segunda-feira, 4 de julho de 2022

Depois de gritar "Globo Lixo", Bolsonaro turbina propaganda na emissora para tentar se reeleger

 Valor destinado à publicidade na emissora ao longo do primeiro semestre chegou a R$ 11,4 milhões, um incremento de 75% sobre o mesmo período do ano passado

Bolsonaro e logo da Globo (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino | Reprodução)

247 - O governo Jair Bolsonaro (PL) praticamente dobrou as verbas publicitárias destinadas à Rede Globo, maior emissora de TV aberta do país, alvo frequente de críticas e ataques do governo federal e aliados. De acordo com o UOL, dados da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência (Secom) apontam que a Globo recebeu R$ 6,5 milhões por materiais publicitários de televisão veiculados em âmbito nacional e regional ao longo do ano passado. Neste ano, no mesmo período, o governo já gastou R$ 11,4 milhões, um aumento de 75%. 

“O valor investido em publicidade na Globo (R$ 11,4 milhões) em 2022 representa 41% do montante total destinado à compra de espaço publicitário na emissora (R$ 27,5 milhões) em quatro anos de mandato — considerando o mesmo período para cada ano do governo Bolsonaro, 1º de janeiro a 21 de junho”, ressalta a reportagem. 

O foco principal das peças veiculadas é exaltar os feitos da atual gestão para inflar a popularidade do ocupante do Palácio do Planalto. 

O aumento do gasto ocorre em pleno ano eleitoral e tem como objetivo tentar reverter a baixa popularidade de Bolsonaro junto ao eleitorado. Ele aparece em segundo lugar em todas as pesquisas de intenção de voto, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Apucaranenses se destacam no Torneio Elisabeth Laffranchi de Ginástica Rítmica



Com a presença de 13 equipes de todo do Estado, a equipe de ginástica rítmica de Apucarana, treinada pela professora Neusa Maria da Silva, foi destaque no Torneio Elisabeth Laffranchi, realizado nesse sábado (02/07), no Ginásio de Esportes Mateus Romera, no Conjunto Flamingos, em Arapongas. O festival, realizado nas categorias mirim, pré-infantil, infantil e aberto, contou com a participação de meninas de 7 a 16 anos, com todas recebendo medalhas.

Neusa ficou contente com o desempenho das apucaranenses nesse final de semana. “A apresentação das meninas foi muito boa e superou todas as expectativas. O torneio serviu de avaliação e de preparação para as próximas competições, com as atletas sendo elogiadas e recebendo muitos aplausos do público presente no ginásio. Muitos pais acompanharam o torneio e vibraram com a performance das meninas”, destaca Neusa.

No torneio em Arapongas, a equipe de Apucarana foi representada por 27 atletas, muitas delas fazendo as suas estreias na modalidade.

De acordo com Neusa, Apucarana na sequência da temporada pretende disputar o Campeonato Paranaense nas categorias mirim e infantil e a fase final dos Jogos Abertos do Paraná (JAP´s). “O campeonato infantil está marcado para o dia 24 de julho e o mirim no mês de agosto, com os Jogos Abertos ocorrendo no mês de novembro em Apucarana. Também realizaremos o nosso festival em setembro no ginásio de esportes do Lagoão”, cita Neusa.

O professor José Marcelino da Silva, o Grillo, Secretário Municipal de Esportes da Prefeitura, elogiou a participação das meninas. “As nossas jovens atletas foram muito bem no torneio de Arapongas, mostrando o excelente trabalho que é feito pela professora Neusa. Depois de dois anos sem competições devido à pandemia da covid-19, a ginástica voltou com toda a força e com o grande incentivo do prefeito Junior da Femac”.

Participaram do torneio as equipes da Secretaria de Esportes de Apucarana, Secretaria de Esporte de Arapongas, Escola Fantástica, Studio de Dança e Ginástica SE, Colégio Aliança, Aginarc, Instituto Dunamys, ADR Unopar, AAGM, Associação Inspirar, Colégio Estadual do Paraná, DS Artes e Fênix Gym. O evento teve a supervisão da Federação Paranaense de Ginástica e o apoio da Secretaria de Esporte de Arapongas.

