segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Com 99 deputados, PL de Bolsonaro elege maior bancada na Câmara dos últimos 24 anos

 O PL não conseguiu superar o antigo PFL, que na reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1998, elegeu 106 parlamentares

Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Suamy Beydoun)


247 - O PL de Jair Bolsonaro elegeu a maior bancada na Câmara dos Deputados nos últimos 24 anos, ao ganhar novos 23 deputados na eleição deste domingo, 2, e chegar a 99 deputados

O PL não conseguiu superar o antigo PFL (DEM, hoje parte União Brasil), que na reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1998, elegeu 106 parlamentares.

Os resultados também consolidam o PL, de Bolsonaro, como o partido com a maior bancada do Senado, com 14 cadeiras a partir de 2023 – cinco a mais que a última formação.

"Vou ganhar as eleições para recuperar o direito do povo de ser feliz. Vamos em frente", diz Lula no dia seguinte à eleição

 Ex-presidente teve seu melhor desempenho para um primeiro turno neste domingo

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)


247 - O ex-presidente Lula (PT) se manifestou na manhã desta segunda-feira (3) pelo Twitter, no dia seguinte à eleição que definiu um segundo turno entre ele e Jair Bolsonaro (PL), a ser realizado em 30 de outubro.

"A esperança do povo brasileiro me deixa muito emocionado. É por isso que digo para vocês que vou ganhar as eleições, para recuperar o direito do povo de ser feliz. O povo brasileiro precisa, merece e tem o direito de ser respeitado outra vez. Vamos em frente, bom dia!", escreveu.

Com 99,99% das urnas apuradas, Lula recebeu 48,43% dos votos e Bolsonaro 43,20%.

De olho no segundo turno, PT vai intensificar diálogo com MDB e Simone Tebet

 Ideia é sinalizar ao partido que Tebet pode até mesmo assumir o comando de um ministério no eventual novo governo petista

Lula e Simone Tebet (Foto: Ricardo Stuckert | Reprodução/Facebook)

247 - Definido o segundo turno entre o ex-presidente Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), o PT pretende intensificar seu diálogo com o MDB e a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que representou o partido na primeira etapa do pleito.

Segundo Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, a ideia é deixar claro que o MDB integrará o governo, podendo inclusive Simone Tebet assumir o comando de algum ministério.

A ideia já havia sido ventilada durante a campanha, mas foi deixada de lado diante do crescimento de Simone nas pesquisas. "Ela chegou a dizer que ninguém no PT seria 'louco' de abordá-la para falar sobre o assunto", lembra a reportagem.

Com mais de 57 milhões de votos, Lula registra o melhor desempenho da história para um 1º turno

 O ex-presidente Lula também registrou o seu melhor desempenho para um primeiro turno em São Paulo, com 47,5% dos votos na capital

Lula, campanha eleitoral 2022 (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - A votação obtida neste domingo (2) pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com mais de 57 milhões de votos, foi a maior já registrada por um candidato no primeiro turno da eleição presidencial. Em São Paulo, o petista registrou 47,5% dos votos do eleitorado da capital paulista. O resultado também foi o melhor desempenho de Lula no município desde o pleito de 1989. 

Em comparação com 2018, quando o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) disputou a eleição presidencial, Lula registrou mais de 25 milhões de votos para o Partido dos Trabalhadores. Na época, Haddad - que atualmente disputa o governo de São Paulo - obteve cerca de 31,3 milhões de votos. 

Até o domingo, o melhor resultado de Lula em um primeiro turno na capital paulista havia sido em 2002, quando ele registrou 42% dos votos válidos e José Serra (PSDB) ficou com 30,7%.

Nesta eleição, Jair Bolsonaro (PL) teve mais de 51 milhões de votos, 1,3 milhão a mais que em 2018, quando registrou 49,3 milhões de votos a seu favor. O resultado é o segundo melhor da história para um primeiro turno. 

Assembleia Legislativa tem renovação de 46%. Veja a lista dos 54 deputados estaduais eleitos no Paraná


Mudança foi menor que a registrada em 2018, quando índice foi de 59%

Alexandre Curi (PSD): o mais votado. Foto: Franklin de Freitas


A Assembleia Legislativa terá uma renovação de 46% a partir do próximo ano. Das 54 vagas, 25 serão ocupadas por novos parlamentares e 29 por deputados que foram reeleitos ontem. A mudança foi menor que a registrada na eleição de 2018, quando 32 novos nomes foram eleitos (renovação de 59%).
Dos 25 parlamentares que assumirão em 2023, dois já estiveram na Alep: Ney Leprevost (União Brasil), que foi eleito deputado federal em 2018, e Hussein Bakri (PSD), que ficou na suplência nas últimas eleições e chegou a assumir o mandato.

