domingo, 13 de novembro de 2022

OEA recomenda que Brasil estabeleça por lei ferramentas de combate às fake news

 Missão da OEA classificou a disseminação massiva de desinformação como "um dos desafios mais complexos enfrentados pelo sistema eleitoral do Brasil"

(Foto: Pixabay | Fellipe Sampaio/SCO/STF)

Danilo Vital, Conjur Para que a Justiça Eleitoral tenha ferramentas adequadas e eficazes para combater a desinformação sem desrespeitar princípios constitucionais e as normas interamericanas sobre direitos humanos, o Brasil precisa fazer uma reforma legal, com debate o mais amplo possível entre as partes interessadas e especialistas.

Essa foi a recomendação feita pela missão de observação eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA) em relatório preliminar enviado ao Tribunal Superior Eleitoral após o segundo turno das eleições presidenciais. O órgão, que elogiou o empenho e o sucesso do país no pleito, dedicou um tópico ao tema "desinformação e liberdade de expressão".

 A missão classificou a disseminação massiva de desinformação como "um dos desafios mais complexos enfrentados pelo sistema eleitoral do Brasil" neste ano e destacou o crescimento de 1.671% no número de reclamações recebidas pelo Tribunal Superior Eleitoral sobre o uso de fake news para influenciar o eleitorado.

 Como esse enfrentamento gerou impacto relevante na liberdade de expressão do brasileiro e nos discursos políticos feitos no país, a OEA usou a jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos sobre o tema para claramente deixar um alerta.

A corte já reconheceu a liberdade de expressão como fundamental para a preservação da democracia, embora admita que ela possa ser tolhida para enfrentar a desinformação. No entanto, qualquer regulamentação nesse sentido deve atender a requisitos de legalidade, necessidade e proporcionalidade.

 "A existência de um marco jurídico claro e robusto contra a desinformação em matéria eleitoral garante a segurança jurídica e fortalece a eficácia das respostas de todas as partes envolvidas", diz trecho do relatório da OEA. Até o momento, esse marco não existe. 

O que aconteceu no TSE

 A recomendação de usar o processo legislativo para criar ferramentas de combate à desinformação contrasta com o que o TSE precisou fazer para evitar que a disseminação massiva de fake news desequilibrasse a campanha presidencial.

 Durante toda a corrida eleitoral, a corte julgou representações por propaganda irregular com um rigor turbinado pela atualização de conceitos e estratégias de desinformação. O TSE ainda fez ajustes normativos de última hora para dar conta do mundo real.

 No principal deles, editou resolução para combater a explosão das fake news no segundo turno. Foi quando o tribunal ampliou sensivelmente seu poder de polícia — a possibilidade de controlar, evitar e limitar toda atividade que possa afetar de forma negativa a coletividade.

Dessa maneira, o TSE ganhou a possibilidade de, de ofício, estender decisões de retirada de conteúdo a outras URLs e postagens que não necessariamente foram alvos de representação na Justiça Eleitoral, além de acionar diretamente as redes sociais, que ficaram sob risco de punições mais custosas, calculadas por hora de descumprimento.

 Essa resolução teve a constitucionalidade contestada pela Procuradoria-Geral da República, mas acabou mantida liminarmente pelo Supremo Tribunal Federal.

 As críticas à atuação do TSE alcançaram o ápice em 20 de outubro, quando a corte referendou a decisão de desmonetizar canais bolsonaristas propagadores de desinformação e adiar a estreia de um documentário cujo conteúdo sequer era conhecido — o que, segundo especialistas consultados pela revista eletrônica Consultor Jurídico, não configurou censura.

 Esse cenário começou a ser formado ainda em 2018, quando eleitores, candidatos e a Justiça Eleitoral foram apanhados de surpresa por estratégias digitais que, mais tarde, geraram risco de cassação da chapa do presidente Jair Bolsonaro.

 No ano seguinte, o STF começou a investigar a existência de uma organização financiada por empresários com o objetivo de aplicar essas estratégias para fragilizar as instituições brasileiras, em troca de capital político. 

 A possibilidade de uma crise de confiança na democracia fez o TSE passar os últimos quatro anos formando um enorme cerco para proteger a legitimidade do sistema eleitoral brasileiro. Toda essa preparação, porém, foi insuficiente para evitar que a desinformação e a polêmica em torno dela se intensificassem nas eleições deste ano. 

 Melhor por lei

A forma como o TSE direcionou seu esforços finais na luta contra as fake news dividiu os advogados consultados pela ConJur. Em um ponto, no entanto, eles são unânimes: melhor será fazer todas essas definições pelo devido processo legislativo, como recomendou a missão da OEA.

Presidente da Comissão de Direito Político e Eleitoral do Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp), Fernando Neisser definiu a atuação do TSE como contundente, mas correta, feita em uma baliza de controle severa, mas isonômica, tudo dentro da legalidade e para cumprir o comando constitucional de proteger a normalidade das eleições.

"Não parece ter havido excessos dignos de crítica na atuação do TSE até o presente momento", disse. "Mas concordo que melhor seria ter uma legislação mais robusta para o enfrentamento à desinformação, para que inclusive deixe de haver esse tipo de questionamento, de crítica."

 Segundo a advogada Paula Bernardelli, o rigor com que o TSE agiu foi justificado num cenário preocupante, em que a credibilidade do sistema foi colocada em cheque de forma criminosa. "O combate à desinformação é um tema central para a proteção do sistema democrático atualmente."