Cantora diz que teve show interrompido por não "mandar alô" a prefeito (vídeo)

 "Eu fui contratada para cantar, não para ficar mandando alô", disse a artista ainda no palco

Tayara Andreza (Foto: Reprodução/Twitter/@SerBrasileira)

247 - A cantora cantora Tayara Andreza contou pelas redes sociais na madrugada de domingo (3) que teve seu show em Tracunhaém, Zona da Mata de Pernambuco, interrompido porque não “estava mandando alô” ao prefeito da cidade, Aluízio Xavier (PSD).

Segundo a artista, sua equipe ainda foi agredida com spray de pimenta na saída do “Trezenário de Tracunhaém”. Os autores da agressão seriam pessoas que prestavam serviço para a festa.

“Fiquei sabendo agora que o pessoal aqui da prefeitura está pedindo para a gente encerrar o show. Que eu saiba, eu fui contratada para cantar, não para ficar mandando alô. Aí o prefeito, não sei mais quem, porque eu não estava mandando alô, pediu para eu encerrar o show”, disparou Tayara ainda no palco.


Redução do ICMS prejudica Educação, ameaça obras em escolas e salários

 Promovida por Bolsonaro, a redução do ICMS pouco afeta o preço dos combustíveis e impacta diretamente nas políticas públicas dos estados e municípios

Bolsonaro e frentista abastecendo veículo (Foto: Reuters)


247 - Tratado por Jair Bolsonaro (PL) como o vilão responsável pela alta dos combustíveis e como a única saída para reverter o problema, o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) tem papel central para o financiamento de políticas públicas nos estados e municípios.

Após forte pressão do governo federal - que teme perder votos por conta do caos econômico -, governadores reduziram o ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações. A redução no preço dos combustíveis foi irrisória.

Por outro lado, a mudança atinge em cheio os cofres públicos. A diminuição do ICMS "pode tirar R$ 21 bilhões da educação pública de estados e municípios, segundo estimativas da Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação (Fineduca)", informa o jornal O Globo.

A Escola Municipal Odilon Sena Cerqueira, no município de Várzea da Roça (BA), esperava ampliar os dias de aula integral para seus 423 alunos. Diante da mudança no ICMS promovida pelo governo Bolsonaro, o plano precisará ser adiado: "por enquanto, a escola tem aulas de reforço nos dias com tempo integral. A gente ia colocar aula de música e dança, mas dependendo de quanto dinheiro deixar de vir, vamos precisar cortar tudo", conta a secretária de Educação de Várzea da Roça, Vanda Rios.

O corte do imposto também ameaça o pagamento da folha salarial de servidores públicos, como exemplifica o prefeito de Aratuípe (BA), Professor Tone: "só conseguimos pagar a folha salarial por causa da complementação que a União dá ao Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). Se o fundo ou a complementação caírem (o que acontecerá com o teto do ICMS), não temos como pagar".

A lei aprovada no Congresso Nacional a toque de caixa por pressão de Bolsonaro limita a 17% ou 18% a incidência de ICMS sobre combustíveis. Alguns estados chegavam a cobrar até 32% sobre determinados tipos de combustíveis.

O ex-presidente Lula (PT), antes mesmo da aprovação da redução do ICMS, já previa os danos da mudança: "o aumento da gasolina ao preço internacional foi uma canetada do Pedro Parente, presidente da Petrobrás. O presidente [Jair Bolsonaro] se tivesse coragem, se não fosse um fanfarrão, já teria feito isso [abrasileirado o preço]. Ao mexer no ICMS os municípios vão perder dinheiro, e os municípios perdendo dinheiro a educação vai perder dinheiro, a saúde vai perder dinheiro. Quando você reduz o ICMS você reduz o dinheiro para os municípios. Então, para beneficiar as pessoas que têm carro, que não são a maioria, o presidente vai jogar o peso em toda a sociedade brasileira".

Desconfiança sobre as Forças Armadas cresce oito pontos durante o governo Bolsonaro

 Números mostram que Bolsonaro arrasta consigo para a lama a imagem dos militares

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)


247 - Alçados a cargos de confiança no Executivo durante os quase quatro anos de governo Jair Bolsonaro (PL), os militares viram sua popularidade cair no período.

Pesquisa de opinião pública anual “A cara da democracia”, divulgada pelo jornal O Globo nesta segunda-feira (4), mostra que a desconfiança dos brasileiros em relação às Forças Armadas cresceu oito pontos nos últimos quatro anos, ainda que o saldo continue positivo.

Há quatro anos, 21% dos brasileiros diziam não confiar nas Forças Armadas. Atualmente, o índice chega a 29%. Os que confiam 'muito' nos militares eram 34% em 2018, e agora são 25%. Representam 70% os que têm algum grau de confiança nos membros da caserna.

