Líderes de partidos da oposição no Congresso pedem que Jair Bolsonaro seja investigado por incitar atos de violência
Marcelo Arruda, Augusto Aras e Luiz Fux (Foto: Divulgação | ABR)
247 - Líderes da oposição no Congresso pedem à Procuradoria Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal para que Jair Bolsonaro seja investigado por crime de ódio, depois do assassinato do dirigente petista de Foz do Iguaçu (PR) Marcelo Arruda pelo bolsonarista Jorge José Guaranho no final de semana.
A representação foi entregue ao procurador-geral da República, Augusto Aras, durante reunião para debater federalização do assassinato de petista. O mesmo documento foi entregue ao presidente do STF, ministro Luiz Fux.
“Junto com outros líderes da oposição, estou na PGR pedindo investigação contra Bolsonaro por crime de ódio. Ele tem culpa pela morte de Marcelo Arruda”, postou no Twitter o deputado federal Reginaldo Lopes, líder do PT na Câmara.
Assinam a petição a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, além dos deputados do partido Reginaldo Lopes, Alencar Santana, Afonso Florence, Zeca Dirceu e Enio Verri; Sâmia Bonfim e Fernanda Melchionna, do PSOL; Renildo Calheiros, do PCdoB; André Peixoto Figueiredo Lima e Wolney Queiroz Maciel, do PDT; Joenia Batista Carvalho, da Rede; Ubirajara do Pindaré, do PSB; e João Carlos Bacelar Batista, do PV.
Os parlamentares pedem aos chefes das instituições:
a) A instauração de Procedimento de Investigação Criminal para apurar, em tese, a prática de crimes pelo Presidente da República e, ao final, a oferta de denúncia ao Supremo Tribunal Federal;
b) A adoção das medidas administrativas e civis pertinentes, em função das responsabilidades pelos crimes, em tese, delineados na presente representação;
c) A adoção de medidas, na qualidade de Procurador-Geral Eleitoral, para assegurar a lisura, segurança e higidez do processo eleitoral;
d) A adoção de medidas civis, administrativas e penais para identificar com urgência grupos em redes sociais que vêm disseminando ódio e estimulando violência e intolerância política, de modo que sejam impedidos e responsabilizados;
e) A adoção de medidas legais junto a provedores de redes sociais, ferramentas de busca e de mensageria instantânea, para que busquem impedir a divulgação, por meio de mecanismos públicos de moderação de conteúdo, de quaisquer condutas que representem práticas de ódio e intolerância política, especialmente durante o período eleitoral.