segunda-feira, 27 de junho de 2022

Bolsonaro "clama" e "cria as condições" para um "atentado" contra Lula e Alckmin, denuncia Randolfe Rodrigues

 "Bolsonaro pensa nisso todo dia, sonha com isso", declarou o senador "E digo mais: qualquer coisa que venha a ocorrer, a responsabilidade é de Bolsonaro"

Randolfe Rodrigues, Geraldo Alckmin, Lula e Jair Bolsonaro (Foto: Pedro França/Agência Senado | Ricardo Stuckert | Isac Nóbrega/PR)

247 - O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou nesta segunda-feira (27) ao UOL que Jair Bolsonaro (PL) "clama" por um atentado contra a vida de seu principal adversário, o ex-presidente Lula (PT), e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice-presidente na chapa do petista.

Para o parlamentar, Bolsonaro "cria as condições" para que tal atentado aconteça.

O senador, que é um dos coordenadores da pré-campanha de Lula à Presidência da República, afirmou que o aliado quer ficar próximo ao povo, mas disse ser preciso tomar cuidado. Ele lembrou que nas últimas semanas ocorreram "duas tentativas de agressões" em atos do PT em Minas Gerais e em São Paulo. Essas são, segundo Rodrigues, as "circunstâncias e o dilema de confrontar o fascismo, confrontar o pior do pior que existe na condição humana".

Um atentado contra Lula e Alckmin, de acordo com o senador, é o que Bolsonaro busca. "Ele [Bolsonaro] articula, sabota e cria condições para [que] isso [aconteça], também não se pode esperar algo diferente de alguém que foi responsável pela morte de mais de 600 mil brasileiros durante a pandemia de Covid-19 no país".

Apesar da cautela, o PT fará "atos mais massivos com a presença de Lula, [tomando-se todos os] cuidados necessários, [pois] não vamos distanciar o presidente do povo, porque essa é uma exigência dele próprio e de Alckmin".

Perguntado sobre ter alguma prova que aponte para a participação de Bolsonaro em um eventual atentado contra a dupla, Randolfe Rodrigues afirmou que "basta ver em perspectiva as declarações" públicas do chefe do governo federal, que são "para incentivar os que estão no entorno dele a agredirem nossa campanha, para atacarem Lula e Alckmin". "Bolsonaro articula, pensa nisso todo dia, sonha com isso, uma situação desse tipo, todas as declarações [feitas por] Bolsonaro [nos últimos seis meses] são no sentido de ter uma tragédia nessa campanha. É nossa responsabilidade impedir que qualquer tragédia ocorra nessa campanha, mas a gente caminha e anda contra a força poderosa do presidente, que articula, pensa e incentiva que ato dessa natureza ocorra. E digo mais: qualquer coisa que venha a ocorrer com qualquer militante [da campanha petista] contra Lula ou Alckmin a responsabilidade é de Bolsonaro".

Ex-presidente da Petrobrás chama Bolsonaro de “psicopata” e diz que seu celular tinha provas de crimes cometidos por ele

 “Se eu quisesse atacar o Bolsonaro não foi e não é por falta de oportunidade", disse Roberto Castello Branco durante discussão em grupo de economistas


Samuel Pancher, Metrópoles Durante uma discussão em um grupo de economistas, o ex-presidente da Petrobras Roberto Castello Branco afirmou que devolveu seu celular corporativo à estatal, ao deixar o comando da empresa, com material que, segundo ele, poderia incriminar o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Castello Branco debatia com Rubem Novaes, ex-presidente do Banco do Brasil, sobre a elevação do preço dos combustíveis. Novaes então diz que o colega economista – primeiro presidente da Petrobras na gestão de Bolsonaro, indicado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes – ataca a atual gestão do governo federal.

“Se eu quisesse atacar o Bolsonaro não foi e não é por falta de oportunidade (sic). Toda vez que ele produz uma crise, com perdas de bilhões de dólares para seus acionistas, sou insistentemente convidado pela mídia para dar minha opinião. Não aceito 90% deles [dos convites] e quando falo procuro evitar ataques”, retruca o ex-presidente da estatal.

