sexta-feira, 8 de julho de 2022

Melhor do que "essa coisa" que está no governo tenho certeza que sou, diz Lula

 “Precisamos de união para derrotar esse fascista e essa coisa que não entende do Brasil e do povo“, afirmou o ex-presidente em ato para milhares na Cinelândia, no Rio de Janeiro

Lula e Janja (Foto: Reuters/Ricardo Moraes)


Por Rodrigo Viga Gaier (Reuters) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira, ao se referir ao presidente Jair Bolsonaro (PL), ter certeza de que é melhor do que “essa coisa” que está no governo, e reiterou sua garra para recuperar o país se for eleito na eleição de outubro.

Em um discurso para milhares de pessoas em evento na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, que teve segurança reforçada até com detectores de metal no acesso do público, Lula fez diversos ataques ao governo e a Bolsonaro, que será candidato à reeleição.

"Precisamos humanizar esse país“, disse Lula. “Precisamos de união para derrotar esse fascista e essa coisa que não entende do Brasil e do povo“, acrescentou.

Lula lidera as pesquisas de intenção de voto e venceria no primeiro turno se a eleição fosse hoje, de acordo com os levantamentos mais recentes.

O ex-presidente admitiu que quando foi eleito pela primeira vez, em 2002, teve medo e até "dor de barriga" por achar que poderia fracassar no governo e decepcionar o povo. Dessa vez, afirmou, está extremamente empolgado para mais um governo.

“Posso não ser melhor do que ninguém, mas melhor do que essa coisa que está aí tenho certeza que sou“, afirmou. “Se vocês soubessem a garra que estou de governar e como vamos recuperar o país, vocês não sabem. Estou com 76 anos, energia de 30 e tesão político de 20“, disse.

Antes da chegada de Lula, houve um momento de tensão no evento, quando fogos de artifício foram lançados na direção do público. O incidente provocou uma pequena correria, mas a situação foi rapidamente contornada e não houve feridos.

O evento aconteceu na Cinelândia, tradicional ponto de manifestações políticas na cidade desde os tempos do movimento “Diretas Já“.

Pela primeira vez, no entanto, o local foi cercado por tapumes de metal para controlar a entrada de pessoas. Nos acessos, seguranças usaram detectores de metal para revistar o público.

Do lado de fora, centenas de pessoas ocuparam ruas, calçadas e escadarias do Theatro Municipal, Biblioteca Nacional e Câmara dos Vereadores para acompanhar a fala de Lula.

Carro de juiz que mandou prender o ex-ministro Milton Ribeiro é atacado por bolsonaristas em Brasília

 Veículo foi atingido por fezes de animais, ovos e terras. Magistrado não se feriu. Tribunal Regional Federal da 1ª Região foi acionado para apurar os fato

(Foto: Reprodução)

247 - Responsável pela ordem de prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, o juiz Renato Borelli, da 15ª Vara da Justiça Federal em Brasília, foi alvo nesta quinta-feira (7) de um ataque enquanto dirigia, logo após deixar sua residência na capital federal. No início da tarde, o carro foi atingido por fezes de animais, ovos e terra. As informações são do portal G1.

O juiz não se feriu. Ele teve a visão prejudicada no momento do ataque porque parte do vidro dianteiro ficou manchado. Mas conseguiu controlar o carro.

Renato Borelli autorizou a operação da Polícia Federal que no último dia 22 prendeu o ex-ministro da Educação e os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, suspeitos de cobrar propina para liberação de verbas públicas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, mesmo sem cargos no ministério.

A TV Globo apurou que o juiz comunicou o caso ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que vai tomar providências para apurar os fatos.

Logo após determinar a prisão de Ribeiro e dois pastores, Borelli recebeu dezenas de ameaças, a maioria pela internet.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi acionado para apurar as ameaças e recomendou providências para proteção do juiz.

