quinta-feira, 23 de junho de 2022

Datafolha: Lula tem mais de 20 pontos de vantagem para Bolsonaro no segundo turno

 O ex-presidente conseguiu 57% dos votos no segundo turno contra Jair Bolsonaro (PL), de acordo com nova pesquisa

Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: ABr | Stuckert)


247 - A pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (23), apontou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno, por 57% a 34%, números parecidos com o levantamento de março (58% a 33%). Brancos e nulos somaram 8% os brancos e nulos. 

De acordo com a pesquisa, o ex-presidente seria eleito em primeiro turno, com 53% dos votos válidos. Nos votos totais, Lula teria 47%, contra 41% dos seus adversários

O petista ganha de Bolsonaro entre os mais pobres, ou seja, Bolsonaro não conseguiu fazer o Auxílio Brasil se reverter em maior quantidade de votos. 




Entre os mais pobres, Lula tem 34 pontos de vantagem sobre Bolsonaro, diz Datafolha

 A vantagem do petista sobre Jair Bolsonaro é maior entre os mais jovens (54% a 24%), menos escolarizados (56% a 22%) e, principalmente, entre os mais pobres

Lula e Jair Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | ABr)


247 - A pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 23, mostra o ex-presidente Lula na liderança isolada na corrida pelo Palácio do Planalto, podendo vencer já no primeiro turno

A vantagem do petista sobre Jair Bolsonaro é maior entre os mais jovens (54% a 24%), menos escolarizados (56% a 22%) e, principalmente, entre os mais pobres. 

Nesse grupo, para os que ganham até dois salários mínimos e que compõe 52% da amostra populacional do Datafolha, Lula também vence Bolsonaro por 56% a 22%. 


Novo Datafolha mostra Lula vencendo no primeiro turno

 


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece em primeiro lugar na pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (23). Se a eleição fosse hoje, ele venceria no primeiro turno.

De acordo com o novo relatório, o petista tem 47% das intenções de votos, enquanto o atual chefe do executivo federal foi citado por 28%. Ciro Gomes (PDT) vem na sequência com 8% e Janones (AVANTE) ocupa a quarta posição ao ficar com 2%. Simone Tebet (MDB), Pablo Maçal (PROS) e Vera Lúcia (PSTU) ficaram com 1%.

Vale destacar que, caso a eleição fosse hoje, Lula venceria no primeiro turno com 53,4% dos votos válidos.

O levantamento foi realizado entre os dias 22 e 23 de junho, entrevistando eleitores 2.556 em 181 cidades de todos os estados do país. O relatório encomendado pela Folha foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 09088/2022. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Na pesquisa anterior, que ocorreu em maio, Lula tinha 48% e Bolsonaro 27%. Ciro Gomes ficou com 7% e os outros candidatos não chegaram aos 2%.


Fonte: DCM

Datafolha mostra Lula com 47% e 19 pontos à frente de Bolsonaro

 O ex-presidente atingiu 47% das intenções de voto no primeiro turno, contra 28% de Bolsonaro (PL). Ciro Gomes (PDT) alcançou 8%

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - A pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (23), mostrou  o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 19 pontos de vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL). O petista atingiu 47% das intenções de voto no primeiro turno, contra 28% do seu adversário na pesquisa estimulada. Ciro Gomes (PDT) alcançou 8%. 

Foram entrevistados 2.556 eleitores em 181 cidades nos dias 22 e 23 de junho. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos. 

A pesquisa, realizada nessa quarta (22) e nesta quinta (23), foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 09088/2022.

Justiça autoriza quebra de sigilo de Milton Ribeiro, sua esposa e pastores

 Um dos motivos para a decisão judicial foi a venda de um carro por Milton Ribeiro ao pastor Arilton Moura

Milton Ribeiro com Arilton Moura (esq.) e com Gilmar Silva dos Santos (dir.) (Foto: Luis Fortes/MEC | Reprodução)


247 - O juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal em Brasília, autorizou a quebra dos sigilos bancários do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, de sua esposa, Myrian Pinheiro Ribeiro, e da filha e do genro do pastor Arilton Moura. Empresas ligadas aos pastores Gilmar Santos e Arilton e o ex-assessor do MEC, Luciano Musse, também tiveram os sigilos quebrados. Um dos motivos para a decisão do magistrado foi a venda de um carro por Ribeiro para o pastor Arilton Moura - transação foi encontrada pela Controladoria-Geral da União. A informação foi publicada nesta quinta-feira (23) pelo jornal Folha de S.Paulo

A Polícia Federal investiga um esquema de tráfico de influência e corrupção no Ministério da Educação (EMC). Policiais prenderam Musse, os dois pastores, o ex-ministro Milton Ribeiro e Helder Bartolomeu, ex-assessor na Prefeitura de Goiânia e genro de Arilton. A PF iniciou as investigações após Ribeiro afirmar no semestre passado que, a pedido de Bolsonaro, liberava dinheiro do MEC por indicação de dois pastores, Arilton Moura e Gilmar Santos.