Já o advogado Alexandre Rollo entende que o TSE ultrapassou limites e invadiu a seara do Legislativo ao editar resoluções de combate às fake news. "Não se criam penas, como ocorreu, através de resoluções. Isso cabe ao Poder Legislativo e aos representantes do povo, mas entendo que situações excepcionais demandam reações excepcionais."

"Não se pode permitir que a desinformação seja a grande 'eleitora' nas disputas e que ela altere o resultado de uma eleição. O princípio da lisura das eleições deve ser respeitado e isso foi garantido pelo TSE, que, nesse ponto, merece todos os elogios", completou ele.

 No intuito de construir pela via legislativa ferramentas adequadas e eficazes para combater a desinformação, há alguns aspectos que precisam receber especial atenção, de acordo com os especialistas.

Paula Bernardelli avisa que os mecanismos legais precisam combater não apenas a circulação de desinformação, mas especialmente quem lucra e se beneficia diretamente com isso, buscando localizar a origem das fake news em circulação.

Fernando Neisser seguiu a mesma linha. Ele ressaltou que o modelo de combate às notícias falsas hoje permite controle sobre as plataformas digitais, que podem ser multadas, e sobre candidatos e partidos, que ficam sob pena de inelegibilidade e multas. As empresas que fornecem os serviços usados para desinformar em escala industrial, por sua vez, passam incólumes.

Assim, um empresário que vende bancos de dados, programas de disparo de mensagens em massa ou fazendas de bots pode, no máximo, ser alvo de ação de investigação judicial eleitoral, cuja consequência seria a declaração de sua inelegibilidade. O problema é que certamente não se trata de alguém que tenha pretensões de candidatura.

 "É importante que a legislação que está em debate incorpore ilícitos e penas direcionadas exatamente a esse conjunto de atores, com proibição de contratar com campanhas, partidos e poder público, multas severas, apreensão de equipamentos e até a desconstituição da empresa. É preciso que essas pessoas sofram alguma consequência por participarem desses atos ilegais", afirmou Neisser. 

Alexandre Rollo também sugere a criação de multa para o caso de veiculação de desinformação. Isso porque quem é vítima de fake news pode ajuizar representação para excluir o conteúdo falso, pedir direito de resposta e eventual notícia-crime, mas nenhum desses procedimentos prevê punição financeira a quem comete o ilícito. 

"Se além dessas providências fosse possível a aplicação de uma pena de multa ao propagador da desinformação, certamente as pessoas começariam a pensar duas vezes antes de adotar essa prática. A sanção pecuniária seria aplicada em ação de natureza civil, cuja procedência é bem menos difícil do que uma ação de natureza penal."  No Congresso

Há atualmente no Congresso dois projetos de lei que podem oferecer respostas legislativas ao tema do combate à desinformação. Um deles é o novo Código Eleitoral (PLP 112/2021), aprovado em 2021 pela Câmara dos Deputados, mas que não teve tempo de tramitar no Senado antes das eleições deste ano. 

O texto, até agora, acrescenta à legislação brasileira os crimes eleitorais de divulgar notícias falsas e de produzir banco de dados para espalhar informação fora dos limites permitidos. E prevê multa de R$ 30 mil a R$ 120 mil pela disseminação de fatos inverídicos em redes sociais e aplicativos de conversação instantânea nos três meses anteriores às eleições. 

A outra tramitação é do polêmico PL das Fake News (PL 2.630/2020). O último texto discutido na Câmara, e que está pronto para a análise do Senado, entre outros pontos, veta o disparo de mensagens em massa para fins políticos e partidários e a comercialização de softwares que permitam essa prática, mas também estende a imunidade parlamentar aos sites e redes sociais mantidos por parlamentares.

TSE dá prazo de 3 dias para Bolsonaro justificar testemunhas em ações sobre atos do 7 de Setembro

 Ações foram movidas pelo PDT e pela senadora Soraya Thronicke

Benedito Gonçalves e Bolsonaro no desfile de 7 de setembro (Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE | Alan Santos/PR)

247 - O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves, concedeu um prazo de três dias para que Jair Bolsonaro (PL) e o general Walter Braga Netto, que foi candidato a vice nas eleições deste ano, justifiquem o pedido de inclusão de testemunhas em ações que pedem a investigação do uso político dos atos golpista do 7 de Setembro. As ações foram movidas pelo PDT e pela senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS).

De acordo com o site O Antagonista, no despacho sobre o caso, feito no sábado (12), Gonçalves disse ser necessário comprovar a “utilidade da prova requerida” e que “toda e qualquer iniciativa probatória deve mirar um resultado útil”. 

A ação movida pelo PDT acusa Bolsonaro de “abuso de poder político e econômico na realização de atos de campanha eleitoral durante as comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil. Já na petição de Soraya, a senadora solicitou que o presidente fosse proibido de utilizar as imagens dos atos de 7 de Setembro em sua campanha eleitoral ou que o presidente da República tenha sua propaganda em rádio e TV suspensa, com a divisão do tempo para os demais candidatos”.

Segundo o Terra, na resposta aos pedidos de investigação sobre o uso político das comemorações do 7 de Setembro, Bolsonaro e Braga solicitaram que fossem ouvidas 12 testemunhas, incluindo os governadores do Rio, Cláudio Castro (PL); do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB);  e os ministros da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e da Casa Civil, Ciro Nogueira. 

