sábado, 24 de setembro de 2022

Bolsonaro estrebucha e ameaça promover golpe de estado

 "Nós sabemos que devemos botar um ponto final nesse abuso que existe por parte de outro Poder", disse ele

(Foto: Reuters)

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), disse nesta sexta-feira, durante comício em Divinópolis (MG), que é preciso colocar um "ponto final" no que chamou de abuso de outro Poder, em uma nova ameaça indireta ao Judiciário a nove dias do primeiro turno das eleições.

"Vocês sabem que vocês estão tendo cada dia mais a sua liberdade ameaçada por outro Poder, que não é o Poder Executivo. E nós sabemos que devemos botar um ponto final nesse abuso que existe por parte de outro Poder", disse.

A despeito de as pesquisas mostrarem que está atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro voltou a dizer que vai vencer a corrida eleitoral no primeiro turno, que seus apoiadores são maioria e que após a eleição todos terão de jogar dentro das quatro linhas, porque há limites. "O meu governo sempre jogou dentro das quatro linhas da Constituição. Em havendo a reeleição, todos --sem exceção-- jogarão dentro das quatro linhas da Constituição. Ninguém é dono de nada aqui, eu não mando na Presidência da República, eu tenho limites. O prefeito aqui não manda na cidade, tem limites", disse.

  "Assim é dentro de cada Poder, ninguém manda na República a não ser o nosso povo e a vontade desse povo se fará presente após as eleições em toda a sua plenitude", emendou.   Em várias oportunidades, Bolsonaro tem se referido às quatro linhas em meio a críticas contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

BANDIDOS

Bolsonaro também disse que o Brasil tem bandidos no lugar da oposição.

"Hoje nós não temos uma oposição, nós temos bandidos que querem o mal da sua população e nós vamos derrotar este pessoal nas urnas agora no próximo dia 2 de outubro", disse Bolsonaro no interior de Minas Gerais.

Lula sobre suposta anistia a Bolsonaro: 'se tiver processo judicial, ele terá a presunção de inocência que eu não tive' (vídeo)

 O candidato do PT ao Planalto disse que, se for eleito, não irá tomar posse com "espírito de vingança"

Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: REUTERS/Adriano Machado | REUTERS/Carla Carniel)

247 - O candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou sobre a suposta anistia a Jair Bolsonaro e, de acordo com vídeo publicado nesta sexta-feira (23), o petista afirmou que, se for eleito, não irá tomar posse com "espírito de vingança". "Se tiver algum processo, posso garantir que ele terá a presunção de inocência que eu não tive", disse. 

O ex-presidente criticou sigilos de 100 anos determinados por Bolsonaro. "Me inquieta ele transformar em sigilo de 100 anos qualquer resquício de algo contra ele?", questionou. 

Em outra ocasião, o candidato do PT havia criticado também a censura determinada pela Justiça do Distrito Federal contra o portal Uol por causa de matérias sobre a compra de imóveis avaliados em R$ 26 milhões feita pela família Bolsonaro com dinheiro em espécie. 

Bolsonaro foi alvo de mais de 140 pedidos de impeachment durante o governo. Ele foi acusados de interferência na Polícia Federal, estímulos a golpes de Estado, defesa de tortura e da Ditadura Militar (1964-1985) e corrupção relacionada à pandemia do coronavírus.

Intenções de voto

A pesquisa telefônica Ipespe, divulgada nesta sexta-feira (23), mostrou Lula perto de vencer no primeiro turno. Números divulgados pelo Datafolha nessa quinta-feira (22) apontaram que o ex-presidente aumentou as chances de ganhar a eleição no primeiro turno e continuou com mais de 15 pontos percentuais à frente de Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno. 


Eleitores de Ciro e Tebet consideram voto em Lula, segundo Datafolha

 A mudança de voto é levada em conta como forma de apoio a quem estiver à frente na corrida presidencial

Simone Tebet e Ciro Gomes (Foto: Reuters | Ney Xavier/ALEAM)


GGN - A possibilidade de voto útil em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é considerada por um entre cinco eleitores dos candidatos Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), como mostra a última pesquisa Datafolha.

A mudança de voto é levada em conta como forma de apoio a quem estiver à frente na corrida presidencial: segundo a pesquisa, Lula tem 47% das intenções de voto totais, contra 33% do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).

