quinta-feira, 17 de novembro de 2022

"Ninguém está passando fome no mercado": Gleisi critica reação do mercado à PEC da Transição

 "Aumentar despesa com juros não tem problema, mas pelo Bolsa Família tem problema?", questionou a presidente do PT, em declaração forte

Gleisi Hoffmann (Foto: Reuters/Amanda Perobelli | Reuters/Lisa Marie David)


247 - A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), adotou um tom forte ao comentar a reação do mercado à apresentação da PEC da Transição e ao discurso do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em encontro com representantes da sociedade civil na COP27 nesta quinta-feira (17). Nesta manhã, o mercado abriu com o dólar superando R$ 5,50.

Gleisi afirmou a Andréia Sadi, do g1, que o governo Lula não abrirá mão de suas promessas de campanha para agradar ao mercado financeiro. "Esse pessoal não vai mudar o que fizemos na campanha. Não vamos fazer estelionato eleitoral. Para de mimimi. Esse mercado é uma vergonha, ninguém está passando fome no mercado".

Ela ainda disse que Jair Bolsonaro (PL), durante a campanha no segundo turno, prometeu “coisa pior” do ponto de vista dos gastos públicos, mas o mercado ignorou.

A parlamentar sugeriu que o mercado, se quiser implementar sua agenda econômica no Brasil, lance uma candidatura e vença as eleições. “Já sabiam que ia acontecer. Nós e Bolsonaro dissemos na campanha. Bolsonaro prometeu coisa que nem podia fazer. Óbvio que [o Bolsa Família] é extratexto, vamos parar com essa palhaçada. Se quer fazer sua agenda, bota nome na praça e vai buscar voto. Eles [o mercado financeiro] estão especulando. Quer dizer que aumentar despesa com juros não tem problema, mas pelo lado do Bolsa Família tem problema? Eles que vão buscar voto, por que não se manifestaram durante a campanha? Não estamos na década de 90 que mercado é todo poderoso. Vergonhoso”.

A minuta da PEC da Transição, apresentada na quarta-feira (16) pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), prevê "excepcionalizar" do teto de gastos R$ 175 bilhões para o pagamento do Bolsa Família a partir de 2023 no valor de R$ 600, com adicional de R$ 150 por criança, sem um prazo determinado. Também consta na proposta uma autorização para que parte das receitas extraordinárias fique fora do teto e possa ser redirecionada para investimentos, em um limite de R$ 23 bilhões.

Na COP27, Lula voltou a criticar o teto de gastos e minimizou as reações do mercado: "não adianta ficar pensando só em dado fiscal, mas em responsabilidade social. Vai aumentar o dólar, cair a bolsa? Paciência. O dólar não cai por conta de pessoas sérias, mas dos especuladores. O que é o teto de gastos? Se fosse para discutir que não vamos pagar a quantidade de juros do sistema financeiro que pagamos todo ano, mas mantivéssemos os benefícios, tudo bem. Mas não, tudo o que acontece é tirar dinheiro da educação, da cultura. Tentam desmontar tudo aquilo que é da área social".

Governo Bolsonaro furou teto de gastos em R$ 795 bilhões em quatro anos

 Em 2021 e 2022, os gastos fora do teto chegaram a R$ 233,4 bi, em uma ação que tentou "impulsionar a reeleição de Bolsonaro", segundo economista da FGV

Paulo Guedes e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - Representado pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), o governo Lula (PT) apresentou ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), nesta quarta-feira (17) a minuta da PEC da Transição, que prevê  "excepcionalizar" do teto de gastos R$ 175 bilhões para o pagamento do Bolsa Família a partir de 2023 no valor de R$ 600, com adicional de R$ 150 por criança, sem um prazo determinado.

Também consta na proposta uma autorização para que parte das receitas extraordinárias fique fora do teto e possa ser redirecionada para investimentos, em um limite de R$ 23 bilhões.

Representantes do mercado, assim como parte da imprensa, têm criticado o governo eleito pela disposição em furar o teto, mas o governo de Jair Bolsonaro (PL) também extrapolou - e muito - o limite.