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Militares enviam recado a Lula: "vamos respeitar o resultado das eleições, esqueça da gente"

 A interlocutores do ex-presidente, militares de alta patente disseram não concordar com a atuação do Ministério da Defesa nos ataques ao processo eleitoral

Militares e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: ABr | Ricardo Stuckert)

247 - Militares de alta patente que mantêm contato com interlocutores do ex-presidente Lula (PT) enviaram um recado ao petista, segundo Bela Megale, do jornal O Globo: "vamos respeitar o resultado das eleições, esqueça da gente".

A cúpula das Forças Armadas tem se mostrado avessa à disputa eleitoral e seus representantes dizem haver um "grande incômodo" com a atuação do Ministério da Defesa que, junto a Jair Bolsonaro (PL), ataca o processo eleitoral brasileiro.

Os militares também defendem que Lula fique longe de polêmicas. Para eles, as citações de Lula à caserna "não trazem benefício a nenhum dos lados".

Lula se aproxima de empresários, defende expansão da classe média e estado voltado para os mais pobres

 Encontros têm quebrado resistências ao nome do ex-presidente, que produziu ciclo inédito de prosperidade quando no governo

Geraldo Alckmin e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)

247 – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que gerou um ciclo inédito de prosperidade econômica quando foi presidente (2003 a 2010), com expansão média do PIB de 4,5%, redução da dívida interna de 60% para 35% do PIB, criação de 10 milhões de empregos, obtenção do grau de investimento, acumulação de US$ 300 bilhões em reservas e expansão do mercado de capitais, está refazendo suas pontes com o empresariado, depois do golpe de 2016, que teve como finalidade reduzir os custos do trabalho no Brasil e desmontar o estado brasileiro.

"O ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva tem se aproximado do empresariado de São Paulo e da Faria Lima em jantares privados. Nos últimos sete dias, ele participou de três encontros para tentar quebrar a resistência do setor privado", escreve a jornalista Mônica Scaramuzzo, em reportagem publicada no Valor Econômico. A repórter relata encontros com advogados ligados ao grupo Prerrogativas e também um jantar recente na casa do empresário José Seripieri Jr., dono da operadora de saúde QSaúde, com gestores da Faria Lima, em que estiveram presentes Luis Stuhlberger (Verde), Marcelo Kayath (QMS Capital), o fundador da EB Capital, Eduardo Sirotsky Melzer, o publicitário Nizan Guanaes e o empresário e ex-ministro Walfrido dos Mares Guia. "Saí bem impressionado”, disse Nizan Guanaes à jornalista.

Segundo seu relato, Lula disse que quer um país com “estabilidade, previsibilidade e crescimento”. Ele também teria afirmado que seu vice Geraldo Alckmin “é a versão moderna da carta ao povo brasileiro”. Lula também afirmou aos presentes que “o governo tem de ser leve para o país” e que o foco do Estado deve ser o pobre. Além disso, defendeu que é preciso colocar mais gente na classe média para o empresário também ter mais mercado consumidor. Por fim, Lula destacou que os pobres pagam muitos impostos e que “o país será insustentável” se os ricos não pagarem mais.

Presidente do Equador anuncia redução dos preços dos combustíveis e repressão a quem cometeu "atos de barbárie e sabotagem"

 Guillermo Lasso enfatizou que a polícia e as Forças Armadas vão continuar a agir "através do uso progressivo da força" para "restaurar a ordem"

Guillermo Lasso, presidente do Equador (Foto: REUTERS/Maria Fernanda Landin)

ARN O presidente do Equador, Guillermo Lasso, falou este domingo (26) em rede nacional e anunciou uma redução de dez centavos por galão na gasolina extra, bem como no diesel, já que, como explicou, o preço do combustível "tornou-se a pedra angular” da greve por tempo indeterminado organizada pela Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), que começou há quase duas semanas.

O presidente disse que tomou essa medida para "pensar no bem comum e na paz cidadã", apesar de o governo ser "muito claro" que não é esse o fator que causa o problema dos equatorianos.

A rede nacional ocorreu ao mesmo tempo em que a Assembleia Nacional (parlamento) debate em plenário se deve destituir o presidente ou deixá-lo no cargo, devido aos conflitos que já duram 14 dias e que resultaram em centenas de feridos, cinco mortos e diversas denúncias de violações de direitos humanos.

