brasília 12/12/2022 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

SÃO PAULO (Reuters) - O ataque de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro à sede da Polícia Federal em Brasília e as cenas de violência e depredação que se espalharam em vários pontos da região central da capital federal na segunda-feira acenderam um sinal de alerta sobre a possibilidade de novos tumultos até o dia 1º de janeiro, quando o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva será empossado.

A onda de violência, desencadeada pelo inconformismo de bolsonaristas com a prisão pela PF, atendendo a uma ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), de um líder indígena que apoia o atual presidente, ocorre também em meio a manifestações de simpatizantes de Bolsonaro em frente a unidades das Forças Armadas em vários pontos do país pregando o desrespeito ao resultado das eleições e uma intervenção militar -- o que seria um golpe, já que não existe previsão legal.

"O problema é saber se isso foi uma prévia do que pode vir depois ou se eles esgotaram os cartuchos agora", disse à Reuters o pesquisador de assuntos militares e professor titular da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) João Roberto Martins Filho.

"Faz muito tempo que a gente previa que isso poderia acontecer se o Bolsonaro fosse derrotado. A gente não sabia exatamente o que poderia acontecer, chegamos a pensar até que poderia ser pior do que foi até agora. Pior do que foi até agora é morrer alguém", acrescentou.

A onda de violência na capital teve início com a tentativa de invasão do edifício-sede da PF pelos bolsonaristas depois que José Acácio Serere Xavante foi preso acusado de "envolvimento em protestos antidemocráticos" por ordem do STF.

Munidos de paus, pedras, fogos de artifício e até mesmo bombas caseiras, manifestantes vandalizaram e atearam fogo a carros e ônibus e depredaram um posto de combustível. A polícia respondeu com bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e tiros de bala de borracha. Ninguém foi preso até o momento.

Os tumultos aconteceram no dia em que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva foi diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Bolsonaro não se manifestou sobre os episódios de violência até o momento.

Desde a sexta-feira, Bolsonaro, que até agora não reconheceu diretamente sua derrota na eleição presidencial, falou a apoiadores no Palácio da Alvorada que defendem uma intervenção federal ilegal enviando mensagens cifradas, citando as Forças Armadas e pedindo que os simpatizantes façam "a coisa certa".

"Se o presidente simplesmente mandasse as pessoas voltarem para casa, elas voltariam. Ao mesmo tempo, ele fica nesse fio da navalha, entre convocar claramente uma eclosão de violência ou ficar jogando com as palavras, mas deixando implícito que as pessoas têm autorização para fazer alguma coisa", disse Martins.

"Tem um caldo de cultura que pode resultar em coisas mais violentas", acrescentou, lembrando que não houve, até o momento, por parte dos militares, manifestações para desencorajar os protestos em frente aos quartéis.

COORDENAÇÃO

Enquanto a onda de violência acontecia em Brasília, não houve manifestação pública de autoridades do atual governo, exceto por uma publicação do ministro da Justiça, Anderson Torres, no Twitter, quando a situação já estava mais tranquila. Quem falou à imprensa na noite de segunda foi o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, ao lado do secretário de Segurança do Distrito Federal.

Na entrevista, Dino disse que não houve diálogo com representantes do atual governo. O futuro ministro, assim como outros integrantes do governo de transição, alertaram para eventual responsabilização de autoridades que, por ventura, tenham sido lenientes no cumprimento de suas funções.

"É preciso que haja uma investigação profunda para se identificar quem financia esses atos e como a sua estruturação é subsidiada tanto no aspecto financeiro, quanto na questão relacionada à hierarquia", disse o deputado federal Fábio Trad (PSD-MS), que participa da área de segurança pública da transição.

"Eu acho que já é hora de pensar em interpretar de uma maneira mais rigorosa essa leniência das autoridades do governo atual, que estão condescendendo de forma irresponsavelmente permissiva com essas práticas criminosas."

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do DF disse que o policiamento na região do hotel em que Lula está hospedado foi reforçado e que os atos, que disse terem sido realizados por "grupos isolados" estão sendo investigados pela Polícia Civil.

Especialista em segurança pública, o coronel da reserva da Polícia Militar de São Paulo e ex-secretário nacional de Segurança Pública José Vicente da Silva afirmou à Reuters que as autoridades não poderiam ter sido apanhadas de surpresa pelo que ocorreu e que é necessário uma coordenação entre os que estão deixando o governo e aqueles que assumirão.

"Nesses casos, é necessário inteligência de campo, alguém que fica ali no meio da multidão, que faz parte, fica lá meses, se for o caso e vai avaliando uma série de questões. Essas informações ajudam a dimensionar a reação", disse.

