domingo, 3 de julho de 2022

Para 73%, educação sexual deve estar no currículo escolar, diz pesquisa

 Datafolha aponta que 9 entre 10 pessoas concordam que discutir o assunto em sala de aula pode ajudar crianças e adolescentes a se prevenirem contra o abuso sexual

(Foto: Ag. Brasil)

247 - Pesquisa Datafolha aponta que 73% dos brasileiros são favoráveis à educação sexual deve estar presente no currículo das escolas.

Além disso, aponta a pesquisa, 9 entre 10 pessoas concordam que discutir o assunto em sala de aula pode ajudar crianças e adolescentes a se prevenirem contra o abuso sexual.

De acordo com a pesquisa, em média, o brasileiro acredita que a educação sexual deve começar a partir dos 12 anos de idade.

A ONG Childhood Brasil rechaçou o argumento conservador, muito presente nos Estados Unidos, de que a educação sexual "sexualiza" crianças. 

"É desserviço falar que a educação pode sexualizar. Esse pensamento impacta a autopreservação e a proteção de crianças e adolescentes", afirma Itamar Gonçalves, gerente de programas da organização, à Folha de S. Paulo

Campanhas de Bolsonaro e Lula são estimadas em cerca de R$ 130 milhões

 Se as campanhas arrecadarem mais, podem transferir os recursos para aliados

Lula e Jair Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | ABr)

247 - As campanhas presidenciais de Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva devem atingir o teto imposto pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de R$ 132 milhões, estabelecido ontem, 2, pela Corte. O valor é o mesmo da campanha de 2018. 

Desse montante, R$ 88 milhões vão para o primeiro turno e, se for o caso, R$ 44 milhões para o segundo turno. Se as campanhas arrecadarem mais, podem transferir os recursos para aliados.

A campanha de Bolsonaro já começou a arrecadar, e a principal origem dos recursos destinados a ela vem de empresários do agronegócio, principalmente de pecuaristas, informa o Estado de S. Paulo

O PL tem enfrentado dificuldades para conseguir contribuições e planeja inaugurar em breve uma plataforma para receber doações online, informa ainda o jornal. 

O PT reservou 26,03% do fundo eleitoral destinado ao partido para a campanha de Lula, o que garante ao ex-presidente R$ 130 milhões para os dois turnos. A cúpula do PL ainda não definiu quanto vai transferir do fundo eleitoral para a campanha de Bolsonaro.

Lula tem cenário similar ao da vitória de 2002 nos três principais colégios eleitorais do país

 Pesquisas da semana mostram que ex-presidente pode vencer com boa margem nos estados que concentram 40% dos eleitores

(Foto: Ricardo Stuckert)


Brasil de Fato - As pesquisas do Instituto Datafolha divulgadas nesta semana com o cenário da disputa presidencial nos três principais colégios eleitorais do país — São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro — mostram que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem um percentual de votos no primeiro turno que só se equipara àquele obtido nas eleições de 2002, quando o petista conquistou sua primeira vitória na quarta tentativa de chegar ao Planalto.

Naquela ocasião, Lula alcançou seu melhor resultado, levando-se em conta os três estados mais populosos do país, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Em Minas Gerais, o petista chegou a 53,01% dos votos no primeiro turno. Em São Paulo, teve 46,11%, superando o paulista José Serra (PSDB), que teve 28,52%. No Rio de Janeiro, Lula teve 40,17%, ficando em segundo lugar, pouco atrás do ex-governador Anthony Garotinho (PSB), com 42,18%.

Agora, de acordo com o levantamento do Datafolha nos três estados, Lula tem 48% em Minas Gerais, 43% em São Paulo e 41% no Rio de Janeiro. Um quadro bem distinto do apresentado em 2018, quando Fernando Haddad, pelo PT, foi derrotado pelo atual presidente Jair Bolsonaro, então no PSL, nos três estados no turno inicial e também no final. 

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), entre os 155.766.039 eleitores aptos a votar no Brasil, os três estados concentram aproximadamente 40,94% do eleitorado.