Advogado de Ribeiro, Daniel Bialski confirmou que o ex-ministro recebeu R$ 50 mil na conta da esposa de Ribeiro por venda de carro a parente do pastor Arilton Moura. 

De acordo com a CGU, "em desfavor da argumentação do Sr. Milton Ribeiro, que tentou demonstrar que adotou postura de distanciamento do pastor, pesa também o fato de ter realizado a venda de um automóvel ao senhor Arilton após as denúncias".

O Ministério Público Federal (MPF) também informou nesta quinta-feira (23) que o ex-assessor do MEC Luciano de Freitas Musse recebeu R$ 20 mil a pedido do pastor Arilton Moura, para intermediar um encontro de Ribeiro com prefeitos.

"A culpa é do Bolsonaro e somente do Bolsonaro", diz Lula sobre alta dos combustíveis

 Ex-presidente afirmou que Bolsonaro não tem coragem de alterar a política de preços da Petrobrás: "ele tem medo dos acionistas, tem medo do Guedes"

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, gasolina e a Petrobrás (Foto: Ricardo Stuckert | REUTERS)


247 O ex-presidente Lula (PT) disse nesta quinta-feira (23) que a ideia do governo Jair Bolsonaro (PL) de fazer uma CPI para investigar a Petrobrás por causa dos preços dos combustíveis é, na realidade, uma tentativa de transferir para a companhia a culpa pelo fato de a gasolina, o diesel e o gás de cozinha estarem muito caros, afetando o bolso dos brasileiros. Lula destacou que a responsabilidade pelos preços dos combustíveis é do governo.

Em entrevista à Rádio Difusora, de Manaus (AM), o ex-presidente voltou a dizer que faltam coragem e vontade política ao governo para mudar a política de preços, que passou a ser dolarizada após o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). "Bolsonaro não tem coragem, ele tem medo dos acionistas; tem medo, quem sabe, do Guedes. Ele não quer mexer. Jogou a culpa nos governadores. E agora quer fazer CPI para jogar a culpa na Petrobrás. A culpa é do governo e somente do governo. A gente não tem governo porque Bolsonaro não governa, ele não vai ao Palácio [do Planalto] para trabalhar, ele não trabalha, ele só faz fake news”.

Lula afirmou que Bolsonaro tenta destruir a Petrobrás a cada passo, destruir a imagem, o crescimento e o investimento da empresa. “Eles privatizaram os gasodutos que nós tínhamos feito. Eles já privatizaram a BR, com argumento para a população de que, se tivesse muitas empresas vendendo gasolina, ela seria mais barata. Hoje temos 392 importando, vendendo a preço estrangeiro, quando é retirada do nosso solo e do fundo do mar em reais”.

O ex-presidente disse também que, em vez de CPI da Petrobrás, deveria haver uma CPI sobre Bolsonaro e o governo. “Deveria fazer uma CPI sobre o Bolsonaro, sobre o governo, sobre as mentiras do governo, sobre as mazelas da vacina, sobre as mazelas do comportamento dos filhos dele".

Apucarana confirma 37 casos da Covid-19 nesta quinta-feira



A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou 37 casos de Covid-19 nesta quinta-feira (23) em Apucarana. O município registrou um óbito hoje, um homem de 58 anos.  O município soma agora 553 vítimas da Covid-10 e chega a 37.199 diagnósticos positivos do novo coronavírus.

Os novos casos confirmados são de 15 homens e 22 mulheres. Segundo boletim da AMS, o município tem mais 40 suspeitas em investigação.

Já foram testadas 108.125 pessoas, sendo 77.227 em testes rápidos, 27.261 pelo Lacen (RT-PCR) e 3.637 por laboratórios particulares (RT-PCR).

O município tem dois pacientes internados no Hospital da Providência com o diagnóstico de Covid-19.

