domingo, 23 de outubro de 2022

Moraes parabeniza PF por prisão e se solidariza com agentes feridos por Roberto Jefferson: “inadmissível”

 Ministro que determinou a prisão do ex-deputado afirma ter sido “inadmissível qualquer agressão contra os policiais”


247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que determinou a prisão de Roberto Jefferson, parabenizou a Polícia Federal assim que a prisão foi efetuada, cerca de oito horas depois de resistência do ex-deputado, neste domingo (23).

“Parabéns pelo competente e profissional trabalho da Polícia Federal, orgulho de todos nós brasileiros e brasileiras. Inadmissível qualquer agressão contra os policiais. Me solidarizo com a agente Karina Oliveira e com o delegado Marcelo Vilella que foram, covardemente, feridos”, postou Moraes no Twitter.

Jefferson atirou com fuzil e jogou granada contra os agentes da PF que foram lhe prender em casa, na cidade de Comendador Levy Gasparian, no interior do Estado do Rio de Janeiro.




Bolsonaro age como cúmplice de marginal, diz senador Alessandro Vieira

 O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) criticou a ida do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, para negociar rendição de Roberto Jefferson

(Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)


247 - O ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de Jair Bolsonaro, Anderson Torres, é aguardado na casa em que Roberto Jefferson esta entrincheirado para suspostamente negociar a rendição do ex-deputado federal, após ele atacar agentes da Polícia Federal que foram cumprir um mandado de prisão.

 O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) criticou a ida do ministro.

"Ministro da Justiça negociando rendição de marginal que atira na polícia está fora de qualquer abordagem técnica de Segurança Pública. Um governo sério utilizaria o procedimento padrão de negociação. Esse tratamento diferenciado coloca Bolsonaro no limite da cumplicidade", afirmou o parlamentar por meio das redes sociais.

 





Bolsonaro diz que "não tem uma foto" com Roberto Jefferson

 "Não tem uma foto dele comigo", disse Bolsonaro, apesar dos inúmeros registros de Jefferson ao lado dele que foram replicados nas redes sociais

Bolsonaro, Graciela Nienov e Roberto Jefferson (Foto: Reprodução/PTB)


247 - Roberto Jefferson é um aliado notório de Jair Bolsonaro (PL), mas o presidente negou neste domingo (23), que existam fotos dele com o ex-deputado federal.

A declaração veio depois que Roberto Jefferson ter atirado contra dois policiais federais que foram cumprir ordem de prisão contra ele. 

"Não tem uma foto dele comigo", disse Bolsonaro, apesar dos inúmeros registros de Jefferson ao lado dele que foram replicados nas redes sociais. 

A afirmação de Bolsonaro feita em transmissão ao vivo ao lado de Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato ao governo de São Paulo. Na sequência, o Bolsonaro leu a publicação que fez no Twitter na qual repudia as falas de Jefferson contra a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Internautas fizeram questão de lembrar as fotos dos dois aliados juntos.




Após tentar matar policiais, bolsonarista Roberto Jefferson se entrega

 Ex-deputado deixou sua residência em Levy Gasparian dentro de uma viatura da Polícia Federal por volta de 19h10 deste domingo




247 - Depois de horas resistindo ao mandado de prisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o ex-deputado federal Roberto Jefferson se entregou aos agentes da Polícia Federal por volta de 19h10 deste domingo (23).

Aliado de Jair Bolsonaro, Jefferson chegou a atirar com fuzil e disparar granada contra os agentes da PF e resistiu por volta de oito horas dentro de casa. 

Ele chegou a postar vídeos nas redes sociais mostrando os policiais e relatando os disparos que deu.

Jefferson deixou sua residência em Levy Gasparian dentro de uma viatura da Polícia Federal. A frente da casa está cheia de jornalistas, além de apoiadores e opositores de Bolsonaro.









