quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Quaest: Lula tem 54% dos votos válidos, contra 46% de Bolsonaro

 Em votos totais, o ex-presidente Lula tem 49% das intenções de voto totais, enquanto Bolsonaro tem 41%

Lula, Bolsonaro e urna eletrônica (Foto: Ricardo Stuckert | Clauber Cleber Caetano/PR | REUTERS/Amanda Perobelli | Agência Brasil)

SÃO PAULO (Reuters) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva  (PT) oscilou 1 ponto  percentual para cima e agora soma 49% das  intenções de voto para o segundo turno da eleição presidencial contra  41% do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), que manteve o mesmo  patamar da semana passada, mostrou nesta quinta-feira nova pesquisa  Genial/Quaest.

Os indecisos somam 4%, ante 7% na sondagem  anterior, enquanto 6% disseram que votarão em branco ou nulo ou que não  irão votar, em comparação aos 4% anteriores. A margem de erro da  pesquisa é de 2 pontos percentuais.

Em votos válidos, que não  contam os brancos e nulos e os indecisos da pesquisa, Lula tem 54%  contra 46% de Bolsonaro, de acordo com a pesquisa.


Quando esses  dados são ponderados em relação ao grupo de eleitores com maior  probabilidade de comparecer no dia da votação (modelo chamado de "likely  voter"), Lula aparece com 53% dos votos válidos contra 47% de  Bolsonaro, segundo nota divulgada pela Quaest. Na semana passada, por  esse modelo, o placar estava em 54% a 46%.

O diretor da Quaest,  Felipe Nunes, explicou no Twitter que esse tipo de modelo já é utilizado  por institutos norte-americanos há bastante tempo. Ele argumentou que  muitas pessoas afirmam que irão votar, mas acabam não votando.

"É  preciso criar um modelo que pondera o resultado pelas chances de cada  indivíduo ir votar. O nosso modelo de likely voter foi construído a  partir de dados do comparecimento real no 1º turno da eleição de 2022 e  de pesquisas anteriores da Quaest", disse Nunes no Twitter.


Depois  dos resultados oficiais do primeiro turno, os institutos de pesquisa  têm sido alvo de críticas, especialmente de Bolsonaro e aliados, por  terem subestimado os números do candidato à reeleição na primeira  votação.

De acordo com o levantamento divulgado nesta  quinta-feira, 93% dos eleitores de Lula disseram que seu voto é  definitivo, ante 92% uma semana atrás. No caso de Bolsonaro, se repetiu a  taxa de 94%.

Sobre os apoios conquistados pelos dois candidatos,  14% dos entrevistados disseram que eles fazem querer votar mais no  petista, enquanto 6% afirmaram o mesmo sobre o atual presidente. Já 77%  dos entrevistados disseram que os apoios não influenciaram na decisão de  voto.

Após a votação do primeiro turno, Lula garantiu o apoio da  senadora Simone Tebet (MDB), que ficou em terceiro lugar na primeira  votação; do PDT, de Ciro Gomes, ainda que o quarto colocado na disputa  tenha se limitado apenas a acatar o apoio do partido; e de outras  personalidades políticas e econômicas, como o ex-presidente Fernando  Henrique Cardoso (PSDB) e o ex-presidente do Banco Central Armínio  Fraga.

Já Bolsonaro conquistou o apoio do governador de Minas  Gerais, Romeu Zema (Novo) --o único dos três maiores colégios eleitorais  do país onde Lula venceu no primeiro turno-- e de outros governadores e  prefeitos, apostando mais na capilaridade desses aliados, assim como na  de parlamentares eleitos para o novo Congresso.

No tópico  rejeição, 50% disseram que não votariam em Bolsonaro, mesma taxa da  semana passada, enquanto 42% disseram que não votariam em Lula, ante  41%.

A pesquisa também apontou que 39% dos entrevistados avaliam o  governo Bolsonaro de forma negativa, contra 38% uma semana atrás, ao  passo que 33% o veem positivamente, ante 35% antes. Para 26% o governo é  regular, ante 25% há uma semana.

O levantamento do instituto  Quaest contratado pela corretora Genial Investimentos ouviu 2.000  pessoas em entrevistas presenciais entre segunda e quarta-feira.

