segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Com plateia cheia de crianças em culto, Damares diz que Brasil tem menores com dentes arrancados para sexo oral

 Senadora e empresária evangélica ainda citou sobre sexo anal com plateia repleta de menores

Damares Alves é eleita senadora pelo DF (Foto: Reprodução/Facebook)


247 - Senadora eleita pelo Distrito Federal e ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves (Republicanos) afirmou neste domigo (9) que o governo Bolsonaro teria resgatado crianças vítimas de tráfico humano para outros países. O crime teria sido registrado na Ilha de Marajó, no Pará, mas ela não apresentou imagens ou detalhes da suposta operação. 

Com a plateia cheia de crianças, ela disse: "Nós temos imagens de crianças de 4 anos, 3 anos que, quando cruzam as fronteiras, tem seus dentes arrancados para não morderem na hora do sexo oral. (...) Nós descobrimos que essas crianças comem comida pastosa para o intestino ficar livre para a hora do sexo anal". 

A deputada eleita Elika Takimoto apontou um crime na fala da empresária evangélica:  "Damares que é CONTRA educação sexual em escolas falou em um (aparente) culto que são arrancados dentes de crianças para elas fazerem sexo oral sem morder e que criança é obrigada a comer comida pastosa para fazer sexo anal. Tinha CRIANÇAS na plateia. Isso é crime, senadora!"


Bolsonaro manda Rodrigo Garcia pressionar TV Cultura para excluir Vera Magalhães de debate

 O ocupante do Palácio do Planalto não quer a jornalista na mediação do debate

Vera Magalhães e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Marcos Corrêa /PR)


247 - O comunicador Gustavo Conde informa pelo Twitter que a mando de Jair Bolsonaro (PL), o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), pressiona a TV Cultura para tirar Vera Magalhães da mediação do debate do próximo domingo (16).

Durante o primeiro debate eleitoral, realizado pela TV Bandeirantes, Bolsonaro atacou a jornalista: "Vera, não podia esperar outra coisa de você. Acho que você dorme pensando em mim. Você tem alguma paixão por mim. Você não pode tomar partido num debate como esse, fazer acusações mentirosas a meu respeito. Você é uma vergonha para o jornalismo”. 






TCU indica fraude de cartel do asfalto em licitações de mais de R$ 1 bilhão no governo Bolsonaro

 As fraudes ocorreram em licitações da Codevasf, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional. A construtora Engefort foi a principal beneficiada pelo esquema

Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação/Polícia Federal | Sinfra-MT | Clauber Cleber Caetano/PR)


247 - Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) identificou, no governo Jair Bolsonaro (PL), indícios da "ação de um cartel de empresas de pavimentação em fraudes a licitações da estatal Codevasf que somam mais de R$ 1 bilhão", informa a Folha de S. Paulo. A Codevasf é vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).

A investigação "constatou que um grupo de empresas agiu em conluio em licitações tanto na sede da Codevasf, em Brasília, como nas suas superintendências regionais, 'representando um risco à própria gestão' da empresa pública".

A construtora Engefort, de acordo com o levantamento do TCU, foi a principal beneficiada pelo esquema. Ela venceu editais - com indícios de fraude - que somam R$ 892,8 milhões.

"Mesmo admitindo a gravidade da situação, o ministro do TCU relator do caso, Jorge Oliveira, contrariou o parecer da área técnica do tribunal e não suspendeu o início de novas obras ligadas às licitações sob suspeita. Oliveira chegou ao TCU por indicação de Bolsonaro, de quem é amigo", destaca ainda a reportagem.



domingo, 9 de outubro de 2022

“Vamos para o debate aberto disputar os legados de Lula e Bolsonaro", diz Flávio Dino

 “Disputamos os legados e vamos fazer o embate de legados porque isso nos é amplamente favorável", afirmou o senador eleito pelo Maranhão, Flávio Dino (PSB)

Flávio Dino e o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - Em entrevista ao programa Giro das Onze, da TV 247, o senador eleito pelo Maranhão, Flávio Dino (PSB), analisou o primeiro turno das eleições e apontou as perspectivas do segundo turno. Para ele, “é preciso fazer pequenos ajustes na campanha” do ex-presidente Lula (PT) para garantir a vitória.

“O resultado [do primeiro turno] é muito bom, temos 5% à frente e vamos ganhar a eleição. As nossas ideias têm que aderir mais fortemente junto a classe trabalhadora e ao povão que nos empurrou para vitórias, não só no Nordeste, mas no país todo”, argumentou.