“Prostituta arrombada”: ataque de Jefferson a Cármen Lúcia pode atingir em cheio campanha de Bolsonaro

 Líderes do Centrão ouvidos por Gerson Camarotti avaliam que esse comportamento acaba afastando os eleitores indecisos

Cármen Lúcia e Roberto Jefferson (Foto: Nelson Jr./SCO/STF | Reprodução)


247- “Integrantes da campanha de Jair Bolsonaro (PL) receberam com preocupação a repercussão negativa do vídeo do ex-deputado federal Roberto Jefferson com ataques contra a ministra Cármen Lúcia”, informa  Gerson Camarotti em sua coluna no portal G1.

“No vídeo, o ex-deputado profere xingamentos contra a ministra por discordar de um voto dela em julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A avaliação é que o caso tem potencial pra prejudicar o próprio Bolsonaro, já que Jefferson é identificado como aliado fiel do presidente.

"No momento em que a campanha tenta conquistar votos de eleitores indecisos e de centro, o vídeo do Jefferson caiu como uma bomba dificultando essa estratégia”, aponta.

De acordo com Camarotti, “líderes do Centrão ouvidos pelo blog avaliam que esse comportamento acaba afastando os eleitores indecisos e de centro, que repudiam esses tipos de ataques”.

Joaquim Barbosa aos evangélicos: "Vocês estão sendo enganados" pelo bolsonarismo

 “Vocês estão sendo enganados e ludibriados. Sei do que estou falando. Conheço muita gente que está sendo 'intoxicada' pela lenga-lenga bolsonarista”, afirmou o ex-ministro do STF

Joaquim Barbosa (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

247 - “Conheço muita gente simples que está sendo intoxicada pela lenga-lenga bolsonarista”, afirma o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, em suas redes sociais neste sábado (22).

Barbosa, que já manifestou apoio em Lula, afirmou que muitos evangélicos “estão sendo enganados e ludibriados” pelo bolsonarismo nestas eleições.

“Aos evangélicos que não se deixam influenciar facilmente, digo: vocês estão sendo enganados e ludibriados. Sei do que estou falando. Conheço muita gente que está sendo 'intoxicada' pela lenga-lenga bolsonarista”, apontou.

O ex-ministro defendeu que “não misture fé com política, pois historicamente essa mistura sempre teve como resultado catástrofes sociais, guerras civis". 

"Não se deixe iludir!”, reforçou Barbosa.

Funcionários de frigorífico de Betim denunciam que foram coagidos a fazer propaganda pró-Bolsonaro e ouvir ataques contra Lula

 Os funcionários denunciam, ainda, que a ordem para colocar a camisa contraria a vigilância sanitária, uma vez que parte da área onde acontecia o evento era de manuseio de alimentos

(Foto: Arquivo pessoal)


247 - Funcionários do frigorífico Serradão, em Betim, na Grande BH, denunciam que foram vítimas de assédio eleitoral em evento nas dependências da empresa, ocorrido na última quinta-feira (20). A reportagem é do portal G1.

Eles dizem que, na ocasião, foram obrigados a usar blusa amarela com slogan e número do candidato Jair Bolsonaro (PL), ouviram ataques contra Lula (PT) e que patrões prometeram um pernil para cada um caso o atual presidente seja reeleito.

De acordo com relatos de funcionários que não querem se identificar, todos foram convocados para uma reunião no pátio da empresa, quando os proprietários do frigorífico, Sílvio da Silveira e Marcos Luiz da Silveira, pousaram de helicóptero no heliponto localizado acima do escritório administrativo da firma, acompanhados do deputado federal Mauro Lopes (PP-MG).

Em seguida, os empregados foram obrigados a colocar uma camisa amarela com número e slogan de Jair Bolsonaro por cima do uniforme e ouviram discursos a favor do voto no atual presidente e ataques contra Lula, proferidos principalmente pelo deputado bolsonarista Mauro Lopes.

Em um vídeo gravados por um funcionário, o deputado ainda atribui as mortes dos ex-prefeitos de Campinas (SP) e Santo André (SP), Toninho do PT e Celso Daniel (PT), a outros petistas por causa de conflitos de interesses - o que não condiz com as investigações oficiais conduzidas pela Polícia Civil do estado.