José Vicente afirmou ainda que é preciso haver compartilhamento das informações de inteligências entre as diversas instituições das várias esferas, como Polícia Militar e Civil do DF, Polícia Federal e Agência Brasileira de Inteligência (Abin), e que essa engrenagem precisa funcionar de forma azeitada, mesmo que em período de transição de governo.

"É importante que as autoridades que estão saindo e as que estão entrando possam se entender perfeitamente sem a menor rivalidade, porque o que está em causa é a ordem pública... Todos deviam estar --se já não estão-- reunidos em uma sala de situação", disse.

"Esse trabalho é uma área que é uma tecnologia crítica, que é aquela que não pode falhar um minuto. Esse potencial de tumulto não passa desapercebido em outros países. Existem outros fatores que são afetados, os famosos prejuízos reputacionais, que têm que ser considerados", acrescentou.

Lula diz, com razão, que Bolsonaro segue cartilha fascista global

 Presidente diplomado também o apontou como responsável por incentivar seus apoiadores a negarem o desfecho eleitoral

Lula e Bolsonaro (Foto: REUTERS/Mohamed Abd El Ghany | Isac Nóbrega/PR)

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira que o atual presidente Jair Bolsonaro se alinha ao comportamento fascista mundial e incentiva ações como a da véspera, quando bolsonaristas tentaram invadir prédio da polícia federal, quebraram carros e atearam fogo em ônibus.

Segundo o petista, o presidente "segue o rito que todos os fascistas seguem no mundo".

Lula lembrou, em pronunciamento no encerramento dos trabalhos dos grupos técnicos do gabinete de transição, que Bolsonaro até o momento não reconheceu o resultado das eleições, apesar de ter autorizado o início das conversas de seu governo com a equipe de transição. Também o apontou como responsável por incentivar seus apoiadores a negarem o desfecho eleitoral.

O petista alertou, no entanto, que saiu vitorioso das urnas e que irá governar.

Para o presidente eleito, as ações de segunda-feira de poucos ativistas integra uma organização maior de extrema-direita que não existiria apenas no Brasil.

Lula aproveitou o pronunciamento para endereçar um recado ao que chamou de "glorioso mercado" ao fazer pergunta retórica se os operadores do setor "ganharam tanto dinheiro" em algum outro momento quanto durante seus governos.

Para o presidente eleito, o crescimento do PIB só tem sentido se for distribuído a "quem ajuda" nesse processo.

Mas para além do combate à fome, uma de suas principais bandeiras, o petista disse também ter compromisso com a educação básica e com o sistema público de saúde.

Câmara aprova texto de projeto que muda Lei das Estatais e libera Mercadante a assumir o BNDES

 Atualmente, a lei proíbe a indicação de pessoas que tenham atuado, nos últimos 36 meses, em campanha eleitoral

(Foto: ABR)

247 - Parlamentares da Câmara dos Deputados aprovaram na noite desta terça-feira (13) um projeto que muda a Lei das Estatais. De acordo com a proposta, a pessoa deve comprovar o desligamento da atividade relacionada a partido político ou a uma determinada campanha eleitoral, com antecedência mínima de 30 dias em relação à posse como administrador de empresa pública ou sociedade de economia mista.

Atualmente, a lei proíbe a indicação para o conselho de administração e para os cargos de diretor-geral e diretor-presidente de pessoas que tenham atuado, nos últimos 36 meses, como participante de estrutura decisória de partido político ou em trabalho vinculado a uma determinada campanha eleitoral. 

A nova proposta retira do inciso principal a menção aos 36 meses, o que pode beneficiar o ex-ministro Aloizio Mercadante, indicado nesta terça-feira como presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).



terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Com show de Messi, Argentina bate Croácia por 3 a 0 e vai à final da Copa do Mundo de 2022

 Hermanos chegam à segunda final nas últimas três Copas, lembrando que também foram finalistas em 2014, na edição sediada no Brasil

Messi comemora gol da Argentina na vitória contra a Croácia na Copa do Catar (Foto: REUTERS/Molly Darlington)

247 - Em mais um dia inspirado do craque Lionel Messi, a Argentina derrotou a Croácia por 3 a 0 e se tornou a primeira finalista da Copa do Mundo de 2022.

O camisa 10 da albiceleste teve participação direta em dois gols, abrindo o placar de pênalti, ainda no primeiro tempo, e dando o passe, após linda jogada individual, para Julian Álvarez fechar o marcador na segunda etapa. 