“Disputamos os legados e vamos fazer o embate de legados porque isso nos é amplamente favorável. Num debate nítido, sem laranja, sem fraude, sem artimanha, num debate frente a frente, vamos falar de futuro”, destacou Dino se referindo ao Padre Kelmon (PTB), que no último debate presidencial foi auxiliar de Bolsonaro nos ataques contra Lula para interditar o debate. 

O senador eleito reforça que é preciso “falar do legado e do futuro com mais nitidez”. 

“Temos que fortalecer o papel das instituições que cumpriram um papel determinante, sobretudo a justiça eleitoral. Mas não só, para que a gente tenha o máximo o quanto possível uma eleição nos trilhos da legalidade. Isso envolve inclusive esse derrame de dinheiro ilícito que tem circulado no mundo da política. E esse é um desafio sobretudo jurídico. Mas o mais importante é como imprimir a emoção, o entusiasmo,o vigor cívico, patriotico com o máximo de amplitude”, disse.

Questionado sobre como tratar a pauta de costumes, Flávio Dino defende que a campanha faça a abordagem, mas não como o centro do debate.

“Temos que abordar, não com primazia, mas tem que abordar porque essa é uma agenda concreta do povo. Não adianta ter uma postura aristocrática e elitista de achar que a agenda dos outros não importa. Claro que a nossa agenda principal já está definida: combate a desigualdade social, justiça social, distribuição de renda, desenvolvimento nacional, soberania nacional, investimento público. Essa é a nossa agenda, esse é o núcleo. Agora, não podemos ignorar que uma parte da sociedade escolhe o seu voto a partir de outras agendas. Então, temos sim que tratar isso”, sustentou.

Sobre o perfil do Congresso, em 2023, Flávio Dino destacou que “o peso do dinheiro na eleição”, por meio do orçamento secreto, assegurou a eleição de aliados bolsonaristas.

“O Congresso Nacional tem grande parte da sua composição definida pelo orçamento secreto. Inédito derrame de dinheiro do governo federal nunca antes visto, que determinou a formação de bancadas em partidos que hegemonizaram a condução da execução orçamentária dos últimos anos”, declarou.

João Amoedo, do Partido Novo, diz que Jair Bolsonaro pretende implantar ditadura no Brasil

 Segundo ele, o Brasil pode seguir o caminho da Venezuela e se transformar em uma autocracia

(Foto: ABr | CUT)


247 – "A proposta, de aliados do governo, de aumentar o número de ministros do STF é um risco grave para a independência dos Poderes. Bolsonaro, se reeleito, indicaria a maioria da Corte. Este foi um dos passos de Hugo Chávez para transformar a Venezuela em uma autocracia", postou João Amoedo, do Partido Novo, em suas redes sociais. Saiba mais em reportagem do Conjur:

Em entrevista à GloboNews, o vice-presidente e recém-eleito senador Hamilton Mourão (Republicanos) defendeu o aumento do número de ministros do Supremo Tribunal Federal.

"O STF tem invadido contumazmente atribuições dos outros poderes rasgando o que é o devido processo legal", afirmou. Ele questionou as decisões monocráticas e defendeu um mandato para ministros.

As declarações de Mourão estão alinhadas a do candidato à reeleição e segundo colocado nas pesquisas, Jair Bolsonaro (PL). O presidente afirmou que admite discutir a possibilidade de aumentar o número de ministros do Supremo depois das eleições. 

"Isso ai já chegou gente, apresentou, 'passa para mais cinco'. Não posso passar para mais cinco, se quiser passar tem que conversar com o Parlamento. Isso se discute depois das eleições. Essa proposta não é de hoje, há muito tempo outros presidentes pensaram em fazer isso daí", disse, em almoço com jornalistas no Palácio da Alvorada.

Crítico contumaz do Poder Judiciário, Bolsonaro teve durante a sua gestão uma relação belicosa com o Supremo Tribunal Federal e com o Tribunal Superior Eleitoral.

Essa tensão fez com que a base aliada do presidente retomasse a discussão em 2021 de uma Proposta de Emenda Constitucional que prevê aumentar de 11 para 15 o número de ministros do STF. O texto data de 2013 e é de autoria da deputada Luiza Erundina (Psol), mas não havia sido analisado pela Comissão de Constituição e Justiça.

Um dos exemplos de reforma de uma Suprema Corte por um presidente para aumentar seu poder de influência no Judiciário aconteceu na Venezuela em 2003. Na ocasião, o número de juízes do Tribunal Supremo de Justiça passou de 20 para 32. 

