segunda-feira, 20 de junho de 2022

Fernando Borges é nomeado presidente interino da Petrobrás

 Borges, diretor-executivo de Exploração e Produção, foi escolhido pelo Conselho de Administração da empresa. Ele ficará no cargo até a eleição de Caio Paes de Andrade

Fernando Borges (Foto: Alaor Filho/Agência Petrobras)


247 - Após a renúncia do presidente da Petrobrás, José Mauro Coelho, o Conselho de Administração da empresa nomeou Fernando Borges como presidente interino.

Nota da Petrobrás "informa que em decorrência da vacância na Presidência da companhia, o Presidente do Conselho de Administração nomeou como Presidente interino da Companhia o Diretor Executivo de Exploração e Produção, Fernando Borges, até a eleição de novo Presidente".

Em 24 de maio, Bolsonaro já havia indicado um novo presidente para a companhia: Caio Mário Paes de Andrade, que foi secretário de Desburocratização do Ministério da Economia. Coelho, no entanto, resistia à renúncia, aguardando uma assembleia extraordinária de acionistas, que não tinha data para ocorrer, para que fosse destituído do cargo. Em seguida, tendo seu nome aprovado, Caio Paes de Andrade assumiria o comando da empresa.

O governo federal tenta estabelecer um maniqueísmo com a Petrobrás, jogando para a petrolífera toda a responsabilidade pela alta dos combustíveis no Brasil. O governo federal é, todavia, o acionista majoritário da empresa e cabe a ele nomear seu presidente e metade dos conselheiros, responsáveis por definir a política de preços da Petrobrás. 

Revogando o Preço de Paridade de Importação (PPI), que dolariza os combustíveis no Brasil, o preço voltaria à normalidade no país. Bolsonaro, entretanto, não tem coragem para contrariar o mercado financeiro e a mídia corporativa, que estão à serviço dos acionistas minoritários da Petrobrás para sugar a renda dos brasileiros.


'Com Bolsonaro, a rapinagem prepara um golpe contra a Petrobrás: criminalizá-la para vendê-la', diz Gleisi

 A presidente do PT lembrou que "com Lula, a Petrobrás dava lucro, garantia gasolina barata e estava sob controle", diferentemente do que acontece no governo Bolsonaro

(Foto: Lula Marques | Reuters)


247 - A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), reagiu pelo Twitter nesta segunda-feira (20) aos ataques de Jair Bolsonaro (PL) e aliados, notadamente o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), contra a Petrobrás.

O plano, segundo ela, é atacar a Petrobrás até que sua privatização seja viabilizada. "Com Lula, a Petrobrás dava lucro, garantia gasolina barata e estava sob controle. Hoje, com esse presidente fraco e inútil, a rapinagem está preparando um golpe contra a empresa: criminalizá-la para vendê-la. O Congresso vai mais uma vez fazer o serviço sujo. Vergonhoso, Artur Lira!".

O governo federal tenta estabelecer um maniqueísmo com a Petrobrás, jogando para a petrolífera toda a responsabilidade pela alta dos combustíveis no Brasil. O governo federal é, todavia, o acionista majoritário da empresa e cabe a ele nomear seu presidente e metade dos conselheiros, responsáveis por definir a política de preços da Petrobrás. 

Revogando o Preço de Paridade de Importação (PPI), que dolariza os combustíveis no Brasil, o preço voltaria à normalidade no país. Bolsonaro, entretanto, não tem coragem para contrariar o mercado financeiro e a mídia corporativa, que estão à serviço dos acionistas minoritários da Petrobrás para sugar a renda dos brasileiros.


Associação de Apucarana ganha título no Paranaense de Karatê

 


A Associação Kime Shotokan, de Apucarana, foi campeã nesse sábado (18/06) do Campeonato Paranaense de Karatê, disputado no Centro de Eventos Armando Trindade Fonseca, em Paranavaí (Noroeste do Estado). A competição foi realizada com a presença de mais de 200 atletas de 13 associações do Estado. A Associação Nikkey, de Curitiba, ficou em segundo lugar, seguida por Paranavaí, Associação Shinobukai/Faxinal e Maringá.