Bolsonaro e Braga Netto solicitaram que fossem ouvidas 12 testemunhas, como os governadores do Rio, Cláudio Castro (PL), do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e os ministros da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e da Casa Civil, Ciro Nogueira.

Flordelis é condenada a mais de 50 anos de prisão pela morte do pastor Anderson do Carmo

 Decisão foi tomada neste domingo (13) pela 3ª Vara Criminal de Niterói após mais de seis dias de julgamento

(Foto: Bruno Dantas/TJRJ)

247 - A ex-deputada Flordelis foi condenada a 50 anos e 28 dias de prisão pelo homicídio do marido e pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019. Ela foi condenada neste domingo (13) por homicídio triplamente qualificada, tentativa de homicídio duplamente qualificado, além uso de documento falso e associação criminosa armada. “A decisão foi tomada pela 3ª Vara Criminal de Niterói após mais de seis dias de julgamento em júri popular”, destaca o G1.

Além dela, Simone dos Santos Rodrigues, filha biológica da pastora Flordelis, foi condenada pelo júri popular a uma pena de 31 anos e 4 meses de reclusão por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado e associação criminosa armada.

Lula terá encontro com John Kerry e deve anunciar COP30 e Autoridade Climática no Brasil

 Questão ambiental e amazônica estará no centro de uma nova relação entre Brasil e Estados Unidos

(Foto: Ricardo Stuckert | ABR)

247 – O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva vai requalificar a relação entre Brasil e Estados Unidos a partir da questão ambiental. Convidado especial da COP27, que se realiza no Egito, ele irá se encontrar com John Kerry, que comanda a Autoridade Climática nos Estados Unidos, e fará também dois anúncios importantes: a criação de uma autoridade climática também no Brasil e o pedido para que o País sedie a COP30, em 2025.

"O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva é aguardado com enorme expectativa na COP27, a conferência climática da ONU que acontece no balneário egípcio de Sharm el-Sheikh, onde líderes políticos e da sociedade civil esperam poder reunir-se com quem assumirá o poder no Brasil em 1º de janeiro de 2023. Um dos mais interessados, segundo fontes do governo eleito, é John Kerry, o enviado especial para o clima do presidente americano, Joe Biden, além de representantes dos governos da Alemanha e da China, entre outros que participarão do evento que termina em 18 de novembro", informam Janaína Figueiredo e Sergio Roxo, jornalistas do Globo.

"O anúncio mais importante deve ser a confirmação de que, atendendo a uma demanda de ONGs da sociedade civil, o governo eleito vai propor o Brasil como sede da COP30, em 2025. Também poderia ser confirmado o nome do futuro ministro ou ministra do Meio Ambiente, e do que alguns na equipe de transição já chamam de 'Kerry brasileiro', ou seja, uma autoridade especial para tratar da questão ambiental", prosseguem os repórteres. "Entre as propostas para o meio ambiente apresentadas durante a campanha eleitoral está o compromisso de buscar o desmatamento zero na Amazônia e a emissão zero de gases que causam o efeito estufa na matriz energética. Lula também enfatizou, mais de uma vez, que pretende acabar com o garimpo ilegal em terras indígenas. O petista ainda vai criar o Ministério dos Povos Originários", destacam.

Ex-presidente do BNDES, Luciano Coutinho passa a integrar o núcleo de Indústria na transição

Uma das promessas de Lula é a reindustrialização do Brasil

O ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho. (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)


 247 – O ex-presidente do BNDES nos governos Lula e Dilma, Luciano Coutinho, integrará o núcleo técnico de Indústria, Comércio e Serviço no governo de transição e seu nome foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

"Coutinho, ex-presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), integrará a equipe do núcleo técnico de Indústria, Comércio e Serviço. Ele comandou o BNDES entre maio de 2007 e maio de 2016, durante os mandatos de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff (PT)", aponta reportagem de Antonio Temoteo, no Estado de S. Paulo.

"Entre os membros do núcleo de Indústria, Comércio e Serviço estão Germano Rigotto (ex-governador do Rio Grande do Sul), Jackson Schneider (executivo da Embraer), Rafael Luchesi (diretor-geral do Senai Nacional), Marcelo Ramos (deputado federal pelo Amazonas), André Ceciliano (presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), Paulo Okamoto (ex-presidente do Sebrae), Tatiana Conceição Valente (especialista em economia solidária) e Paulo Feldman (professor da USP)", aponta ainda o jornalista.

APUCARANA: Crianças encantam o público com apresentação de música no Cine Teatro Fênix



Duzentas e quarenta crianças subiram no palco do Cine Teatro Fênix neste sábado (12/11). Elas são alunas dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) de Apucarana. Na ocasião, os meninos e meninas apresentaram às suas famílias e à comunidade um pouco daquilo que aprenderam, ao longo do ano letivo, na oficina de musicalização.

A música é uma das formas mais antigas de arte. Os homens começaram a desenvolver as primeiras ações sonoras ainda na pré-história, há mais de 50 mil anos, baseados na observação dos fenômenos da natureza, como o ruído dos trovões e das ondas quebrando na praia. Aliás, o ser humano é naturalmente musical. Mesmo antes do nascimento, ele já convive com o som e o ritmo dos batimentos cardíacos da sua mãe.