Entre os novos deputados estarão a ex-secretária de Saúde Curitiba, Márcia Huçulak (PSD), o delegado Tito Barichello (União Brasil) e os vereadores Renato Freitas (PT), Flávia Francischini (União Brasil) e Denian Couto (Podemos). Ana Júlia (PT), que era suplente de Freitas na Câmara (ele teve o mandato cassado, mas a cassação foi suspensa pela Justiça) também foi eleita. Flávia Francischini é mulher do ex-deputado Fernando Francischini, que teve o mandato cassado por divulgar informações falsas sobre as urnas eletrônicas.

Os vereadores eleitos para outros cargos continuarão desempenhando seus mandatos na Câmara de Curitiba até serem empossados na Alep e na Câmara Federal. Para os seus lugares no Legislativo da capital do Paraná serão chamados os suplentes dos partidos pelos quais eles foram eleitos, seguindo a ordem divulgada pela Justiça Eleitoral.

Cinco deputados estaduais não tentaram a reeleição neste ano: Paulo Litro (PSD), Galo (PP), Rodrigo Estacho (PSD), Tião Medeiros (PP) e Tadeu Veneri (PT) concorreram para deputado federal. Outros 24 não conseguiram se reeleger. O deputado mais votado foi Alexandre Curi (PSD), com 236.926 votos.

PLENÁRIO

Veja abaixo a lista de eleitos:

Alexandre Curi (PSD) – 236.926
Marcio Nunes (PSD) – 126.006
Professor Lemos (PT) – 119.915
Traiano (PSD) – 116.810
Tiago Amaral (PSD) – 112.731
Romanelli (PSD) – 101.175
Hussein Bakri (PSD) – 97.681
Requião Filho (PT) – 85.674
Arilson Chiorato (PT) – 76.787
Ney Leprevost (UNIÃO) – 76.526
Márcia Huçulak (PSD) – 75.659
Marcel Micheletto (PL) – 73.655
Mabel Canto (PSDB) – 70.215
Ricardo Arruda (PL) – 68.731
Artagão Júnior (PSD) – 65.195
Cobra Repórter (PSD) – 60.729
Tito Barichello (UNIÃO) – 58.766
Luiz Fernando Guerra (UNIÃO) – 58.393
Renato Freitas (PT) – 57.880
Jacovos (PL) – 57.587
Paulo Gomes da TV (PP) – 55.301
Gilson de Souza (PL) – 54.974
Do Carmo (UNI O) – 53.229
Maria Victoria (PP) – 52.817
Alexandre Amaro (REPU) – 52.193
Ana Júlia (PT) – 51.845
Gilberto Ribeiro (PL) – 51.749
Thiago Bührer (UNIÃO) – 50.948
Anibelli Neto (MDB) – 49.545
Batatinha (MDB) – 47.310
Luciana Rafagnin (PT) – 46.823
Goura (PDT) – 46.227
Cantora Mara Lima (REPU) – 46.009
Cristina Silvestri (PSDB) – 45.202
Gugu Bueno (PSD) – 44.852
Mauro Moraes (UNIÃO) – 44.126
Douglas Fabricio (CIDA) – 43.428
Marcelo Rangel (PSD) – 42.002
Flavia Francischini (UNIÃO) – 41.757
Moacyr Fadel (PSD) – 41.588
Marli Paulino (SD) – 41.262
Alisson Wandscheer (PROS) – 41.052
Adao Fernandes Litro (PSD) – 38.020
Tercilio Turini (PSD) – 37.704
Marcio Pacheco (REPU) – 36.423
Dr. Antenor (PT) – 36.387
Soldado Adriano José (PP) – 36.209
Evandro Araujo (PSD) – 35.432
Fabio Oliveira (PODE) – 34.640
Denian Couto (PODE) – 30.071
Matheus Vermelho (PP) – 29.484
Samuel Dantas (PROS) – 29.322
César Mello (PP) – 28.481
Luis Corti (PSB) – 26.884


Fonte: Bem Paraná

Bancada do Paraná terá 12 novos deputados federais. Veja a lista dos 30 eleitos

 

Deltan Dallagnol (Podemos): o mais votado. Crédito: Franklin de Freitas

bancada paranaense na Câmara dos Deputados terá 12 novos parlamentares a partir de 2023. Dois deles, Dilceu Sperafico (PP) e Nelson Padovani (União), já foram deputados e voltarão à Casa. A renovação é de 40%. O mais votado foi o ex-procurador de Justiça Deltan Dallagnol (Podemos), eleito com 344.917 votos.

Entre os novatos estarão o delegado Matheus Laiola (União Brasil), a vereadora de Curitiba Carol Dartora (PT), o ex-secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto (PSD) e os deputados estaduais Tadeu Veneri (PT) e Paulo Litro (PSD).