A desconfiança em relação às Forças Armadas é maior entre os grupos em que Bolsonaro é pior avaliado. Por exemplo, as mulheres nutrem maior descrença em relação aos militares: 34% dizem não confiar, enquanto o índice entre os homens é de 25%. Entre os que têm renda familiar de até dois salários mínimos, a desconfiança é de 33%, ao passo em que entre os mais ricos - com renda acima de cinco salário - o percentual cai para 24%.

Professor da Escola de Ciências Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV/CPDOC) e especialista no estudo dos militares no Brasil, Celso Castro avalia que a queda na popularidade das Forças Armadas está diretamente ligada à presença de seus representantes no governo federal. "Os dados mostram que essa participação e a consequente exposição têm sido danosas à imagem das Forças Armadas. Mesmo assim, a instituição mantém-se com um elevado grau de confiabilidade".

De acordo com o especialista, o prestígio das Forças Armadas ainda está garantido por sua “vinculação simbólica às ideias de Nação e Pátria”.

Nando Reis manda um 'Fora Bolsonaro' ao vivo e sinaliza apoio a Lula (vídeo)

 Cantor e compositor se apresentou no Ibirapuera, em São Paulo

Nando Reis (Foto: Divulgação)


247 – O cantor e compositor Nando Reis, ex-titã e um dos nomes mais populares da MPB, disparou um Fora Bolsonaro durante apresentação no Ibirapuera, em São Paulo. Para completar, ele também fez, junto com a plateia, o L de Lula, sinalizando apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na corrida presidencial. Confira:


Papa Francisco nega que planeja renunciar em breve

 Em entrevista exclusiva em sua residência no Vaticano, Francisco também negou os rumores de que ele tinha câncer

Papa Francisco discursa durante evento no Vaticano (Foto: Alessandro Di Meo/Pool via REUTERS)


Reuters - O papa Francisco rejeitou relatos de que planeja renunciar em um futuro próximo, dizendo que está a caminho de visitar o Canadá este mês e espera poder ir a Moscou e Kiev o mais rápido possível depois disso.

Em entrevista exclusiva em sua residência no Vaticano, Francisco também negou os rumores de que ele tinha câncer, brincando que seus médicos "não me disseram nada sobre isso", e pela primeira vez deu detalhes sobre a condição do joelho que o impediu de realizar alguns deveres.

Em uma conversa de 90 minutos na tarde de sábado (2), conduzida em italiano, sem a presença de assessores, o pontífice de 85 anos também repetiu sua condenação ao aborto após a decisão da Suprema Corte dos EUA no mês passado.

Rumores surgiram na mídia de que uma conjunção de eventos no final de agosto, incluindo reuniões com cardeais do mundo para discutir uma nova constituição do Vaticano, uma cerimônia para empossar novos cardeais e uma visita à cidade italiana de L'Aquila, poderia prenunciar um anúncio de demissão. 

L'Aquila está associada ao Papa Celestino V, que renunciou ao papado em 1294. O Papa Bento XVI visitou a cidade quatro anos antes de renunciar em 2013, o primeiro papa a fazê-lo em cerca de 600 anos. 

Mas Francisco, alerta e à vontade durante toda a entrevista enquanto discutia uma ampla gama de questões internacionais e da Igreja, riu da ideia.

"Todas essas coincidências fizeram alguns pensarem que a mesma 'liturgia' aconteceria", disse ele. "Mas nunca passou pela minha cabeça. Por enquanto não, por enquanto não. Realmente!" 

Francisco, no entanto, repetiu sua posição muitas vezes declarada de que ele poderia renunciar algum dia se a saúde debilitada tornasse impossível para ele dirigir a Igreja – algo que era quase impensável antes de Bento XVI.

Questionado sobre quando achava que isso poderia acontecer, ele disse: "Não sabemos. Deus dirá".

Joelho machucado

A entrevista aconteceu no dia em que ele deveria partir para a República Democrática do Congo e o Sudão do Sul, viagem que teve que cancelar porque os médicos disseram que ele também poderia perder uma viagem ao Canadá de 24 a 30 de julho, a menos que concordasse em ter mais 20 dias de terapia e descanso para o joelho direito. 

Ele disse que a decisão de cancelar a viagem à África lhe causou "muito sofrimento", principalmente porque ele queria promover a paz em ambos os países. 