Álvarez também marcou o segundo gol da partida, em boa jogada iniciada ainda no campo de defesa e que contou com ajuda de um 'bate rebate' com os defensores croatas para a bola sobrar limpa para a finalização na meta do goleiro Dominik Livaković.

Agora, os hermanos chegam à segunda final nas últimas três Copas, lembrando que também foram finalistas em 2014, na edição sediada no Brasil. Na ocasião, foram derrotados por 1 a 0 pela Alemanha, na prorrogação, com gol de Mario Gotze.

A Argentina aguarda a definição do outro finalista, que sairá da semifinal marcada para as 16h desta quarta-feira (14), entre França e Marrocos. A final será no domingo, às 12h, no Lusail Iconic Stadium.

Pacheco avisa Lira: Senado não dará mandato vitalício a Bolsonaro

 A ideia por trás de tal proposta era garantir foro privilegiado a Jair Bolsonaro (PL) após este deixar a presidência

Jair Bolsonaro e Rodrigo Pacheco (Foto: Agência Brasil)

247 - O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), avisou a Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, que não será aprovada a proposta de dar cargos de senador vitalício a ex-presidentes da República. A informação é do blog do Bernardo Mello Franco do jornal O Globo.

A ideia por trás de tal proposta era garantir foro privilegiado a Jair Bolsonaro (PL) após este deixar a presidência. Como foi derrotado na eleição presidencial por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o atual chefe do Executivo não terá mandato a partir de 2023 e poderá ser julgado por juízes de primeira instância.

Quem costurava a proposta silenciosamente era o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes. No entanto, neste domingo (11), em conversa entre Pacheco e Lira, o presidente do Senado já alertou que a proposta "não tem chance de ser aprovada na Casa que comanda."

Lula confirma Aloizio Mercadante presidente do BNDES: "precisamos de alguém para reindustrializar esse país"

 O anúncio do presidente diplomado foi feito durante encerramento dos grupos de trabalho da transição governamental

(Foto: Divulgação)

247 - O presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva confirmou nesta terça-feira (13) o nome do economista Aloizio Mercadante para o cargo de presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 

O anúncio do presidente diplomado foi feito durante o encerramento dos grupos de trabalho da transição governamental. "Quero dizer para vocês que não é boato. Aloizio Mercadante será presidente do BNDES. Precisamos de alguém que pense em desenvolvimento, reindustrializar, inovação tecnológica, financiamento ao pequeno, médio empresário. Nossas empresas públicas não estão à venda. Nosso País será respeitado", disse Lula. 

Lula também mandou um recado aos agentes do mercado financeiro. "Ao mercado, eu queria dizer, digam se em algum momento o mercado ganhou tanto dinheiro como no meu governo. Provamos que é possível governar para todos. Crescimento do PIB só tem sentido se a gente distribuir o crescimento com aqueles que produziram crescimento, que é o povo trabalhador", afirmou o presidente diplomado.

Grupos extremistas estão sendo identificados e PF tomará providências a partir de 1º de janeiro, diz Flávio Dino

 "Os inquéritos cabíveis serão feitos", disse o futuro ministro da Justiça. "É o imperativo da lei"

Flávio Dino (Foto: Reprodução)

247 - O senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), nomeado para ser o ministro da Justiça no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse nesta terça-feira (13), em coletiva de imprensa, que os grupos responsáveis pelos atos de vandalismo em Brasília (DF) estão sendo identificados. 

"Nem eu, nem Lula, nem Alckmin pediremos para a Polícia Federal não cumprir o seu papel. Todas as pessoas estão sendo identificadas. Vamos tomar as providências. Os inquéritos cabíveis serão feitos. Grupos extremistas não terão força para vencer o povo brasileiro. São cada vez mais radicalizados, porém não terão força. É o imperativo da lei", afirmou o ex-governador do Maranhão na capital federal. 

"A democracia venceu e vai continuar vencendo. Nos causa repulsa que ainda haja esse tipo de atitude antidemocrática contra o voto popular.  Vamos fazer a maior posse presidencial da história do Brasil no dia 1 de janeiro de 2023", afirmou Dino. 

Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) colocaram fogo em carros, quebraram alguns veículos em protesto contra a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou a prisão do líder indígena José Acácio Serere Xavante, apoiador do atual ocupante do Planalto.

Mais depoimentos

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) fez críticas a Bolsonaro. "Não se faz campanha de um governo democrático em cima de motociata, a gente faz ouvindo, reuniões com movimentos culturais, sociedade civil organizada. Foi a transição mais participativa de todos os governos. Nunca Brasília esteve tão perto do seu governo".