Nomes como o do ex-prefeito de Curitiba Gustavo Fruet (PDT), Rubens Bueno (Cidadania) e Hermes Parcianello (MDB) não conseguiram se reeleger. Já o deputado eleito Jocelito Canto (PSDB), ex-deputado estadual e ex-prefeito de Ponta Grossa, está com a candidatura sub judice. Aline Sleutjes (PROS) e Paulo Martins (PL) disputaram uma vaga no Senado neste ano e deixam a Câmara no ano que vem. Ney Leprevost (União Brasil) foi eleito deputado estadual ontem e também não volta à Câmara. Valdir Rossoni (PSDB) e Osmar Serraglio (MDB) não concorreram neste ano.

Deputado mais votado, Deltan Dallagnol comemorou sua votação. “O primeiro e maior mérito da minha eleição é de Deus que me deu condições de chegar até aqui com uma votação maior do que eu poderia imaginar e o segundo é do povo paranaense”. Na eleição de 2018, a renovação foi de 50%: 15 novos deputados foram eleitos.

Os deputados federais eleitos no Paraná:

Deltan Dallagnol (Podemos) – 344.917

Gleisi (PT) – 261.242

Filipe Barros (PL) – 249.507

Beto Preto (PSD) – 206.885

Sandro Alex (PSD) – 168.157

Filipe Francischini (União) – 164.334

Sargento Fahur (PSD) – 161.499

Giacobo (PL) – 152.342

Delegado Matheus Laiola (União) – 132.758

Carol Dartora (PT) – 130.654

Zeca Dirceu (PT) – 123.033

Tião Medeiros (PP) – 109.344

Pedro Lupion (PP) – 109.043

Ricardo Barros (PP) – 107.022

Sérgio Souza (MDB) – 105.661

Luciano Ducci (PSB) – 95.521

Ênio Verri (PT) – 95.171

Aliel Machado (PV) – 94.839

Tadeu Veneri (PT) – 84.758

Paulo Litro (PSD) – 82.706

Leandre (PSD) – 80.359

Luísa Canziani (PSD) – 74.643

Jocelito Canto* (PSDB) – 74.348

Toninho Wandscheer (Pros) – 74.262

Luiz Nishimori (PSD) – 73.202

Geraldo Mendes (União) – 71.980

Vermelho (PL) – 70.790

Diego Garcia (Republicanos) – 65.416

Dilceu Sperafico (PP) – 61.689

Padovani (União) – 57.185

*Jocelito Canto (PSDB) está sub júdice no TSE

Fonte: Bem Paraná

domingo, 2 de outubro de 2022

PR: Governador Ratinho Júnior é reeleito no primeiro turno

 Na corrida para o Senado no estado, o ex-juiz suspeito Sergio Moro (União) aparece na frente, com 34,59% dos votos




247 - O governador Ratinho Júnior tem 69,90% dos votos no Paraná e está reeleito em primeiro turno, mostra o cenário das 19h20 (de Brasília), com 65,34% das urnas apuradas. O segundo colocado, Requião (PT) tem 25,73%.

Senado

Na corrida para o Senado no estado, o ex-juiz suspeito Sergio Moro (União) aparece na frente, com 34,59% dos votos. Em segundo lugar está Paulo Martins (PL), com 28,92% e Álvaro Dias (Podemos) ocupa o terceiro lugar, com 23,30% dos votos.

Presidência

O cenário da disputa pela presidência da República no PR tem Jair Bolsonaro (PL) com 55,66% dos votos e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 35,22%.


Ao votar, Alexandre de Moraes apela por comparecimento do povo às urnas

 De acordo com o presidente do TSE, tudo corre com absoluta tranquilidade

Alexandre de Moraes (Foto: Reprodução/TV Globo)


247 - O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, votou em São Paulo por volta de 9h deste domingo (2).

Em seguida, o ministro do Supremo se desloca a Brasília onde vai acompanhar a apuração. 

De acordo com Moraes, tudo corre com absoluta tranquilidade. "Nós temos certeza que no final do dia teremos os resultados com tranquilidade e eu peço ao eleitor que compareça, vote e volte pra casa, vá almoçar e aproveite o domingo", disse após votar em SP.

Ao votar, Bolsonaro insinua que eleições podem não ser limpas

 "Que vença o melhor, se as eleições forem limpas, sem problema", afirmou

(Foto: Reprodução/TV Globo)


247 - Jair Bolsonaro votou na manhã deste domingo (2), em zona eleitoral dentro da Vila Militar. Ao chegar na seção, às 8h50, ele afirmou que "o que vale é o Datapovo".

