terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Flávio Dino diz que lei vai agir contra quem praticou atos criminosos em Brasília

 Em coletiva, futuro ministro da Justiça disse que Lula está em segurança e em nenhum momento foi exposto a risco

Andrei Rodrigues, Flávio Dino e Júlio Danilo (Foto: Reprodução)

247 - O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou em coletiva de imprensa realizada às 23h40 desta segunda-feira (12) que a lei irá agir contra os responsáveis pelos atos criminosos e golpistas em Brasília. 

“Os manifestantes confundem a liberdade de expressão com o cometimento de crimes. E esse cometimento tem que cessar”, declarou Dino. 

“As medidas de responsabilização já adotadas irão prosseguir. Não há nenhuma hipótese de haver passos atrás na garantia da lei e da ordem pública em razão de violência”, assegurou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, diplomado nesta segunda-feira, hospedado em Brasília, está em absoluta segurança e em nenhum momento foi exposto a risco, informou ainda Flávio Dino.

“Estamos tranquilos e com firmeza em um caminho em defesa da lei”, disse.

“Nós estamos trabalhando há algumas semanas, em parceria com o Distrito Federal, e é hábito para garantir a segurança do presidente Lula e a ordem pública do País”, declarou.

Segundo ele, há diálogo permanente entre a equipe de transição e o GDF. “Falei com o Ibaneis cinco vezes”, relatou.

Atos ‘golpistas’

Questionado pelo repórter Marcelo Auler, do 247, se atos “antidemocráticas” podem continuar ocorrendo pacificamente, Dino afirmou que “há uma atuação permanente em relação a esse atos”.

“Foi uma dessas atuações que ensejou essa reação violenta, absurda e inaceitável”, acrescentou, em referência à prisão do indígena José Acácio Serere Xavante, que participava de atos golpistas, por ordem do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, e que causou à queima de carros e ônibus por bolsonaristas.

O secretário de Segurança do Distrito Federal, Júlio Danilo, disse não ser possível afirmar se prisões haviam sido feitas e que as ações das forças públicas do DF contra manifestantes devem ser efetuadas em conjunto com as Forças Armadas, já que manifestantes partiram de área sob jurisdição militar. Ele disse que os atos golpistas, caso fossem "pacíficos", eram legítimos.

Assista à coletiva:

Vandalismo em Brasília se dá após ordem de prisão de Moraes contra líder indígena bolsonarista

 A PF cumpriu o mandado de prisão temporária e conduziu o líder indígena José Acácio Serere Xavante até a sede da corporação, em Brasília

Bolsonaristas tentam depredar um carro em Brasília (Foto: Reprodução)


247 - O motivo para a tentativa de bolsonaristas em invadir o prédio da Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (12) foi uma ordem de prisão expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, contra um líder indígena José Acácio Serere Xavante, apoiador de Jair Bolsonaro (PL). A informação foi publicada pelo jornal Folha de S.Paulo.

A PF cumpriu o mandado de prisão temporária nesta segunda e conduziu até a sede da corporação, na Asa Norte, em Brasília (DF). A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a prisão do índio e argumentou que ele participou dos atos pró-golpe. 

Manifestantes colocaram fogo e quebraram carros nas proximidades da sede da PF.

O senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), futuro ministro da Justiça, e o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ), cobraram punição aos responsáveis pelos atos. 

Janja organiza festa para celebrar diplomação de Lula

 A comemoração reúne cerca de 70 pessoas e tem música ao vivo

Luiz Inácio Lula da Silva durante sua diplomação em Brasília e Rosângela da Silva (Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE | Reprodução)

247 - A futura primeira-dama Rosangela da Silva, a Janja, organizou uma festa em Brasília (DF) para comemorar a diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O evento acontece na casa do advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay.

De acordo com a coluna de Bela Megale, a comemoração reúne cerca de 70 pessoas e tem música ao vivo. Janja quem fez a lista de convidados.

Em seu discurso, Lula destacou que o Brasil precisa retomar o desenvolvimento e os direitos dos trabalhadores.

