"Se o eleitor não quiser deixar com o mesário, já sabe que deverá deixar em casa, no carro, com algum parente para não ter surpresa", disse Moraes
Reuters - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reafirmou nesta quinta-feira a proibição de entrar na cabine de votação portando aparelho de celular, máquina fotográfica e quaisquer outros equipamentos capazes de comprometer o sigilo do voto, ao responder a uma consulta formulada pelo partido União Brasil sobre o tema.
Os ministros do TSE destacaram que há normas legais que dizem expressamente não ser possível adentrar a cabine com o aparelho e que o equipamento deverá ser deixado com o mesário antes da votação.
A corte vai promover uma campanha de esclarecimento sobre a proibição do uso do celular, com comunicação expressa a autoridades policiais e eleitorais, inclusive com a fixação de cartazes nas zonas eleitorais.
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, afirmou que em reuniões recentes que teve com comandantes das policiais militares e presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) dos 26 Estados e do Distrito Federal demonstraram preocupação sobre a questão do uso dos celulares e a eventual "coação do exercício do voto".
Moraes citou que a milícia pode exigir de um determinado eleitor que comprove voto em um candidato, pode haver casos de tentativa de compra de voto e também fraudes de uma pessoa gravando o seu voto apertando errado um determinado número e acusando haver problema na urna eletrônica.