O modelo perdurou até abril deste ano quando a base aliada do presidente Nicolás Maduro aprovou uma polêmica reforma que reduziu novamente o número de ministros de 32 para 20. Na nova composição ficaram 12 dos que  já formavam parte do STJ e tiveram mandatos renovados pelos próximos 12 anos.


Autoritário, Globo diz que Lula precisa explicar o que entende por reindustrialização

 Jornal finge não saber que se trata de aumentar a produção industrial no Brasil e o valor agregado na economia nacional

Ex-presidente Lula visita fábrica em Diadema (Foto: Adonis Guerra/SMABC)


247 – O jornal O Globo, que defende a entrega do pré-sal e um modelo praticamente extrativista na economia nacional, adotou uma postura autoritária neste domingo e afirmou em editorial que o ex-presidente Lula precisa explicar o que entende por ‘reindustrialização’.

"Na visita que fez à Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) no início da campanha, o candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva falou o que a plateia queria ouvir: anunciou a 'reindustrialização' do país como uma das plataformas de seu governo. Como foi uma das raras ideias econômicas concretas que aventou ao longo de toda a campanha, torna-se essencial entender o que o líder nas pesquisas de opinião entende por isso", escreve o editorialista.

Como qualquer estudante de primeiro ano de economia sabe, reindustrializar significa ampliar a produção industrial em solo nacional, aumentar a complexidade econômica e o valor agregado dos produtos nacionais, gerando mais empregos e de melhor qualidade.

Lula condena mentiras de Bolsonaro e diz que ninguém pode governar seriamente a partir de fake news

 "Ninguém que ganhe a eleição mentindo conseguirá governar esse país com seriedade", afirmou

Lula (Foto: REUTERS/Carla Carniel)


BRASÍLIA (Reuters) – O ex-presidente e candidato ao Planalto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou neste sábado o volume de fake news de que é alvo e afirmou que não é possível para um governante tocar um país se a vitória eleitoral ocorrer a partir de mentiras.

Em entrevista coletiva em Campinas (SP), Lula afirmou que o departamento jurídico de sua campanha tem acionado a Justiça Eleitoral para "evitar ao máximo a sandice que nosso adversário faz". Lula disputa o segundo turno com o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).

"Ninguém que ganhe a eleição mentindo conseguirá governar esse país com seriedade. Você vira vítima da mentira que você contou. Você fica sofrendo por conta da tua irresponsabilidade", disse o ex-presidente, questionado se medidas tomadas pela Justiça Eleitoral e rede sociais têm sido suficientes para conter o aumento de fake news, muitas delas verbalizadas por seu adversário.

"Vamos acionar a Justiça cada vez mais", disse Lula, referindo-se às notícias falsas contra ele.

Na sexta-feira, a coligação do ex-presidente informou ter ingressado com pedido de providências ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que determine ao Twitter a retirada de publicações de fake news contra a candidatura do petista.

No pedido, a coligação argumenta que o Twitter não tem atuado da forma como se comprometeu quando assinou memorando de entendimento com a Justiça Eleitoral para o combate à propagação de notícias falsas. Aponta ainda que a plataforma tem os meios técnicos para identificar e mapear as contas propagadoras das fake news.

A peça jurídica lista, ainda, uma série de perfis que propagam fake news, como os de dos filhos de Bolsonaro, Carlos e Eduardo, da deputada Carla Zambelli (PL-SP), o ex-ministro do Meio Ambiente e deputado federal eleito Ricardo Salles (PL-SP), e o também deputado federal eleito Delegado Ramagem (PL-RJ), entre outros.

A propagação de fake news a partir de uma rede organizada também é investigada em inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF).

MURO DA LAMENTAÇÃO

Na entrevista a jornalistas deste sábado, Lula também acusou Bolsonaro de se utilizar da máquina pública para se reeleger e disse estar pronto, ao lado do vice em sua chapa, o ex-governador Geraldo Alckmin, para "tirar esse país do muro da lamentação em que está".

Questionado sobre o encontro com economistas na próxima semana, muitos deles idealizadores do Plano Real, o ex-presidente disse estar conversando com autoridades e personalidades que não votavam nele em disputas anteriores. Lula também deve se reunir nos próximos dias com lideranças no PSDB, partido com o qual rivalizou em eleições passadas. A legenda liberou o posicionamento dos diretórios sem indicar preferência pelo segundo turno.