“A ordem é para prender os vândalos”, diz governador do DF após protestos de bolsonaristas

 Apoiadores de Jair Bolsonaro tentaram invadir a sede da PF, em Brasiília, e fizeram incêndios e quebraram carros

Ibaneis Rocha (Foto: Vinicius de Melo/ Agência Brasília)


247 - O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), disse nesta segunda-feira (12) que o seu governo deu ordem para a polícia prender manifestantes identificados como responsáveis por atos de vandalismo em Brasília (DF). A informação sobre o posicionamento do governador foi publicada pela CNN Brasil

Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) colocaram fogo em carros. Policiais deram tiros de balas de borracha e lançaram bombas de efeito moral. 

Políticos como o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AC), o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) e o senador eleito Flávio Dino (PSB), futuro ministro da Justiça, cobraram de autoridades a punição contra os responsáveis pelo vandalismo. 

PM do DF não informa se há prisões após atos de terrorismo bolsonarista em Brasília

 Atos de vandalismo começaram na frente da Polícia Federal por volta de 19h30, após o cumprimento de um mandado de prisão temporária contra o indígena José Acácio Tserere Xavante

Carro é incendiado em frente a posto de gasolina na noite desta segunda-feira (12), em Brasília. (Foto: Adriano Machado/Reuters)


247 - A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) não informou até o momento quantas pessoas apoiadoras de Jair Bolsonaro já foram presas pelos atos de vandalismo e terrorismo político promovidos na noite desta segunda-feira (12) em Brasília.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, afirmou a jornalistas que os vândalos seriam presos. No entanto, o governador não falou quantas pessoas foram detidas, e informou ao Antagonista que “a operação está em andamento.”

Em entrevista coletiva ao lado do futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, o secretário de Segurança do Distrito Federal, Júlio Danilo, afirmou que ações das forças públicas do DF contra manifestantes devem ser feitas em conjunto com as Forças Armadas, já que manifestantes partiram de área sob juridisção militar.

Os atos de vandalismo começaram na frente da Polícia Federal, na Asa Norte, por volta de 19h30, após o cumprimento de um mandado de prisão temporária contra o indígena José Acácio Tserere Xavante, apoiador de Bolsonaro. A prisão do indígena aconteceu por determinação do STF e atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República.


Randolfe cobra Ibaneis Rocha: “não é aceitável tanta tolerância com atos terroristas” (vídeo)

 "Não é aceitável tanta tolerância com atos terroristas", afirmou o senador da Rede-AC

Randolfe Rodrigues (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)


247 - O senador Randolfe Randolfe (Rede-AC) cobrou nesta segunda-feira (12) ações do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), contra o vandalismo de bolsonaristas nas proximidades da Polícia Federal (PF), em Brasília (DF). "Não é aceitável tanta tolerância com atos terroristas", disse o parlamentar em entrevista à CNN Brasil

Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) usaram pedaços de pau e quebraram alguns carros em Brasília após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinar a prisão do líder indígena José Acácio Serere Xavante, apoiador de Jair Bolsonaro (PL).

senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), futuro ministro da Justiça, e o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ), cobraram punição aos responsáveis pelos atos.

Randolfe também anunciou que entrará com uma ação no Judiciário ainda nesta noite de segunda pedindo que Michelle Bolsonaro seja responsabilizada no inquérito que investiga atos bolsonaristas, por ter distribuído quentinhas a manifestantes no Palácio da Alvorada, além de ação policial contra participantes dos protestos acampados na residência oficial da Presidência da República.


Bolsonaristas tentam invadir prédio da PF após prisão e queimam veículos em Brasília (vídeos)

 Moraes ordenou a prisão do indígena José Acácio Serere Xavante, que participava de atos golpistas. PM do DF não fez prisões

Bolsonaristas colocam fogo em carros na capital federal (Foto: Reprodução)


247 - Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) tentaram invadir na noite desta segunda-feira (12) a sede da Polícia Federal, em Brasília (DF), após o cumprimento da prisão do indígena José Acácio Serere Xavante, que participava de atos golpistas. A detenção foi ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE.