O ocupante do Palácio do Planalto voltou a pôr em dúvida a lisura do pleito. "O que importa é o Datapovo, se forem eleições limpas, sem problema, que vença o melhor", disse.

A agenda oficial de Bolsonaro não foi divulgada, mas a expectativa é que , após votar, ele siga diretamente para o aeroporto do Campo dos Afonsos, também na área militar, e voe de volta para Brasília, onde acompanhará a apuração dos votos, informa O Globo.

Segundo as pesquisas eleitorais de sábado, a eleição poderá ser encerrada neste domingo, com o candidato Lula (PT) marcando  51% dos votos válidos, contra 37% de Bolsonaro, de acordo com o Ipec.

Moraes derruba fake news de Antagonista e clã Bolsonaro

 A reportagem disse que Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, ex-membro do PCC, declarou voto em Lula

Alexandre de Moraes, Flávio, Jair, Eduardo e Carlos Bolsonaro (Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE | Reprodução)


247 - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, determinou neste domingo (2) que o portal O Antagonista retire a matéria intitulada "Exclusivo: em interceptação da PF, Marcola declara voto em Lula. 'É melhor, mesmo sendo pilantra'". A multa é de R$ 100.000,00 por dia em caso de descumprimento da decisão. 

A reportagem disse que Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, ex-membro do Primeiro Comando da Capital (PCC), declarou voto no candidato a presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

De acordo com o documento do TSE, a matéria do Antagonista tem uma "evidente e gravíssima desinformação, além de grande suspeita que recai sobre os 'documentos' apresentados pelo autos da publicação".

"Os documentos utilizados para conferir suporte à notícia que o membro da organização criminosa PCC teria declarado voto em Luiz Inácio Lula da Silva, seriam transcrições de diálogos, inexistindo sequer indicação do inquérito “em que existiria tal material, impedindo qualquer possibilidade de autenticação ou conferência".


Lula diz estar pronto para vencer hoje, mas também para buscar apoio em eventual segundo turno

 “Vamos conversar com quem tiver que conversar. Se o candidato não quiser a gente vai conversar com o partido", afirmou

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução)

SÃO PAULO (Reuters) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse neste sábado que tem esperanças de vencer a disputa pelo Palácio do Planalto no primeiro turno, no domingo, mas afirmou que, caso isso não aconteça, irá procurar todas as forças políticas dispostas a conversar em busca de apoio para o segundo turno.

“Vamos conversar com quem tiver que conversar. Se o candidato não quiser a gente vai conversar com o partido. Nosso barco é que nem a Arca de Noé, basta querer viver para entrar que vamos salvar todo mundo”, disse Lula em entrevista coletiva em São Paulo após encerrar sua campanha com uma caminhada com apoiadores na capital paulista.

Pesquisas Ipec e Datafolha divulgadas neste sábado apontam para uma indefinição sobre a possibilidade de Lula vencer ou não no primeiro turno. O Ipec registrou o ex-presidente com 51% dos votos válidos contra 37% do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), o que encerraria a eleição no domingo.

Já o Datafolha mostrou Lula com 50% dos votos válidos, contra 36% de Bolsonaro, o que indica uma indefinição sobre o segundo turno. Um candidato precisa de mais da metade dos votos válidos --que excluem os brancos e nulos-- para vencer no primeiro turno.

“Faz três dias que o Datafolha me coloca com 50%. Para dar 50% mais um falta tão pouco”, disse Lula. “Eu só posso estar otimista. Acho que há muita chance de ganhar no primeiro turno, acho que o povo está com essa disposição, vamos ver qual é a tendência daqui para frente. Por isso que estou fazendo um apelo para que o povo vote amanhã”, disse Lula.

Bem-humorado, o ex-presidente avisou que, vencendo a eleição ou não já no domingo, irá para a Avenida Paulista festejar o resultado com seus apoiadores. “As pessoas não me veem como um diferente, um candidato. As pessoas me veem como um deles. É isso que me dá mais prazer, me sentir como um deles que é candidato a alguma coisa”, afirmou.

Negacionista, Bolsonaro diz que pesquisas que apontam vitória de Lula são fake news

 Ele disse ainda que o Datafolha deveria ser investigado

Live de Bolsonaro (Foto: Reprodução Youtube)

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou de "fake news" as pesquisas divulgadas neste sábado que mostraram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na frente das intenções de voto para a eleição de domingo, inclusive com a possibilidade de ganhar no primeiro turno, e disse que será reeleito neste fim de semana.

Em transmissão ao vivo pelas redes sociais, Bolsonaro disse que o Datafolha estaria de "brincadeira" com o percentual de votos apontado para Lula, e insinuou que o instituto deveria ser investigado por "fake news".