Em Apucarana, as aulas de música fazem parte do currículo escolar e são ministradas duas vezes por semana a todos os estudantes, das turmas do Infantil 1 ao 5º ano do Ensino Fundamental. “Por meio delas, as crianças desenvolvem a linguagem, a criatividade, a concentração, a memória, a acuidade auditiva e a socialização. Enfim, a música trabalha muitos atributos importantes ao processo de formação dos indivíduos,” disse a secretária de educação, Marli Fernandes.

O prefeito Junior da Femac parabenizou à equipe pedagógica da Autarquia Municipal de Educação e aos professores da Academia Sebastian Bach pela organização do espetáculo. “As crianças brilharam no palco e levaram muitos pais às lágrimas na plateia. A educação é prioridade na nossa administração porque entendemos que, se ofertarmos uma formação de qualidade na primeira infância, os estudantes terão sucesso em toda a sua vida acadêmica e profissional”, afirmou.

“Muito obrigado às famílias que confiam seus bem mais preciosos, os próprios filhos, à rede municipal de Apucarana. Tenham a certeza de que eu, o prefeito Junior da Femac e toda a nossa equipe, estamos empenhados em oferecer a melhor educação possível para eles,” acrescentou o vice-prefeito, Paulo Vital.

O espetáculo O Castelo Musical foi apresentado em duas sessões, às 14 horas e às 17 horas, no Cine Teatro Fênix. O evento também foi transmitido ao vivo pelo canal da Autarquia Municipal de Educação na plataforma Youtube. O vídeo continua disponível por meio do link: https://youtu.be/5f-PJKbfFlk 

sábado, 12 de novembro de 2022

APUCARANA: Pastor Othoniel recebe homenagem nominando o CRAS do “Dom Romeu”


 

Num ambiente carregado de emoção, familiares, amigos e autoridades participaram nesta sexta-feira da inauguração do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), do Núcleo Habitacional Dom Romeu Alberti.

O novo CRAS recebeu o nome de “Pastor Othoniel Gonçalves” e foi oficialmente entregue pelo prefeito Junior da Femac e a secretária de assistência social, Ana Paula Nazarko. A homenagem foi consolidada por meio da Lei Municipal 066/2022, aprovada por unanimidade na Câmara Municipal e sancionada pelo chefe do executivo municipal.

O prefeito de Apucarana, Junior da Femac, justifica a homenagem ao Pastor Othoniel Gonçalves, pela sua trajetória em Apucarana e Arapongas na evangelização, e nas áreas da cultura, educação e esportes. “Othoniel tinha 56 anos de trajetória pastoral, sendo ligado nos últimos anos à Igreja Presbiteriana Independente do Brasil. Infelizmente, ele foi mais uma vítima da Covid-19, tendo falecido em abril de 2021, poucos dias após perder sua esposa Cleri Gonçalves, também pela Covid”, lembra o prefeito.

Conforme destaca ele, o Pastor Othoniel era muito próximo da gestão, tendo atuado em várias funções na educação e junto ao gabinete desde 2013, com Beto Preto, e depois na sua gestão, como secretário de assuntos estratégicos. “Era um homem de muita sabedoria e mansidão. Foi um grande conselheiro. Como pastor, levou a palavra de Deus incansavelmente, sempre lembrando que somos filhos e filhas do mesmo pai. Na vida pública, em todas as funções que exerceu, trabalhou para diminuir as diferenças e ajudar os que mais precisavam”, resumiu o prefeito.

Othoniel Gonçalves foi professor de Sociologia, História e Filosofia. Exerceu dois mandatos de vereador e também foi secretário de educação, cultura e esportes em Arapongas, onde foi ainda diretor do Colégio Evangélico.

Participaram da solenidade os filhos do homenageado, Otoniel Junior, Cláudio e Eulina, além de netos e outros familiares. “É uma grande honra para a nossa família receber essa homenagem, que deixará sempre boas memórias dos feitos de meu pai”, afirmou Eulina.

Otoniel Junior empunhando um violão cantou a música “portas abertas” que era a preferida de seu pai. “Ele sempre lutou por justiça social e por igualdade e estará vivo neste CRAS”, discursou Junior. Ainda no ato, a família recebeu uma placa do Município, por meio da secretária de assistência social, Ana Paula Nazarko, prestando homenagem póstuma ao Pastor Othoniel Gonçalves.

O CRAS do Dom Romeu passa a funcionar de imediato. A estrutura pública presta atendimento à população em situação de vulnerabilidade social, oferecendo serviços de Assistência Social. No local, as pessoas podem fazer o Cadastro Único; ter orientação sobre os benefícios sociais; orientação sobre seus direitos; pedir apoio para resolver dificuldades de convívio e de cuidados com os filhos; fortalecer a convivência com a família e com a comunidade; ter acesso a serviços, benefícios e projetos de assistência social; apoio e orientação sobre o que fazer em casos de violência doméstica; orientação sobre outros serviços públicos. O CRAS é um direito do cidadão, com atendimento gratuito e mantido pela Prefeitura e pelo Governo Federal.

A entrega do CRAS do Dom Romeu foi prestigiada pelos vereadores Jossuela Pireli, Luciano Facchiano e Rodrigo Lievore “Recife”, além de secretários, superintendente e lideranças do bairro. O prédio recebeu as bênçãos proferidas pelo diácono Ivan e os pastores Valdir e Andrei.