A pesquisa mostra que 11% dos eleitores ouvidos consideram o voto útil – sendo 21% entre os eleitores de Ciro, e 22% entre os eleitores de Simone Tebet.

Leia a íntegra da matéria no portal GGN

Aliados de Bolsonaro temem novo ataque de raiva em debate no sábado

 No último debate, na Band, Bolsonaro atacou a jornalista Vera Magalhães

Vera Magalhães e Bolsonaro (Foto: Reprodução/Band)

247- Aliados de Bolsonaro têm receio do temperamento do presidente no debate deste sábado (24) no SBT, organizado por um pool de veículos. A torcida é para Bolsonaro “não estourar”. As informações são do jornal Estado de S.Paulo.

Há apreensão pelo fato de haver dois blocos de perguntas de jornalistas – no último debate, na Band, Bolsonaro atacou a jornalista Vera Magalhães.

Aliados desejam que ele “defenda o seu legado”.

Marina turbina "Lula verde" e pode integrar futuro governo

 "É perfeitamente possível chegar ao desmatamento zero", disse a ex-ministra do Meio Ambiente

Marina Silva e Lula (Foto: Reprodução/Youtube)

SÃO PAULO (Reuters) - Ícone da luta ambiental do Brasil, a ex-senadora e candidata a deputada federal por São Paulo Marina Silva (Rede) acredita que um eventual novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com quem ela acaba de se reconciliar, será capaz de zerar o desmatamento da Amazônia, mesmo partindo dos atuais elevados índices de destruição da floresta sob a gestão Jair Bolsonaro.

"É perfeitamente possível chegar ao desmatamento zero, recuperando o plano que já deu certo, atualizando esse plano, recompondo os orçamentos e recompondo as equipes, fortalecendo as instituições de fiscalização, monitoramento, gestão", disse à Reuters a ex-ministra do Meio Ambiente de Lula.

A ex-senadora de 64 anos não esconde o contentamento do reencontro "pessoal" e "programático" com Lula após deixar o posto de ministra do petista em 2008 frustrada com o pouco apoio para sua agenda no governo. Em 2014, ela seria ainda duramente atacada pelo PT quando concorreu à Presidência pela segunda vez.

Agora, Marina, diz que Lula é o único capaz tanto de derrotar Bolsonaro, que ela considera uma ameaça à democracia, como de implementar uma política ambiental à altura dos compromissos que o Brasil deve assumir no âmbito do Acordo de Paris.

"Nós conseguimos um passo à frente, que foi o compromisso do presidente Lula de dizer que a política ambiental será transversal e que estará no mais alto nível de prioridade do governo", afirmou.

A ex-ministra se refere ao endosso de Lula a uma proposta feita por ela com 20 pontos para área ambiental, no dia último dia 12. Muitos deles são ambiciosos, como a meta de desmatamento zero, medida que, segundo a ex-ministra, será capaz, sozinha, de reduzir as emissões de carbono do país em 70%.

Ela admite, no entanto, que a situação da Amazônia é mais complexa do que quando ela foi ministra, entre 2003 e 2008, mas afirma que é possível deter as ilegalidades.

"Temos um agravamento da situação em relação ao que tínhamos em 2003. Hoje é um cruzamento de várias formas de criminalidade. É o garimpo ilegal, é exploração ilegal de madeira, é a questão do crime organizado, tráfico de droga, tráfico de armas, a pesca ilegal. São vários componentes que ali se cruzam", disse.

PORTA ABERTA

Marina também propôs a criação de uma autoridade nacional para o risco climático, com poder de transitar entre ministérios.

Ela estaria disposta a ocupar esse novo posto de "czarina do clima"? A ex-ministra diz que não é o momento de discutir cargos, mas deixa a porta aberta: "Isso é uma decisão do presidente da República. Neste momento tudo o que nós não precisamos é ficar falando de ministério antes de ganhar."

Após quase 15 anos de hiato, Lula e Marina se aliam em um momento estratégico para o ex-presidente, que lidera as pesquisas eleitorais contra Bolsonaro.

No período em que estiveram distantes, a questão climática ganhou ainda mais espaço na agenda global e a ex-senadora, de origem amazônica e premiada no mundo pelo trabalho ambiental, virou um ativo importante para que o ex-presidente fortaleça suas credenciais verdes tanto internamente, com ativistas e ambientalistas, como no exterior.