O ex-ministro Aloizio Mercadante, coordenador dos Grupos Técnicos do gabinete de transição, destacou que a equipe do próximo governo entender ser necessário revogar o teto de gastos. 

"Tivemos muitas contribuições. Foi um programa digno. Os relatórios são riquíssimos. Diagnóstico muito preciso. Houve apagão fiscal se espalhou por toda a Esplanada (dos Ministérios). Só de revogaço temos 23 páginas. Estamos passando uma peneira para poder avaliar cada medida e suas implicações". 

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), disse que é necessário "colocar o povo na centralidade do orçamento". "Não tinha mais canal de diálogo com a sociedade. Esse governo vai mudar pra melhor a vida do povo brasileiro".

Apucarana têm professores e alunos premiados em três concursos culturais


 A Autarquia Municipal de Educação realizou, na manhã de hoje (13/12), a premiação dos professores e estudantes da sua rede que se destacaram em três concursos culturais: MPT na Escola, promovido pelo Ministério Público do Trabalho; Televisando, organizado pelo Instituto GRPCOM; e Cooperar para Transformar, da Cooperativa de Crédito Sicoob Aliança.

A estudante Michele Vitória Pereira, da turma do 5º Ano, da Escola Municipal Augusto Weyand, conquistou o segundo lugar na etapa estadual do concurso MPT na Escola, pela produção do poema Não se deixem enganar, que abordou o tema Trabalho Infantil. Como prêmio pelo excelente trabalho pedagógico desenvolvido, a unidade de ensino foi contemplada com um bônus no valor de R$10 mil, a professora recebeu de presente um relógio de pulso e a aluna ganhou um celular do modelo smartphone.

Já a professora Ângela Torresan e os estudantes Agatha Sophia Ferreira, Lucas Westphal da Cruz, Manuella Louise Passoni, Paloma Quimelo Pereira e Pietro Leonardo Santana de Carvalho, da turma do 2º Ano, também da Escola Municipal Augusto Weyand, foram premiados no concurso Televisando, do Instituto GRPCOM, pela produção de uma belíssima reportagem sobre a relação existente entre a sustentabilidade e a acessibilidade.

“Primeiramente, os estudantes promoveram uma grande campanha de arrecadação de lacres de latinhas de refrigerante, envolvendo a comunidade escolar, as próprias famílias e demais moradores do bairro. Depois, os lacres foram doados a uma entidade que os trocou por cadeiras de rodas, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida de outras pessoas. Tudo foi documentado no vídeo que foi exibido no Jornal Meio Dia Paraná, da RPCTV,” detalhou a secretária de educação, Marli Fernandes.

Como prêmio pela reportagem produzida, o Instituto GRPCOM premiou a Escola Municipal Augusto Weyand com um troféu, a professora Ângela Torresan com um notebook e os alunos com certificados e presentes.

Por fim, as estudantes Evelyn Gabriele dos Santos, da Escola Municipal Fernando José Acosta, Michele Vitória Pereira, da Escola Municipal Augusto Weyand, Milena Fernanda Pereira, da Escola Municipal Professor Idalice Moreira Prates, e Maria Isabella Gaia Queiroz, da Escola Municipal Mateus Leme, foram premiadas pela Cooperativa de Crédito Sicoob Aliança por terem produzido excelentes textos e desenhos sobre o tema Cooperar para Transformar. Elas receberam como recompensa kits de materiais didáticos, contendo mochila, cadernos, lapiseiras, lápis de cor, canetas, entre outros itens.

“Eu fico muito feliz de ver as nossas crianças brilhando em concursos culturais e provas de conhecimento das mais diversas áreas. Isso significa que estamos no caminho certo, formando uma geração de cidadãos vencedores para o futuro de Apucarana,” comemorou o prefeito Junior da Femac.

O vice-prefeito Paulo Vital comentou que a educação municipal avançou muito na última década. “A revolução aconteceu porque o ex-prefeito Beto Preto e o atual prefeito Junior da Femac fizeram da educação a prioridade nas suas gestões, investindo fortemente na reforma e ampliação das escolas, na unificação do currículo da rede, na valorização e na formação continuada dos professores, no enriquecimento da merenda e na compra dos melhores materiais didáticos para os estudantes,” disse.

“Eu gostaria de parabenizar à secretária Marli Fernandes e à equipe dela pelo trabalho maravilhoso que estão realizando, colocando a educação de Apucarana em destaque no Paraná e no brasil. Eu sinto muito orgulho de morar em um município que se preocupa com a formação das suas crianças,” concluiu o presidente da Cooperativa de Crédito Sicoob Aliança, Osnei José Simões Santos.