Segundo levantamento do economista Bráulio Borges, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), feito a pedido da BBC News Brasil, os gastos do governo Bolsonaro acima do teto somam R$ 794,9 bilhões de 2019 a 2022.

Foram R$ 53,6 bilhões em 2019, R$ 507,9 bilhões em 2020, R$ 117,2 bilhões em 2021 e serão R$ 116,2 bilhões em 2022. 

Segundo a reportagem, "a maior parte dos quase R$ 800 bilhões acima do limite constitucional gastos pelo atual governo foram empregados em 2020, ano em que o Congresso liberou amplamente as despesas devido à pandemia de covid-19. Mas a flexibilização da regra começou já no primeiro ano de governo e continuou após o arrefecimento da pandemia. Neste último ano, os furos no teto impulsionaram a expansão de benefícios sociais pouco antes da eleição, em uma ação que tentava impulsionar a reeleição de Bolsonaro, na visão de Borges".

"Aos críticos vai aí uma informação. Orçamento de 2023 de Bolsonaro não tem recurso previsto para merenda escolar, Farmácia Popular, creches e auxílio de R$ 600. Estamos trabalhando para reverter a terra arrasada que estamos encontrando e colocar o povo no orçamento", afirmou a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, ao defender a proposta do governo Lula para a ampliação dos gastos.

Líder de protesto golpista diz que ministro “Jallim Habbei” não reconhece Lula

 O nome criado forma uma piada quando lido e os bolsonaristas não perceberam

Ana Paula Melo (Foto: Reprodução/Instagram)

247 - Uma das organizadoras do protesto bolsonarista em frente ao QG do Exército de Brasília comemorou, nas redes sociais, uma notícia falsa produzida para ridicularizar os manifestantes. Ana Paula Melo divulgou que um ministro dos Emirados Árabes Unidos chamado “Jallim Habbei” não iria reconhecer a vitória de Lula (PT) contra Jair Bolsonaro (PL). As informações são do portal Metrópoles.

O ministro, no entanto, não existe. O nome criado forma uma piada quando lido. Nos comentários, a organizadora recebeu mais apoio. “Eita, glória”, respondeu uma seguidora. Outra publicou emoticons de palmas para a notícia falsa. Uma pessoa ainda tentou alertar: “Observe o nome do ministro”, mas Ana Paula manteve a postagem.

O texto compartilhado pelos bolsonaristas traz que o ministro “Jallim Habbei”, das Relações Exteriores, disse que os Emirados Árabes Unidos “não irão reconhecer Luiz Inácio Lula da Silva como presidente do Brasil”.

Moraes determina bloqueio de contas de 43 financiadores de atos antidemocráticos

 Ministro também determinou que a PF colha depoimentos dos suspeitos em até dez dias

Alexandre de Moraes e bloqueios de rodovias (Foto: Reuters)


247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou o bloqueio de 43 contas ligadas a pessoas e empresas suspeitas de financiar atos antidemocráticos de bolsonaristas inconformados com o resultado da eleição presidencial de 2022.

A decisão, de acordo com o Metrópoles, foi assinada no último sábado (12/11). 

O bloqueio das contas, segundo o ministro, é “necessário, adequado e urgente, diante da possibilidade de utilização de recursos para o financiamento de atos ilícitos e antidemocráticos

 Moraes ainda determinou a coleta de depoimentos pela Polícia Federal, em até dez dias, dos possíveis financiadores dos atos.

Para o magistrado, os manifestantes desrespeitam o direito de reunião pacífica previsto na Constituição e propagam "o descumprimento e desrespeito ao resultado do pleito eleitoral”.