Os funcionários denunciam, ainda, que a ordem para colocar a camisa amarela contraria as normas da vigilância sanitária, uma vez que parte da área onde acontecia o evento era de manuseio de alimentos. Nos vídeos, muitas pessoas usavam toucas, capacetes e outros equipamentos de segurança.

A uma semana das eleições, Lula posta mensagem de esperança: "com 13, vamos encerrar o governo mais desumano da história"

 “O pesadelo vai acabar e dias melhores virão para todos”, ressaltou o petista

Lula e Simone Tebet em Teófilo Otoni, MG (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - A uma semana da eleição do segundo turno, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva postou neste domingo (23) uma mensagem de esperança aos brasileiros: 

“Faltam 7 dias para a eleição. No próximo domingo vamos juntos, com seu voto, com cada voto, com milhões de votos no 13, encerrar o governo mais desumano, mentiroso e incompetente da história do Brasil. O pesadelo vai acabar e dias melhores virão para todos. Bom domingo”. 

Lula participa às 20h30 de bate-papo com Cauê Moura e Load com a participação de youtubers e influenciadores.


Folha diz em editorial que Bolsonaro pretende se tornar ditador, mas não orienta voto em Lula

 Jornal brinca mais uma vez com o Brasil à beira do precipício

Jornal Folha de S.Paulo e Jair Bolsonaro (Foto: Webysther/CC | Alan Santos/PR)


247 – O jornal Folha de S. Paulo, que apoiou a ditadura militar de 1964 e hoje tem um de seus principais negócios, o Datafolha, ameaçados por um governo de extrema-direita, afirma em editorial publicado na sua primeira página que o projeto de Jair Bolsonaro é se tornar um ditador no Brasil. A despeito disso, o jornal não declara apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que entregou ao Brasil o maior ciclo de prosperidade capitalista da nossa história e que formou uma gigantesca frente ampla democrática.

"Nunca foi tão avassaladora a maioria de brasileiros que consideram a democracia a melhor forma de governo, de 79% segundo o Datafolha. Nunca na Nova República um presidente ameaçou a estabilidade constitucional como o atual mandatário. Jair Bolsonaro (PL) valeu-se do cargo para constranger e ameaçar Poderes independentes, insultar autoridades e propagar uma farsa contra o sistema eleitoral diante de brasileiros e estrangeiros. Promoveu tratamentos ineficazes de uma doença letal, retardou a aquisição de vacinas, debochou de famílias enlutadas, protegeu os filhos de investigações e atiçou militares contra o poder civil", escreve a Folha.

"Esperar que o próprio candidato à recondução tenha compreendido e acatado os limites do mandato seria pouco realista diante do que se vê desde 2019. É melhor trabalhar com a hipótese corroborada pela experiência —tornar-se autocrata é o verdadeiro programa de governo de Jair Bolsonaro para um eventual segundo mandato. A ameaça do arbítrio é nova apenas em aspectos acessórios, como no uso intensivo de redes sociais para disseminar ignorância, culto ao chefe e ordens de ataque. No mais, obedece ao roteiro de conhecidos movimentos subversivos da história", acrescenta o editorialista.

"As instituições republicanas deram seguidas demonstrações de solidez ao impedir a deriva autoritária nos últimos quatro anos. Estarão prontas, haja vista a inequívoca convicção democrática da população, para um novo período de bloqueio das investidas tirânicas caso a maioria do eleitorado brasileiro soberanamente decida pela reeleição", finaliza o autor.

Ou seja: a Folha diz que Bolsonaro quer ser ditador, mas aposta que as instituições poderão contê-lo. Na prática, a Folha lava as mãos diante de um potencial ditador. Talvez porque seu foco seja a privatização da Petrobrás – e não a defesa da democracia.