Durante o breve discurso, Lasso não se referiu à sua situação na Assembleia Nacional, mas se concentrou nas acusações contra a liderança da Conaie, como vem fazendo desde o início do conflito.

Do seu ponto de vista, com os anúncios que fez na sexta-feira, boa parte "dos que se sentiram enganados por seus líderes" (referindo-se ao presidente da Conaie, Leônidas Iza), voltaram para suas comunidades. Além disso, disse que, apesar de no sábado ter revogado o estado de emergência que vigorava desde segunda-feira em cinco províncias, houve “mais atos de violência e terrorismo”.

“Para aqueles que não querem dialogar, não vamos insistir, mas também não podemos esperar para dar as respostas que nossos irmãos de todo o Equador anseiam. Assumimos o compromisso de resolver todos os pontos da agenda de nossos irmãos indígenas e camponeses com resultados reais para que os falsos líderes nunca mais os enganem”, comentou.

Lasso considerou que nestes 14 dias de manifestações o país foi vítima de “múltiplos atos de barbárie e sabotagem” e observou que nenhum deles “ficará impune”, pois todos serão levados à justiça. "Vamos fazer imediatamente as respectivas denúncias ao Ministério Público para que estes criminosos respondam perante a lei", comentou.

Sobre as ações nas ruas, o presidente disse que, para aqueles que continuarem a exercer a violência, a polícia e as Forças Armadas atuarão “através do uso progressivo da força para restabelecer a ordem e devolver aos cidadãos a tranquilidade”.

“Os equatorianos que buscam o diálogo encontrarão um governo de mão estendida, aqueles que buscam o caos, a violência e o terrorismo, toda a força da lei. Nós, equatorianos, devemos voltar à normalidade, devemos com otimismo e fé retornar ao caminho do progresso para todos”, concluiu.

Desde o dia 13 de junho, os manifestantes no Equador lutam contra os altos preços dos produtos de primeira necessidade, a precariedade dos hospitais públicos, os preços dos combustíveis, a ausência de créditos para promover a produção, a atenção ao setor agrícola e a privatização de empresas públicas. 

As manifestações são convocadas pela Conaie e outros 53 grupos, que entenderam que o povo "deveria se levantar depois de esgotadas as instâncias de diálogo com o governo".

Neste domingo, o parlamento equatoriano continuava a debater uma moção apresentada pelo partido de oposição União pela Esperança (UNES), liderado pelo ex-presidente Rafael Correa (2007-2017), que propõe a destituição do presidente devido à grave crise política e social.

Bolsonaro repete ameaças golpistas e diz que Alexandre de Moraes falou 'certas coisas que não procediam'

Ocupante do Palácio do Planalto diz que pretende ter um novo encontro com o ministro do Supremo 

Jair Bolsonaro e o ministro Alexandre de Moraes (Foto: Isac Nóbrega/PR | Nelson Jr./SCO/STF)

247 - Jair Bolsonaro confirmou neste domingo (26) que teve uma conversa com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes na última semana e disse que pretende ter um novo encontro com o magistrado.

O ocupante do Palácio do Planalto também repetiu ameaças golpistas e ataques às urnas, se queixou de "interferências" do Supremo no Executivo. Em tom de ameaça, disse que "vai chegar um ponto final".

"Uma hora vai acontecer uma tragédia que a gente não quer. Não estamos dando recado, aviso, todo mundo sabe o que está acontecendo", disse ao programa 4 por 4, feito por bolsonaristas, informa a Folha de S.Paulo.

Sobre a conversa com Moraes, Bolsonaro disse que o ministro "falou 90% do tempo" e ele, 10%. "Mais ou menos cinco minutos de conversa. Falei para ele: vamos conversar na próxima semana com mais tempo. E pode ser em qualquer lugar", afirmou. O objetivo, segundo o chefe do Executivo, é que cheguem a um "entendimento".

Bolsonaro disse que durante o encontro que manteve durante cinco minutos na residência do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, Moraes "falou certas coisas que não procediam". 