 Veja a lista de empresas com contas bloqueadas:

1. AGRITEX COMERCIAL AGRICOLA LTDA

2. AGROSYN COMERCIO E REP. DE INSUMOS AGRIC

3. AIRTON WILLERS

4. ALEXANDRO LERMEN

5. ARGINO BEDIN

6. ARRAIA TRANSPORTES LTDA

7. ASSIS CLAUDIO TIRLONI

8. BANCO RODOBENS S.A

9. BERRANTE DE OURO TRANSPORTES LTDA

10. CAIRO GARCIA PEREIRA

11. CARROCERIAS NOVA PRATA LTDA

12. CASTRO MENDES FABRICA DE PECAS AGRICOLAS

13. CERAMICA NOVA BELA VISTA LTDA

14. COMANDO DIESEL TRANSP E LOGISTICA LTDA

15. DALILA LERMEN EIRELI

16. DIOMAR PEDRASSANI

17. DRELAFE TRANSPORTES DE CARGA LTDA

18. EDILSON ANTONIO PIAIA

19. FERMAP TRANSPORTES LTDA

20. FUHR TRANSPORTES EIRELI

21. GAPE SERVICOS DE TRANSPORTES LTDA

22. J R NOVELLO

23. KADRE ARTEFATOS DE CONCRETO E
CONSTRUÇÃO

24. KNC MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

25. LEONARDO ANTONIO NAVARINI & CIA LTDA

26. LLG TRANSPORTADORA LTDA

27. M R RODO IGUACU TRANSPORTES EIRELI

28. MURIANA TRANSPORTES LTDA

29. MZ TRANSPORTES DE CARGAS LTDA

30. P A REZENDE E CIA LTDA

31. POTRICH TRANSPORTES – LTDA

32. RAFAEL BEDIN

33. ROBERTA BEDIN

34. SERGIO BEDIN

35. SINAR COSTA BEBER

36. SIPAL INDUSTRIA E COMERCIO LTDA

37. TIRLONI E TIRLONI LTDA-ME

38. TRANSPORTADORA ADRIJ LTDA ME

39. TRANSPORTADORA CHICO LTDA

40. TRANSPORTADORA LERMEN LTDA – EPP

41. TRANSPORTADORA ROVARIS LTDA

42. TRR RIO BONITO T. R. R. PETR. LTDA

43. VAPE TRANSPORTES LTDA

Apucarana é citada como referência em educação no Fórum Estadual Extraordinário da Undime-PR



 No Fórum Estadual Extraordinário da União dos Dirigentes Municipais de Educação, o ensino básico da Autarquia Municipal de Educação, de Apucarana, foi apontado como referência no Paraná. O prefeito Junior da Femac e a secretária Marli Fernandes – que também é vice-presidente da Undime-PR – participaram do evento, na noite desta quarta-feira (16), em Foz do Iguaçu.

A Undime-PR é uma associação sem fins lucrativos que tem por missão articular, mobilizar e integrar os dirigentes municipais de educação, para construírem e defenderem um ensino público equitativo e com qualidade social.

Nesta edição, o Fórum Estadual Extraordinário da Undime-PR está abordando três pilares fundamentais: o Planejamento, a Avaliação e o Financiamento. “A formação continuada do gestor e das equipes técnicas das secretarias municipais de educação é fundamental, pois eles lidam com muitos desafios diariamente e precisam estar preparados para enfrentá-los da melhor maneira possível,” disse a secretária Marli Fernandes.

O prefeito Junior da Femac destacou que Apucarana é referência em educação para o Paraná e o Brasil. “O Prêmio Band Cidades Excelentes apontou, no final do ano passado, que somos o município brasileiro que oferta a melhor educação pública às suas crianças. Além disso, os nossos estudantes alcançaram a nota 7,3 na última edição do IDEB, a melhor pontuação entre os municípios de médio e grande porte do Paraná. Gestores de várias cidades já me procuraram para saber o caminho que trilhamos até aqui. Eu incentivo fortemente a minha equipe a participar de fóruns como este da Undime-PR e compartilhar as práticas bem sucedidas da rede municipal de educação de Apucarana,” afirmou.

Na manhã desta quinta-feira (17/11), professora Marli Fernandes também mediou a mesa “As secretarias de educação e a organização e gestão de escolas: questões institucionais e pedagógicas”, que teve como convidado o professor titular da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Dr. José Carlos Libâneo.

Também participam do Fórum Estadual Extraordinário da Undime-PR, a superintendente pedagógica da AME, Margarete Baldini e os técnicos Mateus Morial, Evelyn Bispo, Jaqueline de Oliveira e Adalir Martinez.