Os primeiros frutos já aparecem. "O apoio de Marina tornou o programa de governo do petista automaticamente o mais verde entre os candidatos do campo democrático", analisou nesta semana a organização não governamental Observatório do Clima.

Se o começo dos anos petistas registrou queda do desmatamento, a saída de Marina marcou um enfraquecimento da agenda, com aprovação de obras como a hidrelétrica de Belo Monte no governo de Dilma Rousseff, levando uma crise humanitária e ambiental para o coração da Amazônia na década passada.

Questionada se vê a possibilidade de que obras como essa voltem a ser implementadas por Lula no poder, Marina citou declaração do ex-presidente dizendo que, agora, megaprojetos como o de Belo Monte já não são mais necessários, considerando a queda dos custos de outras fontes de energia renovável.

Quanto a um possível risco de não implementação de sua agenda ambiental, dada a aliança de Lula com importantes lideranças ruralistas no Congresso, como o deputado Neri Geller (PP-MT), Marina joga com o peso público dos compromissos assumidos pelo ex-presidente e cita a proposta, revelada pela Reuters, de criar um programa de crédito agrícola “verde”.

"Não conheço que tenha sido feito um compromisso com um setor atrasado do ruralismo”, rebate, em referência a Geller, autor de propostas para afrouxar a legislação ambiental.

É justamente para se contrapor no Legislativo a esse poderoso grupo do agronegócio, que majoritariamente apoia Jair Bolsonaro, que Marina Silva diz ter escolhido ser candidata a deputada federal por São Paulo.

Foi por esse motivo, explica, que ela declinou do convite para ser candidata a vice-governadora em São Paulo na chapa de Fernando Haddad (PT) --Haddad, aliás, foi um dos artífices da reaproximação entre a ex-ministra e Lula.

"Existem riscos de que eles (bolsonaristas e aliados) queiram fazer uma série de irregularidades e ilegalidades antes que ele (Bolsonaro) saia do governo. Inclusive, uma das coisas que muito me preocupa é tentar mudar a legislação", diz Marina. "É uma tentativa que o centrão e o Bolsonaro estão fazendo", diz, em relação a projetos em tramitação no Congresso.

O outro objetivo de Marina com a candidatura de deputada, mais ou menos declarado, é tentar salvar a Rede de Sustentabilidade, a legenda que fundou há 7 anos. Com uma grande votação em São Paulo, a acreana pretende ajudar seu partido a escapar da chamada cláusula de barreira, que regula o funcionamento das siglas no país.

A regra só permite que funcionem como partidos com todos os direitos, inclusive fundo eleitoral e propaganda na TV, aqueles que alcançarem nas eleições deste ano 2% dos votos válidos nacionais, ou a eleição de pelo menos 11 deputados federais em ao menos nove Estados.

Também para escapar da restrição, a Rede se uniu em federação com PSOL. As duas siglas funcionarão juntas no Congresso pelos próximos quatro anos.

Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert declaram apoio a Lula em suas redes sociais (vídeo)

 Ao som de "All you need is love", do grupo inglês Beatles, os dois simularam um coração com as mãos

(Foto: Reprodução Twitter)

247 - O casal de apresentadores Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert postou em suas redes sociais, nesta sexta-feira (23), um vídeo no qual reproduz a letra "L" com os dedos, demonstrando apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições para presidente em 2 de outubro.

Ao som de "All you need is love", do grupo inglês Beatles, os dois simularam um coração com as mãos, seguido do "L"., inicial de Lula. 

O casal se junta a onda de artistas que estão se mobilizando para promover o chamado "voto útil" para eleger Lula já no primeiro turno e afastar de vez o bolsonarismo do poder.


Na reta final, campanha de Bolsonaro tem “climão” e troca de acusações

 Troca de farpas inclui até frases de falso apoio a Jair Bolsonaro: “Ele nunca esteve com o presidente"

Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - O aviso de férias do chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), a uma semana da eleição, irritou membros da campanha de Jair Bolsonaro (PL) que repetiram, nos bastidores, o que Paulo Guedes soltou na Rede TV: “Esse cara não apoia o Bolsonaro”, disse Guedes ao abandonar uma entrevista.