Apucarana está vacinando maiores de 40 anos com a 4ª dose contra Covid

 


A saúde de Apucarana reforça o comunicado à população sobre o início, já há 3 dias, da aplicação da 4ª dose da vacina contra a Covid para maiores de 40 anos,

respeitando o intervalo de 4 meses do recebimento da 3ª dose. Na terça e quarta-feira mais de mil apucaranenses receberam a segunda dose de reforço, mas a expectativa da saúde é de que pelo menos19 mil apucaranenses de 40 a 49 anos estão aptos para receber essa imunização complementar.

O prefeito Junior da Femac apela para a população ficar atenta a data que lhe garante o recebimento da 4ª dose. “Esse reforço mantém a imunidade em alta e assim evitar sintomas graves da doença que possam levar a hospitalização e até mesmo ao óbito”, alerta o prefeito.

A imunização é realizada no Complexo Esportivo Lagoão, na área interna do ginásio, de segunda-feira e sexta-feira, de 8h30 às 17 horas.

O secretário municipal da saúde, Emídio Bachiega, lembra que a 4ª dose também está disponível para profissionais de saúde, respeitando o intervalo de 4 meses da 3ª dose. A dose de reforço (3ª dose) é liberada para adolescentes a partir de 12 anos que tomaram a 2ª dose há mais de 4 meses.

Já a imunização da 1ª dose e 2ª dose atende a população a partir dos 5 anos.

APUCARANA: Polo da UAB abre inscrições para Especialização em Educação



O polo da Universidade Aberta do Brasil (Polo da UAB) comunica que está com inscrições abertas para a Especialização em Educação: Métodos e Técnicas de Ensino. Ao todo, são 25 vagas destinadas ao município de Apucarana. O curso será ofertado, no modelo semipresencial, pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

A secretária Marli Fernandes explica que a pós-graduação tem como público-alvo os docentes, prioritariamente aqueles que atuam na etapa da Educação Básica. “A atualização regular dos conhecimentos é importante para qualquer profissional, porém muito mais para quem trabalha formando as novas gerações de cidadãos. Por isso, eu incentivo fortemente os professores da nossa rede municipal a inscreverem-se nesta especialização” diz.

“Os cursos ofertados pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, em parceria com o Polo da UAB de Apucarana, têm excelente qualidade. Os educadores que realizarem a formação certamente sairão muito bem preparados, enriquecendo o processo de ensino-aprendizagem nas suas salas de aula,” acrescentou o prefeito Junior da Femac.

As inscrições para a Especialização em Educação: Métodos e Técnicas de Ensino devem ser feitas até 27 de julho, exclusivamente pela internet, no portal de Educação a Distância da UTFPR.

A pós-graduação terá duração de 360 horas, excluindo o tempo destinado a atividades extracurriculares e à elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). A previsão é de que as aulas comecem no mês de setembro.

A coordenadora do Polo da UAB de Apucarana, Sueli Gomes Rêis Gonçalves, frisa que a Especialização em Educação: Métodos e Técnicas de Ensino será totalmente gratuita. “O único custo refere-se ao pagamento da taxa de inscrição, no valor de R$ 98,00, para que o candidato participe do processo seletivo,” afirma.

Informações mais detalhadas podem ser obtidas diretamente no edital nº 10/22 – MD, disponível no blog do Polo da UAB de Apucarana.

PF diz que investigação 'não deixa dúvidas da façanha criminosa de Milton Ribeiro' no MEC

 Polícia Federal entende que ex-ministro da Educação "utilizou o prestígio da administração pública federal para a suposta prática dos crimes"

Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação de Bolsonaro (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil | Alan Santos/PR | Reuters)


247 - A Polícia Federal afirmou à Justiça Federal que os fatos apurados na investigação contra Milton Ribeiro "não deixam dúvidas da façanha criminosa" do ex-ministro, de acordo com o jornal O Globo.

O órgão investiga a os supostos crimes de Ribeiro e dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos contra a administração pública. Entre as acusações, estão corrupção passiva privilegiada, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência. Os três foram presos preventivamente na manhã de ontem.

Três indícios de pagamentos de propina também são citados pela investigação: a venda de um carro Kia Sportage por R$ 60 mil pela esposa de Milton à filha de Arilton; e duas transferências bancárias de R$ 20 mil e R$ 30 mil para Luciano Musse, ex-assessor do Ministério da Educação, e Helder Bartolomeu, genro de Arilton, respectivamente. Ambos também foram presos.

"As camadas de atuação são perceptíveis e individualizam perfeitamente as condutas, sendo o ex-ministro da Educação quem conferia o prestígio da administração pública federal à atuação dos pastores Gilmar e Arilton, conferindo aos mesmos honrarias e destaque na atuação pública da pasta, até mesmo, internamente, nas dependências da sede do Ministério da Educação, e, sobretudo, nos eventos onde os pastores faziam parte do dispositivo cerimonial", afirma a PF.