O professor Gerson Munhoz da Costa, diretor técnico da Associação Kime, disse que a equipe apucaranense foi representada por 26 atletas. “Conquistamos 33 medalhas nos estilos de kata e kumite, sendo 14 de ouro, 10 de prata e 9 de bronze. Também faturamos 13 troféus, sendo cinco de primeiro lugar no kata individual, um de primeiro lugar no kata por equipe e sete de primeiro lugar no kumite. Nossa gratidão pelo apoio aos nossos atletas, proporcionado pelo município de Apucarana, através da Secretaria de Esportes”, frisa Gerson, que chefiou a delegação juntamente com o professor Amauri Pereira dos Santos.

O Secretário Municipal de Esportes, professor José Marcelino da Silva, o Grillo, destaca que o karatê da cidade continua mostrando a sua força no Estado. “A Associação Kime fez a festa em Paranavaí, trazendo muitas medalhas e troféus para a nossa cidade e, mostrando tradição e competência no esporte, com o apoio total do prefeito Junior da Femac”, cita o professor Grillo.

No Campeonato Estadual, realizado em Paranavaí, também disputaram equipes de Mauá da Serra, Mirador, Pinhais, Castro, Cornélio Procópio e Paraíso do Norte.

O próximo Paranaense será disputado no mês de agosto em local que ainda será definido, enquanto em setembro a Associação Kime participará do Campeonato Brasileiro em Caçapava-SP


Jovem apucaranense consegue bom resultado no Estadual de Badminton

 


Com apoio da Secretaria Municipal de Esportes da Prefeitura de Apucarana, o jovem atleta Lucas de Assunção Favareto conquistou nesse final de semana no Ginásio de Esportes Monsenhor Engelberto no município de Palmas (Sul do Estado), a medalha de bronze na categoria sub-13 durante a segunda etapa do Campeonato Paranaense de Badminton, em competição que contou com a presença de jogadores de todo o Estado.

“O Lucas realizou três partidas no Paranaense vencendo duas na primeira fase e perdendo na semifinal para o atleta Leonardo Costa, do Clube Santa Mônica, de Curitiba. Agradecemos mais uma vez a parceria com a Secretaria de Esportes de Apucarana que tem apoiado o nosso badminton”, destacou Alcides Favareto Junior, pai de Lucas e que também competiu na categoria 42+ em Palmas.

Lucas, que é treinado pelo professor Alysson Namba, vem se destacando na temporada. Na etapa inicial da Copa Norte, disputada no mês de abril em Londrina, ele já havia sido campeão nas categorias sub-13 e sub-15.

O professor José Marcelino da Silva, o Grillo, Secretário Municipal de Esportes da Prefeitura, enalteceu o jovem pela conquista no Sul do Estado. “O badminton de Apucarana tem conseguido bons resultados nos últimos anos e o Lucas está de parabéns pela medalha obtida no Campeonato Paranaense. A modalidade tem todo o incentivo do prefeito Junior da Femac”.

Parada do orgulho LGBTQIA+ lota 10 quarteirões da Paulista, com protestos contra o governo

 


Dez quarteirões da Avenida Paulista foram ocupados neste domingo por ativistas, artistas e apoiadores das causas LGBTQIA+.

Com o lema “Vote com orgulho: política que representa”, a 26ª edição da Parada do Orgulho LGBT+ — a primeira após dois anos de evento virtual, devido à pandemia — teve bandeiras com a inscrição “Fora, Bolsonaro” e com o rosto da ex-vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018 no Rio de Janeiro. Marielle era homossexual e sua plataforma incluía as comunidades negra e LGBTQIA+.

Dezenove trios elétricos abriram os shows a partir de 14 horas, causando aglomeração em palcos como os das cantoras Luísa Sonza e Ludmila.

Durante sua apresentação , Ludmilla afirmou que “a luta (da comunidade LGBT) não está ganha” e que é preciso pedir respeito às minorias. A artista não citou políticos em sua fala.

 A cantora Pabllo Vittar entoou gritos de protesto contra o presidente Jair Bolsonaro em sua apresentação no último trio elétrico da Parada e foi ovacionada pelo público. Vittar tem manifestado publicamente seu apoio à pré-candidatura do ex-presidente Lula à Presidência.

Uma multidão se formou em torno do trio elétrico em que Pabllo se apresenta na Avenida Paulista. O mesmo ocorreu com o carro da cantora, momentos antes de seu show. No entorno, há diversas bandeiras com os dizeres ‘Fora, Bolsonaro’.  

Na apresentação (sem playback), a drag queen apresentou faixas de seu último álbum “Batidão Tropical”, entre elas “Triste com T”.