"Essas eleições aqui a gente fica olhando... fala-se tanto de combate à fake news, esses que combatem, desmonetizam páginas, prendem outras, se preocupar com o Datafolha, falando barbaridade por aí. Quem tem 51% de votos?", questionou.

Pesquisas Ipec e Datafolha divulgadas neste sábado apontam para uma indefinição sobre a possibilidade de Lula vencer ou não no primeiro turno. O Ipec registrou o ex-presidente com 51% dos votos válidos contra 37% de Bolsonaro.

Já o Datafolha mostrou Lula com 50% dos votos válidos, contra 36% de Bolsonaro, o que indica uma indefinição sobre o segundo turno. Um candidato precisa de mais da metade dos votos válidos --que excluem os brancos e nulos-- para vencer no primeiro turno.

Bolsonaro disse que seus apoiadores foram para as ruas espontaneamente, destacando inclusive que teve "recepção de popstar" no Nordeste, região que é um tradicional reduto de Lula.

"A gente não consegue ver outro resultado de que as eleições sejam decididas amanhã com 60%", afirmou, contrariando indicações dos institutos. "Eu nunca vi tanta gente na rua em eleição nenhuma no passado", avaliou.

No total, seis pesquisas divulgadas neste sábado mostraram vantagem de Lula na disputa pelo Palácio do Planalto, inclusive com chances de vitória no primeiro turno. [L1N3120NP]

TRANSPARÊNCIA

O candidato à reeleição aproveitou a live para atacar Lula e dizer que ele e o "pessoal da esquerda" pretendem levar adiante pautas como ideologia de gênero e legalização do uso das drogas. Ele também criticou a gestão de governos de esquerda em outros países na América do Sul, e disse que isso pode ocorrer no Brasil caso o petista vença.

Bolsonaro disse que é preciso ter a "certeza" de as eleições serão limpas no Brasil e que, ao contrário das pesquisas indicando Lula na frente, suas andanças mostram-no "disparado" na sucessão presidencial.

Bolsonaro encerrou a campanha antes da votação de domingo com duas motociatas neste sábado, a primeira em São Paulo e depois em Joinville (SC)

No domingo, o presidente viajará bem cedo ao Rio de Janeiro para votar e voltará até o início da tarde a Brasília para acompanhar a apuração dos votos.

sábado, 1 de outubro de 2022

Junior da Femac destaca força da economia de Apucarana


 Apucarana liderou a geração de empregos em toda a região, com mais de 800 vagas criadas entre janeiro e agosto deste ano. A melhor marca foi alcançada por Apucarana, entre os 29 municípios da região – Vale do Ivaí mais arapongas -, de acordo com apuração do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que acaba de ser divulgado pelo Governo Federal.

“Apucarana se destaca pela vitalidade e diversificação da sua economia que, neste ano, foi responsável por 30% das vagas de emprego criadas com carteira assinada na região centro-norte do Paraná”, enaltece o prefeito Junior da Femac.

Segundo ele, esse é um trabalho feito por muitas mãos. “Em primeiro lugar cumprimentamos os empresários e empreendedores, que acreditam e investem em Apucarana. Também destacamos os trabalhadores que buscam estas vagas nas nossas indústrias, lideradas principalmente pelo nosso pólo de confecções”, avalia Junior da Femac.

O prefeito lembra ainda o papel da Prefeitura de Apucarana neste processo de geração de emprego e renda. “Estamos investindo pesado na compra de diversas opções de cursos técnicos, visando capacitar e aumentar a empregabilidade dos trabalhadores”, assinala ele, acrescentando que nos últimos meses foram ofertadas gratuitamente 1.820 vagas em cursos profissionalizantes.

A maior parte destas 800 vagas de empregos em Apucarana foi gerada na indústria (345), seguida pelo setor de serviços (330), construção civil (60), Comércio (39) e setor agropecuário (28).

PT reserva Avenida Paulista para festa da vitória de Lula

 Em decisão liminar nesta sexta-feira (30), Justiça libera ato de comemoração na Avenida Paulista

Foto: Roberto Parizotti/ CUT)

247 - O diretório estadual do PT de São Paulo conseguiu aval da Justiça para usar a Avenida Paulista no próximo domingo, após o horário de votação. Em decisão liminar nesta sexta-feira (30), o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) autorizou o partido a reunir apoiadores no dia das eleições a partir das 20h30min.

A decisão é válida caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença a disputa presidencial em primeiro turno ou a eleição se estenda para o segundo turno. No entanto, a presença do ex-presidente no local é esperada apenas na hipótese de ele liquidar o pleito no domingo.

A utilização da Paulista também vinha sendo cobiçada por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), que só terão direito de se manifestar em uma das mais importantes vias da capital se o ocupante do Palácio do Planalto for reeleito no domingo, cenário improvável, segundo todas as pesquisas.  