"Os fatos acima informados não deixam dúvidas da façanha criminosa de Milton, Gilmar, Arilton, Helder e Luciano, ao utilizarem o prestígio da administração pública federal para a suposta prática dos crimes", conclui.

Procuradoria diz que ex-assessor do MEC ligado a pastores recebeu R$ 20 mil em propina

 Segundo o MPF, a "infiltração" de Luciano de Freitas Musse "nos quadros de servidores" do MEC "demonstra a sofisticação da atuação agressiva da Orcrim [organização criminosa]"

Ministério da Educação (MEC) (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

247 - O Ministério Público Federal (MPF) informou nesta quinta-feira (23) que o ex-assessor do Ministério da Educação (MEC) Luciano de Freitas Musse, preso nessa quarta, recebeu R$ 20 mil a pedido do pastor Arilton Moura, para intermediar um encontro do ex-ministro Milton Ribeiro com prefeitos. O pagamento de R$ 20 mil fazia parte de acerto, "a título de colaboração", na negociação de um evento com Milton Ribeiro na cidade de Nova Odessa (SP), realizado em agosto de 2021. Os pastores participaram da organização. Helder Bartolomeu recebeu outros R$ 30 mil, de acordo com informação publicada nesta quinta pelo jornal Folha de S.Paulo. A PF investiga um esquema de tráfico de influência e corrupção dentro do MEC. 

"A infiltração de Luciano nos quadros de servidores da pasta demonstra a sofisticação da atuação agressiva da Orcrim [organização criminosa], que indica desprezo à probidade administrativa e fé pública", disse a manifestação.

Musse fazia parte da comitiva dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, e foi nomeado por Ribeiro no MEC em abril de 2021. Ele também foi preso na operação da Polícia Federal de quarta-feira (22). Também foram detidos os dois pastores, o ex-ministro Milton Ribeiro e Helder Bartolomeu, ex-assessor na Prefeitura de Goiânia e genro de Arilton.

A PF iniciou as investigações após a divulgação de um áudio, em março, quando Ribeiro afirmou que, a pedido de Bolsonaro, liberava dinheiro do MEC por indicação de dois pastores, Arilton Moura e Gilmar Santos.

De acordo com relatos da PF ao Ministério Público Federal, "as camadas de atuação são perceptivas e individualizam perfeitamente as condutas, sendo o ex-ministro da Educação quem conferia prestígio da administração pública federal à atuação dos pastores Gilmar e Arilton".

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou nesta quinta-feira que apresentará o pedido de instalação da CPI do MEC na próxima terça-feira (28).

Pedido de instalação da CPI do MEC será apresentado na terça-feira, diz Randolfe

 "Aguardaremos pelo menos até a próxima terça-feira e espero alcançarmos até a próxima terça as outras três assinaturas para ampliar a margem da comissão", disse o senador

Randolfe Rodrigues (Foto: Pedro França/Agência Senado)

Reuters - O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou nesta quinta-feira que já tem as 27 assinaturas necessárias para a criação da CPI do MEC, mas ponderou que pretende reunir até 30 nomes e, por isso, vai apresentar o pedido de criação na próxima terça-feira.

Em entrevista coletiva, o parlamentar disse que conseguiu a 27ª assinatura do senador Giordano (MDB-SP), mas vai trabalhar por outros apoios para evitar que, quando o pedido for apresentado, outros senadores sejam abordados e retirem o apoio já dado.

O senador disse trabalhar por conseguir as assinaturas dos senadores Otto Alencar (PSD-BA), Marcelo Castro (MDB-PI) e Izalci Lucas (PSDB-DF).

"Com a assinatura do senador Giordano, temos 27 assinaturas, alcançando obter essas outras assinaturas, nós teríamos 30 assinaturas", afirmou.

"Aguardaremos pelo menos até a próxima terça-feira e espero alcançarmos até a próxima terça as outras três assinaturas para ampliar a margem da comissão, do requerimento, e alcançando essas outras três, com 30, não haveria risco mais de derrubada da CPI", reforçou.

O senador disse que não há mudanças na intenção de se criar a CPI após um desembargador do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1) ter determinado a soltura do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e outros envolvidos em operação realizada na véspera pela Polícia Federal para investigar suspeitas de corrupção e desvio de recursos no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Para o senador, os fatos não mudam e se torna imperioso instalar a CPI. Ele acredita que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), determinaria a instalação da comissão porque ela preencheria os requisitos previstos para funcionar.