De acordo com reportagem do jornal Estado de S.Paulo, nesta sexta (23), o tom era o mesmo entre bolsonaristas: “Ele nunca esteve com o presidente”, afirmou um membro da equipe sobre Nogueira. O ministro disse a aliados querer se dedicar à campanha no Piauí, onde seu candidato Silvio Mendes (União) apareceu 14 pontos à frente do rival Rafael Fonteles (PT) na última pesquisa Ipec. O argumento é que Fonteles está crescendo na esteira de Lula (PT), o que fortalece a oposição contra ele em seu próprio território.

Nogueira suspendeu as férias, segundo aliados, em razão da repercussão negativa do episódio, que projetou uma sensação de desânimo no front bolsonarista. Mesmo tendo cancelado as férias, Nogueira avisou que deve estar na próxima semana no Piauí. Aliados minimizam o caso e dizem que o ministro tem contribuído engajando seguidores nas redes sociais, e pode continuar fazendo isso a distância.

Um dos aliados de Bolsonaro aproveitou o episódio para lembrar que o PP de Nogueira apoia Rodrigo Garcia (PSDB), adversário de Tarcísio de Freitas em São Paulo. Outro bolsonarista se queixou que, no Piauí, Bolsonaro tem uma das piores marcas – Lula aparece com 61% no Ipec, ante 20% de Bolsonaro.

Ofensiva de Alckmin rende apoio de 20 prefeitos do interior de São Paulo a Lula

 O movimento se deve à possibilidade de Lula vencer já no 1º turno

20.08.2022 – Lula e Geraldo Alckmin, da Coligação Brasil da Esperança, fazem ato pela democracia no Vale do Anhangabaú, em São Paulo. Participam do evento Fernando Haddad e Márcio França, além de lideranças e candidatos dos partidos que apoiam Lula e Alckmin. (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - Vinte prefeitos do PSDB do interior de São Paulo disseram a Geraldo Alckmin (PSB) e Márcio França (PSB) que devem apoiar Lula no 1.º turno. Nesta sexta (23), Alckmin anunciou no Twitter o apoio do prefeito de Barueri, Rubens Furlan (PSDB). O movimento, segundo França, se deve à possibilidade de Lula vencer já no 1.º turno. As informações são do jornal Estado de S.Paulo.

Os prefeitos de Carapicuíba, Taubaté, Santo André, Jundiaí e Mairiporã, tucanos, fizeram a mesma sinalização. Aliados esperam, com isso, que Lula obtenha vantagem de oito pontos sobre Bolsonaro em SP.

 O apoio a Lula, no entanto, não veio com a adesão a Fernando Haddad (PT). Nesse caso, os prefeitos dizem manter aliança com Rodrigo Garcia. A campanha do petista torce, porém, para que esses prefeitos possam aderir em eventual 2.º turno contra Tarcísio.

"Censura nunca mais", diz Juliana Dal Piva, após cair censura sobre mansões compradas com dinheiro ilegal pelo clã Bolsonaro

 Família Bolsonaro comprou 51 imóveis em dinheiro vivo

(Foto: Reprodução)


247 – "Quero agradecer ao trabalho da equipe de advogados do UOL e a todos os colegas jornalistas de diferentes veículos que hoje noticiaram e defenderam o nosso trabalho. Quem ganhou no fim desta sexta foi o jornalismo e a democracia do Brasil. Muito obrigada. Censura nunca mais!", escreveu a jornalista Juliana Dal Piva, após o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, derrubar a censura à reportagem sobre mansões compradas com dinheiro ilegal pelo clã Bolsonaro.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça derrubou a decisão da Justiça do Distrito Federal e liberou a reportagem do Uol sobre imóveis avaliados em R$ 26 milhões e comprados em dinheiro vivo pela família Bolsonaro. A medida vale até que a reclamação do portal Uol seja julgada pelo Supremo, de acordo com informações publicadas nesta sexta-feira (23) pelo portal G1. 

Na decisão que está em sigilo, Mendonça disse que, no Estado Democrático de Direito, deve ser assegurado o amplo exercício da liberdade de expressão. Afirmou que a censura não encontra amparo na Constituição.