Confira a pesquisa na íntegra: 



TSE manda Brasil Paralelo apagar vídeo mentiroso que associa Lula à corrupção

 Conhecida por disseminar narrativas de extrema direita, a produtora classificou o pedido de remoção como "censura" e publicou, em tom de deboche, uma receita de bolo em seu Twitter

Alexandre de Moraes, Lula e Brasil Paralelo (Foto: Nelson Jr./SCO/STF | REUTERS/Felipe Iruata)

Agência Brasil/EBC - O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu hoje (13), por 4 votos a 3, ordenar a remoção de uma publicação no Twitter em que a produtora Brasil Paralelo vincula diversos casos de corrupção ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato no segundo turno da corrida presidencial.

Com a decisão, o TSE atendeu a um pedido da coligação Brasil da Esperança, de Lula. Na petição inicial, os advogados da campanha do ex-presidente alegaram haver grave distorção de notícias jornalísticas sobre casos de corrupção, “de modo a levar a população a crer que ele estava envolvido em todos eles”.

No vídeo, são mostradas reportagens sobre esquemas investigados na época em que Lula era presidente, como o mensalão, o escândalo dos bingos e a máfia dos sanguessugas. Em sua defesa, a produtora alega que a publicação se baseia em notícias verdadeiras, não sendo portanto informações falsas.

Ao final, venceu o entendimento do vice-presidente da Corte, ministro Ricardo Lewandowski, para quem o material elaborado pela produtora promove uma “desordem informacional”.

O ministro afirmou que os casos citados no vídeo “jamais foram judicialmente imputados a ele [Lula] e aos quais nunca ele [Lula] teve oportunidade de exercer sua defesa”. Lewandowski criticou a tentativa de vincular o ex-presidente a casos de corrupção em que ele não estava envolvido, somente porque teriam ocorrido enquanto Lula ocupava a Presidência da República.

Lewandowski foi acompanhado pelos ministros Benedito Gonçalves, Cármen Lúcia e pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, para quem o vídeo promove uma “manipulação de premissas verdadeiras”, mas que resultam numa “desinformação de segunda geração”.

Os ministros deram 24 horas para que a plataforma Twitter remova a referida publicação e proibiu novos posts do tipo. Com a decisão, o plenário reverteu entendimento do relator do caso, ministro Paulo de Tarso Sanseverino, que havia negado liminar (decisão provisória) para remover o vídeo, por não ver notícias inverídicas no material.

Em manifestações no próprio Twitter e em artigo publicado em sua página na internet, a Brasil Paralelo classificou o pedido de remoção do vídeo como “censura”, e disse haver perseguição política ao material que produz.

Propaganda eleitoral

Outra decisão favorável a Lula foi a do ministro do TSE Paulo de Tarso Sanseverino que determinou, ontem (12), a suspensão da veiculação de propaganda eleitoral em que a campanha do presidente Jair Bolsonaro, que tenta a reeleição, chama de “ladrão” e “corrupto” seu adversário no segundo turno.

Na propaganda, veiculada no último domingo (9), a campanha de Bolsonaro levou ao ar uma entrevista do ministro aposentado Marco Aurélio Mello, do Superior Tribunal Federal (STF), que diz que “o Supremo não inocentou Lula”. Em seguida o locutor afirma que “a maior mentira dessa eleição é dizer que Lula não é ladrão. Votar no Lula é votar em corrupto."

Os advogados de Lula argumentaram que as declarações estão factualmente e conceitualmente incorretas, e que Marco Aurélio se referia ao julgamento de um habeas corpus do ex-presidente em que “a Suprema Corte reafirmou o estado de inocência do ex-presidente Lula”.

A defesa argumentou ainda que a Constituição determina que o cidadão é inocente até que pese sobre condenação penal com trânsito em julgado - sem a possibilidade de recurso - o que não é caso de Lula. 

O ministro Sanseverino concordou com os argumentos. Na decisão, ele escreveu que “a ilegalidade da propaganda impugnada encontra-se na utilização das expressões ‘corrupto’ e ‘ladrão’, atribuídas abusivamente ao candidato da coligação representante, em violação a presunção de inocência”. 

O magistrado determinou a suspensão da veiculação da propaganda eleitoral em questão pela campanha de Bolsonaro, sob pena de multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento.