Professores recebem certificados de conclusão de curso de Libras
A Autarquia Municipal de Educação também realizou, no mesmo ato, a entrega de certificados para quarenta professores da sua rede que concluíram um curso formativo na área da Língua Brasileira de Sinais.

O ensino de Libras está sendo implantado na rede municipal de educação de Apucarana com o intuito de colaborar para a construção de uma sociedade cada vez mais inclusiva. “Em 2022, a disciplina já foi introduzida em 16 das nossas 36 escolas. E, a partir do próximo ano, todos os estudantes, matriculados nas turmas de 1º ao 5º ano, em todas as unidades de ensino, participarão das aulas,” afirmou o prefeito Junior da Femac.

No entanto, para que o ensino de Libras pudesse ser implantado nas escolas municipais, a Autarquia de Educação precisou investir na formação dos seus professores. “Por isso, desde 2015, nós mantemos uma parceria com o Polo da UAB a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), por meio da qual ofertamos cursos de Libras, dos níveis básico e intermediário, aos docentes. Em 2022, quarenta professores concluíram a formação,” acrescentou a secretária de educação, Marli Fernandes.

Participaram ainda da cerimônia de premiação e entrega de certificados na manhã de hoje (13/12) no salão nobre da Prefeitura, os vereadores Rodrigo Lievore (Recife), Tiago Cordeiro de Lima, Mauro Bertoli e Jossuela Pirelli, os secretários municipais Ana Paula Nazarko, José Airton Deco de Araújo, Gerson Canuto, Edison Estrope, Denise Canesin, Ângela Stoian, Gentil Pereira e Ivanildo da Silva, e os representantes da Cooperativa de Crédito Sicoob Aliança, Gregory Pereira Galvão, Jacqueline Feltrin Salatta, Pedro Alexandre Garcia, Ivanete de Carvalho Silva, Maira Tiski Neves, Marcos Rogério Purceno e Neuza Cristina Bisones.

APUCARANA: Complexo Esportivo Áureo Caixote realiza “Aulão” de Kung Fu

 

Com apoio da Secretaria Municipal de Esportes da Prefeitura de Apucarana, o Complexo Esportivo Áureo Caixote realizou no domingo (11/12), um “Aulão” de Kung Fu, promovido pela Associação Shizuka de Kung Fu Wushu. O evento acontece uma vez por ano e tem como objetivo promover uma confraternização dos praticantes da modalidade de Apucarana e de toda a região.

“Nessa temporada tivemos 120 participantes vindos de escolas de várias cidades do estado, com praticantes de 4 a 60 anos de idade. Foi realizada também a cerimônia de graduação dos novos professores e mestres”, frisou o professor Abel Cezar Cândido Bento.

De acordo com ele, a Associação Shizuka de Kung Fu Wushu é berço de todos os atletas da modalidade que representam o município de Apucarana em eventos esportivos oficiais. “Esse ano foi positivo para a associação, pois ganhamos muitos títulos no Campeonato Paranaense, no Brasileiro e nos Jogos Abertos do Paraná Combate. Mostramos a nossa força e o nosso potencial e, queremos muito mais no ano que vem”, destacou Abel.

O experiente mestre apucaranense Waldenir dos Santos agradeceu a todos que estiveram presentes no evento nesse domingo e a Secretaria Municipal de Esportes de Apucarana pelo apoio à modalidade de Kung Fu.

“O kung fu de Apucarana realiza já há algum tempo um belíssimo trabalho, sempre se destacando nas competições que participa e com certeza tem o nosso apoio e também do prefeito Junior da Femac. É uma modalidade que traz muitas medalhas e troféus para a cidade e que a cada ano revela novos talentos”, disse o professor José Marcelino da Silva, o Grillo, secretário municipal de Esportes de Apucarana.

Mais de 1,3 mil estudantes concluem a Educação Infantil na rede municipal de Apucarana



A Prefeitura de Apucarana realizou, na noite de ontem (12/12), no ginásio de esportes Lagoão, a formatura dos 1.330 estudantes que estão concluindo a Educação Infantil neste ano nas 36 escolas da rede municipal. Durante a cerimônia, os meninos e meninas mostraram desenvoltura ao fazer o juramento, entoar os hinos nacional e municipal e homenagear aos pais, amigos e professores.