Francisco usou uma bengala ao entrar em uma sala de recepção no térreo da casa de hóspedes Santa Marta, onde mora desde sua eleição em 2013, evitando o apartamento papal no Palácio Apostólico usado por seus antecessores.

A sala tem uma cópia de uma das pinturas favoritas de Francisco: "Maria, Desatadora dos Nós", criada por volta de 1700 pelo alemão Joachim Schmidtner.

Questionado sobre como estava, o papa brincou: "Ainda estou vivo!"

Ele deu detalhes de sua doença pela primeira vez em público, dizendo que havia sofrido "uma pequena fratura" no joelho quando deu um passo em falso enquanto um ligamento estava inflamado. 

"Estou bem, estou melhorando lentamente", disse ele, acrescentando que a fratura foi de tricô, ajudada por laser e terapia magnética. 

Francisco também descartou rumores de que um câncer foi encontrado há um ano, quando ele passou por uma operação de seis horas para remover parte de seu cólon por causa de diverticulite, uma condição comum em idosos. 

"Ela (a operação) foi um grande sucesso", disse ele, acrescentando com uma risada que "eles não me contaram nada" sobre o suposto câncer, que ele descartou como "fofoca do tribunal". 

Mas ele disse que não queria uma operação no joelho porque a anestesia geral na cirurgia do ano passado teve efeitos colaterais negativos. 

Viagem papel a Moscou?

Falando da situação na Ucrânia, Francisco observou que houve contatos entre o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, sobre uma possível viagem a Moscou.

Os sinais iniciais não eram bons. Nenhum papa jamais visitou Moscou, e Francisco condenou repetidamente a invasão da Ucrânia pela Rússia; na quinta-feira passada, acusou-a implicitamente de travar uma "guerra de agressão cruel e sem sentido". 

Quando o Vaticano perguntou pela primeira vez sobre uma viagem há vários meses, Francisco disse que Moscou respondeu que não era o momento certo.

Mas ele deu a entender que algo pode ter mudado agora.

"Eu gostaria de ir (para a Ucrânia), e queria ir para Moscou primeiro. Trocamos mensagens sobre isso porque pensei que se o presidente russo me desse uma pequena janela para servir à causa da paz ...

"E agora é possível, depois que eu voltar do Canadá, é possível que eu consiga ir para a Ucrânia", disse ele. "A primeira coisa é ir à Rússia para tentar ajudar de alguma forma, mas gostaria de ir às duas capitais."

Aborto 

Questionado sobre a decisão da Suprema Corte dos EUA que anula a histórica decisão Roe versus Wade, que estabelece o direito da mulher ao aborto, Francisco disse que respeita a decisão, mas não tem informações suficientes para falar sobre isso do ponto de vista jurídico. 

Mas ele condenou veementemente o aborto, comparando-o a "contratar um assassino de aluguel". A Igreja Católica ensina que a vida começa no momento da concepção. 

"Eu pergunto: é legítimo, é certo, eliminar uma vida humana para resolver um problema?"

Francisco foi questionado sobre um debate nos Estados Unidos sobre se um político católico que se opõe pessoalmente ao aborto, mas apoia o direito de escolha dos outros, deveria receber o

sacramento da comunhão.

A presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, por exemplo, foi impedida pelo arcebispo conservador de sua diocese de São Francisco de recebê-la naquela diocese

mas recebe a comunhão regularmente em uma paróquia em Washington, DC. missa papal no Vaticano. 

“Quando a Igreja perde sua natureza pastoral, quando um bispo perde sua natureza pastoral, isso causa um problema político”, disse o papa. "Isso é tudo o que posso dizer."



Dono da Natura ataca Lula e defende Simone Tebet

 Empresário se tornou bilionário na era Lula, mas hoje ataca o ex-presidente

Ex-presidente Lula e o empresário Pedro Passos, cofundador da Natura 
(Foto: ABr | Reprodução


247 – O empresário Pedro Passos, um dos donos da Natura, que se tornou bilionário na era Lula, com a expansão do mercado de consumo e a abertura de capital de sua empresa, atacou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista a Adriana Fernandes e Ricardo Grinbaum, no Estado de S. Paulo, e declarou apoio à candidata Simone Tebet, que representa a fracassada "ponte para o futuro" do golpista Michel Temer.