Mais do que a irreverência que tradicionalmente marca a Parada do Orgulho LGBT+ na Avenida Paulista, em São Paulo, está sendo marcada pelo protesto político, de defesa dos direitos civis e crítica ao atual presidente. Há muitos cartazes pedindo “Fora Bolsonaro” e alguns de apoio ao ex-presidente Lula.

Por volta das 15h30, ao menos 10 quarteirões da avenida Paulista estavam repletos de pessoas que acompanhavam os shows de artistas que se apresentavam em 19 trios elétricos. Nos quarteirões próximos ao Masp, a aglomeração chega ao ápice, sendo difícil de caminhar em meio à multidão. Esta é a primeira edição presencial do evento após dois anos de celebração em casa, virtual, devido à pandemia do coronavírus.

Fonte: Agenda do Poder

Presidente da Petrobrás, José Mauro Coelho não resiste à pressão e renuncia

 José Mauro Coelho foi transformado por Bolsonaro e aliados em bode expiatório. O governo federal o culpa pela alta dos combustíveis, se eximindo de sua responsabilidade

José Mauro Ferreira Coelho (Foto: André Ribeiro/Agência Petrobrás)

247 - A Petrobrás anunciou na manhã desta segunda-feira (20) a renúncia de seu presidente, José Mauro Coelho. "A Petrobrás informa que o senhor José Mauro Coelho pediu demissão do cargo de presidente da empresa na manhã de hoje. A nomeação de um presidente interino será examinada pelo conselho de adminstração da Petrobrás a partir de agora. Fatos relevantes serão prontamente comunicados ao mercado", diz nota da empresa.

Jair Bolsonaro (PL) e aliados, incluindo o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), intensificaram a pressão sobre Coelho neste final de semana, como forma de forçar sua renúncia. Na sexta-feira, sob o comando de Bolsonaro, a Petrobrás anunciou um novo reajuste nos combustíveis: de 14,26% para o diesel e de 5,18% para a gasolina.

O governo federal tenta estabelecer um maniqueísmo com a Petrobrás, jogando para a petrolífera toda a responsabilidade pela alta dos combustíveis no Brasil. O governo federal é, todavia, o acionista majoritário da empresa e cabe a ele nomear seu presidente e metade dos conselheiros, responsáveis por definir a política de preços da Petrobrás. 

Revogando o Preço de Paridade de Importação (PPI), que dolariza os combustíveis no Brasil, o preço voltaria à normalidade no país. Bolsonaro, entretanto, não tem coragem para contrariar o mercado financeiro e a mídia corporativa, que estão à serviço dos acionistas minoritários da Petrobrás para sugar a renda dos brasileiros.

Em 24 de maio, Bolsonaro já havia indicado um novo presidente para a companhia: Caio Mário Paes de Andrade, que foi secretário de Desburocratização do Ministério da Economia. Coelho, no entanto, resistia à renúncia, aguardando uma assembleia extraordinária de acionistas, que ainda não tem data para ocorrer, para que seja destituído do cargo.

Após vitória da esquerda na Colômbia, Bolsonaro escancara medo no WhatsApp: 'Brasil será o próximo?'

 Bolsonaro encaminhou a mensagem em uma lista de transmissão que mantém no WhatsApp. Bolsonaro pode sofrer um revés histórico para Lula já no primeiro turno neste ano

Bolsonaro e Lula (Foto: Isac Nóbrega/PR | REUTERS/Washington Alves)


247 - Sem se manifestar publicamente sobre a eleição do esquerdista Gustavo Petro para a presidência da Colômbia, Jair Bolsonaro (PL) escancarou medo em mensagem enviada em uma lista de transmissão no WhatsApp, segundo Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. Petro foi eleito com 40,32% dos votos no segundo turno contra o candidato de direita Rodolfo Hernández.

Bolsonaro compartilhou uma reportagem da BBC News Brasil com o título "Ex-guerrilheiro vence eleição na Colômbia e será primeiro presidente de esquerda do país". Em seguida, questionou se o Brasil seria o próximo país a ser conquistado pela esquerda.

"Cuba... Venezuela... Argentina... Chile ... Colômbia... Brasil???", escreveu.

Bolsonaro assiste ao ex-presidente Lula (PT) liderando todas as pesquisas de intenções de voto no país, com possibilidade inclusive de vencer o pleito no primeiro turno.