Armados com pedaços de pau, os manifestantes colocaram fogo em diversos carros e ônibus no entorno do prédio e tentaram resgatar o indígena de dentro da PF.

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) deu tiros de balas de borracha e lançou bombas de efeito moral, mas não efetuou prisões. O senador Randolfe Rodrigues criticou duramente a atitude das forças policiais por omissão e cobrou o governador do DF, Ibaneis Rocha.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, diplomado nesta segunda-feira, está em absoluta segurança e em nenhum momento foi exposto a risco, informou o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino.

Antes, Dino havia dito pelo Twitter serem "inaceitáveis a depredação e a tentativa de invasão do prédio da Polícia Federal em Brasília. Ordens judiciais devem ser cumpridas pela Polícia Federal. Os que se considerarem prejudicados devem oferecer os recursos cabíveis, jamais praticar violência política".


 

 

 

Contexto

Nos últimos anos, o chefe do Executivo federal tentou passar para a população a mensagem de que o Poder Judiciário atrapalha o governo. O chefe do Executivo federal defendeu a participação das Forças Armadas na apuração do resultado das eleições. Partidos de oposição denunciaram publicamente a hipótese de o bolsonarismo tentar um golpe. 

No mês passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) multou o PL em R$ 22,9 milhões após o partido questionar a confiança das urnas eletrônicas

Bolsonaristas fizeram bloqueios em ruas após o término do segundo turno da eleição presidencial em 30 de outubro, quando Bolsonaro teve 49,1% dos votos e o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhou, com 50,9%.

Críticas ao Judiciário são uma das alternativas do norte-americano Steve Bannon, 69 anos, que tentou na última década fazer partidos de direita chegarem ao poder nos Estados Unidos e em outros países. Em janeiro de 2021, quando Trump perdeu a eleição, vários apoiadores invadiram o Legislativo e acusaram o sistema eleitoral de ser fraudulento.

Bannon, que foi estrategista do ex-presidente Donald Trump, teve um encontro com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA após o segundo turno da eleição no Brasil e aconselhou o parlamentar a questionar o resultado

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Junior da Femac assina ordem de serviço do Hospital de Apucarana

 A área construída do H.A. será de 4.062,88 m², sendo 2.616,90 m² de reforma e 1.445,98 m² de ampliação. O projeto prevê 40 leitos clínicos, um centro cirúrgico, com duas salas de cirurgia, 12 ambulatórios, refeitório para os funcionários. “A unidade hospitalar terá ainda duas salas de cirurgias dermatológicas. 

O custo da obra é de R$18.597.969,36, a maior licitação em valor financeiro já realizada pela prefeitura


Definindo como um momento histórico, o prefeito Junior da Femac assinou hoje (12) a ordem de serviço para estruturação do Hospital de Apucarana (H.A.). O custo da obra é de R$18.597.969,36, a maior licitação em valor financeiro já realizada pela prefeitura.

Vencedora do processo licitatório, que teve resultado divulgado no dia 7 de novembro, a empreiteira curitibana Termale Engenharia Ltda é a responsável pela execução da obra dentro de um prazo de 15 meses. “Vamos iniciar a construção do novo hospital no dia 16 de janeiro. Temos experiência em obras hospilares na região nordeste e em Minas Gerais e vamos honrar o compromisso e prazo assumidos com a prefeitura de Apucarana”, informam os engenheiros proprietários da empresa Termale, Ruliano Bagnhuk e Octávio Giocondo.

Executada com recursos municipais, a estruturação do Hospital de Apucarana (H.A.) envolve a reforma e ampliação de prédio localizado na Rua Miguel Simião, nº 69, onde até meses atrás funcionou a Autarquia Municipal de Saúde (AMS) e que no passado já foi um hospital (São José).

A área construída do H.A. será de 4.062,88 m², sendo 2.616,90 m² de reforma e 1.445,98 m² de ampliação. O projeto prevê 40 leitos clínicos, um centro cirúrgico, com duas salas de cirurgia, 12 ambulatórios, refeitório para os funcionários. “A unidade hospitalar terá ainda duas salas de cirurgias dermatológicas. Uma área do andar térreo será destinada ao Pronto Atendimento Infantil (PAI), que terá entrada própria, 6 leitos de observação, sala de espera e atendimento 24 horas”, detalha o prefeito.