Segundo ele, isso ocorre porque as pessoas identificariam em sua candidatura a "possibilidade de recuperar a democracia" do Brasil, apesar de eventuais discordâncias políticas, econômicas ou ideológicas. O petista relatou ainda que sua conversa, na véspera, com o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso foi "extraordinária". FHC declarou apoio a Lula na quarta-feira.

"Estamos recebendo apoio de todos aqueles que são democratas", disse Lula.

sábado, 8 de outubro de 2022

Datafolha 2º turno: Lula tem 53% dos votos válidos e Bolsonaro, 47%

 Nos votos totais, o ex-presidente conseguiu 49% e Jair Bolsonaro, 44%, de acordo com a nova pesquisa

Luiz Inácio Lula da Silva, do PT (à esq.) e Jair Bolsonaro (PL) (Foto: Ricardo Stuckert | REUTERS/Adriano Machado)

247 - A pesquisa Datafolha, divulgada nesta sexta-feira (7) e encomendada tanto pela Globo e pela "Folha de S.Paulo", mostrou o candidato a presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 53% dos votos válidos, contra 47% de Jair Bolsonaro (PL).

Nos votos totais, o petista conseguiu 49% e o seu adversário, 44%. Foi o o primeiro levantamento do instituto feito após o primeiro turno. Brancos e nulos somaram 6% e não souberam ou não responderam, 2%.

Na simulação de segundo turno divulgada pelo Datafolha na véspera da votação do 1º turno da eleição presidencial, o petista aparecia com 54% das intenções de voto, e Bolsonaro, com 38%. 

No primeiro turno, Lula somou 48% dos votos válidos (57,2 milhões) no primeiro turno da eleição, contra 43% (51 milhões) de Bolsonaro.

Para a nova pesquisa foram entrevistados 2.884 eleitores, entre quarta-feira (5) e sexta-feira (7), em 170 cidades. A margem de erro foi de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-02012/2022.

Carcereiro de Lula tem 'nojo' de Bolsonaro e vai votar no ex-presidente

 "Diante da tragédia que estamos vivendo, eu declaro voto com todo vigor do meu peito", disse o agente federal Jorge Chastalo Filho

(Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters)

247 - Carcereiro de Lula (PT) na Superintendência da Polícia Federal em Curitibadurante os 580 dias da prisão ilegal do ex-presidente, o agente federal Jorge Chastalo Filho afirmou que vai votar no candidato petista contra Jair Bolsonaro (PL). 

"Diante da tragédia que estamos vivendo, eu declaro voto com todo vigor do meu peito", disse à coluna de Thiago Herdy, do Uol, o agente, ex-chefe do Núcleo de Operações da PF que hoje atua como adido da Polícia Federal em Lima, no Peru.

Presente em todas as fotos de presos pela operação Lava Jato, ficou conhecido como "Rodrigo Hilbert da PF", por conta de sua semelhança física com o ator global.

Sua função na PF o aproximou do ex-presidente, destacando sobre Lula que "a sensibilidade de sua preocupação com a pobreza, com a desigualdade social, com o bem-estar das pessoas, tudo isso se mostrou algo muito verdadeiro nele e foi algo que me marcou. Nunca o vi deprimido, na carceragem era um sujeito humilde e que sempre demonstrou gratidão e compaixão por quem estava ali com ele".

Chastalo afirma que "a gente precisa de um governo que seja competente, não importa se de esquerda ou de direita" e diz ter evitado se manifestar politicamente até aqui, por causa do seu envolvimento em temas sensíveis da política nacional.

No entanto, o agente afirma estar disposto a se "arriscar" e "arcar com as consequências disso" diante de sua indignação em relação à qualidade do atual governo "abominável".

"Diante deste absurdo que a gente tá vivendo, de ataque à democracia, essa falta de civilidade, de desamor gigante, do ódio estimulado entre as pessoas, tenho absoluto desprezo pelo governo que está aí. Como disse um dia Ulisses Guimarães, 'tenho nojo'. Então me sinto moralmente obrigado a me manifestar", justifica.

Lula e Tebet discutem importância do agronegócio para atrair investimentos ao país

 Em entrevista coletiva, ex-presidente e senadora defendem produção sustentável e de baixo carbono para evitar que as portas do mercado europeu se fechem aos produtos nacionais

Simone Tebet e Lula (Foto: Ricardo Stuckert)


Lula - Em coletiva conjunta na tarde desta sexta-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a senadora Simone Tebet (MDB-MS) destacaram a importância do agronegócio e da convivência com o meio ambiente para sobrevivência do próprio segmento e para atração de investimentos ao país.