Após Constantino surtar e abandonar programa, bolsonaristas se enfurecem e saem em defesa de seu líder: “desliguem a Jovem Pan”

 O extremista se enfureceu após ser chamado de "puxa-saco de presidente da República" pelo analista Leonardo Grandini

Rodrigo Constantino (segundo da esq. para a dir.) e Leonardo Grandini (quarto da esq. para a dir.) (Foto: Reprodução)

247 - Os bolsonaristas estão cada vez mais enfurecidos com a Jovem Pan, após demissões dos comentaristas mais extremistas da casa, e um episódio em especial aumentou a ira dos seus telespectadores. 

O comentarista político Rodrigo Constantino abandonou nesta quarta-feira (16) o programa "3 em 1", da Jovem Pan, após ser chamado de "puxa-saco de presidente da República" pelo analista Leonardo Grandini. 

"Constantino se esquece que eu tenho coerência. Na época da censura da Jovem Pan, eu fui contra. Ao contrário de você que é puxa-saco de presidente da República....", disse Leonardo.

Constantino respondeu: "Ô Paulo, continua o programa aí. Não sou obrigado a ouvir isso. Avisa o Tutinha que cansei".

Após tal cena, os radicais invadiram as redes sociais para iniciar a campanha “desligue a Jovem Pan”. Além disso, uma equipe da rádio Jovem Pan teve de sair sob escolta nesta terça-feira 15 de uma manifestação promovida por bolsonaristas em frente ao quartel-geral do Exército em Brasília. Apoiadores do presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL), que pediam intervenção militar, xingaram e fizeram ameaças a dois repórteres e um cinegrafista do veículo por cerca de 30 minutos.

"Vai aumentar o dólar, cair a bolsa? Paciência. Não adianta ficar pensando só em dado fiscal", diz Lula

 "O dólar não cai por conta de pessoas sérias, mas dos especuladores", afirmou o presidente eleito durante encontro com a sociedade civil na COP27

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se reuniu na COP27 nesta quinta-feira (17) com representantes da sociedade civil e fez críticas ao teto de gastos.

Ele afirmou ser necessário manter o olhar para a agenda social, e não só para a fiscal.  "Não adianta ficar pensando só em dado fiscal, mas em responsabilidade social. Vai aumentar o dólar, cair a bolsa? Paciência. O dólar não cai por conta de pessoas sérias, mas dos especuladores".

"O que é o teto de gastos? Se fosse para discutir que não vamos pagar a quantidade de juros do sistema financeiro que pagamos todo ano, mas mantivéssemos os benefícios, tudo bem. Mas não, tudo o que acontece é tirar dinheiro da educação, da cultura. Tentam desmontar tudo aquilo que é da área social", completou.

Lula finalizou o discurso sob aplausos e coros de "o Brasil voltou". 

Veja os principais trechos da fala do presidente:

"Queria dizer para vocês da imensa alegria e do imenso prazer de poder estar vivendo este momento. Possivelmente pela juventude de vocês, muitos não compreendem o significado de uma reunião como essa. Não há disposição de muitos governantes no mundo de participar de uma reunião dessas com a sociedade civil";

"Muitas vezes os governantes não gostam de ser cobrados e começam a tratar as pessoas como se fossem oposição, quando, na verdade, a cobrança é tão boa ou melhor do que aqueles que concordam, pois ela sempre nos mostra que há algo a fazer";

"Depois de tudo o que aconteceu no Brasil, na minha vida, voltar a ser presidente do Brasil, com a participação de mulheres, povos negros, jovens, e poder fazer uma estreia a nivel internacional, em um espaço da ONU, em um tema que interessa muito ao Brasil, estou feliz;

"Os fóruns da ONU não podem ser discussões intermináveis. Às vezes tenho a impressão que as decisões precisam ser cumpridas. precisamos de um órgão de governança global que possa discutir o que fazer. Muitas vezes, o dinheiro prometido aos países em desenvolvimento também não sai. Os US$ 100 bilhões foram prometidos em 2009, e sinceramente, as pessoas parecem que se esquecem. Por isso cobrei, lembrei que há uma dívida que precisa ser paga para os países que têm floresta sejam recompensados para cuidar daquilo";