Coligação de Lula entra com 18 ações no TSE contra fake news e ofensas por campanha de Bolsonaro

 Foram 12 ações de direito de resposta e representações eleitorais questionando inserções em rádio e TV, assim como blocos da campanha de Bolsonaro sobre os seguintes temas

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Divulgação)

247 - A Coligação Brasil da Esperança, do candidato a presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ajuizou, nos dias 11 e 12 de outubro, 18 ações contra a campanha de Jair Bolsonaro (PL), seus apoiadores e programas que propagaram fake news sobre o ex-presidente. Foram 12 ações de direito de resposta e representações eleitorais questionando inserções em rádio e TV, assim como blocos da campanha de Bolsonaro sobre os seguintes temas. 

De acordo com a defesa do petista, representada Zanin Martins Advogados, e Aragão e Ferraro Advogados, a primeira peça manipula descaradamente dados sobre votação nos ambientes prisionais para tentar passar a falsa impressão de que "o crime apoiaria Lula". 

A defesa afirmou que "os programas tentam induzir espectadores à falsa ideia de que Lula seria 'bandido' e que coadunaria com a criminalidade". 

Também foram ajuizadas 3 representações eleitorais contra desinformações publicadas por perfis apoiadores de Bolsonaro sobre os seguintes temas: fake news a respeito do sistema eleitoral brasileiro – número de votos em municípios superiores ao número de eleitores; notícia falsa ao vinculando o ex-presidente Lula a atos de violência praticados por presidentes de outros países, e fake news vinculando Lula ao crime organizado.

Foram apresentados três pedidos de direito de resposta contra a Jovem Pan e contra o vereador Nikolas Ferreira, devido à propagação de três fake news: uma no Programa “Três em um” do dia 7/10, outra no Programa Pingos nos IS e uma terceira sobre vereador de Belo Horizonte Nikolas Ferreira (PL-MG), eleito deputado federal por Minas Gerais.

No caso de Nikolas Ferreira, o pedido de direito de resposta se refere a vídeo com informações falsas e ofensas à honra de Lula, já retirado das redes sociais por ordem do ministro do TSE Paulo de Tarso Sanseverino. 

No dia 11/10, postou em suas redes sociais comentários desdenhando da decisão do TSE que determinou a remoção do vídeo. "O requerido não apenas desdenha da ordem jurisdicional à qual todos os cidadãos brasileiros estão submetidos - inclusive ele -, mas também segue progredindo nas suas postagens para que o vídeo permaneça em evidência, por outros meios de comunicação, tendo como resultado a propagação de conteúdo sabidamente inverídico capaz de violar a legalidade e a lisura do processo eleitoral", afirmaram os advogados da Coligação Brasil da Esperança.

Intenções de voto

As pesquisas Quaest e Atlas Intel, divulgadas nesta quinta-feira (13), mostram o petista em primeiro lugar na disputa do segundo turno, marcado para o dia 30 de outubro.

No País, Lula conseguiu 48% dos votos válidos (57,2 milhões), contra 43% (51 milhões) do ocupante do Planalto no primeiro turno. 

Relatora no STJ vota para manter afastamento de Paulo Dantas, governador de Alagoas

 A ministra, em seu voto, alegou que o afastamento é necessário para barrar atuação da organização criminosa investigada e também para evitar interferências na investigação

Laurita Vaz e Paulo Dantas (Foto: STJ | Reprodução)

247 - A ministra Laurita Vaz, relatora do inquérito contra o governador Paulo Dantas (MDB-AL) no Superior Tribunal de Justiça (STJ), votou a favor de manter o afastamento do chefe do Executivo alagoano nesta quinta-feira (13), informa o portal G1.

Laurita é a primeira a votar na Corte Especial, da qual fazem parte os 15 ministros mais antigos do STJ. Os outros 14 membros decidirão ainda hoje se mantêm ou reformam a decisão individual da relatora, que, em decisão monocrática, havia determinado, na terça-feira (11), o afastamento de Dantas por 180 dias a pedido da Polícia Federal (PF).

A ministra, em seu voto, alegou que o afastamento é necessário para barrar atuação da organização criminosa investigada e também para evitar interferências na investigação. O inquérito apura a suspeita de que Dantas tenha empregado funcionários fantasmas em seu gabinete quando exercia o mandato de deputado estadual.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) aponta perseguição política, visto que o governador é o favorito para vencer a eleição no estado diante de Rodrigo Cunha (União Brasil), apoiado pelo deputado federal bolsonarista Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados.