Gleisi detona o machismo de Eliane Cantanhêde, que atacou Janja

 Jornalista disse que Janja não deveria preparar a posse e sim limitar seu papel ao quarto do casal

Eliane Cantanhêde (Foto: Reprodução)

247 – A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, reagiu com indignação a um comentário da jornalista Eliane Cantanhêde, da Globonews, que disse que a futura primeira dama Rosângela (Janja) Silva não deveria preparar a posse e sim limitar seu papel ao quarto do casal. Confira:


FAB cobra mais de R$ 5 milhões do PL por viagens de campanha de Bolsonaro em aeronaves da corporação

 Força Aérea Brasileira contabiliza 74 voos da campanha bolsonarista entre os dias 16 de agosto e 16 de outubro

Jair Bolsonaro em discurso no Recife (PE), urna e um avião da Força Aérea Brasileira (Foto: Reprodução | ABR | AGÊNCIA FAB/SGT JOHNSON)


247 - A Força Aérea Brasileira (FAB) incluiu a viagem que Jair Bolsonaro (PL) fez ao Rio de Janeiro em um avião da aeronáutica participar do ato de caráter golpista  eleitoral no dia 7 de Setembro de voos de campanha que serão cobrados do partido político ao qual o atual ocupante do Palácio do Planalto é filiado. 

De acordo com a coluna do jornalista, Rodrigo Rangel, do Metrópoles, "a corporação contabiliza 74 voos da campanha, entre 16 de agosto e 16 de outubro”. 

“A última versão do documento, que incluía as viagens feitas até 1º de outubro, apontava para uma fatura de R$ 3,5 milhões a ser paga pelo partido do presidente. Com a inclusão do novo período — e de voos que antes não estavam contabilizados, como o do 7 de setembro para o Rio —, o valor total saltou para R$ 5,3 milhões”, destaca a reportagem. 

O Gabinete Pessoal do Presidente da República, contudo, informou que o valor pode ser alterado porque ainda “se encontra em fase de apuração”. 

Como Bolsonaro está no exercício do cargo, ele tinha o direito de usar as aeronaves oficiais durante a campanha. Segundo a legislação em vigor, os gastos devem ser ressarcidos pela legenda. 

"Vamos separar o joio do trigo", diz Dino sobre politização das forças de segurança

 "Se a política entra na polícia, a polícia deixa de cumprir o seu dever", disse o senador eleito Flávio Dino, cotado para assumir o Ministério da Justiça no governo Lula

Flávio Dino (Foto: ag. Brasil)


247 - O ex-governador e senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), que tem o nome cotado para assumir o Ministério da Justiça no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sinalizou ser favorável à manutenção da segurança pública sob o controle da pasta. Na entrevista, ele também criticou a politização das forças de segurança e destacou que será preciso “separar o joio do trigo”.

“Não se pode falar em política pública de segurança desvinculando do sistema de Justiça”, disse Dino à Carta Capital.  “Só iremos conseguir essa efetividade da política pública se conseguirmos essa integração orgânica entre Justiça e segurança pública. Essa integração pode se dar em um ministério ou em dois ministérios, é uma decisão do presidente Lula. Mas jamais pode haver separação entre Justiça e segurança pública, porque isso não funciona”, ressaltou.

Questionado diretamente sobre a atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante as eleições, o pessebista ressaltou que é preciso contar com polícias “alinhadas com a lei”, além de ser necessário “distinguir ideologização e cultura da ilegalidade”. O diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, é investigado pela Polícia Federal devido à sua atuação no segundo turno das eleições e pela inação frente aos bloqueios de rodovias promovidos por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL).

“Esse desvio não pode perseverar. Nenhuma corporação armada do Estado pode usar o monopólio do uso legítimo da força para objetivos pessoais, partidários ou ideológicos. Então, todos esses casos devem ser apurados – inclusive, é um dever do Ministério Público apurar as denúncias, para que haja essa condução de todas as corporações à noção de legalidade”, disse o senador eleito. 

“Vamos separar o joio do trigo. Não importa a posição ideológica, se o cidadão gosta ou não do PT. Ele tem de cumprir as regras e agir de acordo com a hierarquia e a disciplina. Isso será feito, é o certo, diferente do que foi feito agora [sob Bolsonaro], com uma partidarização da polícia. Se a política entra na polícia, a polícia deixa de cumprir o seu dever”, completou.

Dino afirmou, ainda, que o protagonismo dos militares na política“precisa cessar” e que a nota dos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, divulgada na sexta-feira (11), representa “o último capítulo de um triste livro. Um livro que se abre com as marchas milicianas – aquelas dominicais, de que militares inclusive participavam -, passa pela participação de muitos militares no desastrado combate à pandemia e chega até esta nota. Considero que a nota é o epílogo de um livro triste da vida brasileira”.

“Agora, inverte-se o jogo”, prosseguiu. “O exercício do governo [Lula] vai dissipar certas conflituosidades, porque a carreira vai se renovando e a ação prática vai mostrar que quem respeitou as Forças Armadas no Brasil fomos nós, a esquerda. Os nossos governos respeitam as Forças Armadas de verdade. O Bolsonaro fez de tudo para desmoralizar as Forças Armadas, o tempo inteiro. O risco de golpe de Estado, hoje, é próximo a zero – sempre convém manter uma vigilância, mas é próximo a zero”, afirmou.