“Podemos muito adjetivar o que o governo Bolsonaro tenta fazer: destruir as instituições, a democracia, os regulamentos mínimos da lei eleitoral, uma atitude muito tosca do que o Brasil precisa. Então, não precisa falar de programa de governo Bolsonaro porque a gente vive o programa Bolsonaro. A síntese é um show de horror. Em diversos campos. Ele sempre defendeu a ditadura, torturadores, etc. Não tem surpresa em relação à biografia dele. Há surpresa em relação a algumas coisas que ele disse na campanha e não fez. Seria um horror submeter o Brasil a mais quatro anos de bolsonarismo”, disse ele. 

Entretanto, Passos também atacou as propostas do ex-presidente Lula. "A maioria delas já foi vista e não deu certo.  Novo regime fiscal. Ou seja, tirar o teto de gastos, mas não define qual é o novo regime, se terá outro.

Reformas tributária e administrativa muito superficiais. A agenda de aumento da produtividade da economia não é prioritária. Crítica a preços de combustíveis", aponta, sem reconhecer que o que não deu certo no Brasil foi a agenda implantada por Michel Temer após o golpe de estado de 2016 – e que pode ser mantida por sua candidata Simone Tebet.


Bolsonaro teme que parte de seu eleitorado desista de votar, desanimado com tendência de vitória de Lula no 1º turno

 Comando da campanha de Bolsonaro está com receio de abstenção alta

Bolsonaro e Lula (Foto: Isac Nóbrega/PR | REUTERS/Washington Alves)

247 - A campanha de Jair Bolsonaro (PL) está com receio de que nas eleições de 2 de outubro o  índice de abstenção seja elevado. O temor se refere à desmobilização do eleitorado bolsonarista diante da perspectiva de derrota. 

A jornalista Mônica Bergamo informa em sua coluna na Folha de S.Paulo que a alta abstenção verificada nas eleições presidenciais na Colômbia acendeu o alerta na campanha bolsonarista, e já existe um debate sobre a possibilidade de a propaganda eleitoral reforçar a necessidade de as pessoas comparecerem às seções eleitorais para votar.

A última pesquisa Datafolha, divulgada em 22 de junho confirma possibilidade de vitória de Lula em primeiro turno com 47% contra 41% dos rivais. A sondagem apontou que Bolsonaro tinha 28% das intenções de voto. 


Lula diz a empresários que decisões importantes serão compartilhadas com Alckmin

 Entrosamento entre os candidatos a presidente e a vice tem surpreendido interlocutores

Geraldo Alckmin e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva 
(Foto: Ricardo Stuckert)


247 – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sinalizado a intenção de uma gestão compartilhada com seu candidato a vice Geraldo Alckmin. "Lula diz que consultará Alckmin sobre principais ações de seu governo. O entrosamento gerou um novo termo entre coordenadores da pré-campanha eleitoral: Lulalckmin. O entrosamento de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), gerou um novo termo entre coordenadores da pré-campanha eleitoral: Lulalckmin", informa o jornalista Fábio Zanini, em reportagem publicada no Valor.

"O próprio Lula deixou isso claro em jantar com empresários no último domingo (26), ao referir-se ao papel que o ex-tucano terá em seu eventual governo. Disse que não tomará nenhuma decisão importante sem antes consultar Alckmin", acrescentou. "No encontro com empresários, entre eles Carlos Sanchez (EMS), Candido Pinheiro (Hapvida), João Camargo (Esfera) e Pedro Silveira (ex-XP), Lula lembrou as vitórias de Alckmin no estado de São Paulo e disse que um está aprendendo com o outro, segundo participantes", pontuou.

domingo, 3 de julho de 2022

Eleições 2022: restrições para agentes públicos começam a valer

 Medidas estão previstas na Lei das Eleições

(Foto: divulgação)

Agência Brasil - Restrições para servidores públicos e pré-candidatos às eleições de outubro passam a valer a partir de hoje (2), três meses antes do primeiro turno. 

As medidas estão previstas na Lei nº 9.504/1997, conhecida como Lei das Eleições, e objetivam manter o equilíbrio entre os candidatos. 

Políticos estão proibidos de autorizar a veiculação de publicidade estatal sobre os atos de governo, realização de obras, campanhas de órgãos públicos federais, estaduais e municipais, exceto no caso de grave e urgente necessidade pública. Nesse caso, a veiculação deverá ser autorizada pela Justiça Eleitoral. 

Eles também não podem fazer pronunciamento oficial em cadeia de rádio de televisão, salvo em casos de questões urgentes e relevantes, cuja autorização também dependerá de autorização da Justiça Eleitoral.  