Elba Ramalho se irrita com “Fora Bolsonaro”, diz que seu show não é “comício” e escuta do público: "Olê, olê, olá, Lula” (vídeo)

 Cantora recentemente culpou “comunistas” pela Covid-19

Elba Ramalho (Foto: Reprodução/Twitter)


247 - Elba Ramalho se revoltou e resolveu “ dar bronca" no público que se manifestava aos gritos de "Fora Bolsonaro"em Salvador. "Não quero fazer política, isso aqui não é comício", afirmou.

A cantora puxou uma canção, que aconteceria com a exibição de um vídeo. Enquanto a transmissão carregava, o público voltou a se expressar politicamente. Desta vez, cantando "Olê, olê, olá, Lula!"

Elba Ramalho ficou calada e afirmou estar "esperando". "A plateia está se manifestando. Como a gente vive em um país democrático, tem que deixar. Cada um tem o presidente que merece", afirmou.

Em 2021, a cantora foi duramente criticada por culpar os “comunistas por criarem a pandemia” e revelar, aos risos, no programa Encontro que transmitiu Covid para um fã.

 

Presidente da Funai, no cargo desde 2019, não visitou territórios indígenas uma única vez

 Indicado para o cargo por Jair Bolsonaro, o delegado da Polícia Federal Marcelo Xavier deixou Brasília para proferir palestras em apenas duas ocasiões

Marcelo Xavier (Foto: Anderson Riedel/PR)


247 - O delegado da Polícia Federal Marcelo Xavier, que assumiu a presidência da Fundação Nacional do ìndio (Funai) por indicação de Jair Bolsonaro, não visitou nenhum território indígena desde que assumiu o cargo em 2019. De acordo com a Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo, dados do Portal da Transparência apontam que Xavier deixou Brasília apenas em duas ocasiões, para proferir palestras. 

“Em junho, ele foi a Cuiabá a convite do deputado estadual Gilberto Cattani (PL), defensor da exploração de potássio em áreas demarcadas”, ressalta a reportagem. Cattani é réu em um processo de reintegração de posse de um terreno destinado à reforma agrária no Assentamento Pontal do Marape, em Nova Mutum.  

Na palestra, Xavier defendeu a concessão de incentivos produtivos em territórios demarcados para tornar os povos originais “protagonistas da própria história”. O evento contou com a participação de membros da etnia Haliti-Paresi, que produzem grãos em uma área de 20 mil hectares com o apoio da Funai. 

Campanha de Lula reforça esquema de segurança

 Decisão de reforçar a proteção ao ex-presidente acontece após dois incidentes

Lula (Foto: Reprodução/Youtube)


247 - Depois de dois incidentes com "penetras", o comando da pré-campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inaugurou, na noite deste domingo (26), estrutura reforçada de segurança para eventos fechados com o petista. 

Foram instalados dois pórticos para detecção de metal logo à entrada do restaurante onde Lula e o vice, Geraldo Alckmin (PSB), participaram de jantar com cerca de 200 convidados. Na frente do local, havia pelo menos 15 seguranças, informa a Folha de S.Paulo.

O jantar foi uma atividade que antecedeu a campanha de arrecadação de fundos que o PT pretende lançar em julho. 

Os cuidados com segurança aconteceram depois de seguidos incidentes. O mais recente aconteceu na última terça-feira (21), durante ato de lançamento das diretrizes do programa de governo da chapa Lula-Alckmin.

Bolsocaro: litro do diesel supera R$ 8 em 23 estados brasileiros

 A alta dos combustíveis é consequência direta da política de preços da Petrobrás, mantida por Jair Bolsonaro

Bolsonaro e greve dos caminhoneiros em maio de 2018 (Foto: Alan Santos/PR | REUTERS/Leonardo Benassatto)

247 - Como consequência direta da ineficiência do governo Jair Bolsonaro (PL), que insiste em manter a dolarização do preço dos combustíveis no Brasil por meio da atual política de preços da Petrobrás, o litro do diesel comum (S-500) é vendido a R$ 8 ou mais em 23 estados do país, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgados pela CNN Brasil.

Rio de Janeiro e São Paulo têm o combustível mais barato, com o litro do diesel sendo encontrado a R$ 6,29. O Rio Grande do Sul aparece em terceiro lugar, onde o produto é vendido a R$ 6,39.