“O problema grave hoje é que o agronegócio pode ser vítima do próprio agronegócio se não tivermos empresários com a mentalidade de que o planeta está pedindo socorro. A questão do clima não é mais secundária, mas de sobrevivência da humanidade e produzir uma agricultura saudável e de baixo carbono é obrigação nossa”, destacou o ex-presidente. Lula lembrou o legado de seus governos com investimentos para diferentes nichos produtivos, financiamento de máquinas e equipamentos e securitização de dívidas que poderiam ter quebrado o setor, ressaltando a importância do agronegócio.

Consciência ambiental

A senadora Simone Tebet afirmou que é do agro e que está pronta para desmistificar o que chamou de “tese equivocada que só interessa ao atual presidente da República” de que agronegócio e meio ambiente são opostos, quando na realidade devem andar juntos.

“Sem esse desenvolvimento sustentável nós não temos chuva e temos perdas nas nossas safras. Nos últimos dois anos, do meu estado, Mato Grosso do Sul, até o Rio grande do Sul, tivemos uma perda, de algo em torno de produtividade de R$ 60 bilhões. Não foi o poder público que perdeu, foi o agronegócio que perdeu R$ 60 bilhões”, disse ela.

Segundo Tebet, o próprio agro começa a tomar consciência de que, se o Brasil não mudar e não focar na questão da sustentabilidade, da proteção da Amazônia e do desmatamento ilegal zero, o agronegócio vai ter portas fechadas na Europa e nos países para os quais o Brasil exporta.

Atração de investimentos

“Nós estamos no limite do prazo para poder cumprir o acordo de Paris e regras claras de rastreabilidade, de selo verde. Se não as nossas carnes, por exemplo, não vão ser aceitas nas gôndolas dos supermercados europeus. Nós temos essa consciência, o agro tem essa consciência e sabe que o presidente Lula, tem condições, através da sua equipe, voltar a abrir o olhar de quem está de fora, especialmente de recursos e investimentos estrangeiros no Brasil”, reconheceu a senadora.

De acordo com ela, há muita gente querendo investir no Brasil e, preservando a Amazônia, tendo em vista a importância do agronegócio, o dinheiro vem. Tebet disse estar disposta a ajudar nesse debate e disse não ter dúvida de que seja possível reverter o quadro de maioria do agro apoiando Bolsonaro. “Nós podemos reverter detalhando claramente o programa de governo do presidente Lula para o agronegócio”.

Arquidiocese de Belém nega convite a Bolsonaro para Círio de Nazaré

 “Não desejamos e nem permitimos qualquer utilização de caráter político ou partidário das atividades do Círio”, diz nota

Presidente Jair Bolsonaro 06/10/2022 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - A Arquidiocese de Belém (PA) informou em nota, na noite desta sexta-feira, 7, que não convidou Jair Bolsonaro (PL) para a participação no Círio de Nazaré, uma das maiores celebrações religiosas e populares do Brasil. O comunicado diz não permitir o uso do evento para fins políticos.

Nas redes sociais, Bolsonaro afirmou que participará neste sábado, 8, do evento religioso, o maior do Brasil e um dos maiores do mundo. 

“Comunicamos não ter havido nenhum convite da parte da Arquidiocese de Belém, nem da Diretoria da Festa de Nazaré, a qualquer autoridade, seja ao nível municipal, estadual ou federal. Entretanto, reconhecemos ser responsabilidade da Marinha do Brasil o acesso à referida embarcação”, diz trecho do comunicado da Arquidiocese.

"Temos o dever de observar a plena liberdade de qualquer cidadão ou cidadã de participar dos eventos do Círio de Nazaré. Todavia, não desejamos e nem permitimos qualquer utilização de caráter político ou partidário das atividades do Círio", acrescenta.

Nota da arquidiocese na íntegra

“O Círio de Nazaré é um evento da Igreja Católica, sob a responsabilidade da Arquidiocese de Belém, com todas as atividades que lhe são características.

Tomamos conhecimento da presença do senhor Presidente da República, Jair Bolsonaro, na Corveta da Marinha Garnier Sampaio durante a Romaria Fluvial. Comunicamos não ter havido nenhum convite da parte da Arquidiocese de Belém, nem da Diretoria da Festa de Nazaré, a qualquer autoridade, seja ao nível municipal, estadual ou federal. Entretanto, reconhecemos ser responsabilidade da Marinha do Brasil o acesso à referida embarcação.