Mais de 69 milhões de brasileiros não tomaram 1ª dose de reforço contra covid-19

Reforço aumenta em mais de cinco vezes a proteção para casos graves

(Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Agência Brasil - Mais de 69 milhões de brasileiros ainda não voltaram aos postos para receber a primeira dose de reforço da vacina contra covid-19, segundo dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI). De acordo com Ministério da Saúde, 32,8 milhões de pessoas poderiam ter recebido a segunda dose de reforço contra a doença, mas ainda não se vacinaram. Os imunizantes estão disponíveis em mais de 38 mil postos de vacinação em todo o país.

Segundo a pasta, estudos mostram que a estratégia de reforçar o calendário vacinal contra o novo coronavírus aumenta em mais de cinco vezes a proteção contra casos graves e óbitos pela covid-19.

Doses de reforço

A primeira dose de reforço é recomendada para pessoas com mais de 12 anos de idade e deve ser aplicada quatro meses depois da segunda dose ou dose única. No momento, a segunda dose de reforço é recomendada para a população acima de 40 anos de idade e trabalhadores da saúde, independentemente da idade.

Imunizantes

As vacinas recomendadas para as doses de reforço são dos fabricantes Pfizer, AstraZeneca ou Janssen, que podem ser utilizadas para pessoas com 18 anos de idade ou mais. Para os adolescentes entre 12 e 17 anos, preferencialmente deve ser utilizada a vacina Pfizer. Caso não esteja disponível, pode ser utilizada a vacina CoronaVac na dose de reforço.

Para quem começou o esquema vacinal com a dose única da Janssen, a recomendação é diferente das demais, com três reforços para pessoas com idade igual ou maior que 40 anos e dois reforços para pessoas de 18 a 39 anos.

O primeiro reforço é aplicado dois meses após o início do ciclo; e os outros devem obedecer ao intervalo de quatro meses. A orientação é que também sejam utilizadas as vacinas AstraZeneca, Pfizer ou a própria Janssen para as doses de reforço. 

Pesquisa da Reuters aponta Brasil como favorito na Copa do Mundo

 A pesquisa contou com a participação de 135 analistas de mercado que acompanham o futebol em todo mundo

(Foto: Lucas Figueiredo/Agênica Brasil)

247 - Segundo uma pesquisa encomendada pela agência de notícias Reuters, o Brasil é o favorito para conquistar a Copa do Mundo do Catar. A pesquisa contou com a participação de 135 analistas de mercado que acompanham o futebol em todo mundo e que cravaram o hexacampeonato da Seleção Brasileira.

A pesquisa teve êxito pela última vez em 2010, quando a Espanha se sagrou campeã mundial pela primeira vez. Entre os analistas, a seleção canarinho ficou com a preferência de metade dos entrevistados, enquanto França e Argentina dividiram a preferência de 30% dos envolvidos. Alemanha, Inglaterra e Bélgica também foram outras seleções citadas como favoritas nas pesquisas. 

Outra previsão da pesquisa encomendada pela Reuters é de que Lionel Messi e Neymar, companheiros de PSG, possam levar a Bola de Ouro, prêmio dado ao melhor jogador da Copa do Mundo. Já Mbappé, é apontado como possível artilheiro e vencedor da chuteira de ouro.

"Lula e Alckmin construíram saída honrosa e muito boa para o Brasil", diz marqueteiro de Tebet e idealizador da chapa vencedora

 Para o marqueteiro Felipe Soutello, a senadora Simone Tebet "hoje é uma grande fiadora de uma certa governabilidade" para o novo governo Lula

Simone Tebet, Lula e Alckmin (Foto: Ricardo Stuckert)


247 - O marqueteiro Felipe Soutello, responsável pela escolha do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) para ser o vice de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que atuou na campanha presidencial da senadora Simone Tebet (MDB),  afirmou que a parlamentar é a "grande fiadora" do governo eleito e que eleição “não é jogo de pôquer. 

“Tem um dia seguinte. A política é uma trajetória. A Simone respeitou muito esse processo. Não pode ser tudo ou nada. Quem não tem visão de conjunto é menos tolerante. Quem acha que o outro tem que viver de acordo com seu jeito de ser, que é o nosso problema da clivagem evangélica", disse Soutello ao jornal Folha de S. Paulo.

“A Simone hoje é uma grande fiadora de uma certa governabilidade, do ponto de vista de uma imagem pública que esse governo pode ter, para mostrar amplitude, direção ao centro, alguma previsibilidade e tranquilidade. E é uma grande cabo eleitoral para as eleições de 2024 em qualquer cidade”, disse Soutello.

Na entrevista, Soutello, destaca que a união Lula-Alckmin resultou na “chapa dos fênix. Um saiu da cadeia para virar presidente da República. O outro foi expulso do PSDB por neófitos da política, ele foi desrespeitado. E construíram uma saída honrosa e muito boa para o Brasil. Essa ideia foi dada pela primeira vez no dia em que Bruno [Covas] foi enterrado, em 2021. Eu formulei isso para Fernando Haddad, foi a primeira pessoa com quem eu conversei sobre o assunto. E a Simone apareceu na minha vida depois”.