Tico Santa Cruz manda recado a Ciro: "perder com dignidade seria mais honrado"

 Pedetista passou a agredir até seus aliados

Ciro Gomes e Tico Santa Cruz (Foto: Br | Nilson Bastian/ Câmara dos Deputados)

247 – "Ciro está deixando de ouvir quem estava ao seu lado na trincheira e passou a se juntar com gente que não só ajudou a criminalizar a esquerda, como está usando suas falas e não lhe dará voto, ainda  cuspirão em  no seu projeto.  Eu lamento. Perder com dignidade seria mais honrado", escreveu o cantor e compositor Tico Santa Cruz, em suas redes sociais.

Nos últimos dias, o candidato do PDT intensificou as agressões ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pode vencer as eleições no primeiro turno, e passou a atacar até ex-aliados, como Caetano Veloso e o próprio Tico Santa Cruz.

Jovem é agredida na cabeça com madeira após crítica a Bolsonaro em bar: 'Vai apanhar que nem homem'

 Bolsonarista foi localizado em uma rua próxima, ainda com sangue de Estefane no rosto e nas mãos, após ser contido por moradores

(Foto: Reprodução/Twitter)

247 - "Uma jovem de 19 anos foi agredida em um bar de Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio, depois de, em uma conversa com amigos, serem feitas críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo o relato de testemunhas, outro cliente do estabelecimento, ao ouvir os comentários, saiu em defesa do candidato à reeleição e deu início a uma discussão, que acabou culminando em sua expulsão do local pela proprietária. Em seguida, porém, ele retornou com um pedaço de madeira e atacou o grupo, atingindo Estefane de Oliveira Laudano com um golpe na cabeça", informa reportagem do jornal O Globo.

A jovem relata que estava conversando sobre política no local. "Nesse momento, esse homem, que eu nunca vi na vida, já se intrometeu dizendo que era Bolsonaro, perguntando qual era o problema. Respondi que nenhum, que ele estava no direito, mas que ninguém havia falado com ele". 

Esther afirma que o agressor insistiu nas ofensas, aos gritos, até que a dona do bar pediu para que ele se retirasse. De acordo com a jovem, o homem parecia alterado, como se estivesse embriagado. "Ele me chamou de 'maria-homem' e disse que era "gente que nem a gente que vota no Lula". Depois, foi embora, mas não demorou para voltar com esse pedaço de madeira. Começou a berrar que, "se eu era homem, então iria apanhar que nem homem". Eu parei na frente dele e falei: 'Então bate'."

"Estefane teria, então, entrado no meio da discussão, tentando afastar o agressor. O homem, no entanto, revidou, e ela acabou atingida pela quina do pedaço de madeira, que fez o corte em sua cabeça.Toda a confusão aconteceu em um bar no Centro de Angra dos Reis, por volta das 16h. Ferida, Estefane foi levada no colo de um amigo para a Santa Casa de Angra do Reis, situada a poucos metros do local do incidente. Depois, ela foi transferida para o Hospital Municipal da Japuíba, na mesma cidade, onde levou sete pontos na região do corte e permanece internada, com quadro estável.", relata a reportagem.

A reportagem ainda informa que, "depois de se certificar que a irmã estava bem, Esther conseguiu localizar dois policiais militares, que passaram a fazer uma ronda na região em busca do agressor. Ele foi localizado em uma rua próxima, ainda com sangue de Estefane no rosto e nas mãos, após ser contido por moradores. As testemunhas e o homem foram conduzidos para a 166ª DP, onde ele foi autuado em flagrante por lesão corporal. De acordo com o delegado Vilson de Almeida Silva, titular da unidade, o bolsonarista responderá em liberdade por se tratar de um crime de menor potencial".

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Lula posa com seus nove dedos e lembra que faltam nove dias para votar 13

 Com a postagem, Lula responde com bom humor ao ódio e ao preconceito bolsonaristas

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Stuckert)


247 - O candidato a presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou nesta sexta-feira (23) a importância desta eleição presidencial e lembrou que faltam nove dias para os brasileiros irem às urnas eletrônicas. "Faltam 9 dias para votar 13!", escreveu o ex-presidente no Twitter. 

A pesquisa telefônica Ipespe, divulgada nesta sexta-feira (23), mostrou Lula perto de vencer no primeiro turno.