São Paulo pode deixar de ser o calcanhar de Aquiles

Até hoje o PT nunca governou o estado de São Paulo, que desde a redemocratização só elegeu governadores do então PMDB e, desde 1994, do PSDB. O partido também não havia tido um candidato ao governo do estado que liderasse as pesquisas a pouco mais de três meses da eleição como ocorre hoje com Fernando Haddad, que aparece no Datafolha com 34% em um cenário sem Márcio França.

E São Paulo também tem sido historicamente pouco generoso para candidatos do PT à Presidência da República. Em sua primeira eleição presidencial, disputada em 1989, Lula obteve 17,46%, ficando em quarto lugar no estado, atrás de Fernando Collor (PRN), com 24,39%; Paulo Maluf (PDS), que teve 23,5%, e Mário Covas (PSDB), 22,72%. Em 1994, alcançou 27,01% e, em 1998, 28,84%, sendo derrotado por outro político que tinha o estado como base eleitoral, Fernando Henrique Cardoso.

Nas eleições de 2002, o primeiro triunfo de Lula e do PT em uma disputa pelo Planalto, o ex-presidente conseguiu a única vitória do partido em São Paulo em um primeiro turno. Alcançou 46,11% em um pleito que foi marcado também pela única vez em que os petistas chegaram a uma segunda volta no embate pelo governo do estado com José Genoino, derrotado por Geraldo Alckmin. 

O ano de 2002 foi o último em que um presidenciável petista venceu em São Paulo e também a última oportunidade em que um candidato da legenda superou os 40% no turno inicial. Nas eleições de 2006, quando concorria è reeleição, Lula teve 36,77% dos votos no primeiro turno, contra 54,2% de Geraldo Alckmin, então no PSDB. Já em 2010, Dilma Rousseff teve 37,31% contra 40,66% de José Serra (PSDB). 

Em sua campanha para a reeleição, Dilma teve 25,82%, pouco à frente de Marina Silva, então no PSB, que obteve 25,09%, e bem distante dos 44,22% de Aécio Neves (PSDB). Nas eleições de 2018, Jair Bolsonaro, à época no PSL, conquistou 53%, com Fernando Haddad (PT), obtendo somente 16,42%, a mais baixa votação de um candidato do partido no estado.

Arrefecido o antipetismo que atingiu seu auge em 2018 e com uma vantagem larga e consolidada na região Nordeste, a segunda maior do país em termos eleitorais, os números dos três estados sudestinos podem garantir um feito também inédito para um presidenciável do PT: uma vitória já no primeiro turno.

"Não vai ter golpe", diz Chico Pinheiro

 "E se houver, será esmagado, assim como Bolsonaro será esmagado nas urnas", afirmou o jornalista, em entrevista à TV 247

(Foto: Reprodução/Twitter)

Por Rodrigo Vianna, do 247 – Chico Pinheiro passou mais de três décadas na TV Globo, por isso é natural que o público queira ouvir dele bastidores das histórias vividas na emissora da família Marinho. Mas o Chico não nasceu na Globo. A ligação dele com o jornalismo e o Brasil vem de muito mais longe: das montanhas de Minas, da infância cercada por incenso, procissões e santos católicos, do amor ao Galo e à música brasileira. Tudo isso compõe o fermento dos causos contados pelo jornalista, com a simplicidade de quem toma um café com as visitas na varanda de casa.

Na última quinta-feira, Chico deu uma entrevista de mais de uma hora à TV 247. Passamos algumas semanas papeando pelo telefone, até acertar a data. Conheci o Chico no século passado, quando ele tinha acabado de chegar à Band em São Paulo. Depois, fomos colegas na Globo de São Paulo – ainda na velha sede da praça Marechal. Um colega competente, engraçado, absurdamente carismático e, sobretudo, leal com a notícia e com os companheiros de profissão.

Renato Aroeira e eu tivemos a agradável tarefa de fazer o Chico conversar com a vibrante comunidade 247. Não foi difícil. Em vez de "bastidores da Globo", ajudamos o Chico a falar de Minas, do Brasil e do jornalismo que ele aprendeu a fazer na sucursal mineira do velho JB. Histórias divertidas sobre um jovem repórter que cresceu na profissão driblando a arrogância de generais e de bispos amigos da ditadura.

