domingo, 25 de setembro de 2022

"Lula vencerá no primeiro turno e não haverá golpe", diz Márcio França

 Candidato ao Senado pelo PSB de São Paulo, ele prevê uma diferente entre 400 mil e 600 mil votos para o ex-presidente Lula

Márcio França e Lula (Foto: Reprodução Facebook)


247 – O ex-governador de São Paulo, Márcio França, que disputa o cargo de senador por São Paulo, afirmou, em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, que a frente ampla em torno do candidato Luiz Inácio Lula da Silva, que ele próprio ajudou a construir, está tendo papel decisivo para garantir o retorno do ex-presidente. "Lula levou incríveis dez segundos para aceitar a aliança com Alckmin", diz ele, que fez também uma previsão. "Lula vencerá no primeiro turno, com algo entre 400 a 600 mil votos de diferença, e não haverá golpe. Bolsonaro não tem força para contestar o resultado", acrescenta.

Sobre a disputa ao governo de São Paulo, ele vê chances de vitória de Fernando Haddad no primeiro turno, mas aponta que o segundo turno é o cenário mais provável. Na entrevista, ele também comentou a gafe recente de Tarcísio de Freitas, candidato bolsonarista, que não sabe onde vota. "Tarcísio de Freitas é aplicado, mas não conhece São Paulo. Ele decorou o básico, mas não sabe o óbvio", afirmou. "Alckmin e eu teremos peso na eleição do Haddad", apontou.

França disse ainda que o governo de João Doria foi um 'desastre' e lembrou que os últimos atos de sua gestão foram renovações de concessões feitas de forma pouco transparente. "A renovação de concessões de pedágio feitas pelo Doria merece um checklist", afirma. Sobre seu papel no Senado, ele falou que não será de apenas defendeu os interesses do estado, mas também do País, num momento de grave crise social. "Precisamos reforçar a ação social. As pessoas estão nas ruas. Temos que iniciar também a reforma tributária para tributar menos a produção", aponta. Ele também disse que a frente ampla construída para eleger Lula terá que ser mantida após as eleições, para garantir a governabilidade.

Gleisi avalia que Lula acertou ao não ir a debate do SBT: “parece até que ganhou”

 Presidente do PT e outros quadros do partido avaliaram positivamente a não participação do petista no debate

Gleisi Hoffmann (Foto: eprodução-SBT, Créditos: Ricardo Stuckert, Gleisi Hoffmann (Foto: Reprodução/Youtube))

247-  A presidente do PT Gleisi Hoffmann e outros quadros do partido avaliaram positivamente a não participação de Lula no debate promovido pelo SBT neste sábado.

“Lula não perdeu nada em não ir. Parece até que ganhou”, afirmou Gleisi à coluna do jornalista Igor Gadelha, no portal Metrópoles.

Na avaliação do deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), Lula “ganhou” ao priorizar fazer comícios nas zonas Sul e Leste de São Paulo, em vez de ir ao debate com outros candidatos ao Palácio do Planalto.

Já o ex-governador do Piauí Wellington Dias (PT) afirma que “nenhum candidato tratou dos graves problemas do povo brasileiro e nem apresentou proposta para tirar o Brasil da grave crise que vivemos. Vencedor foi o Lula que não foi!”, avaliou à coluna 

Rubens Ricupero defende candidatura de Lula ao mandar recado para os “neutros”

 Ex-ministro e ex-embaixador do Brasil em Washington destacou a importância da “escolha entre a esperança ou o agravamento da barbárie”

Rubens Ricupero (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

247 - Ex-ministro e ex-embaixador do Brasil em Washington, Rubens Ricupero afirmou, ao mandar um recado direto aos “neutros”, em artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo, que o Brasil vive um momento de “escolha entre a esperança ou o agravamento da barbárie”.

“À luz da experiência dos horrores destes quatro anos, nem eu, nem ninguém, tem o direito de não escolher entre a esperança de um governo que salve o pouco que sobrou dos ideais da Constituição de 1988 e a continuação e o agravamento da barbárie que estamos sofrendo”, escreve.