"A perseguição ao governador Paulo Dantas remonta a 2017, é da competência estadual. Foi parar no STJ por uma armação de Lira e lá perambulou por vários gabinetes até cair nas mãos certas da ministra bolsonarista Laurita Vaz, que não tem competência para o caso", escreveu Calheiros em seu Twitter na terça-feira.

Lula planeja ampla renegociação de dívidas de famílias com uso de garantia do governo

 Dados da empresa Serasa Experian mostram que o número de inadimplentes aumentou sistematicamente este ano, chegando a quase 70 milhões em agosto, ou 42% da população adulta

Lula e cartões de crédito (Foto: ABr | REUTERS/Rodolfo Buhrer)

BRASÍLIA (Reuters) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva  (PT) propõe um amplo programa de renegociação de dívidas, com apoio de  um fundo garantidor do governo, para aliviar as contas da população de  baixa renda caso vença o segundo turno das eleições presidenciais em 30  de outubro.

O economista Guilherme Mello, assessor do PT, disse à  Reuters que o governo garantiria parcialmente renegociações de até 95  bilhões de reais em dívidas não bancárias, incluindo contas de luz, água  e celular e no varejo, de pessoas que ganham até três salários mínimos.

O  primeiro passo para o chamado "Desenrola Brasil" ganhar força seria a  constituição de birôs de crédito, onde seriam coletadas informações  sobre essas dívidas, com a adesão de empresas para oferecer descontos no  pagamento, disse.

As famílias que aderissem ao programa teriam acesso a cobertura parcial do fundo garantidor do governo em caso de inadimplência.

"Não  só a família terá o desconto, como também terá prazos e condições de  juros adequados para financiar o que sobrar de sua dívida", disse o  economista.

A iniciativa tem ganhado contornos mais nítidos num  momento em que o presidente Jair Bolsonaro relançou um programa de  renegociação de dívidas da Caixa Econômica Federal, buscando atrair  eleitores à medida que milhões de famílias veem seu orçamento corroído  pelo endividamento e a inflação elevada.

Dados da empresa Serasa  Experian mostram que o número de inadimplentes aumentou sistematicamente  este ano, chegando a quase 70 milhões em agosto, ou 42% da população  adulta. 

Mello, que coordena o núcleo de economia da fundação  Perseu Abramo, colaborando como programa do PT, estimou que um fundo  garantidor de 7 bilhões de reais a 16 bilhões de reais poderia reduzir o  risco de inadimplência e atrair credores que tentam receber contas  vencidas --grande parte delas já contabilizadas como perdas.

"São  valores muito razoáveis ​​para o governo contribuir", disse. "Pode ter  um desenho baseado nos créditos tributários que os bancos têm, você tem  várias possibilidades de desenhar esse fundo."

O governo prevê um  desconto mínimo a ser oferecido pelas empresas, e seria priorizada a  participação de credores que oferecessem maior alívio nas dívidas.  Cálculos preliminares para o tamanho do fundo pressupõem uma  inadimplência de 25% e um desconto entre 30% e 70% nos débitos.

Segundo  Mello, o foco inicial será na dívida não bancária porque ela representa  72% do passivo total das famílias. Mas o PT também estuda estratégias  para incentivar a reestruturação de dívidas bancárias a taxas de juro  mais baixas.

"Quem fizer isso terá uma parcela do depósito compulsório não remunerado liberado", disse.

Um  programa de renegociação de dívidas estava entre as principais  bandeiras do ex-candidato Ciro Gomes (PDT), que ficou em quarto lugar no  primeiro turno. Ao aceitarem apoiar Lula para a corrida ao segundo  turno, Ciro e a direção do PDT propuseram que a medida fosse incorporada  ao programa do PT --que já trazia menção genérica a uma iniciativa  nessa linha.

“A gente pretende fazer encontros e reuniões pra  discutir isso”, disse Mello. “A ideia dos programas é a mesma: tirar as  pessoas do cadastro negativo.”