Na Cinelândia, Lula se emociona ao lembrar da mãe, Dona Lindu

 "Eu olhava no semblante da minha mãe e ela nunca perdia a esperança", disse ele

Lula na Cinelândia (Foto: Ricardo Stuckert)

247 – Em seu discurso no ato Juntos Pelo Rio, realizado na noite de ontem, 7, na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva agradeceu ao povo do Rio, falou de sua fé em Deus e se emocionou ao lembrar da infância difícil e de sua mãe, dona Lindu. Segundo ele, as lições deixadas por ela foram fundamentais em sua formação política.

Esse dia de hoje para mim é um dia de gratidão ao povo do Rio de Janeiro por tudo que vocês me ajudaram. Primeiro, queria dizer para vocês que Deus foi muito generoso comigo. Se tem uma pessoa que não tem que ter dúvida da existência de Deus, se tem uma pessoa que tem que ter consciência da existência de um ser superior, que guia nossos passos, esse ser humano sou eu”, iniciou Lula.

Para o ex-presidente, sua trajetória é uma verdadeira prova de fé. “Eu nasci em Caetés e eu fui comer pão pela primeira vez aos 7 anos de idade. Eu vim para São Paulo 70 anos atrás para não morrer de fome, não foram poucas as vezes que minha mãe não tinha comida para colocar no fogo. Eu olhava no semblante da minha mãe e ela nunca perdia a esperança. Ela falava: “Hoje não tem, mas amanhã vai ter”. E essa crença… Essa crença me formou”, disse ele, emocionado.

O ex-presidente citou também o dia que sua mãe decidiu deixar a casa onde eles viviam com o pai, na Baixada Santista, e se mudou para São Paulo com “oito filhos, a gente com a roupa do corpo, o móvel que a gente tinha era uma tina, uma lata vazia de leite em pó e uma faca, fomos morar num barraco com todos os irmãos pequenos”.

Logo, os filhos mais velhos estavam trabalhando para ajudar na renda, contou Lula. “Eu vendia amendoim, vendia laranja, outro irmão vendia tapioca e eu fiquei fascinado, como é que pode uma mulher com 8 filhos pequenos pode separar do marido e morar sozinha porque ela queria que seus filhos fossem tratados com muito respeito a sua dignidade. e sobrevivemos. conseguimos sobreviver”, relatou.

Ele falou também que seu sonho era ser economista, mas diante da falta de uma oportunidade, sua vida tomou outro rumo: “fui ser torneiro mecânico, de torneiro mecânico eu fui ser dirigente sindical, de dirigente sindical eu fui ser presidente da República desse país”.

O ex-presidente mencionou também o receio que sentia de não conseguir fazer um bom trabalho à frente do governo, citando a experiência do também ex-operário Lech Walesa, presidente da Polônia entre 1990 e 1995, após se consagrar como líder sindical durante greves no porto de Gdansk que ocorreram na mesma época que as greves dos metalúrgicos no ABC, em 1980. Quando se candidatou à reeleição, ele só teve 0,5% dos votos.

“E aí eu comecei a adotar a seguinte tese: toda vez que eu tiver preocupação, dúvida, eu vou conversar com os meus economistas, sindicalistas, sociólogos, advogados, mas eu preciso sentir o pulsar do povo pobre deste país para saber o que ele está pensando. É por isso que eu levava para dentro do palácio catadores de papel, moradores de rua, LGBTs, levava todo mundo. Para as pessoas saberem que naquele palácio cabia rei, mas tinha que caber, sobretudo, o povo brasileiro”, declarou.

Outras declarações:

Assista na íntegra:

Veja o momento em que Shinzo Abe, ex-premiê do Japão, é baleado pelas costas (vídeo)

 Imagens mostram o atirador e a arma do crime, aparentemente caseira

(Foto: Reprodução/Twitter/@Metropoles)

247 - O ex-primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe morreu nesta sexta-feira (8) depois de ser baleado enquanto fazia campanha para uma eleição parlamentar.

Um vídeo mostra o momento exato em que Abe é baleado pelas costas, por um homem que usou uma arma aparentemente caseira para atacar o político.

A polícia informou que o homem tinha 41 anos. A NHK, emissora local, afirmou que o suspeito é Tetsuya Yamagami.