Por outro lado, no Acre o preço é R$ 8,95, no Mato Grosso R$ 8,91 e em Minas Gerais R$ 8,89.

Gasolina

Os estados que vendem o litro da gasolina mais caro são São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Para os paulistas, o litro do combustível é vendido a R$ 8,89, no Rio de Janeiro a R$ 8,69 e na Bahia, onde a principal refinaria foi privatizada, a R$ 8,54.

Em São Paulo, porém, segundo o levantamento, também foi possível encontrar a gasolina mais barata do país: R$ 5,99 por litro. Na sequência aparecem Mato Grosso (R$ 6,30) e Amapá (R$ 6,40)

Política de preços da Petrobrás

A atual política de preços da companhia, baseada no Preço de Paridade de Importação (PPI), eleva o custo dos combustíveis no Brasil aos patamares do mercado internacional. Vendendo seus produtos a preços internacionais e mantendo o mesmo nível de despesas, a Petrobrás atinge lucros exorbitantes às custas dos consumidores brasileiros.

Assim, a renda da população é sugada pela empresa, que repassa seu lucro a acionistas minoritários.

Bolsonaro confirma Braga Netto como seu vice

 Jair Bolsonaro redobra aposta na militarização do seu governo

Ministro Braga Netto e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


247 – Jair Bolsonaro, que distribuiu benesses para os militares, terá como vice o general Braga Netto, redobrando a aposta na militarização do seu governo. "É uma pessoa que eu admiro muito. É uma pessoa que, caso eu seja reeleito, vai me ajudar nos próximos anos. Agradeço a ele por ter aceitado essa missão", afirmou.

Seu principal adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se aliou ao ex-governador paulista Geraldo Alckmin, num caminho para reconstruir o pacto democrático da Constituição de 1988.

Oposição reúne assinaturas suficientes para convocar CPI do MEC no Senado

 Requerimento deve ser protocolado nesta terça-feira

Plenário do Senado em Brasília (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

247 - A oposição conseguiu a assinaturas de 28 senadores, uma a mais do necessário para convocar a CPI do MEC. Ao menos mais dois nomes podem se juntar aos que querem apurar o tráfico de influência praticado no MEC sob a gestão do ex-ministro Milton Ribeiro.  

Folha de S.Paulo apurou que os senadores da oposição querem ter força suficiente para pressionar o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a não impedir a instalação da CPI.

Para muitos senadores, as evidências de que houve interferência de Jair Bolsonaro nas investigações sobre o tráfico de influência no MEC aumentam essa pressão sobre o presidente do Senado.

A possibilidade de instalação de uma CPI do MEC ganhou força após a prisão, na última quarta-feira (22), do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, suspeito de atos de corrupção e tráfico de influência na liberação de verbas da pasta.

Pacheco vê com ressalvas a instalação de uma comissão sobre o tema. Ele afirmou considerar que a proximidade do período eleitoral "prejudica o escopo de uma CPI".

Pesquisa do banco BTG, em parceria com a FSB, confirma vitória de Lula contra Bolsonaro no segundo turno por 52% a 37%

 Levantamento do instituto não aponta vitória em primeiro turno

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: RICARDO STUCKERT)

247 – Uma nova pesquisa eleitoral divulgada nesta manhã, realizada pelo banco BTG Pactual em parceria com a FSB, confirma a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas em segundo turno. De acordo com o instituto, Lula teria 52% dos votos contra 37% de Jair Bolsonaro. No cenário estimulado de primeiro turno, Lula tem 43% contra 33% de Bolsonaro, 8% de Ciro Gomes, 3% de Simone Tebet, 2% de André Janones e 1% de Pablo Marçal. Ou seja: Lula teria 43%, contra 47% dos adversários somados – o que levaria a disputa para o segundo turno.

A pesquisa foi registrada no TSE com o número 05022-22, com duas mil entrevistas telefônicas – o que reduz o grau de precisão e tende a favorecer o bolsonarismo. Na mais recente pesquisa Datafolha, Lula vence em primeiro turno, com 53% dos votos válidos. 

A pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (23), mostrou  o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 19 pontos de vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL). O petista atingiu 47% das intenções de voto no primeiro turno, contra 28% do seu adversário na pesquisa estimulada, o que o levaria a uma vitória no primeiro turno, com 53% dos votos válidos.