"Lula fez muito pela economia e fará de novo", diz Henrique Meirelles

 Ex-presidente do Banco Central explica por que decidiu apoiar Lula no primeiro turno

Henrique Meirelles e Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

247 – O ex-ministro Henrique Meirelles, que também presidiu o Banco Central durante oito anos no governo Lula, explicou, em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, por que decidiu apoiar o ex-presidente já no primeiro turno. "Sou movido por resultados. O governo Lula criou 10 milhões de empregos, a média de crescimento foi de 4,5% ao ano e o Brasil foi o país que mais rapidamente saiu da crise de 2008. Além disso, houve muita responsabilidade fiscal e controle da inflação. Se Lula fez uma vez, pode fazer de novo", afirma.

Na entrevista, Meirelles defendeu o polêmico teto de gastos, contestado por Lula, e disse que o auxílio Brasil é uma política social necessária que deve ser mantida. "Apesar da opinião de Lula sobre o teto de gastos, mantive o apoio, até porque o crescimento brasileiro sob Bolsonaro está muito baixo", afirma. Segundo Meirelles, a reação do mercado a Lula vai depender muito do que ele anunciar.

Meirelles também falou sobre o quadro global. "O cenário internacional será desafiador. Haverá uma recessão internacional em 2023, mas o Brasil tende a ser menos afetado", aponta. "No primeiro governo Lula, políticas fiscal e monetária caminharam na mesma direção. Hoje, o Banco Central está sozinho no controle da inflação", acrescentou.

A um passo de voltar ao poder, Lula reedita a versão paz e amor

 Lula construiu a frente ampla que a chamada terceira via pretendia formar. Reuniu 10 partidos, com um ex-tucano como vice, Geraldo Alckmin

Lula e Alckmin em Itaquera (Foto: Ricardo Stuckert)

SÃO PAULO (Reuters) - Na última terça-feira, quando se reuniu para jantar com mais de uma centena de empresários em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou um recado final: "O Lulinha Paz e Amor, e o Geraldo, estão de volta."

Foi aplaudido por nomes como Rubens Ometto (Cosan), Abilio Diniz, um dos principais sócios do grupo Carrefour no Brasil, e André Esteves (BTG) pelo que significa a evocação do personagem que ocupou a campanha de 2002 quando, pela primeira vez, Lula foi eleito presidente: o conciliador, o negociador e, na economia, o responsável, que não pretende propor loucuras.

A reunião com o PIB foi a chancela final de que Lula, que em 20 anos foi do céu ao inferno, havia voltado, com toda força. Se deixou a Presidência com 87% de aprovação, foi condenado por corrupção, passou 580 dias preso e teve processos anulados, o petista está, agora, próximo de retornar ao Planalto.

Líder nas principais pesquisas de opinião, é possível que o petista garanta sua volta por cima digna de telenovela já neste domingo, se conseguir liquidar a disputa presidencial no primeiro turno.

O uso do "Lulinha paz e amor" na conversa com os megaempresários não é por acaso. Não foram poucas as vezes que o mercado e outros setores de peso economia se perguntaram se esse Lula atual é o que assinou a Carta aos Brasileiros de 2002, comprometendo-se a manter os fundamentos da economia, ou um Lula magoado e mais radical pelos infortúnios dos últimos anos?

Desde o 2021, quando decidiu ser novamente candidato, o petista tem tentando demonstrar que não, não tem mágoa ou desejo de vingança. "Tenho 76 anos de idade, já vivi tudo que um homem poderia ter vivido na vida. Eu não tenho espaço para ódio, não tenho espaço para vingança, não tenho espaço para não acreditar que o amanhã vai ser melhor", disse, em uma das suas propagandas de campanha.

Formado como liderança no sindicato de metalúrgicos do ABC Paulista, o ex-presidente fez sua primeira campanha presidencial em 1989 ainda com o perfil de líder sindical, mas conseguiu agregar a seu lado a social-democracia do então tucano Mario Covas e o PDT de Leonel Brizola em um segundo turno contra Fernando Collor de Mello.

Nas duas eleições seguintes, perdeu no primeiro turno para Fernando Henrique Cardoso (PSDB), na esteira do Plano Real, que resolveu décadas de inflação descontrolada no país.

Ao ser eleito em 2002, Lula se beneficiou do desgaste de oito anos de governo tucano e diversas crises econômicas internacionais, mas também de um novo figurino, conciliador, e onde deixou de lado os pensamentos econômicos de esquerda mais radicais e se moveu para o centro.