Homem que lançou fogos de artifício em ato na Cinelândia com Lula tentou fugir dos policiais, mas foi encurralado

 Homem tentou causar um atentado no ato político realizado na Cinelândia com a presença de Lula

Lula na Cinelândia (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - O homem que lançou fogos de artifício em ato na Cinelândia na noite desta quinta-feira (7) na Cinelândia, região central do Rio, com a presença de Lula, tentou fugir dos policiais, mas foi encurralado pelos agentes, informou a corporação. 

Dois artefatos foram atirados contra a plateia que acompanha ato do pré-candidato. 

Informações iniciais davam conta que dois estrondos foram ouvidos no meio da multidão, que foi atingida por duas garrafas pets. Em seguida, um mau cheiro tomou conta do local.

Uma nota oficial enviada pela comunicação do Lula esclarece que os objetos eram, na verdade, dois fogos de artifícios, jogados de fora para dentro da área do evento.

A Polícia Militar disse ter identificado um homem como o autor do ataque. “Um homem infiltrado no ato da Cinelândia arremessou um artefato explosivo de festas juninas para o interior da área cercada pelo palco”, diz nota da PM.

Ele será indiciado pelo artigo 251 do Código Penal por “expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos.”

Com apoio de Lula, Kalil vai a 42% e Zema fica com 26%, mostra pesquisa Quaest

 O comparativo é feito entre o apoio de Lula a Kalil e o apoio de Felipe d'Avila, candidato do Novo a presidente, a Romeu Zema

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Alexandre Kalil. Foto: Ricardo Stuckert

247 - Pesquisa presencial Quaest, contratada pelo banco Genial, divulgada nesta sexta-feira (8) mostra ampla vantagem de Romeu Zema (Novo) na disputa pelo governo de Minas Gerais. Zema aparece com 44% das intenções de voto, seguido por Alexandre Kalil (PSD), com 26%. Kalil é o candidato apoiado pelo ex-presidente Lula (PT), favorito nas pesquisas eleitorais para voltar a governar o país.

Tudo muda, por outro lado, quando o nome de Kalil é apresentado para o eleitor ao lado do nome de Lula. Kalil vai a 42% das intenções de voto, enquanto Zema, apoiado pelo candidato do Novo a presidente, Felipe d'Avila, fica com 26%.


Senado

O candidato mais bem colocado na pesquisa para ocupar a vaga de Minas Gerais no Senado é Cleitinho Azevedo (PSC), que tem 19% das intenções de voto. O segundo colocado é Alexandre Silveira (PSD), com 7%.


A pesquisa ouviu 1.480 eleitores de Minas Gerais presencialmente entre 2 e 5 de julho. O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro é de 2,5 pontos percentuais. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo MG-00322/2022.




Lula reúne 50 mil em ato no Rio de Janeiro: 'Vou quebrar esses sigilos de 100 anos'

 O evento contou com a presença de Geraldo Alckmin, Marcelo Freixo, André Ceciliano (PT), além de outras lideranças progressistas

(Foto: Ricardo Stuckert)

Sputnik - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou nesta quinta-feira (7) um ato no Rio de Janeiro com Marcelo Freixo (PSB), André Ceciliano (PT) e outras lideranças do campo progressista.

O ex-presidente Lula reuniu, pelas estimativas do PT, cerca de 50 mil pessoas em ato na Cinelândia, no Rio de Janeiro. Logo no início de sua fala, o petista criticou a falta de transparência do governo Bolsonaro.

"Tudo é sigilo de 100 anos. Vou quebrar sigilos de 100 anos no primeiro decreto que fizer", declarou.

O evento contou com a presença de seu pré-candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), de Marcelo Freixo (PSB), pré-candidato ao governo do Rio apoiado por Lula, de André Ceciliano (PT), pré-candidato ao Senado, além de outras lideranças.

Ao longo de seu discurso, Lula reforçou a posição do PT em exigir que Ceciliano integre a chapa majoritária como candidato ao Senado. O deputado federal Alessandro Molon, presidente dos socialistas no Rio, tem defendido sua candidatura, o que causou um imbróglio entre as siglas.