"Como pode, pouco tempo depois, o país perder essa alegria. Como é que pode esse país que chegou a ser a sexta economia, cair para 13? Andamos para trás";

"Sempre digo que as pessoas mais humildes subiram só um degrauzinho na escala social da nossa História, mas muito pouco foi muito para um país que não estava habituado a cuidar das pessoas mais humildes. Esse é o tipo de melhora que não pode parar e eles pararam. Pararam de investir na universidade, na tecnologia, nas escolas técnicas... Até a cultura, extremamente importante para formação do povo, eles acabaram. Na lógica deles, cultura é uma coisa perigosa, que mexe na consciência das pessoas";

"A principal razão pela qual eu assumi a minha candidatura para voltar a ser presidente é que eu acho que é possível fazermos esse país voltar a ser feliz, é possível garantir que a juventude pode planejar, ter perspectiva de futuro";

"Vamos pegar um país pior do que em 2003, com o desmonte e descrédito das instituições. Passamos a ter um Executivo sem nenhuma relação com a sociedade brasileira. Que, em quatro anos, não se reuniu com ninguém da sociedade civil, mas ofendeu mulheres, negros, periferia, portadores de deficiência. A nossa tarefa é recuperar, porque eu não vejo o Brasil dar certo sem envolver a sociedade nas decisões. Vamos fazer conferências com a juventude, com os povos negros, com as mulheres. A gente não tem que ter medo de ouvir as coisas ou de ouvir o que não gostamos de ouvir. Quando se dispõe a governar o país, não tem que pensar só nas coisas boas. Tem que ouvir e ter a humildade para ver que está errado. O Brasil precisa ser recuperado";

"Quero provar que é possível aumentar salário mínimo, gerar empregos, ter mais pessoas pobres na universidade, na escola técnica";

"Vamos criar o Ministério da Cultura, fazer o país fervilhar do ponto de vista da cultura, inclusive levá-la onde tem que estar, não apenas no teatro municipal, mas à periferia do país";

"Queremos estar onde muitas vezes a sociedade branca não está. Fazer um país mais humano. Se não resolvermos a situação social, não vale a pena governar o país";

"Não adianta ficar pensando só em dado fiscal, mas em responsabilidade social. Vai aumentar o dólar, cair a bolsa? Paciência. O dólar não cai por conta de pessoas sérias, mas dos especuladores. O que é o teto de gastos? Se fosse para discutir que não vamos pagar a quantidade de juros do sistema financeiro que pagamos todo ano, mas mantivéssemos os benefícios, tudo bem. Mas não, tudo o que acontece é tirar dinheiro da educação, da cultura. Tentam desmontar tudo aquilo que é da área social";

"Temos que garantir que vamos aumentar o salário mínimo acima da inflação. É por isso que vamos criar o Ministério dos Povos Originários. Ter uma relação concreta com os povos indígenas do país. Não podemos aceitar mais a ideia que 14% da terra está nas mãos dos indígenas, mas não dizem que a terra é do Estado. Vamos reconhecer os quilombos brasileiros";

"Voltei com disposição de fazer o que não fiz da última vez, fazer mais";

"O verdadeiro empresário do agronegócio sabe que não pode fazer queimada. Sabe onde não pode queimar, onde não pode derrubar. Nós vamos evitar que haja exploração de garimpo em terras indígenas. Não me preocupo quando dizem que o agro não gosta do Lula. Não quero que gostem, mas que me respeitem. Não é necessário cortar árvores. O que precisamos é uma frase que a Marina [Silva] dizia em 2003: 'o que interessa não é proibir, mas dizer como fazer as coisas'";

"Derrotamos o Bolsonaro, mas o bolsonarismo se mantém aí. Vocês estão vendo a violência com que eles atacam as aldeias indígenas. Vocês sabem o que acontece e a fúria dos madeireiros. Vamos precisar ter muito mais competência, habilidade";

"Vamos precisar ter muito mais competência, habilidade. Não podemos ficar brigando e não governar. O nosso povo tem que voltar a tomar café, e almoçar todo dia";