“O novo hospital de Apucarana é projeto de grande magnitude e importância histórica para o município, onde nossa população terá atendimento em clínica geral e também de especialidades médicas. Trata-se de uma obra planejada e com recursos assegurados. Depois de muitas décadas, Apucarana volta a construir um hospital”, comemora o prefeito Júnior da Femac.

Para o secretário municipal da saúde, Emídio Bachiega, o Hospital de Apucarana representa um grande ganho para a saúde da cidade. “Teremos o Pronto Atendimento Infantil (PAI), no piso térreo, com atendimento 24 horas para nossas crianças e ainda  um reforço significativo na oferta de cirurgias de média complexidade (eletivas), que geralmente ficam represadas. A nova unidade hospitalar vai possibilitar que muitas cirurgias que eram feitas em outras cidades sejam realizadas no nosso próprio município”, informou Bachiega.

A solenidade de assinatura da ordem de serviço teve a participação do vice-prefeito Paulo Vital e dos vereadores Mauro Bertolli, Toninho Garcia, Marcos da Vila Reis, Rodrigo Lievori (Recife), Tiago Cordeiro, Luciano Facchiano, Francylei de Godoi “Poim”, Luciano Molina e a vereadora Jossuela Pirelli, que também assinaram o contrato com a empreiteira Termale. Ainda estavam presentes no evento os secretários municipais da Gestão Pública Nikolai Cernescu Junior, da Fazenda Sueli Pereira, bem como as profissionais da prefeitura envolvidas na elaboração do projeto: a secretária municipal de obras, engenheira Angela Stoian, a arquiteta com especialidade em arquitetura hospitalar Andressa Ayres de Proença, e a engenheira Caroline Moreira.

Leia a íntegra do discurso do presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva

 Em discurso de posse, o presidente eleito afirmou que a democracia "precisa ser semeada, cultivada"

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução)

247 - O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez nesta segunda-feira (12) o seu discurso de posse, em Brasília (DF), onde foi diplomado. O petista reforçou que a "democracia não nasce por geração espontânea". "Ela precisa ser semeada, cultivada, cuidada com muito carinho por cada um, a cada dia, para que a colheita seja generosa para todos".

Em seu discurso, o presidente eleito afirmou que "o diploma não é do Lula. É do povo que reconquistou o direito de viver numa democracia".

Leia a íntegra do pronunciamento de Lula: 

Em primeiro lugar, quero agradecer ao povo brasileiro, pela honra de presidir pela terceira vez o Brasil.

Na minha primeira diplomação, em 2002, lembrei da ousadia do povo brasileiro em conceder – para alguém tantas vezes questionado por não ter diploma universitário – o diploma de presidente da República.

Reafirmo hoje que farei todos os esforços para, juntamente com meu vice Geraldo Alckmin, cumprir o compromisso que assumi não apenas durante a campanha, mas ao longo de toda uma vida: fazer do Brasil um país mais desenvolvido e mais justo, com a garantia de dignidade e qualidade de vida para todos os brasileiros, sobretudo os mais necessitados.

Quero dizer que muito mais que a cerimônia de diplomação de um presidente eleito, esta é a celebração da democracia.

Poucas vezes na história recente deste país a democracia esteve tão ameaçada.

Poucas vezes na nossa história a vontade popular foi tão colocada à prova, e teve que vencer tantos obstáculos para enfim ser ouvida.

A democracia não nasce por geração espontânea. Ela precisa ser semeada, cultivada, cuidada com muito carinho por cada um, a cada dia, para que a colheita seja generosa para todos.

Mas além de semeada, cultivada e cuidada com muito carinho, a democracia precisa ser todos os dias defendida daqueles que tentam, a qualquer custo, sujeitá-la a seus interesses financeiros e ambições de poder.

Felizmente, não faltou quem a defendesse neste momento tão grave da nossa história.