Questionado sobre o calendário da CPI, que poderia funcionar em período de campanha eleitoral, Randolfe disse que ela --se instalada-- funcionaria a partir de agosto e poderia concluir seus trabalhos em 60 dias.

Delegado da PF responsável pela prisão de Milton Ribeiro denuncia interferência na investigação

 Delegado Bruno Calandrini diz que investigação foi "prejudicada" em razão de tratamento diferenciado dado pela polícia ao ex-ministro de Jair Bolsonaro

Milton Ribeiro e Bruno Calandrini (Foto: ABr | Divulgação)


247 - Delegado federal responsável pelo pedido de prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, Bruno Calandrini afirmou em mensagem enviada a colegas que houve "interferência na condução da investigação" e que a investigação foi "prejudicada" em razão de tratamento diferenciado dado pela polícia ao ex-ministro de Jair Bolsonaro, segundo reportagem da Folha de S.Paulo.

De acordo com a matéria, o delegado federal agradeceu o empenho da equipe que participou da operação da Polícia Federal (PF) desta quarta-feira, 22, mas disse não ter "autonomia investigativa para conduzir o inquérito deste caso com independência e segurança institucional".

Na quarta, Ribeiro e outros investigados foram detidos. Eles ficaram na PF de São Paulo até esta quinta-feira, 23, após o desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, decidiu pela cassação da prisão preventiva de Ribeiro e dos demais presos na operação.

O ex-ministro é suspeito de ter montado gabinete paralelo com pastores no MEC para conseguir propina em troca de liberação de verbas para educação.

De acordo com a Folha, a cúpula da PF ficou surpresa com a postura do delegado Bruno Calandrini. O órgão policial alegou risco de segurança e restrições orçamentárias para manter o ex-ministro em São Paulo em vez de transportá-lo para Brasília. 

Para Calandrini, a direção da PF, desta forma, interfere na investigação, acarretando em falta de autonomia para que ele conduza a apuração com independência e segurança institucional.

"O deslocamento de Milton para a carceragem da PF em SP é demonstração de interferência na condução da investigação, por isso, afirmo não ter autonomia investigativa e administrativa para conduzir o inquérito policial deste caso com independência e segurança institucional", disse em mensagem a seus colegas.

"A investigação envolvendo corrupção no MEC foi prejudicada no dia de ontem em razão do tratamento diferenciado concedido pela PF ao investigado Milton Ribeiro", critica, alegando que Ribeiro "foi tratado com honrarias não existentes na lei".

"Apesar do empenho operacional da equipe de Santos que realizou a captura de Milton Ribeiro, e estava orientada, por este subscritor, a escoltar o preso até o aeroporto em São Paulo para viagem à Brasília", continua.

Ainda de acordo com a reportagem da Folha de S.Paulo, nos bastidores, integrantes da cúpula da PF afirmam que ficaram sabendo na noite anterior à operação de toda a logística que seria necessária para cumprimento dos mandados de prisão e busca e apreensão. Assim, eles argumentam que, por isso, não foi possível fazer o planejamento adequado. 

“A investigação foi obstaculizada ao se escolher pela não transferência de Milton a Brasília à revelia da decisão judicial", destaca Calandrini. A transferência do ex-ministro de São Paulo para Brasília foi ordenada pelo juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal do Distrito Federal e no mandado de prisão do ex-ministro constava que o translado deveria ser realizado assim que a prisão fosse efetuada.

Menina que foi estuprada em SC consegue fazer aborto, diz MPF

 O Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago, em Florianópolis, recebeu a recomendação do MPF para realizar o procedimento na criança na quarta-feira

Joana Ribeiro Zimmer (Foto: Reprodução)

247 - O Ministério Público Federal (MPF) informou nesta quinta-feira, 23, que a menina de 11 anos que foi induzida a não abortar pela juíza de Santa Catarina Joana Ribeiro Zimmer realizou o procedimento. Segundo a assessoria de imprensa, o aborto foi realizado na quarta-feira, 22. A reportagem é do Diário Catarinense

O Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago, em Florianópolis, recebeu a recomendação do MPF para realizar o procedimento na criança ainda na quarta-feira, nos casos permitidos pela lei, independentemente de autorização judicial, idade gestacional ou tamanho do feto. 

O MPF argumenta que a instituição deve garantir "a pacientes que procurem o serviço de saúde a realização de procedimentos de interrupção da gestação nas hipóteses de aborto legal".