Para ele, o cenário político da próxima eleição presidencial, que será realizada em 2026 e na qual Lula já afirmou que não pretende disputar um novo mandato, “abre uma avenida para outros players". Quais serão? Vamos ver quem vai sobreviver a esses três anos e meio. O que o Brasil precisa é ter quatro ou cinco opções de presidente com capacidade de fazer 10% de votos. A canalização dos interesses políticos numa dualidade de posições, como construímos de 2018 para cá, não interessa a um país diverso e fortalece figuras como Bolsonaro, porque é na contraposição que ele se estabelece”.

O marqueteiro observou, ainda, que Jair Bolsonaro (PL) prestou “Um grande desserviço à nossa democracia” ao promover a “desqualificação do debate público. É preciso cobrar responsabilidade política dos líderes pela comunicação que eles fazem. A gente meio que absolve os caras disso”.  “Bolsonaro trouxe isso [as fake news] para o cerne da sua fala no Palácio do Planalto. O candidato é responsável pela comunicação que faz e tem que responder por isso”, afirmou.

Em editorial, Estadão desqualifica o PL: "Não é desta oposição que o País precisa"

 Partido de Valdemar Costa Neto "está dominado pelo caráter antidemocrático do bolsonarismo e se move apenas pelo interesse eleitoral"

O presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto (Foto: Jose Cruz/Agencia Brasil)


247 - O jornal O Estado de S.Paulo publica neste sábado (12) editorial em que critica severamente o PL por anunciar uma oposição que não corresponde aos interesses e necessidades do país.

"O anúncio, feito pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, de que a legenda – que, em 2023, terá as maiores bancadas na Câmara (99 deputados) e no Senado (14 senadores) – será oposição ao governo Lula deveria representar, a princípio, uma excelente notícia para o País. Ao mesmo tempo, o candidato do PL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, teve mais de 58 milhões de votos no segundo turno. Ou seja, pelos resultados obtidos nas eleições de 2022, a legenda de Valdemar Costa Neto estaria mais que qualificada a liderar e organizar a oposição ao governo petista a partir do ano que vem", diz o editorial, para em seguida condenar a atitude de Costa Neto por ter-se esquivado de reconhecer o resultado das eleições presidenciais, "como se a lisura das eleições não tivesse sido atestada pela Justiça Eleitoral" 

Para o Estadão, o presidente do PL "flerta abertamente com atitudes antidemocráticas e antirrepublicanas, o que é inadmissível". 

O editorial desqualifica a oposição do PL a Lula: "Não serve rigorosamente para nada de bom uma oposição golpista".

O jornal também assinala que a aliança do PL com Jair Bolsonaro "é meramente eleitoreira". 

"É desolador para o País que o maior partido do Congresso admita, sem nenhum rubor, que fará uma oposição golpista e meramente eleitoreira", sublinha o Estadão.

sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Bolívia: direita golpista incendeia sede de sindicato camponês em Santa Cruz (vídeo)

 Na região, o governador Luis Fernando Camacho, golpista de 2019 apoiado por latifundiários, tem apoiado manifestações contra governo de Luis Arce

(Foto: Reprodução)

247, com Agência Boliviana de Informação - Grupos de direita armados com pedras, cocktails Molotov, paus e foguetes, cercaram a Federación Única de Trabajadores Campesinos de Santa Cruz, na Bolívia.

Santa Cruz é o epicentro das mobilizações da direita, apoiada por latifundiários locais, contra o MAS, partido no governo através do presidente Luis Arce. A região liderou o golpe de Estado contra Evo Morales em 2019.

O dirigente da Federação, Franklin Vargas, relatou que mais de 30 pessoas, incluindo mulheres, crianças e idosos, estão dentro das instalações, que foram atacadas por membros da Unión Juvenil Cruceñista (UJC).

"Retiramo-nos para a Federação, estamos aqui com mulheres, crianças e idosos, estamos sendo atacados de todos os lados com bombinhas e tudo o que elas têm", denunciou Vargas numa entrevista à Bolivia TV.

"A única coisa que pedimos é que o governador (Luis Fernando Camacho) levante a greve indefinida e pedimos ao governo que garanta o nosso direito ao trabalho, à educação e à saúde", disse ele. Camacho foi um dos líderes golpistas de 2019 e agora está à frente de um locaute (greve patronal) contra o governo do MAS.

Ele criticou que apesar de poucas pessoas terem participado na marcha pacífica, porque a maioria delas se encontra no campo, os jovens da Unión Juvenil Cruceñista atacaram a integridade dos trabalhadores camponeses.

O portal Kawsachun News denunciou que “manifestantes fascistas em Santa Cruz, Bolívia, incendiaram o edifício da federação indígena camponesa (Federación Única de Trabajadores Campesinos). Grupos anti-MAS estão levando a cabo ataques racistas contra indígenas bolivianos por toda a cidade”.


Governo Bolsonaro faz a limpa em contas e torra R$ 92 milhões em viaturas

 Ainda estão previstos R$ 3,3 milhões para a compra de televisores 4K de 55 polegadas para unidades prisionais pelo Ministério da Justiça

Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)

247 - A 40 dias de sua saída da Presidência do Brasil, o candidato derrotado Jair Bolsonaro (PT) prepara dar mais um baque nos cofres do governo federal. Reportagem da Veja denuncia que o ministro da Justiça, Anderson Torres, abriu processo para cerca de R$ 92 milhões em viaturas para transportes de presos no Departamento Penitenciário Nacional.

Ainda de acordo com a reportagem, ainda estão previstos R$ 3,3 milhões para a compra de televisores 4K de 55 polegadas para unidades prisionais. 