A participação em inaugurações de obras públicas também está vedada, além da contratação de shows artísticos com dinheiro público. 

Durante o período eleitoral, funcionários públicos não podem ser contratados, demitidos ou transferidos até a posse dos eleitos. 

No entanto, estão liberadas a exoneração e a nomeação de cargos em comissão e funções de confiança, além das nomeações de aprovados em concursos públicos homologados até 2 de julho de 2022. 

Em julho, o calendário eleitoral também prevê outras datas importantes para o pleito. 

De 20 de julho até 5 de agosto, os partidos deverão realizar suas convenções para escolher oficialmente os candidatos que vão disputar as eleições. 

A partir do dia 20, candidatos, partidos políticos, coligações e federações terão direito à solicitação de direito de resposta por afirmações consideradas caluniosas, difamatórias ou sabidamente inverídicas que forem publicadas por veículos de comunicação social. 

O primeiro turno será realizado no dia 2 de outubro, quando os eleitores vão às urnas para eleger o presidente da República, governadores, senadores, deputados federais, estaduais e distritais. Eventual segundo turno  para a disputa presidencial e aos governos estaduais será em 30 de outubro. 

"Esquerda pode chegar ao Congresso com uma força que nunca teve", diz Eduardo Guimarães

 Jornalista calcula que a esquerda pode eleger 200 deputados federais e afirma que isso daria uma força sem precedentes a esse bloco na política nacional. Assista

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | ABR)

247 - O jornalista Eduardo Guimarães calcula que as duas federações de esquerda podem eleger cerca de 200 deputados nas próximas eleições, o que, segundo ele, daria a esse bloco político uma força sem precedentes na política nacional. 

Em entrevista à TV 247, Guimarães, que é editor do Blog da Cidadania, afirmou que candidaturas como a de Guilherme Boulos (PSOL) à Câmara dos Deputados podem impulsionar o número de deputados eleitos pela esquerda. Ele também comentou a corrida eleitoral para o governo São Paulo, que Fernando Haddad (PT) lidera com 34% das intenções de voto, segundo a mais recente pesquisa Datafolha. O governador Rodrigo Garcia (PSDB) e o ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos) têm 13% cada.

“A esquerda vai chegar no Congresso com um força que nunca teve. Os deputados acreditam que é possível ter 200 deputados de esquerda, da base das federações de esquerda. 200 deputados de esquerda é um sonho para o Brasil, mudaria a face desse país e seria outra grande vitória”, disse. 

“A força de um eventual governo Lula pode ser muito grande porque ã esquerda pode governar São Paulo pela primeira vez na história. Como disse o Lula, seria como governar dois países”, lembrou. 

Atualmente, a Federação Brasil da Esperança, composta por PT, PCdoB e PV, tem 68 deputados, enquanto a Federação PSOL-Rede Sustentabilidade tem 10 deputados. 

Para 73%, educação sexual deve estar no currículo escolar, diz pesquisa

 Datafolha aponta que 9 entre 10 pessoas concordam que discutir o assunto em sala de aula pode ajudar crianças e adolescentes a se prevenirem contra o abuso sexual

(Foto: Ag. Brasil)

247 - Pesquisa Datafolha aponta que 73% dos brasileiros são favoráveis à educação sexual deve estar presente no currículo das escolas.

Além disso, aponta a pesquisa, 9 entre 10 pessoas concordam que discutir o assunto em sala de aula pode ajudar crianças e adolescentes a se prevenirem contra o abuso sexual.

De acordo com a pesquisa, em média, o brasileiro acredita que a educação sexual deve começar a partir dos 12 anos de idade.

A ONG Childhood Brasil rechaçou o argumento conservador, muito presente nos Estados Unidos, de que a educação sexual "sexualiza" crianças. 

"É desserviço falar que a educação pode sexualizar. Esse pensamento impacta a autopreservação e a proteção de crianças e adolescentes", afirma Itamar Gonçalves, gerente de programas da organização, à Folha de S. Paulo

Campanhas de Bolsonaro e Lula são estimadas em cerca de R$ 130 milhões

 Se as campanhas arrecadarem mais, podem transferir os recursos para aliados

Lula e Jair Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | ABr)

247 - As campanhas presidenciais de Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva devem atingir o teto imposto pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de R$ 132 milhões, estabelecido ontem, 2, pela Corte. O valor é o mesmo da campanha de 2018. 