Molon não ficou na linha de frente do palanque, mas discursou enquanto presidente do PSB no estado. Ele deu indiretas a Ceciliano, criticando o parlamentar por manter relações com o governador Cláudio Castro (PL), governador alinhado ao presidente Jair Bolsonaro.

Depois, já com Lula no palco, Ceciliano chamou Molon de covarde: "Lula precisa de um senador que não vai tirar o pé da bola dividida; que não vai abandonar, como muitos covardes fizeram", disparou.

Lula da Silva e seus aliados destacaram a importância da união ampla das forças progressistas para derrotar o Jair Bolsonaro e resolver problemas que afligem o Brasil.

O ex-presidente afirmou que a fome é irresponsabilidade de quem governa e citou questões específicas do Rio, como a necessidade de recuperar a indústria naval e resolver o problema da violência.

Ele defendeu uma Petrobras gerida pelo Estado e disse que, para isso, é preciso voltar a desenvolver a indústria naval fluminense.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, agradeceu aos partidos que compõem o movimento Vamos Juntos pelo Brasil, da chapa Lula-Alckmin, e disse que a união será fundamental para "evitar que o fascismo avance no Brasil".

O ex-governador Geraldo Alckmin, pré-candidato a vice de Lula, disse que ao viajar o país com o ex-presidente, vê de Norte a Sul um movimento de volta da esperança. "Vamos ter uma grande festa cívica daqui a 90 dias", declarou.


"Eu duvido desse sistema eleitoral, é um direito meu duvidar", diz Bolsonaro, em novo ataque às instituições

 Rejeitado pela maioria dos brasileiros e atrás de Lula em todas as pesquisas, Jair Bolsonaro fez novo ataque às instituições

(Foto: Luiza Castro/Sul 21 | ABr)


(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar, nesta quinta-feira, o sistema eleitoral brasileiro e disse duvidar da segurança do processo de votação eletrônica, sugerindo que diferentes órgãos, como a Polícia Federal e a Ordem dos Advogados do Brasil, além das Forças Armadas, possam contabilizar os votos junto com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"Eu duvido desse sistema eleitoral, é um direito meu duvidar", disse Bolsonaro em sua transmissão semanal ao vivo pelas redes sociais, voltando a levantar dúvidas --sem apresentar evidências-- de possíveis fraudes em eleições passadas.

Bolsonaro, que se elegeu presidente em 2018 e deputado diversas vezes em eleições anteriores pelo sistema de voto eletrônico, tem feito ataques constantes aos ministros do TSE Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes, que também pertencem ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro acusa, sem apresentar provas, os três magistrados de terem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato preferencial na eleição presidencial de outubro. Lula (PT) lidera as pesquisas de intenção de voto à frente de Bolsonaro (PL) e alguns levantamentos apontam até mesmo uma possível vitória no primeiro turno.

Bolsonaro já chegou a afirmar que não irá aceitar o resultado de uma eleição que não considere justa.

Depois de sugerir inicialmente que as Forças Armadas tivessem acesso ao sistema de votação para realizar uma apuração própria dos votos, o presidente agora sugeriu que entidades como a Polícia Federal, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Controladoria-Geral da República (CGU) e universidades também possam fazer suas apurações paralelas.

Apesar das falas do presidente acusando o TSE de fazer a apuração em uma "sala secreta", a corte eleitoral já esclareceu diversas vezes que a totalização dos votos é um ato público.

Em tom de ameaça, Bolsonaro disse que "ninguém quer invadir nada", mas que sabe o que "temos que fazer antes das eleições". Antes, criticou o presidente do TSE, Edson Fachin, por ter afirmado na véspera que há risco de o Brasil passar por um evento mais grave do que a invasão ao Capitólio de Washington, ocorrido em 6 de janeiro do ano passado, quando partidários do então presidente derrotado dos EUA, Donald Trump, invadiram as dependências do Congresso para tentar impedir a certificação da vitória de Joe Biden.

Bolsonaro também disse que irá convidar todos os embaixadores estrangeiros no Brasil para mostrar na próxima semana "o que aconteceu" nas eleições de 2014, 2018 e 2020, insinuando que seriam problemas que, segundo ele, estarão devidamente documentados.