Ciro Gomes (PDT) alcançou 8%. André Janones (Avante) teve 2%, e Simone Tebet (MDB), 1%. Pablo Marçal (Pros) e Vera Lucia (PSTU) também registraram 1% cada.

Brancos e nulos somaram 7%, e não souberam responder, 4%.

Foram entrevistados 2.556 eleitores em 181 cidades nos dias 22 e 23 de junho. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos. 

A pesquisa, realizada nessa quarta (22) e nesta quinta (23), foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 09088/2022.

domingo, 26 de junho de 2022

"Mais do que um projeto político, a Lava Jato era um projeto político de viés totalitário", diz Gilmar Mendes

 “Hoje, estou absolutamente convicto disso, de que havia um projeto de poder", disse o ministro do STF

Gilmar Mendes (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)


247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal afirmou, em entrevista ao jornal Correio Braziliense, que a operação Lava Jato era “mais do que um projeto político, a Lava Jato era um projeto político de viés totalitário: uso de prisão para obter delação e cobrança para que determinadas pessoas fossem delatadas”.

“Hoje, estou absolutamente convicto disso, de que havia um projeto de poder. Os senhores vão se lembrar, por exemplo, de Curitiba. Sem nenhum menoscabo, mas está longe de Curitiba ser o grande centro de liderança intelectual do Brasil. Não obstante, Curitiba passou a pautar-nos. Tinha normas que praticamente proibiam o habeas corpus. Normas tão radicais quanto a do AI-5. Proibição de liminares e coisas do tipo”, disse o ministro. 

Ainda segundo ele, os desvios da força-tarefa judicial responsável pela operação e que foram revelados pela “Vaza Jato”, como ficaram conhecidas as reportagens sobre o assunto, “fizeram com que a Lava Jato saísse do status de maior operação de combate à corrupção para o maior escândalo judicial do mundo".


Sob pressão, ministro da Justiça nega ter vazado a Bolsonaro informações da operação da PF que prendeu Milton Ribeiro

 "Asseguro categoricamente que, em momento algum, tratamos de operações da PF ", disse Anderson Torres

Anderson Torres (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

247 - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, negou que ter discutido com Jair Bolsonaro (PL) detalhes sobre o andamento da operação da Polícia Federal que resultou na prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro pela suspeita de corrupção e tráfico de influência.

“Diante de tanta especulação sobre minha viagem com o presidente Bolsonaro para os EUA, asseguro categoricamente que, em momento algum, tratamos de operações da PF.

Absolutamente nada disso foi pauta de qualquer conversa nossa, na referida viagem”, postou Torres no Twitter. 

A possibilidade de que o vazamento de detalhes da operação tenha sido feito por Jair Bolsonaro veio à tona após a divulgação do áudio de uma conversa telefônica, autorizada pela Justiça, entre Ribeiro e a filha. Na conversa, Ribeiro disse ter recebido uma  ligação do atual ocupante do Palácio do Planalto afirmando que havia tido “um pressentimento” de que ele seria alvo de mandados de busca e apreensão. 

O diálogo aconteceu no dia 9 de junho, um dia após Torres e outros integrantes do governo viajarem para os Estados Unidos. No dia 9, a comitiva participou da reunião da Cúpula das Américas, realizada em Los Angeles.

Em outra conversa telefônica interceptada pelos investigadores com autorização da Justiça, a esposa de Milton Ribeiro, Myrian Ribeiro, disse a um interlocutor que o ex-ministro "tava sabendo" com antecedência da realização de uma operação contra ele. 

Veja a postagem de Anderson Torres. 


Aliados de Jair Bolsonaro montam 'operação abafa' para tentar barrar criação de CPI do MEC

 Foco central está em fazer com que parlamentares retirem seus nomes do requerimento que pede a investigação do escândalo envolvendo o ex-ministro Milton Ribeiro

(Foto: ABr)


247 - A crise deflagrada pela revelação de um telefonema interceptado pela Polícia Federal em que o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro menciona Jair Bolsonaro virou alvo de uma “operação abafa” por parte de aliados do Planalto. De acordo com o jornal O Globo, o foco central dos bolsonaristas é barrar a criação da CPI do MEC, que já conta com 27 assinaturas, número mínimo para que o colegiado seja viabilizado. 