Ele destaca que, “ao se aliar ao ex-governador paulista, Lula reconheceu que sozinho nem ele nem seu partido tem força para ganhar, ou no caso de vitória, para governar. No Brasil atual, nenhum partido, nenhuma posição pura de esquerda e direita, goza de hegemonia”.

“Depois de quatro anos de demolição, é preciso abertura de espírito para acolher todos os que se disponham a trabalhar na reconstrução do Brasil”, destaca.

Homem é preso suspeito de assediar e ofender deputada estadual Isa Penna: “você é uma vadia"

 O suspeito cochichou no ouvido da deputada: “você é uma vadia, o assédio com o Fernando Cury não aconteceu”

(Foto: Mauricio Garcia de Souza/ALESP)


247 - Um homem suspeito de assediar e ofender verbalmente a deputada estadual Isa Penna (PCdoB) foi preso em flagrante em Botucatu (SP), neste sábado (24), durante uma caminhada de campanha. Um boletim de ocorrência por importunação sexual e lesão corporal foi registrado. A reportagem é do portal G1.

Segundo o boletim de ocorrência, a deputada estava acompanhada de seus apoiadores na rua Marechal Deodoro quando foi abordada por um homem que pediu para tirar uma foto com ela. No momento, Isa relatou aos policiais que o suspeito agarrou a sua cintura e a apertou.

Ainda segundo o BO, o suspeito cochichou no ouvido da deputada: “você é uma vadia, o assédio com o Fernando Cury não aconteceu”. Em seguida, o homem tentou fugir, mas a deputada contou que o encontrou em meio à multidão e pediu que repetisse as ofensas, o que, segundo ela, não ocorreu.

Um assessor de campanha da deputada também foi detido pelos policiais militares. O suspeito de ofender a deputada foi preso e encaminhado para a cadeia de Itatinga (SP), onde permanece até a audiência de custódia, que deve ocorrer neste domingo (25).

O celular do suspeito foi apreendido. A polícia solicitou ao Instituto Médico Legal (IML) um exame de corpo de delito para a vítima.

Nas redes sociais, a deputada postou um vídeo em que narra detalhes do acontecimento. Na legenda, escreveu: “Fiquei meio em choque, mas fui atrás dele e disse: 'Repete agora que tem um monte de gente em volta', mas ele não repetiu”.

"Lula não perdeu nada ao não ir ao debate", diz Felipe Nunes, da Quaest

 Cientista político e analista da Quaest fez algumas observações sobre o debate dos presidenciáveis no SBT

Diretor-fundador do Instituto Quaest, Felipe Nunes, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução/TV Cultura | REUTERS/Washington Alves)


247 - O cientista político e analista do instituto Quaest Felipe Nunes fez algumas observações em sua conta no Twitter sobre o debate dos presidenciáveis no SBT na noite deste sábado. Ele considera que o fato de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não comparecer ao evento foi uma estratégia positiva para o petista. 

“Já que está na frente nas pesquisas, Lula acertou ao não ir ao debate. Embora sua ausência tenha sido muito citada no primeiro bloco, ele foi passando despercebido nos blocos seguintes e acabou não perdendo nada”, avaliou.



Campanha de Lula vai à Justiça contra disparo de mensagem golpista pró-Bolsonaro

 PT vai à Justiça sustar o disparo em massa de mensagens de texto enviadas pelo governo do Paraná com ameaças golpistas

(Foto: RICARDO STUCKERT)


247 - A campanha do ex-presidente Lula (PT) informou neste sábado (24) que vai à Justiça sustar o disparo em massa de mensagens de texto enviadas pelo governo do Paraná com ameaças golpistas caso Jair Bolsonaro não seja reeleito.

Usuários de celular receberam desde a madrugada deste sábado (24) a mensagem:  "vai dar Bolsonaro no primeiro turno! Senão, vamos a rua protestar! Vamos invadir o Congresso e o STF! O Presidente Bolsonaro conta com todos nós!!".