Comunicamos ainda que cabe ao Arcebispo de Belém a condução da Imagem Peregrina em todas as etapas de embarque e desembarque do Garnier Sampaio.

Temos o dever de observar a plena liberdade de qualquer cidadão ou cidadã de participar dos eventos do Círio de Nazaré. Todavia, não desejamos e nem permitimos qualquer utilização de caráter político ou partidário das atividades do Círio.

Desejamos a todos os participantes um Feliz Círio a ser celebrado em clima de paz e serenidade."


Bolsonaro herda mais votos de Ciro do que Lula, diz Datafolha

 Bolsonaro é o candidato preferido de 42% dos eleitores de Ciro no segundo turno, enquanto Lula fica com 31%

Ciro Gomes, Lula e Jair Bolsonaro (Foto: abr | brasil247)

247 - A pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira, 8, mostrou que Jair Bolsonaro (PL) herdou mais votos de Ciro Gomes (PDT) do que o ex-presidente Lula (PT). O PDT, no entanto, declarou apoio formal ao candidato do PT. Mesmo assim, Bolsonaro é o candidato preferido de 42% dos eleitores de Ciro no segundo turno, enquanto Lula fica com 31%.

O resultado, apesar de parecer estranho, é resultado da campanha de ataques constantes que o candidato derrotado do PDT fez a Lula durante o primeiro turno.

Entre os eleitores da senadora Simone Tebet (MDB), que também declarou apoio a Lula, a situação é mais equilibrada: Lula ficaria com o voto de 31% dos eleitores, enquanto outros 29% migram para Bolsonaro.

No primeiro turno, Tebet obteve 4,9 milhões (4,2%) e Ciro com 3,6 milhões (3%).

O levantamento divulgado nesta sexta-feira aponta vitória do ex-presidente Lula (PT) com 53% dos votos válidos e contra 47% de Bolsonaro.

A pesquisa foi contratada pela TV Globo e pela Folha de S.Paulo, o instituto entrevistou 2.884 eleitores de quarta-feira até esta sexta-feira. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou menos e o número de registro no TSE é o BR-02012/2022.

Lula já tem fórmulas para substituir teto de gastos no próximo governo

 Ambas as propostas incluem alguma forma de controle do crescimento das despesas, mas permitem a adoção de medidas anticíclicas

(Foto: Reprodução)

SÃO PAULO (Reuters) - O PT analisa duas propostas principais de arcabouço fiscal para substituir o teto de gastos, com a mais cotada prevendo uma meta flexível para o resultado primário das contas públicas, mas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva só baterá o martelo sobre o modelo a ser adotado caso vença as eleições, disseram duas fontes ouvidas pela Reuters.

Ambas as propostas incluem alguma forma de controle do crescimento das despesas, mas permitem a adoção de medidas anticíclicas, para incentivar a economia no caso de desaceleração da atividade, e dão ao governo a liberdade de gastar mais quando houver recursos suficientes.

Uma das alternativas é a volta das metas de superávit primário como principal âncora fiscal do país, mas não com um valor fixo e sim com bandas que permitam ajustá-lo de acordo com os ciclos da economia. De acordo com uma das fontes, a intenção é dar mais liberdade ao governo para ajustar os investimentos públicos de acordo com as necessidades econômicas.

No modelo de resultado primário simples, o governo precisa cumprir aquele valor independentemente do estado da economia. Uma banda, nos moldes das metas de inflação, permitiria que o governo aumentasse a meta no caso de uma economia aquecida, mas a diminuísse no caso de desaceleração, abrindo espaço para mais investimentos.

"É uma medida que permite uma ação anticíclica, que as metas antigas não tinham. Se a economia estava bem, se mantinha bem, mas se desacelera, você não tem meios para o governo agir", diz uma das fontes.

Uma segunda proposta, que já havia sido discutida no programa de governo de Fernando Haddad para a disputa presidencial de 2018, prevê uma regra de reajuste do limite das despesas pelo IPCA e por um outro indicador, ainda não definido, mas que abriria espaço para um crescimento real das despesas.

A ideia é que o crescimento acima da inflação se desse principalmente nas despesas consideradas "nobres" --infraestrutura e gastos sociais-- evitando amarras, como acontece atualmente com o teto, que impedem o governo de investir mais mesmo tendo uma arrecadação maior do que previsto.