Por isso, Chico não tem medo da cara feia do bolsonarismo. "Não vai ter golpe coisa nenhuma", ele nos disse. "E se houver, será esmagado, assim como Bolsonaro será esmagado nas urnas".

Perguntei se é verdade que ele chorou quando teve que narrar (como apresentador do JN) a prisão ilegal de Lula em 2018. "Eu não chorei, nada! Eu tava era com raiva, tava puto da vida com aquela sacanagem".

Vale muito assistir a entrevista na íntegra para ouvir também por que Chico Pinheiro usa um anel que recebeu de um bispo de outra estirpe: Dom Pedro Casaldáliga, este sim leal a Cristo, aos pobres e ao povo desse imenso país.  

Entre versos de Paulo César Pinheiro ("Pesadelo", a música cantada para exorcizar o país de Moro e suas canalhices) e frases de Guimarães Rosa, Chico ilumina o caminho de quem acredita que jornalismo se faz com apego aos fatos, mas também com amor e compromisso com a justiça.  

  

sábado, 2 de julho de 2022

Cristina Serra: governo Bolsonaro é um campeonato de cafajestice

 Jornalista afirma que Pedro Guimarães é "mais um forte concorrente ao título de cafajeste-mor desse governo"

Cristina Serra (Foto: Divulgação)


247 - "Eis que aparece mais um forte concorrente ao título de cafajeste-mor desse governo", escreve a jornalista Cristina Serra, na Folha de S. Paulo. Ela refere-se a Pedro Guimarães, cujas denúncias de assédio sexual levaram a sua exoneração da presidência da Caixa Econômica Federal. 

Cristina afirma que Guimarães não é um "bolsonarista qualquer" e que, provavelmente, ele teve "cúmplices". 

"Em novembro de 2018, na fase de montagem do governo, a jornalista Julia Duailibi, em seu blog no G1, revelou quem é o sujeito. Ela contou que, em 2017, Guimarães, na época sócio de um banco privado, levara Bolsonaro para um giro com investidores, nos Estados Unidos. Quando pouca gente apostava em um deputado medíocre, o banqueiro comprou a ação na baixa e soube a hora de realizar os lucros".

Lula a banqueiros: ‘para que acumular tanto dinheiro, imbecil?'

Os rentistas e oligarcas brasileiros se opõem ao programa de governo do petista

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: REUTERS/Diego Vara)


247 - O ex-presidente Lula fez a crítica mais contundente da pré-campanha presidencial ao setor financeiro. Em entrevista à Rádio Metrópole (Bahia) nesta sexta-feira, 1, Lula se referiu a banqueiros usando o termo "imbecil" e defendeu a distribuição de riqueza. 

“Essas pessoas não podem ser ignorantes de querer só acumular riqueza. Ah... o fulano de tal é o mais rico do mundo, tem 50 milhões de dólares, outro tem 70 milhões. Pra quê? Você vai gastar no quê? Pra que você quer acumular tanto dinheiro, imbecil? (...) Distribua um pouco do seu salário. Distribua com alguns benefícios”, defendeu, após afirmar que, durante seus governos, promoveu a inclusão de milhões de pessoas no sistema financeiro através da elevação do poder de compra.

Os rentistas e oligarcas brasileiros se opõem ao programa de governo do petista. Essa classe não busca o desenvolvimento do país e se acostumou ao capitalismo entreguista e parasitário, decorrente das políticas neoliberais pós-golpe de 2016. 

“Na cabeça dessa gente não existe pobreza, não existe fome, não existe gente dormindo na rua, gente dormindo na sarjeta, não tem criança morrendo de desnutrição. Essa gente só fala em teto de gastos, em política fiscal”, criticou o petista, cobrando dos representantes do setor discussões sobre políticas sociais. 

“Parece que eles vivem em uma redoma de vidro em que o mundo gira em torno deles e dos interesses deles”, disse, ao final da entrevista ao programa Jornal da Bahia.