A assessoria do governo de Ratinho Junior (PSD) admitiu o envio de mensagens golpistas pró-Bolsonaro. A gestão do governador paranaense atribuiu a responsabilidade do disparo das mensagens a uma empresa terceirizada, informa o The Intercept Brasil.

De acordo com reportagem do UOL, a deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, alertou que a base de dados do governo federal também deve estar sendo usada. "Estão usando desesperadamente a base de dados do governo do Paraná. Mas devem estar usando a base de dados do governo federal também, fazendo a integração". 

Reinaldo Azevedo ironiza "cochichos" animados entre Ciro, Fábio Farias e Bolsonaro: "trocavam receita de bolo"

 Cenas de conversa ao pé do ouvido entre Bolsonaro, seu ministro e Ciro deixaram as redes em polvorosa

Reprodução Band TV/ SBT (Foto: Reprodução Band TV/ SBT)


247 - O jornalista Reinaldo Azevedo usou suas redes para ironizar a troca de cochichos  entre Jair Bolsonaro, seu ministro Fábio Farias e Ciro Gomes durante o debate do SBT, que deixou as redes em polvorosa na manhã deste domingo (25). 

“Nada como a civilidade política, não é? Vejam os folguedos auriculares de Fábio Faria com Ciro Gomes e depois com Bolsonaro. Trocavam receita de bolo”, ironizou o jornalista.


Internautas apontam que Fábio Farias cochicha com Ciro e imediatamente leva recado para Bolsonaro durante debate (vídeo)

 A série de cochichos nos bastidores do debate do SBT viralizou nas redes

Reprodução-SBT (Foto: Reprodução-SBT)

247 - Internautas não deixaram passar batido uma cena dos bastidores durante o debate do SBT que logo ganhou as redes sociais. Nas imagens abaixo é possível ver o ministro da Secom Fábio Farias cochichando no ouvido de Ciro Gomes e imediatamente indo na direção de Jair Bolsonaro fazer a mesma movimentação de cochicho. 

Nas redes, internautas indignados apontam que tal movimentação deixa claro o quanto Ciro se rendeu ao bolsonarismo. 

Veja:


Empresa que disparou mensagens golpistas por canais do PR acumula contratos na gestão Bolsonaro

 Algar Soluções em TIC acumula pelo menos 15 contratos com o governo Federal. O Comando do Exército aparece como o órgão que mais empregou os serviços da companhia mineira

(Foto: Reprodução)


Plural - A Algar Soluções em TIC, empresa apontada como a responsável pelo disparo em massa de mensagens golpistas a partir de canais oficiais de comunicação do governo do Paraná, acumula pelo menos 15 contratos com o governo Federal. O Comando do Exército aparece como o órgão que mais empregou os serviços da companhia mineira.

Busca feita no Portal da Transparência usando como filtro assinaturas no intervalo entre janeiro de 2015 e setembro de 2022 mostra que todos os contratos entre a empresa e a União foram firmados na gestão de Jair Bolsonaro. O primeiro, em 31 de maio de 2019, para serviços no Comando Militar do Sul, unidade do Exército no Rio Grande do Sul. No sistema da Receita Federal o CNPJ da companhia está ativo desde julho de 1986.

Leia a íntegra no site Plural.

sábado, 24 de setembro de 2022

Agregador de pesquisas do Estadão mostra pela primeira vez Lula com 52% dos votos, reforçando vitória no 1º turno

 Petista já tem índice maior que o mínimo para vencer a eleição no primeiro turno

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: RICARDO STUCKERT)


247 - O agregador de pesquisas eleitorais do jornal O Estado de S. Paulo, que traça o desempenho geral dos candidatos à presidência com base em resultados de 14 institutos diferentes, foi atualizado neste sábado (24) e mostra que Lula (PT) aumentou suas intenções de votos válidos, isto é, quando se desconsidera os brancos e nulos, e já tem índice maior que o mínimo para vencer a eleição no primeiro turno, atingindo 52% dos votos válidos pela primeira vez.