Confira pesquisa a pesquisa para presidente publicadas na semana

 Quem está ganhando na pequisa? O Blog do Esmael disponibiliza as sondagens eleitorais para presidente publicadas na semana que passou sobre a disputa no segundo turno.


Pela média geral dos agregadores de levantamentos, Lula tem 52% da preferência do eleitorado contra 48% de Bolsonaro.

Abaixo, confira pesquisa a pequisa realizada no segundo turno:

Data: quarta-feira, 19 de outubro de 2022

  • Ideia [registro BR-00053/2022]

Lula 52% x 48% Bolsonaro

Lula 52% x 48% Bolsonaro

Lula 51% x 49% Bolsonaro

  • Futura [registro BR-08523/2022]

Bolsonaro 51% x 49% Lula

Data: terça-feira, 18 de outubro de 2022

  • Quaest [registro BR-07106/2022]

Lula 53% x 47% Bolsonaro

  • Ipespe [registro BR-06307/2022]

Lula 53% x 47% Bolsonaro

Lula 52% x 48% Bolsonaro

Data: segunda-feira, 17 de outubro de 2022

  • Ipec, antigo Ibope [registro BR-02736/2022]

Lula 54% x 46% Bolsonaro

  • MDA [registro BR-05514/2022]
Lula 53,5 x 46,5 Bolsonaro

Fonte: Blog do Esmael

APUCARANA: Banda de Música da Polícia Militar se apresenta hoje no Cine Teatro Fênix



A Casa da Cultura de Apucarana recebe neste domingo (23/10) o concerto da Banda de Música da Polícia Militar do Estado do Paraná (PMPR). A apresentação acontece a partir das 19 horas, no palco do Cine Teatro Fênix, e faz parte das atividades em celebração ao 45º aniversário do 10º Batalhão da Polícia Militar (10º BPM), sediado em Apucarana.

Instituição de representação da corporação, subordinada à Ajudância Geral do Estado Maior da PMPR, a banda militar teve sua primeira apresentação pública em 7 de setembro de 1861, passando, a partir de então, a participar ativamente das solenidades militares. “Atualmente, está dentre as melhores do país, sendo requisitada para grandes eventos e seu retorno a Apucarana torna-se ainda mais especial pelo fato de marcar o aniversário do batalhão, que tem sua sede em Apucarana e há mais de quatro décadas presta relevantes serviços em toda sua área de abrangência”, destaca o prefeito Júnior da Femac.

A secretária da Promoção Artística, Cultural e Turística de Apucarana (Promatur), assinala que a banda militar é patrimônio histórico, artístico e cultural do Estado do Paraná. “Conta com um vasto repertório, que vai das clássicas à atualidade, possuindo no seu corpo os mais variados talentos musicais, encantando com sua musicalidade e energia contagiantes”, assinala a secretária. A entrada para o concerto é um litro de leite. A reserva de assentos deve ser feita no 10º BPM pelo telefone 3427-9369.

Solenidade – Os 45 anos do 10º Batalhão da Polícia Militar do Paraná (10º BPM) serão celebrados de forma solene na segunda-feira (24/10), às 9 horas, em evento na sede da corporação, que deve contar com a presença do Comandante do 2º Comando Regional da Polícia Militar do Paraná, Coronel Cezar Kister, do comandante da unidade tenente-coronel Marcos José Facio, do prefeito de Apucarana, Júnior da Femac e outras autoridades da área de atuação do batalhão.

Histórico – Oriunda do 5º Batalhão de Polícia Militar de Londrina/PR, a unidade apucaranense assumiu a responsabilidade de policiamento ostensivo preventivo atuando em 17 municípios da região do Vale do Ivaí no dia 19 de abril de 1977, através do decreto Lei nº 3289, quando foi criado o 10º BPM, sendo inaugurado no dia 24 de outubro de 1977. Teve sua primeira sede na Rua Clevelândia e, no final do ano de 1982, foi transferido para atual sede na BR 369, Km 209, saída para Maringá. Cabe ao 10º Batalhão de Polícia Militar a promoção da segurança preventiva, ostensiva e repressiva.