Nesta linha, os aliados de Jair Bolsonaro já teriam identificado que o senador Giordano (MDB-SP), o último que registrou apoio à comissão, poderá retirar o seu nome da lista dos que assinaram o requerimento. “Segundo integrantes do governo, o parlamentar estaria insatisfeito com demandas não atendidas pelo Executivo. Giordano diz que não negocia a sua opinião, mas está disposto a ouvir o Planalto”, destaca o periódico.

Ainda segundo a reportagem, os articuladores políticos do Planalto também devem tentar reverter o apoio do senador Eduardo Braga (MDB-AM). O parlamentar, contudo, já disse publicamente que não irá retirar sua assinatura do pedido de abertura de uma investigação envolvendo o ex-ministro e liberação de recursos do Ministério da Educação por meio da formação de um gabinete paralelo formado por pastores mediante o recebimento de propinas. 

“Outra frente que aliados do presidente monitoram com cautela é a investigação envolvendo Milton Ribeiro. Três pessoas de confiança de Bolsonaro relataram ao GLOBO terem sido informadas de que, até o momento, não há vestígios de novas gravações com potencial de atingir o titular do Palácio do Planalto. Com isso, o governo pretende manter o discurso de que não há provas de que Bolsonaro interferiu no inquérito da PF, nem de que vazou informações sigilosas para alvos da operação que apura irregularidades no MEC”, diz o jornal. 

Ombudsman critica Folha por esconder vitória de Lula em primeiro turno

 O jornalista José Henrique Mariante observa que o jornal só "acordou horas depois" para a relevância do dado contido na pesquisa divulgada na quinta-feira

Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - O jornalista José Henrique Mariante, ombudsman da Folha de S. Paulo, criticou o jornal por esconder a notícia de que a pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira  (23) não destacou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera a disputa presidencial, pode ser eleito no primeiro turno.

“Entre os vários títulos publicados pela Folha na quinta-feira (23) sobre a nova pesquisa Datafolha (em fatiamento excessivo do levantamento, estratégia para ranquear melhor nos mecanismos de busca), um falava do que interessa: "Datafolha: Lula tem 53% dos votos válidos no 1º turno ante 32% de Bolsonaro". 

Perfeito, mas a notícia de verdade é que tais números fazem Lula levar no primeiro turno”, ressalta o ombusdman.  “O jornal acordou horas depois, alterando o enunciado para ‘Datafolha: Lula tem 53% dos votos válidos e poderia vencer no 1º turno’”, completa. 

"Vai pra trás, meu Deus do céu", diz Bolsonaro em 'chega pra lá' na vice-governadora de Santa Catarina (vídeo)

 Daniela Cristina Reinehr é do PL, mesmo partido de Jair Bolsonaro

(Foto: Reprodução/ Twitter @Adrieli_S)


247 - A passagem de Jair Bolsonaro (PL) pela cidade de Balneário Camboriú (SC), onde participou da Marcha para Jesus, realizada no sábado (25), foi marcada pela grosseria feita pelo atual ocupante do Palácio do Planalto contra a vice-governadora, Daniela Cristina Reinehr, que é do mesmo partido. Bolsonaro se aproximou de apoiadores na beira da praia de mãos dadas com o empresário bolsonarista Luciano Hang. Ao perceber a aproximação de Reinehr, Bolsonaro disparou: “vai pra trás, meu Deus do céu”.

Surpreendida pela grosseria, a vice-governadora obedeceu a ordem imediatamente .No vídeo é possível ouvir uma mulher espantada com a atitude dizer: “meu Deus". 

Veja o vídeo.


"Nova onda progressista na América Latina será mais forte do que a anterior", diz Celso Amorim

 "Mas será uma esquerda social-democrata, disposta a dialogar com os Estados Unidos", destaca o chanceler

Celso Amorim, Lula e Gustavo Petro (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reuters)


247 – O embaixador Celso Amorim, ex-chanceler e ex-ministro da Defesa, afirmou, em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, que a América Latina viverá uma nova onda progressista, ainda mais forte do que a anterior. "A vitória de Gustavo Petro na Colômbia é uma reação ao neoliberalismo, que está em franca decadência na América do Sul", diz ele.