Veja: 

Lula: 52%

Jair Bolsonaro: 36%

Ciro Gomes: 7%

Simone Tebet: 5%

Para que um candidato vença a eleição já no primeiro turno, basta conseguir 50% e mais um voto. 

Como funciona

De acordo com o jornal, o agregador de pesquisas não soma simplesmente os resultados e os divide pelo número de pesquisas. "O agregador controla diversos parâmetros e dá pesos diferentes aos levantamentos para impedir que números destoantes ou desatualizados puxem um dos concorrentes para cima ou para baixo".

"Nosso modelo considera que, na média, as pesquisas presenciais são mais precisas ao atribuir a taxa de intenção de votos de cada candidato. Por outro lado, as pesquisas telefônicas são feitas com maior frequência e podem captar melhor eventuais mudanças de tendência", explica ainda o periódico.


Pesquisa Ipespe para presidente: Lula tem 46%; Bolsonaro, 35%

 Pesquisa reforça que petista tem grandes chances de vencer o pleito eleitoral já no 1º turno

Lula e Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | REUTERS/Adriano Machado)


247 - Pesquisa Ipespe/Abrapel para as eleições presidenciais de 2022, divulgada neste sábado (24), traz o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente, com 46% das intenções de voto no primeiro turno, seguido por Jair Bolsonaro (PL), com 35%. 

O primeiro turno das eleições está marcado para 2 de outubro e o petista tem grandes chances de vencer o pleito eleitoral nesta primeira etapa das eleições.

No levantamento anterior com parceria com a Abrapel, publicado em 17 de setembro, Lula aparecia com 45%, e Bolsonaro, com 35%, que aponta o crescimento do petista e a estagnação do atual postulante do Planalto.

Na sequência, aparecem Ciro Gomes (PDT), com 6%, e Simone Tebet (MDB), com 4%. Felipe D’Avila (Novo), e Soraya Thronicke (União Brasil), Vera, Constituinte Eymael, Leo Péricles, Sofia Manzano foram citados, mas não chegaram a 0,5% das citações. Padre Kelmon constava na lista, mas não foi citado por nenhum respondente. Roberto Jefferson constava na lista apenas da primeira rodada e Pablo Marçal, da primeira e segunda.

  • Lula (PT) — 46%
  • Jair Bolsonaro (PL) — 35%
  • Ciro Gomes (PDT) — 6%
  • Simone Tebet (MDB) — 4%
  • Felipe D’Avila (Novo) — 0%
  • Soraya Thronicke (União Brasil) — 0%
  • Vera Lúcia (PSTU) — 0%
  • José Maria Eymael (DC) — 0%
  • Léo Péricles (UP) — 0%
  • Padre Kelmon (PTB) – 0%
  • Sofia Manzano (PCB) — 0%
  • Branco/Nulo/Não vai votar – 5%
  • Não sabe/Não respondeu – 4%]

  • O Ipespe/Abrapel também simulou um cenário de segundo turno entre Lula e Bolsonaro. Em relação à pesquisa anterior, de 17 de setembro, o petista oscilou um ponto para cima, para 54%, e o atual presidente ficou estável, com 38%.

    Intenção de voto estimulada para presidente

    • Lula (PT) — 54%
    • Jair Bolsonaro (PL) — 38%
    • Branco/Nulo/Nenhum — 6%
    • Não sabe/Não respondeu – 2%

    A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa ouviu 1.100 pessoas de 16 anos ou mais em todas as regiões do país, de 21 a 23 de setembro de 2022 e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo BR-01897/2022.

APUCARANA: BR-369 terá bloqueios neste domingo para a instalação de defensas

 


O Instituto de Desenvolvimento, Pesquisas e Planejamento de Apucarana (IDEPPLAN), órgão da Prefeitura de Apucarana, informa que, neste domingo, dia 25 de setembro, haverá um bloqueio total de um trecho da BR-369. O acesso a Apucarana, para quem vem no sentido de Arapongas, na altura do viaduto do Contorno Norte, no Parque Industrial Norte, estará bloqueado das 7 às 18 horas.

