De acordo com Júnior da Femac, no Ciclo 22/23, que teve início em agosto e segue até julho do próximo ano, o setor de combate a endemias do município irá desenvolver diversas ações visando um maior envolvimento da comunidade. “No último ciclo, Apucarana desenvolveu inúmeras ações que culminaram em grande sucesso. Além das vistorias dos agentes de combate a endemias, vamos continuar com o recolhimento de pneus, de móveis usados, de materiais recicláveis, e intensificar todas as ações que contribuam para a eliminação dos criadouros do mosquito”, afirma o prefeito Júnior da Femac.
Como bom exemplo de mobilização popular, Júnior cita a participação de Apucarana na campanha “Aqui o mosquito não entra”, do Serviço Social do Comércio (Sesc-Paraná), que envolveu alunos da rede municipal de educação. “Nesta ação a cidade eliminou 48 mil focos de dengue, colocando Apucarana no primeiro lugar no Paraná entre as cidades participantes”, destacou o prefeito Júnior da Femac.
Atualmente, 70 servidores municipais do setor de endemias estão diretamente engajados no combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. “No ciclo 22/23, iniciado em agosto, Apucarana tem apenas quatro casos confirmados da doença, sendo que três foram autóctones (contraídos na cidade)”, esclarece Mauro de Aguiar Almeida, coordenador do setor de Combate a Endemias da Autarquia Municipal de Saúde (AMS).
Ele frisa que as ações do “Dia D” visam alertar a sociedade para o perigo da doença e para que as pessoas mantenham-se atentas, sobretudo ao longo do verão, período crítico. “O clima nesta época do ano é propício para a proliferação do mosquito, pois reúne calor e períodos de chuva, por isso é importante que as pessoas estejam atentas ao acúmulo de água nos recipientes espalhados nas residências. Todos os reservatórios devem ser vedados, as calhas devem ser limpas frequentemente e as garrafas vazias precisam ficar de cabeça para baixo. Além disso, é essencial manter os quintais sempre limpos, evitando os focos do inseto”, solicita Mauro de Almeida, coordenador de Combate a Endemias.
Ciclos do mosquito transmissor
O mosquito Aedes aegypti é transmissor da dengue, zika e chikungunya. Seu ciclo de vida é dividido em quatro etapas: ovo, larva, pupa (estágio intermediário entre a larva e o adulto) e adulto. A fêmea do mosquito deposita seus ovos nas bordas dos recipientes com água limpa e parada. Dois ou três dias após o contato com o líquido, os ovos viram larvas e dias depois chegam na fase da pupa. Esse ciclo dura cerca de 48 horas e, ao término, se transformam em mosquitos adultos.
Os ovos do mosquito são muito resistentes e sobrevivem até mesmo por um ano em um local seco. Quando este local recebe água limpa, em cerca de meia hora de submersão este ovo pode se desenvolver.
O Aedes aegypti leva em média 10 dias para se desenvolver e vive durante 30 dias. Uma única fêmea produz de 60 a 120 ovos em cada ciclo reprodutivo e pode ter mais de três ciclos durante sua vida.