"Tenho orgulho de vocês. Graças a Deus eu sou eleito presidente deste país que tem um povo como vocês, que possa me ajudar a fazer a reconstrução ideológica, política e social do Brasil";

"Se não tivermos uma ONU forte, não vamos lidar com a questão do clima como precisamos";

"Vai tentar fazer a cúpula dos países amazônicos... Todos vizinhos e nunca se reuniram. O Brasil tem que tomar iniciativa";

"Muito obrigado por tudo o que fizeram até agora e precisarão fazer. Só quero que saibam que nossa volta tem o significado de reconstruir o nosso país. Será uma tarefa imensa, e eu quero que vocês nos ajudem a reconstruir esse país".

Rodrigo Constantino é chamado de 'puxa-saco de presidente' e abandona jornal (vídeo)

 O comentarista político da Jovem Pan foi criticado pelo analista Leonardo Grandini e deixou o programa "3 em 1"

Rodrigo Constantino (segundo da esq. para a dir.) e Leonardo Grandini (quarto da esq. para a dir.) (Foto: Reprodução)

247 - O comentarista político Rodrigo Constantino abandonou nesta quarta-feira (16) o programa "3 em 1", da Jovem Pan, após ser chamado de "puxa-saco de presidente da República" pelo analista Leonardo Grandini. 

"Constantino se esquece que eu tenho coerência. Na época da censura da Jovem Pan, eu fui contra. Ao contrário de você que é puxa-saco de presidente da República....", disse Leonardo.

Constantino respondeu: "Ô Paulo, continua o programa aí. Não sou obrigado a ouvir isso. Avisa o Tutinha que cansei".


Líder global, Lula se distingue dos políticos vulgares, diz ex-chanceler Aloysio Nunes

 O tucano é um dos nomeados para a área de relações exteriores da equipe de transição de governo

Aloysio Nunes e Lula


247 - Nomeado para o grupo técnico que tratará de relações exteriores no governo de transição, o ex-chanceler Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) afirma que a política externa, mais do que qualquer outro espaço de governo, será o principal domínio do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Aloysio Nunes chegou a comparar o presidente eleito com o general Charles De Gaulle, que que foi presidente da França, a ressaltar que ele tinha uma concepção sobre o papel do seu país no mundo para agir de acordo com seus interesses e os da humanidade. O político do PSDB diz que o Lula é assim, e isso o distingue dos políticos vulgares, informa o Painel da Folha de S.Paulo.

Segundo ele, as linhas de tradição diplomática têm sido seguidas há muitos anos no Brasil, com exceção ao período sob influência do escritor Olavo de Carvalho que marcou recentemente o Itamaraty, durante o governo de Jair Bolsonaro. Para Aloysio Nunes, essas linhas da tradição do Itamaraty vão voltar a ganhar força com Lula.

Aloysio Nunes elogiou a composição da equipe de transição que, segundo ele, expressa a ideia de frente ampla defendida por Lula durante a campanha presidencial.

PEC da transição também abre espaço para R$ 23 bilhões em investimentos

 Retomar gastos com infraestrutura é uma das prioridades de Lula e Alckmin

Lula e Alckmin em Itaquera (Foto: Ricardo Stuckert)

BRASÍLIA (Reuters) - O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, apresentou nesta quarta-feira a parlamentares uma minuta da PEC da Transição com proposta de "excepcionalizar" do teto de gastos 175 bilhões de reais para o pagamento do Bolsa Família a partir de 2023 no valor de 600 reais, com adicional de 150 reais por criança, sem um prazo determinado.

As sugestões apresentadas pela equipe de transição incluem ainda uma autorização para que parte de receitas extraordinárias fique fora do teto e possa ser redirecionada para investimentos, em um limite de 23 bilhões de reais, e também propõe retirar da regra do teto de gastos doações a universidades e fundos ligados à preservação do meio ambiente.

"Entregamos aos senadores uma proposta, um anteprojeto", disse o vice-presidente, em um aceno ao Congresso ao deixar claro que "tudo está sendo feito no sentido de fortalecer o Legislativo".