sábado, 22 de outubro de 2022

Lula vence no TSE e terá direito de resposta contra as fake news de Bolsonaro

A alteração ocorre no número de inserções: anteriormente eram 164, agora, são 116

Jair Bolsonaro (círculo, à esq.), TSE e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reuters | ABR | Reprodução)


247 - O Tribunal Superior Eleitoral definiu em sessão aberta ao plenário neste sábado (22) conceder à campanha do ex-presidente Lula (PT) direito de resposta em inserções na TV que eram destinadas à propaganda da campanha à reeleição de Jair Bolsonaro.

A alteração ocorre no número de inserções: anteriormente eram 164, agora, são 116.

Os direitos de resposta dizem respeito a campanha de fake news promovida pelo bolsonarismo com ataques sórdidos a Lula.

Na quarta-feira (19), a ministra Maria Cláudia Bucchianeri atendeu a um pedido da defesa de Lula e autorizou as respostas por causa de afirmações consideradas ofensivas ou descontextualizadas nas propagandas.

Mas, na noite de quinta-feira, a ministra acolheu um recurso da defesa de Bolsonaro e suspendeu a sua própria decisão até que o plenário analisasse o caso.

Acompanharam o voto de Maria Claudia Bucchianeri os ministros Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Sergio Banhos. Os outros dois ministros – Benedito Gonçalves e Raul Araújo – ainda não se manifestaram no plenário virtual, onde o julgamento está ocorrendo.

O petista teria direito às inserções devido às peças eleitorais veiculadas pela campanha do presidente entre os dias 11 e 17 de outubro. Segundo a ação apresentada pelos advogados do PT, as propagandas buscam "incutir a ideia de que Lula estaria associado à criminalidade".


Alexandre de Moraes ameaça prender candidatos que divulgarem fake news

 O ministro usou as redes sociais para citar o artigo 323 do Código Eleitoral que tipifica o crime de disseminar fake news e prevê pena de até um ano de prisão

Alexandre de Moraes (Foto: Reprodução | Carlos Moura/SCO/STF)


247 - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, usou as redes sociais para advertir que o crime de propagação de fake news prevê prisão de até um ano.

O ministro cita o artigo 323 do Código Eleitoral que tipifica o crime de disseminar a fake news.

"Divulgar, na propaganda eleitoral ou durante período de campanha eleitoral, fatos que sabe inverídicos em relação a partidos ou a candidatos e capazes de exercer influência perante o eleitorado. Pena - detenção de dois meses a um ano, ou pagamento de 120 a 150 dias-multa", estabelece a lei.

A publicação vem depois que o Tribunal Superior Eleitoral definiu em sessão aberta ao plenário neste sábado (22) conceder à campanha do ex-presidente Lula (PT) direito de resposta em inserções na TV que eram destinadas à propaganda da campanha à reeleição de Jair Bolsonaro.

Os direitos de resposta dizem respeito a campanha de fake news promovida pelo bolsonarismo com ataques a Lula.


Uso da máquina: Bolsonaro já torrou R$ 273 bilhões para tentar comprar votos e não há sinal de punição à vista

 Levantamento dos gastos foi feito pela agência Reuters e aponta uso inédito da máquina pública

(Foto: Isac Nóbrega/PR | Oruê Brasileiro/Mídia NINJA)


BRASÍLIA/SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem anunciado medidas em série para turbinar benefícios à população na reta final da eleição, mas, enquanto o pacote completo em ano eleitoral já custa 273 bilhões de reais e um estudo aponta que o mandatário colhe frutos nas urnas, não há punição à vista para algumas das ações, nas quais especialistas e adversários veem aberto uso da máquina em busca da reeleição.

Apenas nos primeiros 20 dias de outubro, o governo anunciou a antecipação de pagamentos de programas sociais turbinados e recém-criados, além de medidas indiretas, como a autorização para que beneficiários do Auxílio Brasil que recebem 600 reais por mês possam pedir empréstimos consignados.