O bloqueio, com apoio da Polícia rodoviária federal, conforme explica o diretor-presidente do Idepplan, Carlos Mendes, será necessário para a instalação de defensas. A Prefeitura de Apucarana está implantando um moderno sistema de iluminação com padrão LED na rodovia, no trecho que vai da divisa com Arapongas até o viaduto do Contorno Norte. “Estas barras de aço, fixadas ao lado da rodovia são exigidas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), para posterior instalação de postes de iluminação pública”, explica Mendes.

O dirigente do Idepplan informa ainda aos condutores de veículos que circularem neste trecho da BR-369, que o acesso a Apucarana para quem vem de Arapongas, será feito na altura da Sociedade Rural de Apucarana. “Teremos duas equipes no local, com sinalização especial, fiscalização e orientação aos motoristas”, alerta Carlos Mendes.

Governo Biden deve reconhecer rapidamente a vitória de Lula nas eleições

 A mensagem foi transmitida por diplomatas estadunidenses ao ex-presidente

Lula e Joe Biden (Foto: Stuckert | Reuters)


BRASÍLIA (Reuters) - Diplomatas norte-americanos informaram ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que os Estados Unidos pretendem reconhecer rapidamente o vencedor das eleições brasileiras, em uma tentativa de desencorajar questionamentos dos resultados que possam levar a uma crise institucional ou a caos no país, disseram à Reuters duas fontes com conhecimento do assunto.

Na última quarta-feira, durante a reunião em São Paulo entre Lula, que lidera a corrida eleitoral para voltar à presidência, e Douglas Koneff, o encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos, o tema foi um dos assuntos centrais.

O ex-presidente, de acordo com uma das fontes, comentou que o reconhecimento do resultado seria um movimento importante para tentar minimizar o ímpeto de contestar a eleição do presidente Jair Bolsonaro, que tem insistido, sem provas, que o sistema de votação eletrônico é passível de fraude.

Lula ouviu do diplomata norte-americano que a intenção de Washington é reconhecer o vencedor das eleições, independentemente de qual o resultado, assim que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fizer o anúncio oficial.

Na última quinta-feira, durante encontro com embaixadores de cerca de 20 países da América Latina e Caribe, o ex-chanceler Celso Amorim, assessor internacional de Lula, ouviu de vários diplomatas da região a mesma garantia de um reconhecimento rápido do resultado das eleições.

O recado foi passado a Amorim em conversas laterais ou nas despedidas da reunião que, oficialmente, foi marcada para apresentar aos embaixadores as ideias de Lula sobre política externa em um eventual novo governo.

De acordo com uma fonte que presenciou as conversas, a mensagem dos diplomatas foi a de que seus países consideram importante um posicionamento internacional para ajudar a evitar questionamentos sobre o processo eleitoral.

EFEITO CAPITÓLIO

Ainda sob os efeitos do ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio por partidários do ex-presidente republicano Donald Trump, o governo do democrata Joe Biden tem revelado crescente preocupação com as acusações de Bolsonaro a respeito de riscos de fraudes nas eleições, feitas sem qualquer fundamento.

Em visitas ao país de assessores de alto escalão, o governo norte-americano fez chegar a Bolsonaro que tentativas de perturbar o processo não eram bem vistas em Washington.

Como mostrou a Reuters em maio, o diretor da CIA, William Burns, disse a auxiliares próximos do presidente, durante visita ao Brasil, que o mandatário brasileiro deveria parar de questionar o sistema de votação. O recado não foi bem recebido no Palácio do Planalto.

A nove dias das eleições, Lula voltou a aumentar a vantagem em relação a Bolsonaro e está na frente nas pesquisas de intenção de voto com diferenças que vão até 16 pontos percentuais. De acordo com o Datafolha desta quinta-feira, o petista mantém a chance matemática de liquidar a eleição no primeiro turno.