A pesquisa Datafolha, divulgada nessa quinta-feira (22), apontou que o ex-presidente aumentou as chances de ganhar a eleição no primeiro turno e continuou com mais de 15 pontos percentuais à frente de Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno. 


Barroso suspende cassação do vereador Renato Freitas

 De acordo com o ministro do Supremo, o parlamentar do PT fez um "protesto pacífico em favor de vidas negras"

Luís Roberto Barroso e Renato de Freitas (Foto: Dorivan Marinho/SCO/STF | Rodrigo Fonseca/CMC)


247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso suspendeu a cassação do vereador de Curitiba (PR) Renato Freitas (PT), cassado em junho pela Câmara Municipal da capital paranaense. De acordo com o ministro do Supremo, o parlamentar fez um "protesto pacífico em favor de vidas negras", de acordo com informações publicadas nesta sexta-feira (23) pela coluna Radar

O parlamentar respondeu a procedimento administrativo de quebra de decoro. Ele foi acusado de estimular, no dia 5 de fevereiro, invasão à Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos de São Benedito, em Curitiba (PR). O ato aconteceu em protesto contra as mortes de Moïse Mugenyi, no dia 24 de janeiro deste ano, e Durval Teófilo Filho, no dia 2 de fevereiro. Os dois homens eram homens negros e foram assassinados no estado do Rio de Janeiro.

Em fevereiro, o parlamentar negou ter invadido a igreja e disse que a "missa já havia terminado" quando aconteceu a manifestação. "Vídeos sem contexto e informações falsas estão sendo divulgadas a respeito de ato contra o racismo", acrescentou o petista na época pelo Twitter.


André Mendonça derruba decisão e libera reportagem sobre imóveis comprados em dinheiro vivo pela família Bolsonaro

 A medida vale até que a reclamação do portal Uol seja julgada pelo Supremo

Ministro do STF André Mendonça (Foto: Carlos Alves Moura/STF)


247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça derrubou a decisão da Justiça do Distrito Federal e liberou a reportagem do Uol sobre imóveis avaliados em R$ 26 milhões e comprados em dinheiro vivo pela família Bolsonaro. A medida vale até que a reclamação do portal Uol seja julgada pelo Supremo, de acordo com informações publicadas nesta sexta-feira (23) pelo portal G1

Na decisão que está em sigilo, Mendonça disse que, no Estado Democrático de Direito, deve ser assegurado o amplo exercício da liberdade de expressão. Afirmou que a censura não encontra amparo na Constituição.


Internautas citam denúncia de propina escondida em pneu e Michelão vai ao TT

 Michelle Bolsonaro foi ao Trending Topics do Twitter após internautas citarem a corrupção no MEC, que era comandado por Milton Ribeiro, aliado da esposa de Jair Bolsonaro

(Foto: Reuters | MEC | Pixabay)

247 - Internautas foram nesta sexta-feira (23) ao Twitter criticar a corrupção e citaram Michelle Bolsonaro após a informação de que o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro autorizou a negociação de contratos de obras federais em escolas públicas em troca de reformas nas igrejas dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. O criminalista Daniel Bialski, advogado da esposa de Jair Bolsonaro (PL), assumiu este ano a defesa de Milton Ribeiro sobre as investigações de irregularidades na liberação de dinheiro do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Em junho, Michelle afirmou que "Deus vai provar" que o ex-ministro é "uma pessoa honesta".

Sobre a denúncia desta semana, o empresário do setor da construção civil Ailson Souto da Trindade afirmou ter sido feito um pedido de propina de R$ 5 milhões em dinheiro, que deveria ser escondido no pneu de uma caminhonete.

"O Michelão do MEC", disse uma pessoa no Twitter. 

Um internauta escreveu: "a família Broxonaro são mesmo empreendedores: loja de chocolate, imobiliária, pneus Michelão etc  E aceitam todo tipo de pagamento: cheque, dinheiro vivo, rachadinha, milícia... vc escolhe".

Outro usuário disse que "a moda agora é dinheiro na roda do pastor de direita. Propina e corrupção é roubo". "Esta escrito, não roubarás satanas. Propina no pneu Michelão".

"Hoje nos postos teremos gasolina de graça e pneus da marca Michelão calibrados com notinhas novinhas de Duzentão!".

"CPI do MEC já", escreveu outro internauta.