Baleado em campanha eleitoral, morre o ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe

 Informação é da emissora pública japonesa NHK. Ele foi baleado enquanto participava de um comício eleitoral na cidade de Nara, no oeste do Japão

Shinzo Abe (Foto: Reuters)


Reuters - O ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, o líder mais antigo do Japão, morreu nesta sexta-feira (8) horas depois de ser baleado enquanto fazia campanha para uma eleição parlamentar, chocando um país onde a violência política é rara e as armas são controladas.

Um homem abriu fogo contra Abe, 67, por trás, com uma arma aparentemente caseira.

Foi o primeiro assassinato de um ex-primeiro-ministro japonês desde os dias do militarismo pré-guerra na década de 1930.

O hospital que atendeu Abe informou que a morte ocorreu às 17h03 (0803 GMT), cerca de cinco horas e meia depois de ser baleado. Um médico disse que Abe sangrou até a morte. 

Falando antes da morte de Abe ser anunciada, o primeiro-ministro Fumio Kishida condenou o tiroteio nos "termos mais fortes", enquanto o povo japonês e os líderes mundiais expressaram choque.

"Este ataque é um ato de brutalidade que aconteceu durante as eleições - a base de nossa democracia - e é absolutamente imperdoável", disse Kishida, lutando para controlar suas emoções.

Um oficial do corpo de bombeiros disse que Abe parecia estar em estado de parada cardíaca quando foi transportado de helicóptero para o hospital.

A polícia disse que um homem de 41 anos suspeito de realizar o tiroteio foi preso. A NHK citou o suspeito, identificado como Tetsuya Yamagami, que afirmou à polícia estar insatisfeito com Abe e que por isto queria matá-lo.

Abe estava fazendo um discurso de campanha do lado de fora de uma estação de trem quando dois tiros foram disparados por volta das 11h30 (0230 GMT). Autoridades de segurança foram vistas atacando um homem de camiseta cinza e calça bege. 

"Houve um estrondo alto e fumaça", disse o empresário Makoto Ichikawa, que estava no local, à Reuters, acrescentando que a arma era do tamanho de uma câmera de televisão. "No primeiro tiro, ninguém sabia o que estava acontecendo, mas depois do segundo tiro, o que parecia ser uma polícia especial o atacou."

Transfusão

Mais cedo, o serviço de notícias Kyodo publicou uma fotografia de Abe deitado na rua, com sangue em sua camisa branca. As pessoas estavam amontoadas ao redor dele, uma administrando massagem cardíaca.

Os serviços de emergência de Nara disseram que ele foi ferido no lado direito do pescoço e na clavícula esquerda. Seu irmão, o ministro da Defesa Nobuo Kishi, disse que Abe estava recebendo transfusões de sangue.

A NHK mostrou imagens ao vivo da esposa de Abe, Akie, em seu caminho de trem para o hospital onde ele estava sendo tratado.

Airo Hino, professor de ciência política da Universidade Waseda, disse que tal tiroteio não tem precedentes no Japão. "Nunca houve nada como isso", disse ele.

Políticos japoneses de alto escalão são acompanhados por agentes de segurança armados, mas muitas vezes se aproximam do público, especialmente durante as campanhas políticas, quando fazem discursos à beira da estrada e apertam a mão dos transeuntes.

Em 2007, o prefeito de Nagasaki foi baleado e morto por um gângster da yakuza. O chefe do Partido Socialista do Japão foi assassinado durante um discurso em 1960 por um jovem de direita com uma espada curta de samurai. Alguns outros políticos proeminentes do pós-guerra foram atacados, mas não feridos.

A polícia disse que o suposto atirador era um morador de Nara. A mídia disse que ele serviu nas forças armadas do Japão por três anos até 2005. O ministro da Defesa Kishi se recusou a comentar sobre isso.

Abe cumpriu dois mandatos como primeiro-ministro, deixando o cargo em 2020, alegando problemas de saúde. Mas ele continuava sendo uma presença dominante sobre o Partido Liberal Democrático (LDP).