 

Grupo de judeus lançará manifesto suprapartidário em apoio à chapa Lula-Alckmin

 O manifesto diz ser necessário "derrotar o fascismo e os simpatizantes do nazismo"

Lula e Alckmin (Foto: REUTERS/Carla Carniel | GovSP)


247 - Um grupo de intelectuais, políticos e advogados lançará na terça-feira, 5, um manifesto suprapartidário de defesa à chapa Lula-Alckmin, intitulado "Judeus e judias com Lula e Alckmin". As informações são da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo. 

O manifesto defende a eleição de Lula já no primeiro turno e diz que Jair Bolsonaro acena para a possibilidade de um golpe militar. As lideranças judias dizem ainda ser necessário "derrotar o fascismo e os simpatizantes do nazismo".

Entre os signatários estão os professores da USP André Singer e Raquel Rolnik, o advogado Alberto Toron e o vereador Daniel Annenberg (PSDB).

Confira:

Há quatro anos, durante a campanha eleitoral, o ovo da serpente já era visível. O candidato Jair Bolsonaro deixava muito claro que não era um extremista qualquer. Em suas declarações, mostrava seu desprezo pelas mulheres, negros, indígenas, LGBT+, todas as minorias e sua disposição de combater —se possível destruir— tudo que não estivesse de acordo com o seu estilo de vida miliciano, saudoso do fascismo.
Lamentavelmente, muitos se deixaram seduzir por um discurso pro-Israel.

De outra parte, muitos de nós, judeus, não se deixaram enganar pelo canto da sereia. Estivemos na porta do clube Hebraica-RJ, gritando em alto e bom tom, "não em nosso nome", quando ele pronunciou um de seus discursos mais abertamente racista e preconceituoso. Impedimos que fizesse o mesmo antes na Hebraica-SP.

Fizemos a campanha #elenão e criamos a plataforma Judeus contra Bolsonaro, que reuniu mais de 11 mil assinaturas e participou dos atos contra a candidatura extremista.

Perdemos as eleições e a barbárie tomou conta do país. Foram anos de trevas e desconstrução de direitos humanos, arrocho salarial e carestia, desprezo pela ciência, que oficialmente ceifou a vida de quase 700.000 pessoas. A fome voltou ao dia a dia de 33 milhões de brasileiros; mais de 6 mil militares foram colocados no comando de ministérios e cargos importantes do governo. O Centrão assumiu o orçamento federal e substituiu políticas públicas pela distribuição de verbas parlamentares a seus apaniguados. A Amazônia está sendo destruída e os filhos da floresta, seus defensores, assassinados. A imprensa, paulatinamente estrangulada.

Enfim chegamos ao ponto em que tudo isto pode mudar, as eleições se avizinham, embora os milicianos —de rua ou digitais— se organizem para calar as urnas e a Justiça. As urnas serão o campo de batalha e nosso voto, nossa arma. Com ele podemos devolver o Brasil a civilização. Um país de todos e para todos.
As pesquisas indicam que a eleição será decidida entre as chapas Lula/Alckmin e Bolsonaro/Seu vice. Não existe terceira via capaz de alterar esse quadro. O voto em uma terceira via é o mote que Bolsonaro precisa para ir ao segundo turno. E se houver um segundo turno, o próprio candidato acena para a possibilidade de um golpe militar. E trabalha por ele.

Daí a importância de que todos os democratas, judeus e não judeus, votem de maneira a impedir um segundo turno. Temos a obrigação e o desafio de derrotar o fascismo e os simpatizantes do nazismo.
Não se trata de um apelo partidário, muito pelo contrário, é um chamado civilizatório.
Nós, Judeus contra Bolsonaro, abaixo assinados, somos Lula e Alckmin no primeiro turno.

Venham com a gente.

Mendes dá mais cinco dias para União responder propostas de governadores sobre ICMS

 Na última terça-feira, Mendes havia dado 48 horas para o governo federal avaliar propostas dos estados sobre o imposto

(Foto: Carlos Moura/SCO/STF | Reuters)


247 - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu, nesta sexta-feira, 1, mais cinco dias de prazo para a União se manifestar sobre as propostas apresentadas pelos governos estaduais para a cobrança do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS) que incide sobre os combustíveis. Mendes é relator de ações que discutem a tributação desse imposto.