Desse montante, R$ 88 milhões vão para o primeiro turno e, se for o caso, R$ 44 milhões para o segundo turno. Se as campanhas arrecadarem mais, podem transferir os recursos para aliados.

A campanha de Bolsonaro já começou a arrecadar, e a principal origem dos recursos destinados a ela vem de empresários do agronegócio, principalmente de pecuaristas, informa o Estado de S. Paulo

O PL tem enfrentado dificuldades para conseguir contribuições e planeja inaugurar em breve uma plataforma para receber doações online, informa ainda o jornal. 

O PT reservou 26,03% do fundo eleitoral destinado ao partido para a campanha de Lula, o que garante ao ex-presidente R$ 130 milhões para os dois turnos. A cúpula do PL ainda não definiu quanto vai transferir do fundo eleitoral para a campanha de Bolsonaro.

Lula tem cenário similar ao da vitória de 2002 nos três principais colégios eleitorais do país

 Pesquisas da semana mostram que ex-presidente pode vencer com boa margem nos estados que concentram 40% dos eleitores

(Foto: Ricardo Stuckert)


Brasil de Fato - As pesquisas do Instituto Datafolha divulgadas nesta semana com o cenário da disputa presidencial nos três principais colégios eleitorais do país — São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro — mostram que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem um percentual de votos no primeiro turno que só se equipara àquele obtido nas eleições de 2002, quando o petista conquistou sua primeira vitória na quarta tentativa de chegar ao Planalto.

Naquela ocasião, Lula alcançou seu melhor resultado, levando-se em conta os três estados mais populosos do país, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Em Minas Gerais, o petista chegou a 53,01% dos votos no primeiro turno. Em São Paulo, teve 46,11%, superando o paulista José Serra (PSDB), que teve 28,52%. No Rio de Janeiro, Lula teve 40,17%, ficando em segundo lugar, pouco atrás do ex-governador Anthony Garotinho (PSB), com 42,18%.

Agora, de acordo com o levantamento do Datafolha nos três estados, Lula tem 48% em Minas Gerais, 43% em São Paulo e 41% no Rio de Janeiro. Um quadro bem distinto do apresentado em 2018, quando Fernando Haddad, pelo PT, foi derrotado pelo atual presidente Jair Bolsonaro, então no PSL, nos três estados no turno inicial e também no final. 

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), entre os 155.766.039 eleitores aptos a votar no Brasil, os três estados concentram aproximadamente 40,94% do eleitorado.

São Paulo pode deixar de ser o calcanhar de Aquiles

Até hoje o PT nunca governou o estado de São Paulo, que desde a redemocratização só elegeu governadores do então PMDB e, desde 1994, do PSDB. O partido também não havia tido um candidato ao governo do estado que liderasse as pesquisas a pouco mais de três meses da eleição como ocorre hoje com Fernando Haddad, que aparece no Datafolha com 34% em um cenário sem Márcio França.

E São Paulo também tem sido historicamente pouco generoso para candidatos do PT à Presidência da República. Em sua primeira eleição presidencial, disputada em 1989, Lula obteve 17,46%, ficando em quarto lugar no estado, atrás de Fernando Collor (PRN), com 24,39%; Paulo Maluf (PDS), que teve 23,5%, e Mário Covas (PSDB), 22,72%. Em 1994, alcançou 27,01% e, em 1998, 28,84%, sendo derrotado por outro político que tinha o estado como base eleitoral, Fernando Henrique Cardoso.

Nas eleições de 2002, o primeiro triunfo de Lula e do PT em uma disputa pelo Planalto, o ex-presidente conseguiu a única vitória do partido em São Paulo em um primeiro turno. Alcançou 46,11% em um pleito que foi marcado também pela única vez em que os petistas chegaram a uma segunda volta no embate pelo governo do estado com José Genoino, derrotado por Geraldo Alckmin. 

O ano de 2002 foi o último em que um presidenciável petista venceu em São Paulo e também a última oportunidade em que um candidato da legenda superou os 40% no turno inicial. Nas eleições de 2006, quando concorria è reeleição, Lula teve 36,77% dos votos no primeiro turno, contra 54,2% de Geraldo Alckmin, então no PSDB. Já em 2010, Dilma Rousseff teve 37,31% contra 40,66% de José Serra (PSDB). 