Alckmin entregou a minuta ao relator-geral do Orçamento, Marcelo Castro (MDB-PI), e ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), entre outras lideranças da Casa. Depois, reuniu-se com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para entregar as sugestões de texto da PEC, seguindo orientação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva de buscar uma solução por meio da política.

Além de retirar todo Bolso Família do teto de gastos, a minuta prevê que parte de eventual excesso de arrecadação pode ser alocado em investimentos públicos sem estourar o limite das despesas primárias. Alckmin explicou que haverá uma "trava" para a utilização desses recursos, correspondente a 6,5% das receitas correntes líquidas de 2021, o que representa, na prática, 23 bilhões de reais.

"O objetivo disso é chegar a 1% do PIB para investimento", disse Alckmin. "Isso é importante para induzir o crescimento e induzir também o investimento privado."

O rascunho de PEC apresentado nesta quarta também exclui do teto "despesas com projetos socioambientais ou relativos às mudanças climáticas" custeadas por meio de doações e "despesas das instituições federais de ensino custeadas por despesas próprias, de doações ou de convênios celebrados" com entes da Federação ou com o setor privado.

De acordo com Alckmin, a exclusão do Bolsa Família do teto é uma "unanimidade" no Congresso, assim como, avalia, não deve haver dificuldades em relação aos recursos para investimento, educação e questões socioambientais, já que se tratam de receitas extras ou doações.

Há, no entanto, resistências em relação ao prazo de excepcionalização do teto, especialmente por parte de parlamentares ligados ao atual presidente, Jair Bolsonaro, e também existe apreensão no mercado financeiro.

Na semana passada, um discurso de Lula em que o presidente eleito criticou a necessidade de cumprir regra fiscal em detrimento de gastos sociais e defendeu que algumas despesas deveriam ser consideradas investimentos gerou ruído, fazendo a bolsa despencar e o dólar disparar.

"Não há nenhum cheque em branco", defendeu Alckmin, lembrando que caberá a deputados e senadores definirem o prazo a ser abrangido pela PEC.

TRAMITAÇÃO

Responsável pela tarefa de formalizar a criação da PEC, o senador Marcelo Castro explicou que a ideia é primeiro aparar todas as arestas possíveis entre os parlamentares, para então recolher as 27 assinaturas necessárias no Senado e dar a partida na tramitação da proposta.

"A equipe de transição nos trouxe uma proposta, uma sugestão de PEC. Mas quero que todos tenham a compreensão de que essa PEC será proposta pelo Senado. Nós vamos pegar essas sugestões que a equipe de transição nos trouxe, vamos negociar internamente com as lideranças aqui do Senado, até nós chegarmos a um entendimento, a uma concertação de qual seria o texto ideal", disse o relator-geral do Orçamento a jornalistas após receber a minuta.

"Na hora que nós tivermos a segurança de que aquilo é um texto ideal --o ideal, aqui, é o possível e o que a maior probabilidade de ser votado-- então só nesse momento nós então começaremos a colher as assinaturas", concluiu.

O senador calcula que a PEC pode ser votada pelo Senado antes do fim de novembro. Depois, ainda segue à Câmara dos Deputados.

"O mais difícil aqui no Senado não é a tramitação. É a gente chegar a um entendimento de qual seria o texto mais adequado", disse, acrescentando ter o compromisso de Alcolumbre de dar celeridade à proposta na CCJ.

Bolsonaristas espancam homem no interior de São Paulo (cenas fortes)

 Caso ocorreu no domingo, na cidade de Taubaté, em São Paulo

(Foto: Reprodução)


247- Um grupo de bolsonaristas golpistas que bloqueava uma via em Taubaté (SP), localizada no Vale do Paraíba, em São Paulo, espancou um motorista que tentou furar o bloqueio ilegal. 

O homem de 42 anos que estava dirigindo um carro e não participava da manifestação disse que tentou passar no protesto quando ia buscar o filho no Comando de Aviação do Exército (Cavex), mas foi fechado por um carro, que era dirigido por um homem de 36 anos, impedido desta forma que o senhor seguisse viagem.

O bolsonarista, por sua vez, começou a chutar a lataria do carro do homem, que rebateu pegando uma faca no veículo. 