Moraes vê evolução das fake news e '2ª geração da desinformação' ao votar por remoção de vídeo do Brasil Paralelo

 Presidente do TSE avaliou que início da campanha eleitoral do segundo turno está sendo marcado por modalidades novas de desinformação

Sessão plenária do TSE – 23/08/2022 (Foto: LR Moreira/Secom/TSE)

247 - O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), avaliou que a campanha eleitoral do segundo turno está sendo marcada por uma evolução das fake news, que estariam em sua 'segunda geração', e apontou 'duas novas modalidades de desinformação'. Ainda segundo o ministro, tal situação exigiria da Justiça Eleitoral ações concretas para evitar abusos nas eleições gerais deste ano, de acordo com o jornal O Globo.

A fala de Moraes se deu durante o julgamento que determinou a remoção de um vídeo mentiroso da produtora de extrema direita Brasil Paralelo, que vinculava o ex-presidente Lula (PT) a casos de corrupção.

Sobre as duas novas modalidades de desinformação, o ministro citou: "A primeira delas é a manipulação de algumas premissas verdadeiras, que junta várias informações verdadeiras que aconteceram chegando a uma conclusão falsa. A segunda delas é a utilização de mídias tradicionais para se plantar fake news e, a partir disso, as campanhas replicam essas fake news, dizendo que 'isso é uma notícia'."

O vídeo do Brasil Paralelo exibia matérias jornalísticas para tentar construir uma mentirosa narrativa contra Lula, estratégia que foi criticada por Moraes: "Não se pode admitir mídia tradicional de aluguel, que faz uma suposta informação jornalística absolutamente fraudulenta para permitir que se replique isso. Esses casos cresceram muito a partir do segundo turno, e devem ser combatidos para garantir a informação de verdade."

"Católico não vota no Jair" é assunto mais comentado do Brasil após cenas de violência em Aparecida; veja a repercussão

 Fiéis estão indignados nas redes após demonstrações violentas no templo sagrado dos católicos

(Foto: Reprodução)


247 - "Católico não vota em Jair" é o assunto mais comentado do Brasil nesta quinta-feira (13) após bolsonaristas promoverem cenas de  violência na basílica em Aparecida no feriado dedicado à padroeira. 

O uso político de Bolsonaro da data, que visitou o local para angariar votos, também foi muito criticado nas redes. O padre Camilo Júnior, missionário redentoristaenfrentou o candidato e mandou um recado sobre a exploração política da data.

Veja a repercussão: 





Rejeitado pelo Nordeste, Bolsonaro discursa em ato esvaziado no Recife (vídeo)

 Apesar grande da estrutura montada, o evento realizado no Recife contou com a participação de menos de 500 pessoas

Bolsonaro-ato-campanha-Recife (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes | Reprodução)


Brasil de Fato O candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) fez sua terceira visita ao Recife durante as eleições nesta quinta (13). Por volta das 10h, o presidente chegou à capital de Pernambuco pela base aérea do Jordão. 

A expectativa era de que Jair viesse à capital pernambucana em busca de apoio e palanque para a corrida presidencial, contudo, a candidata Raquel Lyra (PSDB) falou publicamente que não irá "abrir o voto" para presidente neste segundo turno. A candidata Marília Arraes (Solidariedade) recebeu o apoio de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

A agenda de Bolsonaro teve um encontro com apoiadores e líderes religiosos no Transamerica Hotel Recife, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife.

 O evento contou com a presença dos líderes religiosos fundamentalistas Silas Malafaia, líder da Igreja da Assembleia de Deus Vitória em Cristo; Sóstenes Cavalcanti (PL), deputado federal do Rio de Janeiro; Marcos Feliciano (PL) deputado federal e líder da Catedral do Avivamento, ligada à Assembleia de Deus; Pastor Eurico, membro da Assembleia de Deus em Pernambuco (IEADPE) e deputado federal por Pernambuco; Gilson Machado (PL), ex-ministro do Turismo do Brasil e candidato ao Senado derrotado no primeiro turno e Anderson Ferreira (PL) ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes e candidato ao Governo de Pernambuco derrotado. 

Por volta das 11h45, o candidato saiu do Transamerica Hotel Recife para discursar para os apoiadores que esperavam em frente do hotel com um trio elétrico e ruas interditadas. Apesar da grande estrutura, o evento contou com cerca de 300 pessoas, algumas que chegaram às 7h da manhã para garantir seus lugares perto de onde o presidente discursaria, mas as ruas de Boa Viagem estavam esvaziadas enquanto Bolsonaro fazia sua fala de apenas sete minutos.  