Além da sabedoria do povo brasileiro, que escolheu o amor em vez do ódio, a verdade em vez da mentira e a democracia em vez do arbítrio, quero destacar a coragem do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, que enfrentaram toda sorte de ofensas, ameaças e agressões para fazer valer a soberania do voto popular.

Cumprimento cada ministro e cada ministra do STF e do TSE pela firmeza na defesa da democracia e da lisura do processo eleitoral nesses tempos tão difíceis.
A história há de reconhecer sua coerência e fidelidade à Constituição.

Essa não foi uma eleição entre candidatos de partidos políticos com programas distintos. Foi a disputa entre duas visões de mundo e de governo.

De um lado, o projeto de reconstrução do país, com ampla participação popular. De outro lado, um projeto de destruição do país ancorado no poder econômico e numa indústria de mentiras e calúnias jamais vista ao longo de nossa história.

Não foram poucas as tentativas de sufocar a voz do povo.
Os inimigos da democracia lançaram dúvidas sobre as urnas eletrônicas, cuja confiabilidade é reconhecida em todo o mundo.

Ameaçaram as instituições. Criaram obstáculos de última hora para que eleitores fossem impedidos de chegar a seus locais de votação. Tentaram comprar o voto dos eleitores, com falsas promessas e dinheiro farto, desviado do orçamento público.

Intimidaram os mais vulneráveis com ameaças de suspensão de benefícios, e os trabalhadores com o risco de demissão sumária, caso contrariassem os interesses de seus empregadores.

Quando se esperava um debate político democrático, a Nação foi envenenada com mentiras produzidas no submundo das redes sociais.

Eles semearam a mentira e o ódio, e o país colheu uma violência política que só se viu nas páginas mais tristes da nossa história.

E no entanto, a democracia venceu.

O resultado destas eleições não foi apenas a vitória de um candidato ou de um partido. Tive o privilégio de ser apoiado por uma frente de 12 partidos no primeiro turno, aos quais se somaram mais dois na segunda etapa.

Uma verdadeira frente ampla contra o autoritarismo, que hoje, na transição de governo, se amplia para outras legendas, e fortalece o protagonismo de trabalhadores, empresários, artistas, intelectuais, cientistas e lideranças dos mais diversos e combativos movimentos populares deste país.

Tenho consciência de que essa frente se formou em torno de um firme compromisso: a defesa da democracia, que é a origem da minha luta e o destino do Brasil.

Nestas semanas em que o Gabinete de Transição vem escrutinando a realidade atual do país, tomamos conhecimento do deliberado processo de desmonte das políticas públicas e dos instrumentos de desenvolvimento, levado a cabo por um governo de destruição nacional.

Soma-se a este legado perverso, que recai principalmente sobre a população mais necessitada, o ataque sistemático às instituições democráticas.

Mas as ameaças à democracia que enfrentamos e ainda haveremos de enfrentar não são características exclusivas de nosso país.

A democracia enfrenta um imenso desafio ao redor do planeta, talvez maior do que no período da Segunda Guerra Mundial.

Na América Latina, na Europa e nos Estados Unidos, os inimigos da democracia se organizam e se movimentam. Usam e abusam dos mecanismos de manipulações e mentiras, disponibilizados por plataformas digitais que atuam de maneira gananciosa e absolutamente irresponsável.

A máquina de ataques à democracia não tem pátria nem fronteiras.

O combate, portanto, precisa se dar nas trincheiras da governança global, por meio de tecnologias avançadas e de uma legislação internacional mais dura e eficiente.

Que fique bem claro: jamais renunciaremos à defesa intransigente da liberdade de expressão, mas defenderemos até o fim o livre acesso à informação de qualidade, sem mentiras e manipulações que levam ao ódio e à violência política.

Nossa missão é fortalecer a democracia – entre nós, no Brasil, e em nossas relações multilaterais.

A importância do Brasil neste cenário global é inegável, e foi por esta razão que os olhos do mundo se voltaram para o nosso processo eleitoral.