Em sua campanha para a reeleição, Dilma teve 25,82%, pouco à frente de Marina Silva, então no PSB, que obteve 25,09%, e bem distante dos 44,22% de Aécio Neves (PSDB). Nas eleições de 2018, Jair Bolsonaro, à época no PSL, conquistou 53%, com Fernando Haddad (PT), obtendo somente 16,42%, a mais baixa votação de um candidato do partido no estado.

Arrefecido o antipetismo que atingiu seu auge em 2018 e com uma vantagem larga e consolidada na região Nordeste, a segunda maior do país em termos eleitorais, os números dos três estados sudestinos podem garantir um feito também inédito para um presidenciável do PT: uma vitória já no primeiro turno.

"Não vai ter golpe", diz Chico Pinheiro

 "E se houver, será esmagado, assim como Bolsonaro será esmagado nas urnas", afirmou o jornalista, em entrevista à TV 247

(Foto: Reprodução/Twitter)

Por Rodrigo Vianna, do 247 – Chico Pinheiro passou mais de três décadas na TV Globo, por isso é natural que o público queira ouvir dele bastidores das histórias vividas na emissora da família Marinho. Mas o Chico não nasceu na Globo. A ligação dele com o jornalismo e o Brasil vem de muito mais longe: das montanhas de Minas, da infância cercada por incenso, procissões e santos católicos, do amor ao Galo e à música brasileira. Tudo isso compõe o fermento dos causos contados pelo jornalista, com a simplicidade de quem toma um café com as visitas na varanda de casa.

Na última quinta-feira, Chico deu uma entrevista de mais de uma hora à TV 247. Passamos algumas semanas papeando pelo telefone, até acertar a data. Conheci o Chico no século passado, quando ele tinha acabado de chegar à Band em São Paulo. Depois, fomos colegas na Globo de São Paulo – ainda na velha sede da praça Marechal. Um colega competente, engraçado, absurdamente carismático e, sobretudo, leal com a notícia e com os companheiros de profissão.

Renato Aroeira e eu tivemos a agradável tarefa de fazer o Chico conversar com a vibrante comunidade 247. Não foi difícil. Em vez de "bastidores da Globo", ajudamos o Chico a falar de Minas, do Brasil e do jornalismo que ele aprendeu a fazer na sucursal mineira do velho JB. Histórias divertidas sobre um jovem repórter que cresceu na profissão driblando a arrogância de generais e de bispos amigos da ditadura.

Por isso, Chico não tem medo da cara feia do bolsonarismo. "Não vai ter golpe coisa nenhuma", ele nos disse. "E se houver, será esmagado, assim como Bolsonaro será esmagado nas urnas".

Perguntei se é verdade que ele chorou quando teve que narrar (como apresentador do JN) a prisão ilegal de Lula em 2018. "Eu não chorei, nada! Eu tava era com raiva, tava puto da vida com aquela sacanagem".

Vale muito assistir a entrevista na íntegra para ouvir também por que Chico Pinheiro usa um anel que recebeu de um bispo de outra estirpe: Dom Pedro Casaldáliga, este sim leal a Cristo, aos pobres e ao povo desse imenso país.  

Entre versos de Paulo César Pinheiro ("Pesadelo", a música cantada para exorcizar o país de Moro e suas canalhices) e frases de Guimarães Rosa, Chico ilumina o caminho de quem acredita que jornalismo se faz com apego aos fatos, mas também com amor e compromisso com a justiça.  

  

sábado, 2 de julho de 2022

Cristina Serra: governo Bolsonaro é um campeonato de cafajestice

 Jornalista afirma que Pedro Guimarães é "mais um forte concorrente ao título de cafajeste-mor desse governo"

Cristina Serra (Foto: Divulgação)


247 - "Eis que aparece mais um forte concorrente ao título de cafajeste-mor desse governo", escreve a jornalista Cristina Serra, na Folha de S. Paulo. Ela refere-se a Pedro Guimarães, cujas denúncias de assédio sexual levaram a sua exoneração da presidência da Caixa Econômica Federal. 

Cristina afirma que Guimarães não é um "bolsonarista qualquer" e que, provavelmente, ele teve "cúmplices". 

"Em novembro de 2018, na fase de montagem do governo, a jornalista Julia Duailibi, em seu blog no G1, revelou quem é o sujeito. Ela contou que, em 2017, Guimarães, na época sócio de um banco privado, levara Bolsonaro para um giro com investidores, nos Estados Unidos. Quando pouca gente apostava em um deputado medíocre, o banqueiro comprou a ação na baixa e soube a hora de realizar os lucros".