Na última terça-feira, Mendes havia dado 48 horas para o governo federal avaliar propostas dos estados sobre o ICMS. Recentemente, os estados recorreram à Corte para que uma decisão do ministro André Mendonça segundo a qual as alíquotas do ICMS devem ser uniformes em todo o território nacional fosse anulada. 

“Diante das variáveis político-fiscal-orçamentárias, o papel do STF, no contexto autocompositivo, é reconstruir pontes para devolver à arena político-legislativa a solução final, como sendo o melhor caminho para se tutelarem os interesses envolvidos após o desenrolar da mediação/conciliação”, escreveu o ministro. (Com informações do Estado de S. Paulo). 

Deputado do PDT diz que Ciro erra ao criticar Lula: "melhor seria focar no Bolsonaro"

 Chico D’Angelo (PDT-RJ) avalia que "há um erro na condução" da estratégia de Ciro

(Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados)


CartaCapital - O deputado federal Chico D’Angelo (PDT-RJ) criticou a estratégia de campanha do pré-candidato de seu partido à Presidência, Ciro Gomes, por conta de declarações relacionados ao adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em entrevista nesta sexta-feira, 1, ao programa Direto da Redação, do canal de CartaCapital no YouTube, o parlamentar afirmou que o Ciro comete “equívoco” na “crítica contundente” a Lula, porque falha em “desconstruir”  a imagem da candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“A campanha propositiva é correta. Eu discordo da crítica mais contundente ao Lula. Acho que esse é um equívoco“, afirmou D’Angelo.  “Hoje, acho que a prioridade do cidadão brasileiro é tirar essa figura chamada Bolsonaro da Presidência da República. E o Lula está, nas pesquisas, bem à frente. A possibilidade do crescimento do Ciro se dá em cima do Bolsonaro, e não do Lula. Então, acho que há um erro na condução, no ponto de vista de desconstruir o Bolsonaro com a perspectiva de ter duas candidaturas progressistas no segundo turno”.

Leia a íntegra na CartaCapital

“Bolsonaro jogou a presidência da República numa vala de vulgaridade sem precedentes”, diz Liana Cirne Lins

 Segundo a vereadora e jurista, Liana Cirne Lins, a demissão de Pedro Guimarães “está sendo realizada à revelia da intenção do governo”

(Foto: Guga Matos | Clauber Cleber Caetano/PR)

247 - A vereadora pelo PT do Recife e jurista Liana Cirne Lins comentou as revelações de crime de assédio sexual e moral cometidos pelo então presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que pediu demissão após as denúncias.

Para Liana, o silêncio do Planalto sobre o escândalo não causa surpresa. “Como o governo ia dizer uma palavra contra o assédio sexual quando essa demissão está sendo realizada à revelia da intenção do governo”, afirmou a jurista.

Liana lembrou do caso 'chega pra lá' de Bolsonaro a vice-governadora de Santa Catarina, Daniela Reinehr. Um vídeo viralizou nas redes sociais que mostra Jair Bolsonaro dizendo "fica para trás" e acenando em direção a Daniela, durante a participação em um ato em Balneário Camboriú, no sábado (25). 

“Estamos falando de um presidente da República que no final de semana mandou uma vice-governadora do estado de Santa Catarina ficar atrás. Com Bolsonaro estamos vivendo uma situação sem precedente. O mais alto cargo do país não pode ser conduzido por uma pessoa que não tenha decoro. Hoje, o palavrão é utilizado nos discursos públicos do presidente da República. Bolsonaro vai entrar para o lixo da história como o presidente mais desqualificado”, frisou.

“Daqui há cem anos as pessoas vão estudar nem que seja uma linha do Bolsonaro apontando que ele fez uma ruptura de paradigma: ele trouxe o cargo mais importante da República para uma esfera de vulgaridade e falta de decoro sem precedentes”, completou. 

sexta-feira, 1 de julho de 2022

Apucarana registra 20 casos da Covid-19 nesta sexta-feira


 A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou 20 casos de Covid-19 nesta sexta-feira (1) em Apucarana. O município registrou um óbito hoje, uma mulher de 86 anos.  O município soma agora 554 vítimas da Covid-10 e chega a 37.427 diagnósticos positivos do novo coronavírus.