Nesta quinta, em comunicado, o MPF informou que o hospital "comunicou à Procuradoria da República, no prazo estabelecido, que foi procurado pela paciente e sua representante legal e adotou as providências para a interrupção da gestação da menor".

Milton Ribeiro deixa a PF em São Paulo onde estava preso desde quarta

 Nesta quinta, o desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, decidiu pela cassação da prisão preventiva do ex-ministro da Educação

(Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República)

247 - Após passar um dia detido, o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro deixou o prédio da Polícia Federal (PF) em São Paulo, nesta quinta-feira, 23. Na quarta, 22, o ex-ministro foi detido durante operação da PF. Ele é suspeito de ter montado gabinete paralelo com pastores no MEC para conseguir propina em troca de liberação de verbas para educação.

Nesta quinta, o desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, decidiu pela cassação da prisão preventiva de Ribeiro.

“Ante o exposto, defiro a liminar, se por outro motivo o paciente Milton Ribeiro não estiver segregado, para cassar a sua prisão preventiva, até o julgamento de mérito pelo colegiado da Terceira Turma deste TRF da 1ª. Região”, diz a decisão.

A decisão se estende a todos os demais presos na operação deflagrada pela Polícia Federal na quarta, incluindo os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, suspeitos de integrarem o gabinete paralelo. 

Na manhã desta quinta, o TRF-1 havia rejeitado o pedido de liberdade por um habeas corpus para o ex-ministro. O desembargador Moraes da Rocha, responsável pela negativa, não analisou o conteúdo da prisão e nem os argumentos da defesa.

Já o desembargador Ney Bello concedeu o direito. "Num Estado Democrático de Direito ninguém é preso sem o devido acesso à decisão que lhe conduz ao cárcere, pelo motivo óbvio de que é impossível se defender daquilo que não se sabe o que é", diz trecho da decisão de Bello. 

Os advogados do ex-ministro apenas tiveram acesso ao processo que culminou com a prisão de Milton Ribeiro nesta quinta-feira. A PF investiga suspeitas de corrupção e tráfico de influência durante sua gestão no Ministério da Educação (MEC).

Senadores conseguem assinaturas necessárias para criar CPI que investigará corrupção no MEC

 Senador Randolfe Rodrigues anunciou uma entrevista coletiva para detalhar o pedido e os objetivos da CPI

Randolfe Rodrigues e Fachada do Ministério da Educação (MEC) (Foto: Pedro França/Agência Senado | Marcos Oliveira/Agência Senado)

247 - O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse ter conseguido a última das 27 assinaturas necessárias para protocolar o pedido de abertura de uma CPI no Senado para investigar a atuação do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e a existência de um gabinete paralelo formado por pastores que atuariam na intermediação da liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). 

De acordo com o site O Antagonista, até a quarta-feira (22) o requerimento contava com a assinatura de 23 parlamentares. A prisão preventiva de Ribeiro e dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, porém, acelerou o apoio à abertura de uma CPI para apurar as denúncias de corrupção na pasta. 

“No início da tarde de ontem, o senador Eduardo Braga (MDB-AL) endossou a investigação. Pela noite, mais dois parlamentares assinaram o requerimento do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP): Soraya Thronicke (União-MS) e Rafael Tenório (MDB-AL), suplente de Renan Calheiros (MDB-AL). Faltava apenas uma assinatura, que foi confirmada há pouco: a do senador Giordano (MDB-SP), parlamentar que assumiu o lugar de Major Olímpio, falecido no ano passado vítima de Covid”, destaca a reportagem.

O senador Randolfe Rodrigues anunciou, para a tarde desta quinta-feira uma entrevista coletiva para detalhar o pedido e os objetivos da CPI. Apesar disso, a abertura da CPI depende de uma decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A base bolsonarista também deverá pressionar para que a investigação não seja iniciada.

Procurador que espancou a chefe durante expediente é preso em São Paulo

Justiça havia determinado a prisão preventiva do procurador de Registro (SP), Demétrius Oliveira Macedo, na quarta-feira (22)

Demétrius Oliveira Macedo e Gabriela Samadello Monteiro de Barros (Foto: Reprodução)

247 - O procurador de Registro (SP), Demétrius Oliveira Macedo, que agrediu brutalmente sua chefe, a procuradora-geral de Registro (SP), Gabriela Samadello Monteiro de Barros, foi preso nesta quinta-feira (23), em São Paulo, por agentes da Polícia Civil, de acordo com o G1. A Justiça havia determinado a prisão preventiva do procurador na quarta-feira (22). O espancamento, ocorrido durante o expediente, foi gravado em vídeo. 