A vitória de Petro, que isola ainda mais Bolsonaro na América Latina, teve um significado muito importante: além de personalidades mundiais de esquerda, a vitória do agora presidente eleito foi reconhecida por nomes da direita, pelos Estados Unidos e por seu adversário, Hernández. O movimento joga água sobre o plano de Bolsonaro de tentar um golpe no Brasil em caso de derrota para Lula.

Lula: "nosso povo vai voltar a sorrir. O brasileiro merece dignidade"

 Ex-presidente publicou mensagem esperançosa no Twitter nesta segunda-feira

Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - Assim como tem feito praticamente todos os dias, o ex-presidente Lula (PT) publicou uma mensagem otimista em seu Twitter nesta segunda-feira (20) pela manhã.

"Eu sei que nosso povo vai voltar a sorrir, porque vai perceber que não tem mais crianças passando fome, que não tem mais gente dormindo nas ruas. As pessoas vão viver bem, comer bem, e com o dinheiro do seu próprio trabalho. O brasileiro merece dignidade", afirmou.

A esquerda sul-americana amanhece esperançosa nesta semana, após a vitória de Gustavo Petro na eleição presidencial colombiana. Lula se manifestou já no domingo sobre o tema: "felicito calorosamente os companheiros Gustavo Petro, Francia Márquez e todo o povo colombiano pela importante vitória nas eleições deste domingo. Desejo sucesso a Petro em seu governo. A sua vitória fortalece a democracia e as forças progressistas na América Latina".

Petro desejou ao povo colombiano "que festeje a primeira vitória popular". Pela primeira vez, a Colômbia terá uma mulher e uma pessoa negra na Vice-Presidência, a advogada e ativista ambiental Francia Márquez, 40 anos.

Bolsonaristas se desesperam com vitória da esquerda na Colômbia: “Jair é a última arma contra o comunismo”

 Gustavo Petro foi eleito no segundo turno em uma eleição histórica para o país

Gustavo Petro (Foto: Reprodução/redes sociais)

247 - Os bolsonaristas estão em pânico após a vitória do candidato de esquerda Gustavo Petro na Colômbia e apontam que “Jair é a última esperança no combate ao comunismo na América Latina”.

Nos memes fantasiosos, os extremistas apontam que o Brasil estaria encurralado com nações sendo governadas por “brutais governantes comunistas”. 

A Colômbia definiu neste domingo (19) o novo presidente que fará a gestão de 2023 a 2026, com 50,44% dos votos, Gustavo Petro foi eleito no segundo turno das eleições. Petro com 11.281.013 milhões de votos em uma eleição histórica para o país.

Veja:


 


Lideranças dos caminhoneiros dizem que ataques de Lira à Petrobrás mostram que ele foi contaminado "com o vírus da fake news"

 "O presidente da Câmara está tentando tirar a responsabilidade do governo e colocar somente na Petrobrás", disse o presidente da Abrava, Wallace Landim, conhecido como Chorão

Arthur Lira (Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados | REUTERS/Sergio Moraes)

247 - Lideranças dos caminhoneiros afirmaram que o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), foi contaminado “com o vírus da fake news”  por chamar o presidente da Petrobrás, José Mauro Ferreira Coelho, de “ilegítimo e de acusar o gestor de praticar “terrorismo corporativo” contra o governo Jair Bolsonaro em um artigo publicado neste domingo (19).

"O presidente da Câmara está tentando tirar a responsabilidade do governo e colocar somente na Petrobrás", disse o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido como Chorão, ao jornalista Chico Alves, do UOL. "O atual presidente da Petrobrás é legítimo, foi indicado pelo Bolsonaro", completou. 

Já o presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Caminhoneiro Autônomo e Celetista, deputado Nereu Crispim (PSD-RS) afirmou que o presidente da Câmara” se contaminou com o vírus da fake news, fez uma verdadeira manifestação Tabajara!". "É pior que as mentiras descaradas do presidente Jair Bolsonaro", emendou. 

Ainda segundo Crispim, "a frente parlamentar dos caminhoneiros vai informar nesta segunda-feira (20) a Lira que o presidente da Petrobrás é indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, que ele apoia. Vamos mostrar também, se não sabe, que o conselho da empresa é composto por pessoas ligadas ao governo que ele apoia". 

"E que toda essa bagunça com propósito eleitoreiro é subordinada ao presidente da República mentiroso que não cumpriu as promessas de campanha para os caminhoneiros, que ele apoia", ressaltou. 