Na tentativa de angariar votos na região após falas xenofóbicas, Bolsonaro iniciou o discurso relembrando a origem dos pais da sua atual esposa, Michelle Bolsonaro. "Para aqueles que falam que eu não gosto de nordestino, fiquem sabendo que a minha princesa, Dona Michelle, é filha de um 'cabra da peste' do Ceará. Sou apaixonado por uma nordestina. Na minha filha, em suas veias, corre sangue de 'cabra da peste'. 

Mesmo após escândalos de corrupção no MEC, Orçamento Secreto e com a compra de 51 imóveis com dinheiro vivo, Bolsonaro segue afirmando que não há corrupção no seu governo. "Nosso governo acabou com a corrupção. Não existe mais corrupção endêmica no governo", disse.  A fala encerrou com gritos de "mito". 

Promessas  

Olhando para a praia de Boa Viagem, o presidente afirmou que foram expedidas “nessa semana duas portarias regulamentando a construção de eólicas com a força do Nordeste. Ou seja, o Nordeste em pouco tempo passará a exportar energia verde para o mundo todo”. Há 22 anos, seis estados da região já fazem exportação líquida de energia, de acordo com o Ministério de Minas e Energia e pela Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético (SPE).

O presidenciável também disse que o Auxílio Brasil "veio pra ficar". "Eles estão com ciúmes porque pagavam o Bolsa Família com importância irrisória para o povo brasileiro. hoje ele vale R$ 600,00 reais e valerá para todos e para sempre. Não temos demagogia, temos políticas concretas". O Auxílio Brasil, feito na intenção de substituir o Bolsa Família, não tem pagamento assegurado em 2023 porque a lei que regulamenta o benefício aponta que os R$ 600,00 serão pagos só em 2022. 

Além disso, a própria proposta do Orçamento de 2023 enviada pelo governo Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional não inclui previsão de aumento para o Auxílio Brasil. O valor médio incluído no texto é de R$ 405 – abaixo dos R$ 600 pagos atualmente. 

Mulheres Com Bolsonaro

 A agenda de campanha de Bolsonaro continua neste fim de semana em Pernambuco. Michelle Bolsonaro e Damares Alves, senadora eleita pelo DF e ex-Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos já tem presença confirmada na capital recifense no próximo sábado (15) no ato "Mulheres com Bolsonaro" na quadra do Colégio Agnes, nas Graças, a partir das 13h. De acordo com os organizadores, o evento deve propagandear os feitos da gestão Bolsonaro para as mulheres. 

Cade abre investigação contra institutos de pesquisa por erros no primeiro turno das eleições

 Houve determinação para uma investigação paralela especificamente contra Ipec, Ipespe e Datafolha

(Foto: ABr)


SÃO PAULO (Reuters) - O presidente do Conselho Administrativo de  Defesa Econômica (Cade) determinou nesta quinta-feira que a  Superintendência-Geral da autarquia investigue os institutos de pesquisa  por suposta ação coordenada no primeiro turno das eleições, diante da  diferença entre o cenário das pesquisas e o resultado efetivo do pleito.

A  investigação foi determinada por Alexandre Cordeiro Macedo através de  ofício ao superintendente-geral do Cade, Alexandre Barreto e Souza. Além disso, houve determinação para uma investigação paralela especificamente contra Ipec, Ipespe e Datafolha.

Grande parte dos  institutos de pesquisas apontavam uma vantagem maior do ex-presidente  Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra o presidente Jair Bolsonaro (PL),  que tenta releição, do que a vista nas eleições. Alguns, inclusive, mostravam possibilidade de vitória do petista sem necessidade de um  segundo turno.

Desde as eleições em primeiro turno, com vantagem  de Lula de cerca de 5 pontos percentuais, Bolsonaro criticou os  institutos e os acusou de interferirem na democracia. Além disso,  aliados do presidente decidiram fazer uma ofensiva no Congresso e no  Tribunal Superior Eleitoral contra as empresas, enquanto uma  investigação da Policia Federal chegou a ser anunciada pelo ministro da  Justiça, Anderson Torres.

Ipec e Datafolha não comentaram  imediatamente. Representantes do Ipespe não foram encontrados para comentários. O Cade disse que não comenta casos em andamento. 