Já Bolsonaro voltou a levantar suspeitas sobre o processo eleitoral com mais intensidade nos últimos dias, depois de um período de relativa calmaria.

No mais recente episódio, afirmou que, se não vencer as eleições no primeiro turno, estaria acontecendo "algo muito errado no TSE" --apesar de não haver nenhum indício nas pesquisas de que possa estar liderando a contenda, nem no primeiro nem no segundo turno.

Bolsonaro estrebucha e ameaça promover golpe de estado

 "Nós sabemos que devemos botar um ponto final nesse abuso que existe por parte de outro Poder", disse ele

(Foto: Reuters)

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), disse nesta sexta-feira, durante comício em Divinópolis (MG), que é preciso colocar um "ponto final" no que chamou de abuso de outro Poder, em uma nova ameaça indireta ao Judiciário a nove dias do primeiro turno das eleições.

"Vocês sabem que vocês estão tendo cada dia mais a sua liberdade ameaçada por outro Poder, que não é o Poder Executivo. E nós sabemos que devemos botar um ponto final nesse abuso que existe por parte de outro Poder", disse.

A despeito de as pesquisas mostrarem que está atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro voltou a dizer que vai vencer a corrida eleitoral no primeiro turno, que seus apoiadores são maioria e que após a eleição todos terão de jogar dentro das quatro linhas, porque há limites. "O meu governo sempre jogou dentro das quatro linhas da Constituição. Em havendo a reeleição, todos --sem exceção-- jogarão dentro das quatro linhas da Constituição. Ninguém é dono de nada aqui, eu não mando na Presidência da República, eu tenho limites. O prefeito aqui não manda na cidade, tem limites", disse.

  "Assim é dentro de cada Poder, ninguém manda na República a não ser o nosso povo e a vontade desse povo se fará presente após as eleições em toda a sua plenitude", emendou.   Em várias oportunidades, Bolsonaro tem se referido às quatro linhas em meio a críticas contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

BANDIDOS

Bolsonaro também disse que o Brasil tem bandidos no lugar da oposição.

"Hoje nós não temos uma oposição, nós temos bandidos que querem o mal da sua população e nós vamos derrotar este pessoal nas urnas agora no próximo dia 2 de outubro", disse Bolsonaro no interior de Minas Gerais.

Lula sobre suposta anistia a Bolsonaro: 'se tiver processo judicial, ele terá a presunção de inocência que eu não tive' (vídeo)

 O candidato do PT ao Planalto disse que, se for eleito, não irá tomar posse com "espírito de vingança"

Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: REUTERS/Adriano Machado | REUTERS/Carla Carniel)

247 - O candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou sobre a suposta anistia a Jair Bolsonaro e, de acordo com vídeo publicado nesta sexta-feira (23), o petista afirmou que, se for eleito, não irá tomar posse com "espírito de vingança". "Se tiver algum processo, posso garantir que ele terá a presunção de inocência que eu não tive", disse. 

O ex-presidente criticou sigilos de 100 anos determinados por Bolsonaro. "Me inquieta ele transformar em sigilo de 100 anos qualquer resquício de algo contra ele?", questionou. 

Em outra ocasião, o candidato do PT havia criticado também a censura determinada pela Justiça do Distrito Federal contra o portal Uol por causa de matérias sobre a compra de imóveis avaliados em R$ 26 milhões feita pela família Bolsonaro com dinheiro em espécie. 

Bolsonaro foi alvo de mais de 140 pedidos de impeachment durante o governo. Ele foi acusados de interferência na Polícia Federal, estímulos a golpes de Estado, defesa de tortura e da Ditadura Militar (1964-1985) e corrupção relacionada à pandemia do coronavírus.

Intenções de voto

A pesquisa telefônica Ipespe, divulgada nesta sexta-feira (23), mostrou Lula perto de vencer no primeiro turno. Números divulgados pelo Datafolha nessa quinta-feira (22) apontaram que o ex-presidente aumentou as chances de ganhar a eleição no primeiro turno e continuou com mais de 15 pontos percentuais à frente de Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno. 