Os novos casos confirmados são de 11 homens e 09 mulheres. Segundo boletim da AMS, o município tem mais 31 suspeitas em investigação.

Já foram testadas 109.496 pessoas, sendo 78.567 em testes rápidos, 27.292 pelo Lacen (RT-PCR) e 3.637 por laboratórios particulares (RT-PCR).

O município não tem nenhum internado no Hospital da Providência com o diagnóstico de Covid-19.

Datafolha MG: Zema tem 48% sem informação de que Kalil (21%) é candidato de Lula

 A pesquisa não informa que o político do PSD recebe apoio do ex-presidente Lula (PT) no estado

(Foto: ABr | Ricardo Stuckert)


247 - O governo de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), lidera a disputa pelo governo estadual, com 48% das intenções de votos, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira, 1.

O segundo colocado é o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD), com 21%. No entanto, a pesquisa não informa que o político do PSD é o candidato do ex-presidente Lula (PT) ao governo de Minas. O petista, segundo a pesquisa, é o melhor cabo eleitoral no estado.

O levantamento também aponta que Carlos Viana (PL) tem 4%, Vanessa Portugal (PSTU) tem 3%, Renata Regina (PCB) e Miguel Corrêa (PDT) têm 2% cada, enquanto Marcus Pestana (PSDB), Lorene Figueiredo (PSOL) e Saraiva Felipe (PSB) têm 1%. Saraiva Felipe, todavia, retirou sua candidatura essa semana.

De acordo com a pesquisa, 10% dos eleitores mineiros não sabem em quem votar e 8%  declaram voto em branco ou nulo.

O Datafolha ouviu 1.204 pessoas em 52 municípios de Minas Gerais entre quarta-feira, 29, e sexta. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos e o levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com os números MG-07688/2022 e BR-08684/2022.

Fachin ordena que governo explique "cartilha antiaborto"

 Edson Fachin é relator de uma ação protocolada por entidades de saúde que pede a suspensão imediata do documento

(Foto: ABr | Rosinei Coutinho/STF)


247 - O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu cinco dias para o governo federal explicar uma cartilha do Ministério da Saúde que diz que não existe aborto legal no Brasil. Ele é relator de uma ação protocolada por entidades de saúde que pede a suspensão imediata do documento.

Segundo o chamado "guia antiaborto", o aborto é permitido em situações de excludente de ilicitude após investigação policial. 

"O que existe é o aborto com excludente de ilicitude. Todo aborto é um crime, mas quando comprovadas as situações de excludente de ilicitude após investigação policial, ele deixa de ser punido, como a interrupção da gravidez por risco materno", explica o documento oficial, publicado mês passado.

Antecipando sua posição sobre o tema, Fachin disse que há um "padrão de violação sistemática do direito das mulheres" em relação à realização de aborto nos casos previstos em lei. 

"O quadro narrado pelas requerentes é bastante grave e parece apontar para um padrão de violação sistemática do direito das mulheres. Se nem mesmo as ações que são autorizadas por lei contam com o apoio e acolhimento por parte do Estado, é difícil imaginar que a longa história de desigualdade entre homens e mulheres possa um dia ser mitigada", disse o ministro do STF. 

A legislação brasileira permite o aborto em caso de violação sexual, risco para a mãe e anencefalia fetal, sem estipular prazos para o procedimento, ou necessidade de autorização judicial. (Com informações da Folha de S. Paulo). 

Número 2 da Caixa deixará banco após ser citado em denúncia contra Pedro Guimarães

 O vice-presidente de Negócios de Atacado, Celso Leonardo Barbosa, apareceu nas denúncias de uma funcionária que relatou à ouvidoria da Caixa ter sido vítima de assédio

Celso Leonardo Barbosa (Foto: Reprodução)


247 - Considerado o número dois na administração da Caixa Econômica Federal, o vice-presidente de Negócios de Atacado, Celso Leonardo Barbosa, deixará a instituição. 