“Apesar da chuva, as famílias lotaram o ginásio de esportes e emocionaram-se com as conquistas dos seus filhos. Foi uma festa muito bonita! Eu agradeço aos professores pelo excelente trabalho que eles vêm desenvolvendo e também às famílias que confiam seus bem mais preciosos às nossas escolas municipais,” disse o prefeito Junior da Femac.

O vice-prefeito Paulo Vital também participou da cerimônia e reforçou o compromisso da administração em oferecer educação de qualidade aos alunos. “As crianças que estão participando hoje da formatura serão os cidadãos e profissionais que cuidarão do nosso município daqui a alguns anos. Se quisermos uma sociedade mais justa e igualitária no futuro, temos que preparar os nossos estudantes da melhor forma possível. Por isso, eu e o prefeito Junior da Femac buscamos sempre investir na reforma e ampliação das escolas, no enriquecimento da merenda, na formação continuada dos professores, na implantação das disciplinas de Inglês, Espanhol e Libras no currículo e na compra dos melhores materiais didáticos e pedagógicos,” afirmou.

“Todos esses investimentos já vêm mostrando resultados. Por exemplo, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) divulgou em setembro os resultados da última edição do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Os nossos estudantes conquistaram nota 7,3, a melhor pontuação entre os municípios de médio e grande porte do Paraná. E, no início deste mês, um levantamento do Portal QEdu também apontou que Apucarana está em primeiro lugar no ranking das cidades, com mais de cem mil habitantes, da região Sul do Brasil, que oferecem a melhor formação, nas áreas de língua portuguesa e matemática, aos seus estudantes,” comemorou a secretária municipal de educação, professora Marli Fernandes.

Prestigiaram ainda a cerimônia de formatura das crianças da Educação Infantil, a vereadora Jossuela Pirelli; os secretários municipais Gerson Canuto, Edison Estrope e José Airton Deco de Araújo; o presidente do Conselho Municipal do FUNDEB, Tiago Correia da Cunha; o diretor do CEEBJA e membro do Conselho Municipal de Educação, Jorge Marques; a representante do Conselho Municipal de Alimentação Escolar, Cristiane Costa Moreira; a diretora do Colégio Estadual Nilo Cairo e representante do Comitê Municipal do Transporte Escolar, Cibele Barneze; e a representante das Associações de Pais Mestres e Funcionários (APMFs) e dos Conselhos Escolares das 36 unidades de ensino da rede municipal de Apucarana, Cristina Pedroso Alexandre.

Haddad traça suas metas: inflação e desemprego baixos, rigor fiscal e retomada dos investimentos

 Indicado para a Fazenda, Fernando Haddad quer uma política econômica que amplie o crescimento da economia

Fernando Haddad, futuro ministro da Fazenda 28/11/2022 (Foto: Adriano Machado/Reuters)

247 – O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apontou o caminho para a retomada do crescimento do PIB. Indicado para o Ministério da Fazenda, Fernando Haddad disse nesta segunda-feira (12) que quer chegar, em sua gestão, a um país com “baixo desemprego, inflação controlada, contas públicas estáveis, Estado com capacidade de investimento”, aponta reportagem do jornalista Fabio Murakawa, do Valor.

“Conduzir política econômica é levar na ponta dos dedos um carro em alta velocidade. Porque se sabe aonde quer chegar”, disse Haddad. “Você constrói isso tomando as decisões corretas.”

"O futuro ministro contou que indicará nesta terça-feira dois ou três nomes para compor sua equipe — no fim da tarde, ele concederá a primeira entrevista coletiva para detalhar sua linha de gestão", acrescenta Murakawa. 

Haddad afirmou que pretende compor “uma equipe plural”, com pensamentos diversos. E defendeu ser preciso “desideologizar” a questão da economia no Brasil, adotando medidas com base no que “a experiência e a evidência apontam para o momento”.

"Jovem Pan está apoiando arruaceiros", diz Ivan Valente

 Segundo o deputado, a emissora tenta emplacar a versão de que terroristas bolsonaristas que agiram em Brasília na noite passada seriam infiltrados da esquerda

Logo da Jovem Pan e Ivan Valente (Foto: Reprodução | Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

247 - O deputado federal Ivan Valente (Psol-SP) usou o Twitter para denunciar a emissora bolsonarista Jovem Pan que, segundo ele, está "a serviço do golpe" e "apoiando arruaceiros" apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) que promoveram nesta segunda-feira (12) uma noite de terror em Brasília, incendiando veículos e tentando invadir a sede da Polícia Federal.