Precisamos de instituições fortes e representativas. Precisamos de harmonia entre os Poderes, com um eficiente sistema de pesos e contrapesos que iniba aventuras autoritárias.

Precisamos de coragem.

É necessário tirar uma lição deste período recente em nosso país e dos abusos cometidos no processo eleitoral. Para nunca mais esquecermos. Para que nunca mais aconteça.

Democracia, por definição, é o governo do povo, por meio da eleição de seus representantes. Mas precisamos ir além dos dicionários. O povo quer mais do que simplesmente eleger seus representantes, o povo quer participação ativa nas decisões de governo.

É preciso entender que democracia é muito mais do que o direito de se manifestar livremente contra a fome, o desemprego, a falta de saúde, educação, segurança, moradia. Democracia é ter alimentação de qualidade, é ter emprego, saúde, educação, segurança, moradia.

Quanto maior a participação popular, maior o entendimento da necessidade de defender a democracia daqueles que se valem dela como atalho para chegar ao poder e instaurar o autoritarismo.

A democracia só tem sentido, e será defendida pelo povo, na medida em que promover, de fato, a igualdade de direitos e oportunidades para todos e todas, independentemente de classe social, cor, crença religiosa ou orientação sexual.

É com o compromisso de construir um verdadeiro Estado democrático, garantir a normalidade institucional e lutar contra todas as formas de injustiça, que recebo pela terceira vez este diploma de presidente eleito do Brasil – em nome da liberdade, da dignidade e da felicidade do povo brasileiro.

Muito obrigado.



Transição de governo rebate Guedes e reafirma: Bolsonaro quebrou o Brasil

 “O governo Bolsonaro quebrou o Estado brasileiro, comprometendo serviços essenciais e investimentos públicos fundamentais", disse o gabinete de transição por meio de nota

Bolsonaro e Guedes conversam durante cerimônia em Brasília 07/04/2022 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


Reuters - O gabinete de transição de governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira que a gestão Jair Bolsonaro “quebrou o Estado brasileiro”, citando o que classificou como “colapso” e “apagão fiscal”, com serviços públicos comprometidos.

A nota, publicada pela coordenação técnica da transição, é mais um episódio das trocas de acusações vistas nos últimos dias entre o governo eleito e a atual gestão.

“O governo Bolsonaro quebrou o Estado brasileiro, comprometendo serviços essenciais e investimentos públicos fundamentais. Ao longo de quatro anos, Bolsonaro utilizou recursos extra-teto cinco vezes, em um montante de cerca de 800 bilhões de reais. Para o andar de cima, o Estado não está quebrado. Para os que mais precisam, há um verdadeiro apagão fiscal”, disse a nota.

O grupo traz no documento uma série de exemplos de pontos que considera críticos nas contas do governo, como falta de recursos para o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), merenda escolar, livros didáticos, e bolsas de estudos.

A nota ainda cita problemas orçamentários na área de meio ambiente, saúde indígena, farmácia popular e defesa civil.

“Se não houvesse uma realidade de colapso fiscal, que se sobrepõe à narrativa do ministro (da Economia) Paulo Guedes, o que justificaria a consulta feita pelo próprio governo Bolsonaro ao TCU (Tribunal de Contas da União) para a liberação de recursos extraordinários por Medida Provisória?”, disse.

A transição afirma ainda que o governo eleito e o Congresso irão resolver a questão fiscal do país com a aprovação da PEC da Transição “e terá que tomar medidas adicionais para aumentar a eficiência do gasto público e de receitas sem o aumento da carga tributária”.

No domingo, o Ministério da Economia divulgou nota para rebater o que classificou de "declarações infundadas" sobre o cenário econômico nacional, após membros da transição terem feito um diagnóstico bastante duro sobre as contas do governo federal.

“O diagnóstico que vai ficando claro para o governo de transição é que governo Bolsonaro quebrou o Estado brasileiro. Serviços essenciais ou já estão paralisados ou correm grande risco de serem totalmente comprometidos”, havia afirmado na semana passada o coordenador dos grupos técnicos da transição, o ex-ministro Aloizio Mercadante.