Ele foi citado nas acusações de assédio sexual que fizeram Pedro Guimarães pedir demissão da presidência do banco. A informação foi publicada pela coluna de Lauro Jardim nesta sexta-feira (1). 

O nome de Barbosa apareceu nas denúncias de uma funcionária que relatou à ouvidoria da Caixa ter sido vítima de assédio. Ele teria colaborado com Guimarães em alguns casos.

Uma ex-funcionária da Caixa disse que as mulheres do banco se escondiam em banheiro para evitar o assédio sexual do ex-presidente da instituição Pedro Guimarães.

'Eu que devo ser cassado?', questiona Glauber Braga após Arthur Lira criar a 'salinha do orçamento secreto'

 "Isso é ou não é uma vergonha?", questionou o deputado do PSOL-RJ após o presidente da Câmara acelerar a compra de apoio parlamentar

Glauber Braga e Arthur Lira (Foto: Câmara dos Deputados)

247 - O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) criticou nesta sexta-feira (1) a iniciativa do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), de fazer uma distribuição de dinheiro do orçamento secreto para aliados. "Eu que tenho que ser cassado? Isso é ou não é uma vergonha? Vocês avaliam!", escreveu o parlamentar no Twitter. 

O parlamentar do PSOL corre o risco de ser cassado após criticar, no dia 31 de maio, o presidente da Câmara em um debate sobre a privatização da Petrobrás. Braga chamou Lira de "ditador" e questionou se o presidente da Câmara "não tem vergonha".

A representação para cassar o mandato de Glauber Braga (PSOL-RJ) está tramitando "em tempo recorde" no Legislativo.


Datafolha Rio de Janeiro: Castro e Freixo empatam no 1º turno

 Cláudio Castro (PL) tem 23% das intenções de voto e Marcelo Freixo (PSB), 22%. Rodrigo Neves (PDT) aparece com 7%

Marcelo Freixo e Cláudio Castro (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | Carlos Magno/GovRJ)

247 - Pesquisa Datafolha para o governo do Rio de Janeiro divulgada nesta sexta-feira, 1, mostra o governador Cládio Castro (PL) empatado tecnicamente com o deputado federal Marcelo Freixo (PSB).

Castro tem 23% das intenções de voto e Freixo, 22%. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos. 

Freixo é seguido pelo ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves (PDT), com 7%, Eduardo Serra (PCB), com 6%, e Cyro Garcia (PSTU), com 5%.

O coronel Emir Larangeira (PMB), o ex-presidente da OAB Felipe Santa Cruz (PSD) e o deputado federal Paulo Ganime (Novo) registraram 2% das intenções de voto. 22% dos eleitores declararam pretender anular o voto em outubro. Outros 10% afirmaram não saber em quem votar.

No cenário com o nome do ex-governador Anthony Garotinho (União Brasil), ele aparece com 7%, atrás de Freixo, com os mesmos 22%, e Castro, com 21%. Neves (6%), Serra (5%), e Garcia (4%) perdem, cada um, um ponto percentual em relação ao cenário sem o ex-governador.

O levantamento, contratado pela Folha de S. Paulo, foi realizado entre quarta, 29, e esta sexta-feira, 1, e entrevistou 1.218 eleitores no estado. Ele está registrado no TSE sob o número RJ-00260/2022 e BR-03991/2022. 

Família de Carlos Drummond de Andrade diz que é 'verdadeiro deboche' Daniel Silveira ganhar Medalha Biblioteca Nacional

 De acordo com a família do poeta, quando ele ganhou a honraria, "o Brasil era outro, com autoridades que se faziam merecedoras de respeito"

Daniel Silveira e Carlos Drummond de Andrade (Foto: ABr | Divulgação)


247 - A família do escritor Carlos Drummond de Andrade afirmou nesta sexta-feira (1º) ser um "verdadeiro deboche" a entrega da Medalha Biblioteca Nacional — Ordem do Mérito do Livro, da Biblioteca Nacional, ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ). De acordo com a família do poeta, quando ele ganhou a honraria, "o Brasil era outro, com autoridades que se faziam merecedoras de respeito pela dignidade, pelo decoro e pela conduta ética, mandatários que, diferentemente de hoje, não nos envergonhavam como povo e não nos apequenavam como nação".