Entre medidas orçamentárias já colocadas em prática e compromissos feitos pelo presidente nos últimos meses, a conta alcança 273 bilhões de reais em custo com impacto tanto em 2022 como 2023, calculou a Reuters, num movimento que acende alerta na equipe econômica, já que parte das despesas não está prevista no Orçamento do ano que vem e terá que ser acomodada.

Um dos maiores custos isolados no pacote eleitoral é o da ampliação do programa Auxílio Brasil neste ano. O principal programa de transferência de renda aos mais pobres teve o valor aumentado de 400 a 600 reais ao custo 26 bilhões de reais apenas em 2022, autorizados por uma emenda à Constituição aprovada no Congresso, que declarou estado de emergência no país.

A manobra permitiu um inédito impulso a um programa social em plena campanha. Mas, se esse passo está autorizado, medidas como antecipação de pagamentos seriam passíveis de punição, avalia Eloísa Machado, professora de direito na Fundação Getulio Vargas (FGV) de São Paulo.

A docente afirmou que há fartos indícios de que o candidato à reeleição esteja desviando a finalidade de políticas públicas sociais e econômicas para, com isso, obter vantagem eleitoral pessoal.

A prática, Machado frisa, caracteriza abuso do poder político e é vedada por lei, permitindo que partidos, candidatos, coligações e o Ministério Público Eleitoral peçam providências à Justiça Eleitoral.

Nenhum desses atores, no entanto, tem se voltado contra as ações de Bolsonaro. Na cúpula do MP Eleitoral, conforme relatou uma fonte à Reuters, não há nenhum indicativo de que uma investigação nesse sentido deve ser pedida.

O chefe do MP Eleitoral é o procurador-geral da República, Augusto Aras, que foi indicado duas vezes ao cargo por Bolsonaro e é criticado por oponentes e especialistas por ser considerado alinhado ao mandatário.

Machado, uma das críticas de Aras, vê omissão do Ministério Público Eleitoral. "A Procuradoria-Geral Eleitoral está praticamente ausente do controle do abuso de poder político, dos meios de comunicação e de poder econômico. Segue a mesma lógica já vista no STF, onde a PGR praticamente abdicou de controlar atos do Poder Executivo", disse Machado.

A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por sua vez, tampouco planeja movimentos contundentes. Por ora, segundo uma fonte do QG lulista, a área jurídica não deverá propor uma ação para questionar um eventual uso da máquina pública por Bolsonaro.

A avaliação é que é preciso analisar também o custo político da medida. Uma eventual contestação de programas do governo, como o Auxílio Brasil turbinado, por exemplo, pode se voltar contra a campanha, com os adversários podendo acusá-los de tentar tirar benefícios dos mais necessitados, disse a fonte.

Para o advogado especialista em direito eleitoral Renato Ribeiro de Almeida, Bolsonaro está fazendo um "uso sem precedentes da máquina pública de uma forma desesperada para tentar a reeleição". Segundo ele, a Justiça Eleitoral tem centenas de casos em que houve a cassação e a inelegibilidade por oito anos, com base na Lei da Ficha Limpa, de gestores municipais e estaduais por essa prática. Bolsonro, porém, tem esticado a corda por saber que uma cassação "geraria um trauma muito grande na República", observou.

"O esforço que se geraria para cassar um mandato presidencial e isso alterar todos os rumos da economia do país, os ministérios e todo trauma que a cassação de um mandato gera e a realização de uma nova eleição. Então, o presidente sabendo disso, tem levado a Justiça Eleitoral ao limite", disse.

MAIS VOTOS EM CIDADES COM AUXÍLIO BRASIL

A enxurrada de dinheiro em benefícios e na economia foi uma das principais apostas de Bolsonaro na corrida eleitoral, ainda que não tenha sido suficiente para o mandatário superar Lula entre os mais pobres.