Kishida, o protegido de Abe, esperava usar a eleição para emergir da sombra de Abe e definir seu cargo de primeiro-ministro, disseram analistas. Kishida suspendeu sua campanha eleitoral após o tiroteio. Todos os principais partidos políticos condenaram o ataque.

Bolsonaro diz que Fachin tem certeza da vitória de Lula

 "Se ele fala isso, é que ele tem a certeza que o candidato dele, que ele tirou da cadeia, o Lula, vai ganhar", disse Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro, Edson Fachin e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução | ABR)

247 - Jair Bolsonaro (PL) voltou, nesta quinta-feira (7), a criticar o sistema eleitoral brasileiro e afirmou que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, sabe o resultado da eleição presidencial. 

"Não entendo o que o Fachin vai fazer fora do Brasil dizendo que podemos ter um 6 de janeiro ainda pior. Se ele fala isso, é que ele tem a certeza que o candidato dele, que ele tirou da cadeia, o Lula, vai ganhar. Ele tem certeza. Como ele tem essa certeza, se tem muita água pela frente ainda?", disse Bolsonaro, de acordo com relatos publicados pelo jornal O Tempo

O presidente do TSE disse nessa quarta-feira (6) que há risco de o Brasil passar por um evento mais grave, no comparativo com invasão ao Capitólio de Washington (EUA), em 6 de janeiro do ano passado, quando partidários do então presidente derrotado, Donald Trump, invadiram o Congresso para tentar impedir a certificação da vitória de Joe Biden.

Bolsonaro tem criticado a segurança do sistema eleitoral brasileiro e defendido a atuação das Forças Armadas na apuração dos resultados das eleições. Em consequência, a oposição ao governo e setores progressistas da sociedade continuam alertando para tentativas de golpe se ele for derrotado. 

No primeiro semestre, integrantes do alto escalão do governo Joe Biden receberam um dossiê alertando que os "constantes ataques (de Bolsonaro) às eleições devem levar governos internacionais a apoiar a democracia brasileira".

Em maio, o TSE informou que investigadores não conseguiram alterar voto, mudar o resultado da urna ou fraudar o processo eleitoral.


Inflação avança 0,67% em junho e acumulado chega a 11,89%, diz IBGE

 Inflação em maio foi de 0,47%

(Foto: Ag.Brasil)

Reuters - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,67% em junho, após alta de 0,47% no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

No acumulado de 12 meses até junho, o IPCA teve alta de 11,89%, contra alta 11,73% cento do mês anterior.

Pesquisa da Reuters apontou que a expectativa de analistas era de alta de 0,70% em junho, acumulando em 12 meses alta de 11,90%.

quinta-feira, 7 de julho de 2022

André Mendonça julgará ação que pede suspensão da PEC do estado de emergência

 A ação do deputado Nereu Crispim (PSD-RS) pede em caráter liminar a suspensão da tramitação da PEC

(Foto: Nelson Jr./SCO/STF)


247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça foi selecionado para relatar a ação do deputado Nereu Crispim (PSD-RS) que pede em caráter liminar a suspensão da tramitação da PEC do estado de emergência. A escolha do relator foi feita por sorteio.

O texto-base da PEC foi aprovado nesta quinta feira, 7, na comissão especial da Câmara que analisa o texto. Foram 37 votos a favor, e 1 contra.

A proposta, apensada a outro projeto que trata de estímulos tributários aos biocombustíveis, cria programas sociais e amplia benefícios já existentes, por meio da abertura de R$ 41,25 bilhões em créditos extraordinários, e institui um estado de emergência até o final do ano. 

O principal objetivo da PEC é aumentar as chances de reeleição de Jair Bolsonaro, que indicou Mendonça ao STF. 

Rosângela Moro confirma que disputará as eleições por SP

 A advogada conseguiu comprovar residência no estado, diferentemente do marido, o ex-juiz Sergio Moro, derrotado na Justiça por fraude em domicílio eleitoral

Rosângela e Sérgio Moro (Foto: Reprodução)

247 - Esposa do ex-juiz declarado parcial pelo Supremo Tribunal Federal (STF) Sérgio Moro, a advogada Rosângela Moro anunciou que é pré-candidata a deputada federal pelo União Brasil em São Paulo. Ela conseguiu comprovar residência no estado.