A primeira torra do governo Bolsonaro com o objetivo de esvaziar os cofres públicos antes da posse de Lula foi no último dia 3 de novembro. A Petrobras anunciou a aprovação pelo seu Conselho de Administração do pagamento de dividendos no valor de R$ 3,3489 por ação preferencial e ordinária em circulação, no mesmo dia da divulgação de seu resultado do terceiro trimestre.

Quem é o empresário bolsonarista apontado pela PRF como líder de atos golpistas em Santa Catarina

 Após o resultado das eleições, Emilio Dalçoquio foi filmado falando a um grupo de apoiadores do presidente em tom de revolta e inconformismo

(Foto: Reprodução)


Carta Capital - A Polícia Rodoviária Federal indicou o nome do empresário bolsonarista Emilio Dalçoquio Neto como um dos líderes dos atos ilegais que fecharam rodovias no estado de Santa Catarina após o resultado das eleições. A indicação foi feita em um relatório entregue ao Supremo Tribunal Federal, ao qual o G1 teve acesso.

No mesmo ofício, assinado pelo superintendente da PRF em Santa Catarina, André Saul Do Nascimento, outras 22 pessoas são citadas como “lideranças que atuam nesses movimentos, bem como [proprietários de] alguns veículos utilizados nos bloqueios”.

No dia 30 de outubro, mesmo dia em que as rodovias começaram a ser bloqueadas em todo o País, Dalçoquio foi filmado falando a um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, inconformados com o resultado das eleições.

Leia a íntegra Carta Capital.

Moraes manda desobstruir vias ocupadas por bolsonaristas e amplia punição a manifestantes

 O ministro do STF determinou que a PF, PRF e polícias militares locais ajam em todas as vias públicas para a retirada dos bolsonaristas

Alexandre de Moraes e bloqueios bolsonaristas (Foto: Reuters)


BRASÍLIA (Reuters) - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira que as polícias Federal (PF), Rodoviária Federal (PRF) e militares dos Estados desobstruam imediatamente todas as vias públicas que estejam bloqueadas de forma ilegal e ordenou a aplicação de multa de 100 mil reais por hora aos donos dos veículos após serem identificados.

Na decisão, Moraes destacou ser necessário ampliar para todo o território nacional o desbloqueio das "vias e locais públicos que, ilicitamente, estejam com seu trânsito ou acesso interrompido" ante a persistência de atos antidemocráticos em todo o país após a proclamação do resultado das eleições pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O ministro do STF disse ter recebido informações de que em cidades do Acre e de Minas Gerais ainda estariam ocorrendo bloqueios de rodovias.

Desde a vitória do petista Luiz Inácio Lula da Silva sobre o presidente Jair Bolsonaro no dia 30 de outubro, caminhoneiros e bolsonaristas têm promovido bloqueios de rodovias no país.

As interrupções nas vias foram reduzidas em meio a apelos do próprio Bolsonaro e determinações do STF para reabrir as rodovias e aplicar multas.

O Supremo investiga se houve financiamento ilegal por parte de empresários e outras pessoas a esses tipos de bloqueios.

Guido Mantega: 'não serei ministro do governo Lula'

 Um dos principais aliados de Lula na área econômica, o ex-ministro da Fazenda afirmou que não integrará grupo ministerial. “Eu saio da vanguarda e fico na retaguarda”

Guido Mantega e Lula (Foto: José Cruz/Agência Brasil | Divulgação/PT)

247 - Ex-ministro da Fazenda dos governos Lula e Dilma Rousseff, Guido Mantega, que integra a comissão de Planejamento, Orçamento e Gestão do grupo de transição para o novo governo eleito, afirmou que não será ministro e que a equipe atual não é um grupo ministerial.

“A questão do grupo de transição está sendo superestimada”, afirmou em entrevista à GloboNews nesta sexta-feira, 11. “É para ajudar o novo governo a conhecer a estrutura e modificar a estrutura do governo”, destacou.

“As pessoas que estão lá não são do grupo ministerial. Claro, poderão ser escolhidas que estão lá, mas eu, por exemplo, não vou ser ministro, já vou adiantando”, disse Mantega, que acrescentou: “eu saio da vanguarda e fico na retaguarda, ajudando com conselhos”

Pressionado para falar sobre a indefinição do ministro da Fazenda do governo Lula, algo que tem sido cobrado pela imprensa corporativa e pelo chamado “mercado”, o ex-ministro afirmou que “o mais importante não é definir o ministro, mas definir a política econômica”, pois “o ministro da Economia tem que se enquadrar na política que é definida pelo governo e pelo Lula”. Ele, no entanto, lembrou que o programa eleito nas urnas é de um governo de coalizão do PT com mais 10 partidos aliados da coligação, além de outras legendas que decidiram apoiar o candidato petista depois.

“O mercado pode ficar tranquilo”, afirmou, destacando que Lula, foi o “presidente mais responsável” em termos fiscais. “O período que eu fui ministro da Fazenda, tanto no Lula, quanto na Dilma, a dívida pública diminuiu, a dívida externa diminuiu, e nos tornamos credores líquidos [quando se tem mais reservas do que a dívida externa]”, declarou, ressaltando que essa situação se complicou com o governo Jair Bolsonaro, que utilizou muitos fundos da reserva para tapear a situação caótica criada na economia nacional.