No  ofício, Macedo cita notícias de jornais que apontam divergências, para  além das margens de erro, nas pontuações em relação a alguns dos  candidatos, tendo mencionado especificamente a corrida presidencial.

"A  discrepância das pesquisas e do resultado é tão grande que verificam-se  indícios de que os erros não sejam casuísticos e sim intencionais por  meio de uma ação orquestrada dos institutos de pesquisa na forma de  cartel para manipular em conjunto o mercado e, em última instância, as  eleições", escreveu ele no ofício. 

O documento destaca que a  divergência ocorreu no percentual de votos para Lula e, "em maior  intensidade", nas intenções de votos a Bolsonaro.

Macedo trouxe  cálculos de probabilidade para sustentar a abertura de investigação,  apontando que "quando há uma grande quantidade de pesquisas que falham  simultaneamente e no mesmo sentido, é pouco provável que este tipo de  erro seja fruto de mero acaso (como a existência da coleta de um valor  extremo amostral)".

No meio da tarde, o ofício foi retirado do  sistema de consulta pública do Cade, mas a assessoria de imprensa do  órgão disse que a abertura de inquérito não foi cancelada. "O documento  foi retirado para ajuste de cores e estará disponível em breve."

IPESPE, DATAFOLHA E IPEC

Além  do inquérito contra os institutos de pesquisa em geral, Macedo  determinou uma investigação em específico contra Ipespe, Ipec e  Datafolha.

"Para piorar, o fato mais estranho e o que  verdadeiramente chama a atenção da autoridade antitruste é que não  bastasse os improváveis resultados errôneos apresentados  individualmente, não bastasse também os erros coletivos na mesma  direção, três institutos de pesquisa, Ipec, Datafolha e Ipespe,  apresentaram resultados idênticos quanto à diferença entre os  candidatos, 14 pontos percentuais", escreveu. 

Institutos de  pesquisa já vinham afirmando antes da votação que os levantamentos não  poderiam ser encarados como prognósticos, mas fotografias do momento.  Também apontavam diferenças metodológicas e a ausência de dados oficiais  atualizados sobre a população, necessários para o desenho da amostragem  de entrevistas.

Outro fator levantado por especialistas da área  diz respeito a possível boicote de entrevistados, principalmente da  parte de eleitores do presidente. A abstenção também foi apontada como  variável que pode ter influenciado e resultado na discrepância entre  pesquisas e o resultado oficial.

No ofício, Macedo ainda disse que  os fatos supostamente ilícitos, se comprovados, configuram crime contra  a ordem econômica, "devendo o Ministério Público Federal tomar  conhecimento deste despacho e da investigação a ser aberta para que,  caso entenda conveniente, adotar as medidas cabíveis para a persecução  penal".

Prefeitura licita nesta sexta obras do Hospital de Apucarana

 


A Prefeitura de Apucarana abre nesta sexta-feira (14/10), em sessão pública de licitação agendada para as 9 horas, no salão nobre do prédio central, as propostas de empresas de arquitetura ou engenharia interessadas na execução das obras de estruturação do Hospital de Apucarana. Aberto ao público, o processo também poderá ser acompanhado em tempo real pela internet, através da rede social “YouTube” no canal “Licitação Apucarana”.

O objeto licitado, através de concorrência pública de abrangência nacional, envolve reforma e ampliação do prédio onde até meses atrás funcionou a Autarquia Municipal de Saúde (AMS) e que no passado já foi um hospital (São José), localizado na Rua Miguel Simião, nº 69. Ao comentar a expectativa sobre a definição do certame, o prefeito Júnior da Femac pontuou que trata-se da maior licitação da história de Apucarana no que se refere a valor financeiro, tendo a execução da obra orçada em até R$19.193.803,98. “Um projeto de grande magnitude e importância histórica para Apucarana, que contempla uma estrutura moderna para atender as necessidades da cidade no setor da saúde hospitalar, com prestação de atendimento em todas as especialidades, além de uma ala exclusiva para crianças, com funcionamento 24 horas, que será o Pronto Atendimento Infantil (PAI) projetado para o térreo”, detalhou o prefeito Júnior da Femac.