"Estarei em São Paulo para fazer a defesa das bandeiras anti-corrupção. Mas não só isso. Quero trabalhar para representar e ser uma porta-voz das mulheres em suas causas e das pessoas com deficiência", disse em entrevista à coluna de Bela Megale, publicada nesta quinta-feira (7). 

O ex-juiz pretendia disputar algum cargo por São Paulo, mas foi derrotado, em junho, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP), que apontou fraude em domicílio eleitoral cometido por Sergio Moro. Ele deve concorrer a uma vaga na Câmara ou no Senado pelo Paraná, onde nasceu.  

Lula desmascara oportunismo de Bolsonaro com queda no preço dos combustíveis e relembra valor em 2008: gasolina era R$ 2,60

 Donos de postos também reagiram ao decreto de Bolsonaro exigindo que preços de antes e depois da redução do ICMS sejam exibidos nos estabelecimentos: "ação eleitoreira"

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, gasolina e a Petrobrás (Foto: Ricardo Stuckert | REUTERS)

247 - Após Jair Bolsonaro (PL) editar decreto obrigando postos de gasolina a exibirem os preços dos combustíveis antes e depois da redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), o ex-presidente Lula (PT) foi ao Twitter escancarar a hiprocrisia do chefe do governo federal.

Ele destacou que os combustíveis estão caros no Brasil por conta da decisão da Petrobrás de dolarizar os produtos. Ou seja, as altas internacionais do petróleo são repassadas aos consumidores brasileiros. Com isso, a Petrobrás lucra cada vez mais e a renda do povo é transferida aos acionistas privados da empresa.

Se o presidente da Petrobrás é quem decide sobre a política de preços da empresa e se Bolsonaro é quem indica o presidente da Petrobrás, o chefe do governo federal é, portanto, responsável direto pela alta dos combustíveis, argumenta Lula. "Bolsonaro quer que postos mostrem o ICMS ao lado do preço da gasolina. Mas quem decidiu o preço dolarizado foi o presidente da Petrobrás, escolhido por ele. Como presidente, enfrentei uma crise em 2008, o barril foi para US$ 147 e a gasolina era R$ 2,60".

Donos de postos criticam Bolsonaro

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF), Paulo Tavares, criticou ao Metrópoles o decreto de Bolsonaro, classificando-o como "ação eleitoreira".

Ele disse se tratar de uma prática "desnecessária" e pontuou que a queda nos preços com a redução do ICMS é passageira. "Se houver um aumento nas refinarias e a Petrobrás fizer novos ajustes, [o combustível] poderá ter preços maiores. Estamos trabalhando com hipóteses. Se isso acontecer, como o consumidor vai entender? Os preços são livres e o mercado já vem transferindo as baixas para o consumidor. Não há como jogar agora a conta para o revendedor".

“É preciso reconhecer o esforço dos governadores que foram os maiores contribuintes nessa queda, com 57% de participação no total da baixa, através da renúncia fiscal do ICMS. A baixa vai perdurar e os impostos federais serão até o fim do ano, o que leva a crer que é uma atitude eleitoreira”, completou.

Apucarana registra 25 casos da Covid-19 nesta quinta-feira



 A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou 25 casos de Covid-19 nesta quinta-feira (07) em Apucarana. O município tem o registro de 555 mortes e soma agora 37.558 diagnósticos positivos do novo coronavírus.

Os novos casos confirmados são de 10 homens e 15 mulheres. Segundo boletim da AMS, o município tem mais 25 suspeitas em investigação.

Já foram testadas 110.275 pessoas, sendo 79.511 em testes rápidos, 27.318 pelo Lacen (RT-PCR) e 3.637 por laboratórios particulares (RT-PCR).

O município não tem nenhum  paciente internado no Hospital da Providência com o diagnóstico de Covid-19.