No entanto, a situação tem mudado. Se de agosto a outubro o presidente viu subir pouco sua intenção de voto entre beneficiários do Auxílio Brasil --são 21 milhões de famílias--, o ponteiro se moveu a favor do candidato à reeleição no segundo turno, segundo o Datafolha.

No levantamento do instituto na última quarta-feira, Lula aparece com 56% das intenções de voto entre os que recebem o programa, contra 62% cinco dias antes. Bolsonaro aparece com 40%, contra 33% na pesquisa anterior.

Apesar de as flutuações em subgrupos tenham que ser consideradas com cautela, já que a margem de erro é de 4 pontos percentuais, e da diferença dos levantamentos entre os dois turnos, os números mostram uma tendência de alta de Bolsonaro entre os que recebem o benefício mudou se comparados os números de setembro e os de agora.

Na pesquisa Datafolha realizada entre 27 a 29 de setembro, 26% diziam que escolheriam Bolsonaro na urna entre quem recebe o Auxílio Brasil, contra 58% de Lula. De lá para cá, Bolsonaro autorizou a entrada de mais 500.000 famílias no programa, além de prolongar o prazo para mudanças no Cadastro Único, porta de entrada para programas sociais em geral.

Há ainda outros indícios do impacto positivo do Auxílio Brasil para a performance de Bolsonaro, que chegou a empate técnico com Lula no limite da margem de erro no último Datafolha (49% das intenções de voto para Lula e 45% para Bolsonaro). No primeiro turno, Lula ficou à frente com 48,43% dos votos válidos contra 43,20% de Bolsonaro.

Um estudo feito por Fernando Meireles, cientista político e pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), aponta correlação positiva entre gasto per capita com o Auxílio Brasil e a votação no atual presidente.

De acordo com a análise, se considerados todos os municípios do Brasil, em média 1% a mais de gasto per capita via Auxílio Brasil prediz um aumento de 1,8 ponto percentual a mais na votação no Bolsonaro em 2022 em comparação ao obtido por ele no primeiro turno de 2018.

Na Região Norte, a correlação é ainda mais forte: nas cidades em que houve 1% a mais de gasto per capita com Auxílio Brasil houve melhora de 3,4 pontos percentuais na votação de Bolsonaro em relação a 2018. No Nordeste, a melhora é de 2,2 pontos e, no Sul, o pesquisador não encontrou essa relação.

Para Meireles, o melhor desempenho não deve ser atribuído à votação apenas do beneficiário direto do programa, mas ao impacto positivo global da entrada de mais dinheiro via Auxílio Brasil nos municípios, num contexto de crise.

"O mais provável é que seja um efeito mais coletivo", diz Meireles.

Campanha de Lula travou batalha de 48 horas para derrubar fake news mais suja de bolsonaristas contra o petista

 A deputada Bia Kicis e o senador eleito Cleitinho, do PSC de Minas Gerais, foram algumas das lideranças bolsonaristas que compartilharam o vídeo

Jair Bolsonaro (círculo, à esq.), TSE e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reuters | ABR | Reprodução)


247 - “O maior estrago na imagem de Lula nas redes sociais foi registrado no início do segundo turno, após um vídeo do TikTok ligar o petista ao satanismo e ao luciferianismo. O ex-presidente, claro, não tem relação com nada disso”, informa o jornalista Guilherme Amado, em sua coluna no portal Metrópoles.

De acordo com o jornalista, um tiktoker “ que declara ser seguidor de Lúcifer publicou um vídeo falando sobre as eleições antes do primeiro turno, mas as imagens foram tiradas de contexto e viralizaram nos dias seguintes ao pleito”. 

“A deputada Bia Kicis e o senador eleito Cleitinho, do PSC de Minas Gerais, foram algumas das lideranças bolsonaristas que compartilharam o vídeo. Interlocutores de Lula dizem que foram precisos dois dias para conter o estrago provocado pela mentira. Os petistas não sabem precisar qual foi o alcance real do vídeo nem têm ideia dos danos que ele pode ter causado à campanha”, acrescenta.