Requerimento para a criação do colegiado deverá ser apresentado nesta terça-feira (28) pelo senador Randolfe Rodrigues
247 - O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), responsável pela coordenação da campanha pela reeleição de Jair Bolsonaro (PL), entrou na articulação da base governista para tentar barrar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado para investigar as suspeitas de corrupção e tráfico de influência no Ministério da Educação.
De acordo com o jornal O Globo, a entrada do parlamentar aconteceu após o líder do governo na Casa, Carlos Portinho (PL-RJ), ser diagnosticado com Covid-19 no último final de semana. Portinho vinha atuando com a possibilidade do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), resistir à criação da CPI.
“O Planalto, porém, não quer depender de Pacheco, que é visto com desconfiança pelo entorno de Bolsonaro, e pretende intensificar as conversas para tentar convencer senadores a retirarem seu nome da lista de apoio”, ressalta a reportagem.
O requerimento para a criação da CPI deverá ser apresentado nesta terça-feira (28) pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Apesar do documento contar com 28 assinaturas - uma a mais do que as 27 necessárias para a criação do colegiado -, a base governista na Casa avalia que muitos senadores podem ser convencidos a recuar sob o argumento de que uma CPI em plena campanha poderá ficar esvaziada, com integrantes sendo acusados de usar o colegiado como palanque.
“A base governista está focada em dois senadores que veem como mais propícios a retirarem seus nomes: Eduardo Braga (MDB-AM) e Alexandre Giordano (MDB-SP). Ambos já foram beneficiados pelo chamado orçamento secreto, instrumento usado pelo governo para conquistar apoio no Congresso”, observa a reportagem.