No governo, manteve a base econômica da administração anterior, com as metas de inflação e superávit primário da política econômica mais ortodoxa, mas com uma preocupação em erradicar a fome, criar empregos e fazer o país crescer --beneficiado pelo boom das commodities, em 2010, seu último ano de governo, o país cresceu 7,5%, maior alta em 24 anos.

Foi depois de deixar a Presidência que Lula perdeu seu espaço político. A crise econômica internacional enfrentada por sua sucessora Dilma Rousseff, aliada a políticas equivocadas, balançaram a credibilidade do partido, que deixaria o poder num impeachment. Somada à operação Lava Jato, que revelou o esquema de corrupção na Petrobras --e no qual o ex-presidente foi acusado e condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro-- sua biografia parecia enterrada para sempre.

Preso no dia 7 de abril de 2018, impedido de concorrer à Presidência em 2018, Lula foi solto em 8 de novembro de 2018, depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) rever uma decisão prévia, de 2016, e derrubar a autorização de prisão de condenados em segunda instância.

Hoje, o petista não deve nada à Justiça. Duas outras decisões do STF, uma que concluiu que os julgamentos não deviam ter ocorrido em Curitiba, e outra que considerou o então juiz Sergio Moro parcial, anularam os processos.

Ao ser libertado, Lula começou a reconstruir seu espaço e, nessa eleição, líder nas pesquisas desde que apareceu como candidato novamente, despontou como único nome capaz de bater Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição.

Nos últimos meses, construiu a frente ampla que a chamada terceira via pretendia formar. Reuniu 10 partidos, principalmente de esquerda, mas agregou uma mudança histórica: um ex-tucano como vice, Geraldo Alckmin. O ex-governador de São Paulo, que foi seu rival na disputa pela Presidência em 2006, agora no PSB era "O Geraldo" que ele citou aos empresários como sinal de moderação ao lado de sua alcunha "paz e amor".

Além disso, foi angariando apoio de nomes como os ex-ministros Marina Silva e Henrique Meirelles, manifestos de intelectuais, economistas e artistas em defesa de um voto menos para eleger Lula e mais para tirar Bolsonaro.

FALAR COM TODOS

Em suas conversas, Lula deixa claro que sabe que, se for eleito, o será para tentar curar um Brasil dividido, onde a fome e a miséria cresceram no pós-pandemia e a violência política tomou as ruas como poucas vezes no passado recente. A seu favor pesa a capacidade de falar com todos os lados.

Hoje um dos seus mais ferrenhos defensores, o deputado federal André Janones (Avante-MG) conta que, pré-candidato à Presidência, foi convidado a conversar com Lula --por quem acabou desistindo da candidatura-- e foi avisado pelo presidente do seu partido: "Não encontra com ele, se você encontra já era. O cara seduz todo mundo que conversa com ele, estou avisando", contou Janones em suas redes sociais.

Em 2016, durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff, um então senador com trânsito político em Brasília explicou a diferença entre Lula e sua sucessora, e o que tinha levado à queda de Dilma: "Lula podia até não gostar de você, mas você sai de uma reunião com a certeza que ele era teu melhor amigo. Dilma pode até gostar de você, mas você sai de lá com a certeza que ela te odeia."

E foi esse charme que Lula acionou ao conversar com os empresários na noite de terça-feira. No encontro estavam nomes tradicionalmente ligados ao bolsonarismo, como Flávio Rocha, das lojas Riachuelo, e líderes que, mesmo tendo amizade com Lula, como Abilio Diniz, haviam se inclinado em simpatia menos por Bolsonaro e mais por seu ministro da Economia, Paulo Guedes.

Ainda assim, Lula foi aplaudido diversas vezes. Mais do que falar, pediu aos empresários que dissessem o que precisavam e o que queriam. Ouviu que é preciso paz para tocar os negócios, mas também uma reforma tributária para facilitar a vida dos que pagam impostos, e previsibilidade.

Não prometeu manter o teto de gastos, o que ninguém esperava, já que o mecanismo foi driblado várias vezes no atual governo, mas um teto de responsabilidade fiscal, onde não se gaste mais do que se arrecade, em que não se venda ativos ou faça dívidas para pagar custeio. Prometeu ainda que vai recuperar o prestígio internacional do Brasil para que o país volte a fazer negócios e atrair investimentos.

Nada diferente do que tem dito em dezenas de discursos e entrevistas mas que, dito diretamente ao grupo de 137 empresários, abriu pontes que o PT ainda buscava nessa corrida eleitoral.

Aos 76 anos --a menos de um mês de completar 77-- Lula diz estar na sua última campanha. Tem repetido que se for eleito, aos 81 anos não será candidato a uma reeleição. Apesar das caminhadas de seis quilômetros e a musculação diárias e o novo casamento com a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, Lula admite que a idade "cobra seu preço".