De acordo com o parlamentar, a emissora espalha a versão de que os terroristas que agiram nesta segunda-feira seriam infiltrados da esquerda no movimento de bolsonaristas. "Jovem Pan a serviço do golpe diz que bandidos bolsonaristas que invadem a PF e incendeiam ônibus e carros não são bolsonaristas. São pessoas esquerda. É um novo caso Riocentro e incêndio nazista do Reichstag. Ninguém do governo fascista se manifesta. É muito grave. Abaixo o fascismo!"

Ele ainda afirmou que o "falso cacique" José Acácio Serere Xavante, pivô do vandalismo ocorrido em Brasília, "é golpista conhecido e provocador financiado por agrotroglodistas". "A tentativa de invasão da PF por bandidos bolsonaristas é jogo combinado com o governo Bolsonaro para tumultuar. O destino deles e do Bozo é a cadeia. Jovem Pan está apoiando arruaceiros".

Terroristas bolsonaristas ainda querem impedir posse de Lula

 Arruaceiros querem impedir a posse do presidente diplomado, que derrotou Jair Bolsonaro

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)

BRASÍLIA (Reuters) - Reunidos em frente ao Palácio da Alvorada, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro inconformados com a derrota do candidato à reeleição ainda alimentam a expectativa de que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva não tomará posse em 1º de janeiro, a despeito de sua diplomação nesta segunda-feira no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A diplomação de um presidente eleito é a última etapa formal depois das eleições e antes da posse. No entanto, para bolsonaristas que questionam os resultados das urnas, e que protestam em frente a quartéis generais na esperança de que haja o que chamam de "intervenção federal" --o que seria um golpe militar, já que não há previsão legal para isso--, ainda há chance de reversão do resultado das eleições presidenciais.

"Posse não vai ter. Lula não vai ser empossado. Lula vai ser preso com sua corja de ladrões. Ele vai ser preso", disse o pastor evangélico Cleber Palaui, do Tocantins, que se juntou a um grupo de apoiadores de Bolsonaro em frente à residência oficial do presidente na tarde desta segunda.

Bolsonaro, que nunca reconheceu explicitamente a derrota para Lula, apesar de ter autorizado seu governo a realizar a transição, manteve-se praticamente recluso e em silêncio por mais de um mês após as eleições. Na última sexta-feira, porém, disse em sua primeira aparição a apoiadores após um longo período que o Brasil está numa "encruzilhada", e que são eles, os bolsonaristas, quem decidem para onde vão as Forças Armadas, instando-os a "fazer a coisa certa".

Ainda que cifrada, a fala de Bolsonaro alimentou temores de que pudesse estimular apoiadores a agir para impedir a diplomação de Lula nesta segunda, a exemplo do ocorrido com apoiadores do então presidente dos Estados Unidos Donald Trump no Capitólio, em janeiro de 2021, após a derrota.

Realizada sob intenso esquema de segurança, a diplomação transcorreu sem problemas. Na noite desta segunda-feira, no entanto, bolsonaristas tentaram invadir a sede da Polícia Federal em Brasília após a ordem de prisão contra um indígena ligado ao grupo e houve confronto.

Horas antes, Bolsonaro havia aparecido nesta segunda em frente ao Alvorada, onde os apoiadores se encontravam, e posou para fotos com crianças, mas não fez declaração, assim como no dia anterior. O presidente acompanhou uma reza em que o orador afirmou que os "militares precisam ter inteligência e não prestar continência a um bandido", em referência a Lula. Os apoiadores responderam com gritos de: "Lula, ladrão, seu lugar é na prisão".

Alguns cartazes empunhados pelos manifestantes pediam ajuda das Forças Armadas para evitar a posse de Lula.

Logo após o resultado eleitoral, o silêncio de Bolsonaro foi interpretado por alguns apoiadores como parte do processo que supostamente permitiria uma chamada "intervenção federal" com base no artigo 142 da Constituição.

O dispositivo constitucional afirma que as Forças Armadas estão "sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem", mas o Supremo Tribunal Federal (STF) já julgou, em diferentes casos, que o artigo não confere aos militares a prerrogativa de atuar como espécie de "poder moderador" para restaurar a ordem.

A desinformação propagada principalmente via redes sociais e a pulverização de teorias da conspiração também servem de combustível a muitos dos apoiadores, que enfrentam sol e chuva à espera de uma reversão do resultado eleitoral.

"Não vai ter posse. Ele (Lula) já foi diplomado, mas empossado não... Bolsonaro foi eleito, só que foi roubado. E isso aí só o Exército para botar ordem, botar o Alexandre de Moraes na cadeia. São todos da mesma quadrilha, tem muita gente aí para ser preso", disse José Trindade, um marceneiro de 58 anos, de Brasília.