A investigação reuniu fotos e vídeos da agressão, além do depoimento da procuradora-geral para fundamentar o pedido de prisão preventiva. Ainda segundo a reportagem, ao solicitar a prisão do procurador, o delegado Daniel Vaz Rocha ressaltou que Demétrius “vem tendo sérios problemas de relacionamento com mulheres no ambiente de trabalho, sendo que, em liberdade, expõe a perigo a vida delas, e consequentemente, a ordem pública".

O agressor havia sido liberado pouco após o boletim de ocorrência da agressão ter sido registrado sob a alegação de “falta de flagrante”. 

 

Bolsonaristas atacam e ameaçam juiz que mandou prender Milton Ribeiro

 Juiz Renato Borelli, que determinou a prisão do ex-ministro Milton Ribeiro, vem sofrendo ataques e ameaças de bolsonaristas e de "grupos de apoio" ao ex-ministro

Juiz Renato Borelli e Milton Ribeiro (Foto: Reprodução/Youtube | Walterson Rosa/MS)


247 - O Juiz Renato Borelli, que expediu a ordem de prisão para o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, vem sofrendo ataques e ameaças de bolsonaristas, que criaram uma narrativa de que o magistrado persegue apenas membros do governo. 

Segundo a assessoria de imprensa da 15ª Vara Federal de Brasília, Borelli vem recebendo “centenas de ameaças” originárias de "grupos de apoio" ao ex-ministro. "Os pedidos de investigação já foram encaminhados para a PF [Polícia Federal]", destacou a corte por meio de nota. 

Apesar das acusações feitas pelos bolsonaristas, Borreli já condenou políticos de variados espectros e partidos políticos. 

Confira algumas de suas ações em reportagem publicada no jornal Estado de S.Paulo

  • Determinou que João Paulo Cunha devolvesse R$ 11 milhões aos cofres públicos e Marcos Valério, R$ 536,4 mil.
  • Determinou que Bolsonaro fosse obrigado a usar máscara em 2020 com R$2mil/dia de multa por descumprimento.
  • Determinou suspensão da assistência médica da Câmara ao ex-deputado Rocha Loures (MDB), ex-assessor especial de Temer, e obrigou o emedebista a devolver salários recebidos no período em que esteve afastado.

Desembargador Ney Bello manda soltar Milton Ribeiro

 Decisão se estende a todos os demais presos na operação deflagrada pela Polícia Federal na quarta-feira (22)

Ney Bello e Milton Ribeiro (Foto: Ascom/TRF-1 | Valter Campanato/Agência Brasil)

247 - O desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) Ney Bello concedeu nesta quinta-feira (23) um habeas corpus ao ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, ordenando sua soltura.

A decisão se estende a todos os demais presos na operação deflagrada pela Polícia Federal na quarta-feira (22), incluindo os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, suspeitos de integrarem um gabinete paralelo que intermediava verbas do Ministério da Educação em troca de propinas.

"Num Estado Democrático de Direito ninguém é preso sem o devido acesso à decisão que lhe conduz ao cárcere, pelo motivo óbvio de que é impossível se defender daquilo que não se sabe o que é", diz trecho da decisão de Bello. 

Os advogados de Ribeiro somente tiveram acesso aos autos do processo nesta quinta-feira.

O pedido de habeas corpus havia sido negado mais cedo por outro desembargador.





'Em 2018, o povo brasileiro cometeu um erro histórico ao eleger um fascista', afirma Lula

 O ex-presidente afirmou que Bolsonaro não tem "comportamento civilizatório" e "não conhece, não tem responsabilidade com o Brasil"

Lula e Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | Ricardo Stuckert)

247 - Em entrevista nesta quinta-feira (23) à Rádio Difusora, de Manaus, capital do Amazonas, o ex-presidente Lula (PT) afirmou que a população brasileira cometeu um "erro histórico" ao eleger Jair Bolsonaro (PL) em 2018.

Lula disse que Bolsonaro tem "comportamento fascita", ao passo que não apresenta postura "civilizatória". "A sociedade brasileira precisa se dar conta de quem em 2018 o povo brasileiro, quem sabe, tenha cometido um erro histórico, quem sabe, levado pelas mentiras, levado pelas fake news, e tenha levado esse país a cometer o maior erro histórico ao eleger uma pessoa com comportamento fascista, sem nenhum comportamento civilizatório. Esse cidadão não conhece o Brasil, não tem responsabilidade com o Brasil, não sabe a importância da manutenção da floresta [amazônica] para o planeta Terra e não sabe a importância da Zona Franca de Manaus para a sobrevivência do povo desse estado [Amazonas]. Significa que ele não conhece, que ele só sabe fazer bobagem, andar de jet ski, andar de motocicleta".

