A Prefeitura de Apucarana, em conjunto com o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ/PR), por intermédio do Fórum da Comarca, Câmara Municipal de Vereadores, através da Procuradoria da Mulher, e Câmara da Mulher Empreendedora de Apucarana, iniciou nesta terça-feira (23/08) uma mobilização visando à adesão de entidades públicas e privadas à Campanha Sinal Vermelho. Criada há dois anos pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a iniciativa de combate à violência doméstica contra a mulher atualmente já é lei em 18 estados e no DF.
No Paraná, a campanha é amparada pela Lei Estadual nº 20.595/21, de 28 de maio de 2021, que instituiu o Programa de Cooperação e Código Sinal Vermelho. O lançamento das estratégias locais, com capacitação de representantes de entidades que já aderiram à campanha aconteceu em ato no salão nobre do paço municipal. Além de distribuição de cartazes para serem afixados em ambientes públicos de grande circulação de pessoas, e folhetos com orientação sobre os objetivos da campanha, o evento contou com uma palestra proferida pelo comandante do 10º Batalhão da Polícia Militar do Paraná (10º BPM), tenente-coronel Marcos José Facio, que falou sobre as formas corretas de ajudar a vítima e principais canais de denúncias.
O prefeito Júnior da Femac participou do evento acompanhado da primeira-dama e empresária Carmen Lúcia Izquierdo Martins. “Enquanto sociedade já evoluímos muito tanto no aspecto cultural, quanto institucional. Há poucos anos era impensado admitirmos que existia machismo no Brasil. Hoje, ao reconhecermos a existência da violência contra a mulher já demos um grande passo. Mas temos que agir de forma incessante, todos os dias, levar a campanha para a rua, para as redes sociais, para o comércio, indústrias, repartições públicas, escolas e faculdades, em um
verdadeiro pacto onde cada um de nós aja no sentido de não permitir que nenhuma mulher sofra mais violência doméstica em Apucarana”, convocou o prefeito, frisando que “ao chegar ao ponto de ter que pedir socorro mediante uma inscrição em sua mão, a mulher certamente já apanhou demais, foi muito humilhada, passou por coisas indescritíveis e teve todos os canais de diálogo com o “mundo exterior” bloqueados”.
“Este ciclo de violência deve ser quebrado, por isso a importância da adesão de toda a cidade. Homem de verdade não bate em mulher, ele protege, não aceita e abomina qualquer atitude agressiva, incluindo piadinhas. Homem de verdade trabalha pela paz”, pontuou o prefeito, assinalando que a campanha atende ao objetivo 16 da ONU, dentro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). “Paz, Justiça e instituições eficazes, que visa promover sociedades justas, pacíficas e inclusivas, oferecer acesso à justiça e construir instituições sólidas e responsáveis”, disse.
Segundo frisou a secretária Municipal da Mulher e Assuntos da Família, Denise Canesin, o “X” vermelho é mais uma estratégia de enfrentamento que precisa, acima de tudo, ser conhecida pela população. “A campanha Sinal Vermelho é um instrumento de denúncia contra a violência doméstica. Com um “X” na palma da mão (feito preferencialmente com batom, caneta ou objeto similar na cor vermelha), a mulher pode pedir ajuda para qualquer estabelecimento comercial, onde o atendente irá chamar a polícia”, explica a secretária.
A primeira-dama e empresária Carmen Lúcia Izquierdo Martins disse que o combate à violência contra a mulher é responsabilidade de todos. “Essa campanha não é da prefeitura, de uma secretaria ou de uma entidade, ela é de Apucarana. Todos temos que divulgar e estarmos atentos ao sinal (X) para darmos rápida resposta, pois quem está em desespero não pode esperar”, frisou Carmem.