Indicado por Lula para ser o futuro ministro da Defesa, José Múcio, disse na sexta-feira, que, com a aparição aos apoiadores naquele dia Bolsonaro havia colocado "a digital" no estímulo aos atos antidemocráticos e vai "deixar a gente pensar".

Comentarista da Jovem Pan incita guerra civil: "que frouxidão é essa?"

 Em vídeo, Paulo Figueiredo, neto do ditador João Figueiredo, ainda ataca o Supremo Tribunal Federal (STF) e diz que a eleição de Lula não tem "legitimidade"

Paulo Figueiredo (Foto: Reprodução)

247 - Neto do ditador João Figueiredo, o comentarista da Jovem Pan Paulo Figueiredo, em vídeo retirado de transmissão da emissora e publicado no YouTube em 6 de dezembro, incita uma guerra civil no país.

Ele ataca o Supremo Tribunal Federal (STF) e diz que a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se deu em um processo de votação "sem legitimidade", mas não apresenta qualquer prova que desabone a eleição brasileira.

Por fim, Figueiredo aponta a guerra civil como saída para o que chama de "fim da liberdade de expressão" e "censura". "Ou a gente aceita o Supremo Tribunal Federal dissolvendo o Congresso aos poucos, ou aceita o Supremo Tribunal Federal dizendo que acabou, 'perdeu, mané', uma eleição sem transparência, sem legitimidade, sem confiança da população, ou a gente aceita o poder que tudo pode, ou a gente aceita o fim do sistema acusatório, ou a gente aceita a perseguição política, ou a gente aceita o fim da liberdade de expressão, ou a gente aceita a censura na imprensa, em veículos inclusive como o nosso, ou a gente aceita tudo isso e abaixa a cabeça ou então a gente vai ter guerra civil? Ora, então que tenha guerra civil 'pô'. Que porcaria de frouxidão é essa?".

Bolsonaristas invadem churrascaria, ameaçam clientes e incendeiam carros no estacionamento (vídeo)

 "Tira esse carro e vai embora. Agora é guerra”, disse um dos homens antes de começarem a destruir os veículos

(Foto: Reprodução/Twitter/@DanAdjuto)

247 - Além de tentarem invadir a sede da Polícia Federal em Brasília, bolsonaristas também incendiaram veículos pela capital federal na noite desta segunda-feira (12).

Vídeo publicado pelo jornalista Daniel Adjuto no Twitter mostra homens de verde e amarelo gritando em uma churrascaria - onde havia crianças - e pressionando os clientes a retirarem os carros do estacionamento: “tira esse carro e vai embora. Agora é guerra”.

Em seguida, atearam fogo nos veículos estacionados.


Pivô do terrorismo bolsonarista em Brasília, José Acácio Serere Xavante convocou pessoas armadas para impedir diplomação de Lula

 Segundo a PGR, o bolsonarista tenta arregimentar pessoas para, "com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo a posse do presidente"

José Acácio Serere Xavante (Foto: Reprodução)


247 - O indígena José Acácio Serere Xavante foi preso na noite desta segunda-feira (12) por convocar "expressamente pessoas armadas para impedir a diplomação dos eleitos", de acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão temporária por dez dias, a pedido da Procuradoria-Geral da República.

A prisão de Serere Xavante levou bolsonaristas a promoverem uma noite de terror em Brasília. Veículos foram incendiados e a sede da Polícia Federal foi alvo de tentativa de invasão. Foram depredados pelo menos oito carros e ônibus.

Nos últimos dias, Serere Xavante esteve ao menos duas vezes em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília, segundo o jornal O Globo. Nas duas ocasiões ele fez discursos inflamados diante de Jair Bolsonaro (PL). Na última sexta-feira (9), por exemplo, Serere Xavante afirmou que o presidente Lula (PT) não tomaria posse e chamou os ministros do STF de bandidos. Ele também pediu para Bolsonaro decretar Garantia da Lei e da Ordem. 

No pedido de prisão do bolsonarista, a Procuradoria Geral da República (PGR) afirma que Serere Xavante vem se utilizando da sua posição de cacique do Povo Xavante para arregimentar indígenas e não indígenas para cometer crimes, mediante a ameaça de agressão e perseguição de Lula e dos ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.  "A manifestação, em tese, criminosa e antidemocrática, revestiu-se do claro intuito de instigar a população a tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo a posse do presidente e do vice-presidente da República eleitos", diz ainda a PGR.