"Não faz sentido, em um país como o Brasil, você ter dinheiro em caixa e ser impedido de investir. A gente não está falando de custeio, mas de medidas que podem ajudar no crescimento do país", diz uma segunda fonte.

Não há, no entanto, qualquer definição sobre qual modelo será adotado. Isso porque a decisão, de acordo com as fontes ouvidas pela Reuters, caberá a Lula.

O ex-presidente tem uma aparente predileção pela manutenção de metas de superávit. Em conversa com empresários, e mesmo em entrevistas, costuma repetir que seu governo sempre cumpriu as metas fiscais. Mas admite que o modelo pode ser aperfeiçoado.

O mercado tende a ter preferência pela regra do teto por entender que ela garante maior sustentabilidade às contas no longo prazo e lida diretamente com a variável sobre a qual o governo tem mais controle, as despesas. O superávit primário também reflete a dinâmica da arrecadação, influenciada por vários fatores fora do alcance de Brasília.

Apesar de os governos petistas terem entregue contas superavitárias em boa parte dos anos, eles são criticados por economistas ortodoxos por terem promovido aumentos que consideram excessivos em despesas obrigatórias, como salários de servidores, criando gastos que teriam se mostrado insustentáveis com a desaceleração da economia.

A regra da meta para o primário também caiu em descrédito depois de o governo Dilma Rousseff ter sido acusado de inflar artificialmente o resultado com o adiamento de despesas obrigatórias.

As contas do governo central são deficitárias há oito anos. O governo Bolsonaro prevê que, em 2022, haverá um superávit primário, mas para o ano que vem a previsão é de novo déficit.

A equipe do programa de governo de Lula admite que não sabe o que esperar das contas públicas para o ano que vem, e isso pode influenciar o modelo a ser adotado caso Lula seja eleito.

"Tem que chegar lá e ver a situação real do país, que hoje a gente não sabe o tamanho da encrenca", admite um dos interlocutores de Lula.

sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Em 9 meses, Apucarana executou 132 obras

 


Em nove meses, de janeiro a setembro deste ano, a Prefeitura de Apucarana executou 132 obras públicas na cidade. Deste total, 101 obras estão concluídas e outras 31 em fase de conclusão. O balanço foi apresentado pelo prefeito Junior da Femac, em reunião com secretários das áreas envolvidas.

Entre as obras executadas estão várias das áreas de infraestrutura urbana, trânsito, educação, iluminação pública, saúde, turismo, esportes e lazer. “Trata-se de um pacote muito significativo de obras realizadas neste período pós-pandemia, para um município do nosso porte, sendo a maioria delas custeada com recursos próprios”, avalia o prefeito Junior da Femac.

Ele destaca o novo sistema de iluminação pública, com tecnologia LED, na BR-369, na entrada de Apucarana (Parque Industrial Norte), para quem vem de Londrina de Arapongas. “Investimos R$1,2 milhão para a instalação de defensas no canteiro central da rodovia, e mais R$2,5 milhões em materiais (postes, fiação, hastes e luminárias) e mão de obra de empresa especializada”, revela o prefeito. Junior enfatiza que o moderno sistema irá garantir melhor trafegabilidade e segurança para todos. “Planejamos estender o LED para todas as entradas da cidade”.

Outra obra que ele destaca é a pavimentação asfáltica da Vila Rural Nova Ucrânia, que era uma reivindicação antiga da comunidade e que agora foi atendida. Nas obras de drenagem e asfalto foram aplicados R$2,5 milhões, com 33 mil metros quadrados de pavimento. O bairro também ganhou luminárias de LED.

Ainda em relação à modernização da iluminação pública, o prefeito cita que foram atendidos 22 bairros e avenidas com luminárias de LED. Ele aponta como exemplo o Núcleo João Paulo, que recebeu centenas de luminárias de LED.

Na educação foram executadas 32 obras, tendo como destaque a Escola Braga Côrtes, que está recebendo uma ampla reforma (1.700m²) e ampliação (650m²), em fase de acabamento, com investimento de R$1,2 milhão. Também foi iniciada outra grande obra, na Escola Juiz Luiz Fernando de Araújo Pereira, no Dom Romeu, com ampliação de 600m², com investimento de R$2,2 milhões.

Na saúde foram executadas oito obras, com destaque para a nova Unidade Básica de Saúde do Núcleo Adriano Correia. No trânsito foram implantadas novas faixas elevadas e rotatórias, com destaque para a da Barra Funda, junto à Igreja Cristo Profeta.