"Diante desse verdadeiro deboche, a família de Carlos Drummond de Andrade vem a público lembrar que o poeta recebeu a homenagem quando a Biblioteca Nacional era dirigida pela escritora Maria Alice Barroso, nome respeitável que honrou e engrandeceu a Casa", disse, de acordo com relatos publicados nesta sexta-feira (30) pela coluna de Mônica Bergamo

A homenagem é historicamente concedida a autoridades e intelectuais que contribuem para o universo da literatura.

O escritor, poeta e tradutor Marco Lucchesi e o professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Antonio Carlos Secchin, imortais da Academia Brasileira de Letras, recusaram a medalha. O motivo foi a decisão de entregá-la ao deputado Daniel Silveira. 

Investigações

No dia 20 de abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o deputado bolsonaro a oito anos de prisão, após o parlamentar divulgar, no primeiro semestre do ano passado, um vídeo com ataques a ministros da Corte.

No dia 21 daquele mês, Jair Bolsonaro (PL) deu um indulto (perdão) a Silveira. No dia 26 de abril, o ministro do STF Alexandre de Moraes afirmou que a iniciativa do política do PL não terá a consequência "afastar a inelegibilidade decorrente de condenação criminal".

As multas aplicadas ao deputado estão próximas de R$ 1 milhão

Bolsonaro cancela encontro com presidente de Portugal porque ele tinha reunião com Lula

 Atual chefe do executivo brasileiro ficou irritado ao descobrir sobre o encontro do presidente português com o petista

Marcelo Rebelo e Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - Jair Bolsonaro (PL) cancelou reunião prevista para a próxima segunda-feira (4) com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo, no Palácio do Planalto. A razão para o cancelamento é que Rebelo, que chega ao Brasil neste sábado, tem encontro marcado com o ex-presidente Lula (PT) no domingo. A informação é da coluna do Lauro Jardim do jornal O Globo.

O atual chefe do executivo brasileiro ficou irritado ao descobrir sobre o encontro do presidente português com o petista. Assim, ordenou ao Itamaraty que suspendesse a reunião em Brasília.

Marcelo Rebelo agora apenas terá compromissos em São Paulo e no Rio de Janeiro em sua passagem pelo Brasil. Além de Lula, ele também se encontrará com Michel Temer (MDB).

MPF faz busca e apreensão contra dono do drone que atacou evento de Lula e Kalil em Uberlândia

 Operação tem como objetivo apreender documentos falsificados e armamentos irregulares de Rodrigo Luiz Parreira

(Foto: Reprodução | ABr)


247 - O Ministério Público Federal (MPF), auxiliado pelas demais forças de segurança, cumpriu, nesta sexta-feira (1), mandados de busca e apreensão nos endereços atribuídos a Rodrigo Luiz Parreira, que afirmou ser o dono do drone que pulverizou 'veneno' sobre militantes petistas durante evento de Lula (PT) e Alexandre Kalil (PSD) em Uberlândia-MG. A informação é do portal G1.

A operação, segundo a reportagem, tinha como objetivo apreender documentos falsificados e armamentos irregulares de Rodrigo, sendo que um fuzil já foi encontrado e apreendido. Durante as investigações passadas sobre o ataque, o MPF havia descoberto que o infrator falsificou documentos para obter o Certificado de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC).

A manobra das forças de segurança está sob sigilo e ainda segue ocorrendo, sem informações adicionais sobre Rodrigo ou outros possíveis presos.

A defesa de Rodrigo declarou à reportagem do G1 que "tomou conhecimento da operação do Ministério Público Federal (MPF) na data de hoje e que acompanhou o cliente durante a oitiva realizada na delegacia da Polícia Federal de Uberlândia, onde os esclarecimentos possíveis foram prestados à autoridade policial, pois nem a defesa nem o investigado tiveram acesso a qualquer peça do procedimento instaurado pelo procurador Onésio Soares Amaral."