No comunicado de domingo, o Ministério da Economia procurou contrapor as críticas e ressaltou que a dívida bruta do governo geral deverá terminar o ano representando 74% do Produto Interno Bruto (PIB), com superávit primário de 23,4 bilhões de reais, o primeiro desde 2013, de acordo com o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias.

"Será o primeiro governo que encerra o mandato com endividamento em queda: em 2018, a relação dívida/PIB chegou a 75,3%", afirmou o ministério no comunicado.

A nota do ministério não chegou a justificar as restrições orçamentárias observadas nas últimas semanas e que têm prejudicado a execução de serviços.

Lula trabalha pela aprovação da PEC da Transição na Câmara dos Deputados, após vitória no Senado, para expandir por dois anos o teto de gastos em 145 bilhões de reais para pagamento do Auxílio Brasil --que voltará a se chamar Bolsa Família-- de 600 reais e permitir uma recomposição em outros pontos do Orçamento de 2023.

"247 foi fundamental para chegarmos a este momento", diz Paulo Teixeira

 Presente na solenidade de diplomação de Lula no TSE, o deputado federal reeleito classificou o 247 como "imprensa que foi correta, resistente, verdadeira, corajosa"

Paulo Teixeira (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil 247)

247 - O deputado federal reeleito Paulo Teixeira (PT-SP) comemorou a diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) nesta segunda-feira (12) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

Presente na cerimônia do TSE, em Brasília, Teixeira elogiou a atuação do Brasil 247 e da TV 247 na defesa da democracia. "Quero dar um abraço à TV 247, dizer que vocês foram gigantes na resistência", disse o deputado em entrevista ao vivo ao repórter Marcelo Auler. "Esta diplomação é a mão de muita gente, a mão de vocês, uma imprensa que foi correta, resistente, verdadeira, corajosa. Viva o 247", afirmou Paulo Teixeira. 

Apoiadores celebram diplomação histórica de Lula nos arredores do TSE (vídeos)

 A cerimônia desta segunda-feira marca a volta por cima do maior líder popular da história do Brasil, vítima de golpe e perseguições judiciais nos últimos anos

(Foto: Reprodução/Twitter/@heldersalomao)


247 - O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), serão diplomados nesta segunda-feira (12), em uma cerimônia histórica, que marca o fim de quatro anos de governo Bolsonaro (PL) e o início de um novo ciclo.

O diploma de Lula presidente também marca a volta por cima do maior líder popular da história do Brasil, que governou o país por oito anos e elegeu - e reelegeu - sua sucessora, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Ele viu, no entanto, Dilma ser tirada do cargo por um golpe de Estado e, tempos depois, foi injustamente preso, vítima de uma perseguição judicial que visava impedi-lo de ser candidato a presidente em 2018 e, principalmente, destruí-lo politicamente.

Agora, Lula volta ao centro do poder, eleito com mais de 60 milhões de votos.

A cerimônia de diplomação está marcada para as 14h, e contará com discurso do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, e, claro, do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 


 


Moraes faz discurso duro contra extremismo e desinformação e promete punição “para que não volte a acontecer”

 "Fica oficializada hoje a vitória plena e incontestável da democracia, contra a desinformação e o discurso de ódio", disse o presidente do TSE na cerimônia de posse de Lula

Alexandre de Moraes (Foto: Reprodução)


247 - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, criticou nesta segunda-feira (12) "grupos extremistas autoritários, criminosos não conhecem o Judiciário brasileiro". 

"O Poder Judiciário brasileiro tem coragem, tem força, tem altivez. Manteve sua independência e imparcialidade, realizando eleições simples, transparentes e seguras", disse Moraes em discurso na cerimônia de posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Fica oficializada hoje a vitória plena e incontestável da democracia, contra a desinformação e o discurso de ódio", complementou. 

De acordo com o presidente do TSE, "grupos organizados e já identificados serão devidamente responsabilizados para que isso não retorne nas próximas eleições".

Em seu discurso, o presidente eleito afirmou que "o diploma não é do Lula. É do povo que reconquistou o direito de viver numa democracia".