No esporte, foram reformadas a pista de skate do Lagoão, e a cancha de bocha do Parque Biguaçu, entre outras obras. No lazer, vários bairros receberam novos parquinhos para as crianças, em madeira plástica. A Estrada Bela (Contorno Norte-Barreiro) ganhou um pórtico e está sendo arborizada.

O recape asfáltico sobre vias com paralelepípedos alcançou diversos bairros, incluindo o “Igrejinha”. Mais uma região populosa de Apucarana foi contemplada com uma capela mortuária. A obra foi entregue em setembro, no Jardim Colonial.

Para um futuro próximo, a prefeitura já tem encaminhada uma das obras de maior relevância dos últimos anos na cidade: o Hospital de Apucarana. A obra terá seu processo de licitação concluído nos próximos dias. Outra obra que está em fase de licitação é a rotatória do Núcleo João Paulo, que visa ordenar o trânsito e melhorar o fluxo viário.

“Para definir nossos projetos e obras, o planejamento tem sido constante. Da mesma forma, o diálogo tem sido contínuo com lideranças comunitárias, Igreja Católica, Conselho de Pastores, Associação Comercial e Industrial de Apucarana, sindicatos patronais e de trabalhadores, além da Câmara de Vereadores, de onde saem boas idéias, projetos e parcerias”, ressalta o prefeito.

Junior faz questão de prestar agradecimentos à sua equipe de secretários, superintendentes e todos os servidores públicos. “Somente com o apoio e participação de toda a equipe são viabilizadas todas as ações administrativas”, conclui o prefeito.

APUCARANA: Acadêmicos participam de aulas presenciais no Polo da UAB


 A Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro) voltou a realizar, neste ano, encontros presenciais entre professores e acadêmicos dos seus cursos de Educação a Distância. Devido à pandemia de Covid-19, as atividades presenciais estavam suspensas desde 2020. Os estudantes da Licenciatura em Letras Português, por exemplo, reuniram-se em quatro momentos no Polo da UAB de Apucarana.

O prefeito Junior da Femac destaca que os encontros são importantes para que os acadêmicos possam interagir, trocar ideias, discutir o conteúdo e esclarecer suas dúvidas. “A Unicentro oferta cursos de graduação e especialização por meio do nosso Polo da UAB desde 2008. Inúmeros profissionais já foram formados e estão atuando no mercado de trabalho. Eu agradeço ao reitor Fábio Hernandes pela parceria e parabenizo à coordenadora do Departamento de Letras, Cláudia Maris Túlio, assim como aos professores e tutores, pelo empenho no sentido de garantir um ensino superior da máxima qualidade à população de Apucarana,” disse.

“Os encontros presenciais também contribuem para que os estudantes criem um vínculo maior com a universidade e mantenham a motivação em relação aos seus estudos. Afinal, os cursos a distância exigem muita organização, disciplina e protagonismo por parte deles,” acrescentou a secretária municipal de educação, Marli Fernandes.

A professora Sandra Maria da Silva Marques Mendes ministrou a primeira aula presencial aos estudantes, da disciplina de Língua Portuguesa II, no mês de maio, no Polo da UAB de Apucarana. Já o segundo encontro foi com a professora Célia Bassuma, em julho, quando foram discutidos os conteúdos de Linguística I. A terceira aula, por sua vez, ocorreu em agosto com a participação da  professora Raquel Terezinha Rodrigues, da matéria de Literatura Portuguesa I. No dia 24 de setembro, último encontro do ano, a professora Maristela Scremin Valério ainda conduziu o debate sobre as disciplinas de Teoria Literária e Tópicos Especiais de Estudos Literários.

“Para 2023, além das aulas presenciais, a universidade ainda pretende formar grupos de estudos entre os acadêmicos da Licenciatura em Letras Português com o intuito de fortalecer ainda mais o laço entre eles,” adiantou a coordenadora do Polo da UAB, Sueli Gomes Rêis Gonçalves.

Os estudantes avaliam como positivos os momentos presenciais. “Esta é a primeira vez que faço um curso de graduação a distância e confesso que, no início, fiquei receosa de não conseguir dar conta das muitas leituras e atividades propostas. Mas, tanto a Unicentro como o Polo da UAB têm dado todo o suporte que eu necessito na caminhada. Muito obrigada principalmente às tutoras Claudia Pontara e Daniele Bandeira pelo carinho e disponibilidade que sempre me atendem,” disse a acadêmica Mônica Patrícia Costa.