O petista lamentou o assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips na Amazônia e destacou que a proteção da floresta vem sendo deixada em segundo plano desde o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). "É muito triste a morte do jornalista inglês, a morte do indigenista brasileiro. Nós vínhamos de um processo ascendente de fortalecimento da Funai, da Polícia Federal da região, da fiscalização da região em função do tráfico de armas e de drogas.

Lamentavelmente, depois do golpe que deram na presidente Dilma toda a estrutura de acompanhamento das reservas indígenas foi sendo destruído, incentivado pelos governos fascistas, [defendendo] que era importante abrir a porteira para passar o gado, abrir para o garimpo, para pescadores profissionais pescarem em reservas indígenas. É uma pena que o governo inexista nessa região. É uma pena que o governo tenha cometido um descaso com a preservação da Amazônia, com os territórios indígenas e a saúde da população".

"Nós vamos voltar a fazer aquilo que a gente já vinha fazendo. Nós tínhamos diminuído o desmatamento da Amazônia em 80%, estávamos fazendo a maior demarcação de terras indígenas da história desse país, estávamos fazendo territórios que a gente queria que fossem reservas florestais, para que a humanidade pudesse viver mais dignamente com aquilo que a Amazônia poderia contribuir. Mas de 2016 para cá a gente tem gente governando esse país que não se preocupa com isso, que passa por cima disso. Você tem um presidente da República que vai a Manaus e, em vez de visitar, quem sabe, parentes das vítimas [Bruno e Dom], vai fazer motociata como se nada tivesse acontecido, da forma mais irresponsável", acrescentou.

Lula disse que tentará visitar indígenas do Vale do Javari. "Quando eu for a Manaus, vou ver se consigo conversar com indígenas, quem sabe visitar o Vale do Javari, para que a gente possa marcar uma posição mais forte. Não haverá garimpo em terras indígenas. Essa é uma questão de lei, da Constituição, um dever moral da sociedade para com os indígenas brasileiros".

Sobre a proteção de fronteiras internacionais dentro da floresta amazônica, Lula disse que fará uma reunião nas próximas semanas com governadores para delimitar o papel do Exército e das Forças Armadas na região. "Eu vou ter uma reunião nas próximas semanas com todos os governadores do PT e dos partidos coligados para que a gente possa, a partir da experiência desses governadores, saber que política a gente pode ter para as nossas fronteiras. É preciso saber qual será o papel do Exército. Embora o Exército não tenha papel de polícia, é preciso que a gente rediscuta qual é o papel do Exército ao cuidar das nossas fronteiras. [Em segundo lugar] qual é o papel da Polícia Federal. Ela precisa fazer concurso, precisa ter mais policiais porque a gente precisa de mais gente ocupando as nossas fronteiras. Vamos ter que envolver as Forças Armadas, vamos ter que envolver a Polícia Federal para que nossas fronteiras deem segurança aos nossos estados, ao nosso povo".

Além disso, o ex-presidente prometeu, uma vez de volta à Presidência da República, convocar reunião entre presidentes dos países que fazem fronteira com a Amazônia brasileira para reforçar a segurança e

preservação da região. "Haverá possibilidade de um grande acordo".

Perguntado sobre a demarcação de terras indígenas, o petista deu sua palavra de que demarcará quantas terras forem necessárias caso seja eleito.

"Vamos demarcar o que tiver que demarcar e vamos preservar o que precisar preservar. Não se trata mais de política de governo, de partido. Se trata de uma necessidade da humanidade para que a gente possa preservar aquilo que os humanos ainda destruíram. Se o mundo está pelado é porque alguém destruiu. Se nós ainda temos a floresta amazônica com muita coisa preservada, nós precisamos ter responsabilidade, até pensando economicamente. E [demarcar] as terras indígenas é uma obrigação ética, uma obrigação moral, uma coisa de responsabilidade com aqueles que são os verdadeiros donos do Brasil. Eles não precisaram descobrir o Brasil. Eles já estavam aqui quando os portugueses descobriram. Então temos que respeitá-los, garantir o espaço necessário para que eles possam viver, do jeito que eles sabem viver, colocar sua cultura em prática. É isso que eu vou fazer".