O embaixador, no entanto, faz um alerta importante. "A extrema direita vai concentrar fogos no Brasil", avisa. Celso Amorim destaca que as reações à vitória de Petro foram civilizadas na Colômbia e também nos Estados Unidos. "Nunca houve golpe no Brasil sem apoio da grande mídia, da elite brasileira e dos Estados Unidos. Bolsonaro não tem nenhum dos três elementos", diz ele.

Ao reforçar a tendência de uma nova onda progressista na América Latina, ele diz que ela será protagonizada por uma esquerda social-democrata, disposta  a dialogar com os Estados Unidos, mas sem abrir mão da soberania. "A vitória de Lula vai fortalecer muito a América do Sul. E vai fortalecer o mundo multipolar", diz ele. "Mas o Brasil não pode sair do quintal americano e cair num pátio chinês", acrescenta. Amorim diz ainda que os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) podem ser um elemento na pacificação do mundo.

"Bolsonaro e seu ministro da Justiça cometeram crime de obstrução judicial", diz Tereza Cruvinel

 Jornalista comentou caso Milton Ribeiro e o papel de Anderson Torres no vazamento de informações

(Foto: Roque de Sá/Agência Senado | Wilson Dias/Agência Brasil)

247 - A jornalista Tereza Cruvinel, da TV 247, comentou os desdobramentos do caso Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação preso no âmbito da operação Acesso Pago, que investiga irregularidades na liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.

Ela apontou os crimes cometidos por Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça, Anderson Torres, ao terem supostamente vazado a Ribeiro informações sobre a realização de uma operação da Polícia Federal:

“No dia 9 de junho, quando Bolsonaro ligou para o Milton Ribeiro dizendo que estava com um pressentimento, ele estava ao lado do ministro da Justiça. Isso não pode acontecer, o presidente da República receber informação do ministro que chefia a Polícia Federal, e a investigação envolver um ex-ministro do governo. É inconcebível que um presidente da República faça isso. É um crime funcional e um crime de obstrução de justiça, cometido também pelo ministro da Justiça”. 

Bolsonaro estava ao lado do ministro da Justiça quando disse a Milton Ribeiro ter "pressentimento" sobre ação da Polícia Federal

 Ao ligar para o investigado, Jair Bolsonaro cometeu crime de obstrução judicial, em mais um motivo para impeachment

Jair Bolsonaro durante encontro com o Secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Gustavo Torres. (Foto: Carolina Antunes/PR)


247 – O crime de obstrução judicial atribuído a Jair Bolsonaro, por ter alertado o ex-ministro Milton Ribeiro sobre uma ação da Polícia Federal, pode envolver também o ministro da Justiça, Anderson Torres. "O presidente Jair Bolsonaro (PL) estava em viagem aos Estados Unidos quando, segundo o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, ligou para alertar que ele poderia ser alvo de buscas na investigação sobre o gabinete paralelo de pastores no Ministério da Educação (MEC). Bolsonaro viajou a Los Angeles para participar da IX Cúpula das Américas. Ele também teve um encontro com o presidente americano Joe Biden. O ministro da Justiça, Anderson Torres, estava na comitiva brasileira. A Polícia Federal (PF), responsável pela operação que dias depois chegou a prender Ribeiro, integra a pasta. A PF mantém o ministro informado de suas missões diariamente. A própria agenda oficial de Torres cita a participação no evento", informam os jornalistas Fausto Macedo, Rayssa Motta, Pepita Ortega e Julia Affonso, em reportagem publicada no Estado de S. Paulo.

"Em uma conversa telefônica interceptada, o ex-ministro da Educação indicou ter sido alertado pelo presidente sobre o risco de abrirem buscas contra ele", prosseguem os jornalistas.

– Ele (Bolsonaro) acha que vão fazer uma busca e apreensão em casa”, afirma. 

A ligação, com a filha, é interrompida tão logo ela informa que está ligando do “celular normal”.  

– Ah é? Ah, então depois a gente se fala”, responde Milton Ribeiro.