Na sequência, os radicais se juntaram para espancar o homem, como mostram as cenas no vídeo abaixo.

Os motoristas de 42 anos e 36 anos foram encaminhados para a Upa Central, mas foram liberados no mesmo dia.


Cesar Calejon, que viralizou após humilhar Constantino, é afastado da Jovem Pan

 No entanto, jornalista não enxerga o episódio como o fator do afastamento

Cesar Calejon (Foto: Reprodução/Youtube)

247 - O jornalista Cesar Calejon, que viralizou após humilhar Rodrigo Constantino durante um debate promovido pela Jovem Pan, anunciou que foi afastado da emissora.

“Não estarei hoje no quadro Opinião ou em qualquer outro programa da emissora. Acabo de ser informado que a diretoria se reuniu e adotou essa resolução. Não tenho detalhes, mas creio guardar relação com o meu embate com o  Rodrigo Constantino”, iniciou. 

Cesar ainda disse que “de qualquer forma, preciso dizer que a Jovem Pan jamais me censurou de nenhuma maneira nas minhas participações em programas como o Morning Show, Linha de Frente, 3 em 1 e Opinião. Sempre me articulei de forma 100% livre e, por isso, eu agradeço à emissora e desejo sucesso.

Calejon viralizou nas redes após dizer a Constantino que o extremista incita o caos no Brasil, mas mora em Miami. “Pegue um avião então e venha para o Brasil”, reivindicou.

Relembre:


Equipe de transição para o agro tem cotados para assumir o ministério

 Kátia Abreu (PDT-TO), Neri Geller e Luis Carlos Guedes, que foram ministros da Agricultura em gestões petistas, integrarão o grupo da equipe de transição

(Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)


SÃO PAULO (Reuters) - A senadora Kátia Abreu (PDT-TO), Neri Geller e Luis Carlos Guedes, que foram ministros da Agricultura em gestões petistas, integrarão o grupo da equipe de transição de governo dedicado ao setor agropecuário, anunciou nesta quarta-feira o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin.

Também integrarão o grupo de agricultura o senador por Mato Grosso Carlos Fávaro (PSD), o presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Evandro Gussi, Silvio Crestana, ex-presidente da Embrapa, e Tatiana de Abreu Sá, ex-chefe geral da Embrapa Amazônia Oriental e ex-diretora-executiva da empresa de pesquisa agropecuária.

Entre outros nomes para a equipe de transição, Alckmin anunciou os indicados para o grupo de Minas e Energia, que incluem o ex-ministro Nelson Hubner, o senador Jean Paul Prates (PT-RN), a ex-diretora da reguladora ANP Magda Chambriard e Mauricio Tolmasquim, ex-presidente da estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e ex-secretário executivo da pasta.

Alguns dos nomes, como Geller e Fávaro, foram citados como potenciais nomes para o Ministério da Agricultura, assim como Prates vem sendo cogitado para presidente da Petrobras. Entre os indicados também há possíveis candidatos para o Ministério de Minas e Energia.

Anderson Adauto, ex-ministro de Transportes, também integrará o grupo de Minas e Energia.

Integram ainda a equipe de energia William Nozaki, coordenador técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), ligado à Federação Única dos Petroleiros (FUP), e o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.

Uma ausência notada na equipe de Minas e Energia foi o nome de José Sergio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, que enfrenta um processo no Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA.

A equipe de Minas e Energia terá ainda o geólogo Giles Azevedo, ex-secretário executivo do Gabinete Pessoal da ex-presidente Dilma Rousseff, e Robson Sebastian Formica, especialista em energia e integrante da Coordenação Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

Fernando Ferro, engenheiro com especialização em Sistemas Elétricos de Potência, e Guto Quintela, agrônomo e integrante do conselho diretor do Centro de Empreendedorismo da Amazônia, também ocuparão a equipe de Minas e Energia, assim como Ikaro Chaves, diretor da Associação dos Engenheiros e Técnicos do Sistema Eletrobras.

Já Joe Valle, engenheiro florestal, empresário e ex-deputado do Distrito Federal, integra o grupo da agricultura.