O superintendente de Compras e Licitações da Secretaria Municipal de Gestão Pública, Alexandre Possebom, salienta que o edital de licitação teve ampla divulgação, conforme estabelece lei federal. “Nos últimos dias nosso departamento foi bastante acionado por empresas interessadas no edital. Em certames como estes, que envolvem grandes obras, as concorrentes costumam protocolar suas propostas próximo ao prazo final”, disse Possebom. Segundo ele, os envelopes podem ser entregues à comissão de licitação até o início da sessão. Uma vez homologada, a empreiteira vencedora terá 15 meses (450 dias) para executar o projeto a partir da assinatura da ordem de serviço.

A obra – A área construída do Hospital de Apucarana será de 4.062,88 m², sendo 2.616,90 m² de área de reforma e 1.445,98 m² de área de ampliação. O projeto prevê 40 leitos clínicos, um centro cirúrgico, com duas salas de cirurgia, 12 ambulatórios, refeitório para os funcionários e instalações apropriadas para atender a população. A unidade hospitalar terá ainda duas salas de cirurgias dermatológicas. Uma área do andar térreo será destinada ao Pronto Atendimento Infantil (PAI), com entrada própria, 6 leitos de observação, sala de espera e atendimento 24 horas.

Damares admite que mentiu sobre estupro de crianças no Pará: 'são conversas que tenho com o povo na rua'

 Em culto evangélico, ex-ministra afirmou que o governo Bolsonaro teria registros de crianças que “têm seus dentes arrancados para não morderem no sexo oral”

Damares Alves (Foto: Júlio Nascimento/PR)


247 - A ex-ministra e senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF) admitiu nesta quinta-feira (13), em entrevista à Rádio Bandeirantes, que mentiu ao dizer que o governo Jair Bolsonaro (PL) teria recebido registros de crianças vítimas de estupro na Ilha de Marajó, no Pará.

No domingo (9), em um culto evangélico, ela falou da existência de uma suposta rede de tráfico e crimes sexuais contra crianças paraenses. "Nós temos imagens de crianças de 4 anos, 3 anos que, quando cruzam as fronteiras, tem seus dentes arrancados para não morderem na hora do sexo oral”.

Agora, Damares admite que sua declaração tem como base "conversas com o povo na rua". "O que eu falo no meu vídeo são as conversas que eu tenho com o povo na rua. Eu não tenho acesso, os dados são sigilosos, mas nenhuma denúncia que chegou na ouvidoria [do ministério] deixou de ser encaminhada".




Damares apresenta documentos mas não consegue comprovar existência de rede de tráfico infantil e crimes sexuais no Pará

 No domingo (9), a ex-ministra afirmou que o governo Bolsonaro tem registros de crianças que “têm seus dentes arrancados para não morderem no sexo oral”

Damares Alves (Foto: Reprodução)


247 - Documentos apresentados pela ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves (Republicanos) para garantir a veracidade de denúncias que fez sobre violência sexual cometidas contra crianças da Ilha de Marajó, no Pará, não comprovam o que foi dito pela senadora eleita pelo Distrito Federal durante um culto no último domingo (9), em uma igreja evangélica. 

De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a assessoria de Damares apresentou  três relatórios, sendo dois de CPIs de 2010. O jornal analisou o documento de 2.093 páginas e não encontrou os fatos que ela diz terem ocorrido na localidade paraense.

 Do púlpito da igreja Assembleia de Deus, no Pará, Damares disse que teria recebido informações sobre crianças vítimas de tráfico humano. "Nós temos imagens de crianças de 4 anos, 3 anos que, quando cruzam as fronteiras, tem seus dentes arrancados para não morderem na hora do sexo oral”.

“A assessoria da ex-ministra enviou ao Estadão relatórios da CPI da Pedofilia, de 2010, com 1.696 páginas. Também foi apresentado como suposta prova para atestar a veracidade das palavras da senadora eleita relatório de uma CPI da Assembleia Legislativa do Pará, que foi criada em 2010 para apurar práticas de violência e abuso sexual contra crianças e adolescentes no Estado, inclusive na Ilha de Marajó. As 284 páginas deste relatório também não trazem nenhuma citação do que foi dito pela ex-ministra”, diz trecho da reportagem. 

Um terceiro documento apresentado por Damares também não deu conta de comprovar a denúncia: relatório da CPI dos maus-tratos, concluída em 2018 pelo Senado. Em suas 113 páginas, não aparece nenhuma referência aos episódios.