Eleitores de Ciro e Tebet consideram voto em Lula, segundo Datafolha

 A mudança de voto é levada em conta como forma de apoio a quem estiver à frente na corrida presidencial

Simone Tebet e Ciro Gomes (Foto: Reuters | Ney Xavier/ALEAM)


GGN - A possibilidade de voto útil em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é considerada por um entre cinco eleitores dos candidatos Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), como mostra a última pesquisa Datafolha.

A mudança de voto é levada em conta como forma de apoio a quem estiver à frente na corrida presidencial: segundo a pesquisa, Lula tem 47% das intenções de voto totais, contra 33% do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).

A pesquisa mostra que 11% dos eleitores ouvidos consideram o voto útil – sendo 21% entre os eleitores de Ciro, e 22% entre os eleitores de Simone Tebet.

Leia a íntegra da matéria no portal GGN

Aliados de Bolsonaro temem novo ataque de raiva em debate no sábado

 No último debate, na Band, Bolsonaro atacou a jornalista Vera Magalhães

Vera Magalhães e Bolsonaro (Foto: Reprodução/Band)

247- Aliados de Bolsonaro têm receio do temperamento do presidente no debate deste sábado (24) no SBT, organizado por um pool de veículos. A torcida é para Bolsonaro “não estourar”. As informações são do jornal Estado de S.Paulo.

Há apreensão pelo fato de haver dois blocos de perguntas de jornalistas – no último debate, na Band, Bolsonaro atacou a jornalista Vera Magalhães.

Aliados desejam que ele “defenda o seu legado”.

Marina turbina "Lula verde" e pode integrar futuro governo

 "É perfeitamente possível chegar ao desmatamento zero", disse a ex-ministra do Meio Ambiente

Marina Silva e Lula (Foto: Reprodução/Youtube)

SÃO PAULO (Reuters) - Ícone da luta ambiental do Brasil, a ex-senadora e candidata a deputada federal por São Paulo Marina Silva (Rede) acredita que um eventual novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com quem ela acaba de se reconciliar, será capaz de zerar o desmatamento da Amazônia, mesmo partindo dos atuais elevados índices de destruição da floresta sob a gestão Jair Bolsonaro.

"É perfeitamente possível chegar ao desmatamento zero, recuperando o plano que já deu certo, atualizando esse plano, recompondo os orçamentos e recompondo as equipes, fortalecendo as instituições de fiscalização, monitoramento, gestão", disse à Reuters a ex-ministra do Meio Ambiente de Lula.

A ex-senadora de 64 anos não esconde o contentamento do reencontro "pessoal" e "programático" com Lula após deixar o posto de ministra do petista em 2008 frustrada com o pouco apoio para sua agenda no governo. Em 2014, ela seria ainda duramente atacada pelo PT quando concorreu à Presidência pela segunda vez.

Agora, Marina, diz que Lula é o único capaz tanto de derrotar Bolsonaro, que ela considera uma ameaça à democracia, como de implementar uma política ambiental à altura dos compromissos que o Brasil deve assumir no âmbito do Acordo de Paris.

"Nós conseguimos um passo à frente, que foi o compromisso do presidente Lula de dizer que a política ambiental será transversal e que estará no mais alto nível de prioridade do governo", afirmou.

A ex-ministra se refere ao endosso de Lula a uma proposta feita por ela com 20 pontos para área ambiental, no dia último dia 12. Muitos deles são ambiciosos, como a meta de desmatamento zero, medida que, segundo a ex-ministra, será capaz, sozinha, de reduzir as emissões de carbono do país em 70%.

Ela admite, no entanto, que a situação da Amazônia é mais complexa do que quando ela foi ministra, entre 2003 e 2008, mas afirma que é possível deter as ilegalidades.

"Temos um agravamento da situação em relação ao que tínhamos em 2003. Hoje é um cruzamento de várias formas de criminalidade. É o garimpo ilegal, é exploração ilegal de madeira, é a questão do crime organizado, tráfico de droga, tráfico de armas, a pesca ilegal. São vários componentes que ali se cruzam", disse.