Acusado por vezes de ser centralizador, tenta criar dentro do PT novas lideranças, como o ex-prefeito de São Paulo e candidato ao governo paulista, Fernando Haddad, um de seus braços-direitos. Se o fomento vai dar certo, ainda está por ver-se. Hoje, ainda, o PT e toda a centro-esquerda vivem à sombra do nordestino de Garanhuns, criado em São Paulo e, como sempre destaca, o único operário a jamais chegar à Presidência da República.

Pesquisa CNT/MDA aponta Lula com 48,3% dos votos válidos, perto da vitória no 1º turno

 Foi publicada neste sábado (1º) nova pesquisa sobre as eleições presidenciais, com base em entrevistas realizadas entre 28 e 30 de setembro

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

247 - De acordo com sondagem CNT/MDA, o ex-presidente Lula está muito próximo de vencer as eleições em 1º turno.

A pesquisa aponta que Lula (PT) tem 48,3% dos votos válidos, Bolsonaro aparece com 39,7%, Ciro Gomes com 4,9% e Simone Tebet com 4,7

Os demais candidatos têm somados menos de 2%.

Foram feitas 2.002 entrevistas, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais e nível de confiança de 95%. 

Registro no TSE: BR 02944/2022

Às vésperas do 1º turno, ministro do TSE acusa partido de Bolsonaro de tentar desacreditar eleição

 O ministro também acionou o MPE (Ministério Público Eleitoral) para apurar irregularidades no documento da legenda bolsonarista

TSE, Jair Bolsonaro e a urna eletrônica (Foto: ABR)


247 - O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, afirmou que a auditoria divulgada pelo PL, partido de Jair Bolsonaro, tenta desacreditar o pleito às vésperas do primeiro turno.

Em despacho assinado nesta sexta-feira (30), o ministro também acionou o MPE (Ministério Público Eleitoral) para avaliar se foram divulgadas informações sabidamente falsas para atingir o sistema eletrônico de votação, informa a Folha de S.Paulo.

Gonçalves afirma que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também é responsável pelo documento. Em ofício enviado ao tribunal, o dirigente partidário havia dito que apenas a equipe contratada na auditoria deveria responder pelo trabalho.

O IVL (Instituto Voto Legal) recebeu ao menos R$ 225 mil da sigla de Bolsonaro para elaborar o documento.

Segundo o ministro Gonçalves, o partido decidiu realizar "atividade paralela aos procedimentos de fiscalização" previstos pelo TSE.

Caso haja 2º turno, estrategistas de Bolsonaro preveem derrota se diferença a favor de Lula for maior que 10 pontos

 De acordo com seus principais auxiliares e ministros, derrota de Bolsonaro é praticamente inevitável mesmo se houver 2º turno

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante comício em São Paulo 24/09/2022 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

247 - A previsão de estrategistas de Jair Bolsonaro é de que o ocupante do Palácio do Planalto  enfrentará dificuldades enormes para vencer o petista na segunda rodada da eleição.

De acordo com alguns de seus principais auxiliares e ministros, caso a distância entre os dois nas urnas, no primeiro turno, seja maior do que dez pontos percentuais, será praticamente impossível alcançar uma virada na segunda fase, informa a jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.

De acordo com a pesquisa Datafolha divulgada na quinta (29), Lula teria 48% dos votos, contra 34% de Bolsonaro, uma distância de 14 pontos percentuais.

TSE adota postura mais rígida contra fake news na reta final da campanha eleitoral

 A questão não é só a inverdade, a mentira, a notícia falsa, mas também a utilização, o desvirtuamento na finalidade da divulgação", disse Alexandre de Moraes

Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Foto: LR Moreira/Secom/TSE)

247 - O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) passou a adotar na reta final da eleição uma postura mais rígida na análise de conteúdos associados à desinformação.

Além de restringir fake news evidentes ou acusações infundadas como a que ligou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao caso Celso Daniel, o tribunal tem adotado interpretação restritiva em relação a afirmações deturpadas, ilações e conteúdos visuais que possam induzir o eleitor a erro, inform a Folha de S.Paulo.

O novo entendimento da corte eleitoral tem como pano de fundo resolução de 2021 que veda não só a veiculação de fatos "sabidamente inverídicos" contra o processo eleitoral, mas também os "gravemente descontextualizados".

O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, em sessão no último dia 1º, fez um duro pronunciamento: "Me parece muito importante o Tribunal Superior Eleitoral fixar a partir de hoje essa diretriz, a questão não é só a inverdade, a mentira, a notícia falsa, a notícia fraudulenta, fake news, mas também a utilização, o desvirtuamento na finalidade da divulgação [de notícia]", disse.