PORTA ABERTA

Marina também propôs a criação de uma autoridade nacional para o risco climático, com poder de transitar entre ministérios.

Ela estaria disposta a ocupar esse novo posto de "czarina do clima"? A ex-ministra diz que não é o momento de discutir cargos, mas deixa a porta aberta: "Isso é uma decisão do presidente da República. Neste momento tudo o que nós não precisamos é ficar falando de ministério antes de ganhar."

Após quase 15 anos de hiato, Lula e Marina se aliam em um momento estratégico para o ex-presidente, que lidera as pesquisas eleitorais contra Bolsonaro.

No período em que estiveram distantes, a questão climática ganhou ainda mais espaço na agenda global e a ex-senadora, de origem amazônica e premiada no mundo pelo trabalho ambiental, virou um ativo importante para que o ex-presidente fortaleça suas credenciais verdes tanto internamente, com ativistas e ambientalistas, como no exterior.

Os primeiros frutos já aparecem. "O apoio de Marina tornou o programa de governo do petista automaticamente o mais verde entre os candidatos do campo democrático", analisou nesta semana a organização não governamental Observatório do Clima.

Se o começo dos anos petistas registrou queda do desmatamento, a saída de Marina marcou um enfraquecimento da agenda, com aprovação de obras como a hidrelétrica de Belo Monte no governo de Dilma Rousseff, levando uma crise humanitária e ambiental para o coração da Amazônia na década passada.

Questionada se vê a possibilidade de que obras como essa voltem a ser implementadas por Lula no poder, Marina citou declaração do ex-presidente dizendo que, agora, megaprojetos como o de Belo Monte já não são mais necessários, considerando a queda dos custos de outras fontes de energia renovável.

Quanto a um possível risco de não implementação de sua agenda ambiental, dada a aliança de Lula com importantes lideranças ruralistas no Congresso, como o deputado Neri Geller (PP-MT), Marina joga com o peso público dos compromissos assumidos pelo ex-presidente e cita a proposta, revelada pela Reuters, de criar um programa de crédito agrícola “verde”.

"Não conheço que tenha sido feito um compromisso com um setor atrasado do ruralismo”, rebate, em referência a Geller, autor de propostas para afrouxar a legislação ambiental.

É justamente para se contrapor no Legislativo a esse poderoso grupo do agronegócio, que majoritariamente apoia Jair Bolsonaro, que Marina Silva diz ter escolhido ser candidata a deputada federal por São Paulo.

Foi por esse motivo, explica, que ela declinou do convite para ser candidata a vice-governadora em São Paulo na chapa de Fernando Haddad (PT) --Haddad, aliás, foi um dos artífices da reaproximação entre a ex-ministra e Lula.

"Existem riscos de que eles (bolsonaristas e aliados) queiram fazer uma série de irregularidades e ilegalidades antes que ele (Bolsonaro) saia do governo. Inclusive, uma das coisas que muito me preocupa é tentar mudar a legislação", diz Marina. "É uma tentativa que o centrão e o Bolsonaro estão fazendo", diz, em relação a projetos em tramitação no Congresso.

O outro objetivo de Marina com a candidatura de deputada, mais ou menos declarado, é tentar salvar a Rede de Sustentabilidade, a legenda que fundou há 7 anos. Com uma grande votação em São Paulo, a acreana pretende ajudar seu partido a escapar da chamada cláusula de barreira, que regula o funcionamento das siglas no país.

A regra só permite que funcionem como partidos com todos os direitos, inclusive fundo eleitoral e propaganda na TV, aqueles que alcançarem nas eleições deste ano 2% dos votos válidos nacionais, ou a eleição de pelo menos 11 deputados federais em ao menos nove Estados.

Também para escapar da restrição, a Rede se uniu em federação com PSOL. As duas siglas funcionarão juntas no Congresso pelos próximos quatro anos.