Nesta segunda-feira, Lira irá comandar uma reunião de líderes dos partidos na Câmara para definir quais projetos serão colocados em votação. A reunião, que ocorre toda terça-feira, foi antecipada após o anúncio do reajuste de 5,18% no litro da gasolina e de 14,26% no do diesel aplicado nas refinarias da Petrobrás. 

Desmatamento, garimpo ilegal e violência disparam na Amazônia sob o governo Bolsonaro

 A área desmatada, que chegou a 7.536 km² em 2018, teve um salto de 73% e alcançou 13.038 km², no ano passado. O índice é o pior já registrado desde 2006

(Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real | Reprodução)

247 - O desmatamento na Amazônia vem crescendo desde que Jair Bolsonaro chegou ao poder, revertendo uma tendência de queda que vinha sendo registrada na última década. Em 2018, último ano do governo Michel Temer (MDB), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)apontou que a supressão vegetal na região chegou a 7.536 km². No ano passado, a área desmatada alcançou 13.038 km², um crescimento de 73% e o pior índice desde 2006.

"No atual governo a gente começou a ver uma guinada no desmatamento na Amazônia. Essa guinada já reflete, na verdade, todos os discursos que ele [Bolsonaro] fez para se eleger. Com o começo do governo, isso se concretizou", disse Larissa Rodrigues, gerente de portfólio do Instituto Escolhas, que conduz pesquisas sobre as atividades econômicas na Amazônia, em entrevista ao UOL

Dos nove estados da Amazônia Legal  (Acre, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), apenas o Amapá registrou queda no desmatamento. O Pará, que lidera o ranking de desmatamento na região desde 2006, passou de 2.744 km² desmatados em 2018 para 5.238 km².

Além do desmatamento, o garimpo ilegal também cresceu na Amazônia. “Segundo dados do Inpe, o desmatamento provocado pela mineração na Amazônia saltou de 18 km² em 2015 para 121 km², quase sete vezes mais”, destaca a reportagem.

A violência na região  da Amazônia também é crescente. “Nos últimos dez anos, de 2012 a 2021, a Amazônia concentrou mais de 70% das mortes por conflitos fundiários no país. Segundo um levantamento da CPT (Comissão Pastoral da Terra), pelo menos 313 pessoas perderam a vida em disputas por terra na região. Os grupos mais vitimados, segundo os mesmos dados, foram povos indígenas (26% dos assassinados) e quilombolas (17%)”, diz um trecho da reportagem.

Assassino narra os detalhes da perseguição que resultou na morte de indigenista e de jornalista britânico na Amazônia

 Detalhes do crime foram relatados pelo pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado", que está preso junto com outros dois suspeitos

Amarildo da Costa de Oliveira, o Pelado (Foto: Reprodução/TV Globo)

247 - O pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado, que confessou ter participado dos assassinatos do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips na região do Vale do Javari, na Amazônia, revelou os detalhes do crime que chocou o mundo e expôs o desmonte da política ambiental do governo Jair Bolsonaro. 

De acordo com uma reportagem do programa Domingo Espetacular, exibido pela TV Record e que teve acesso ao vídeo da reconstituição do crime, Amarildo relatou que a perseguição à lancha na qual Bruno e Dom estavam durou cerca de 5 minutos. Jeferson da Silva Lima, vulgo “Pelado da Dinha”, teria disparado contra Bruno. Ele teria revidado aos disparos.

O indigenista, porém, foi ferido na troca de tiros e acabou perdendo o  controle da embarcação, que entrou na mata. Em seguida, Pelado e Jeferson teriam ido até a lancha e executado os dois.

Após o crime, os suspeitos teriam retirado os pertences pessoais das vítimas da embarcação e a afundaram. Ainda conforme o depoimento, os assassinos retornaram ao barco em que estavam e navegaram por cerca de duas horas levando os corpos das vítimas. Quando pararam, andaram cerca de 15 minutos no meio da floresta até chegarem ao local onde queimaram os corpos. 

No dia seguinte, porém,  e Amarildo retornaram ao local, esquartejaram os corpos e os enterraram em um buracpo que escavaram nas imediações. De acordo com o Metrópoles, “o exame médico-legal, realizado pelos peritos da PF, indica que a morte de Dom Phillips foi causada por traumatismo toracoabdominal por disparo de arma de fogo com munição típica de caça. Foram identificados “múltiplos balins” (múltiplos projéteis de arma de fogo), ocasionando lesões na região abdominal e torácica. Ele foi atingido com um tiro.

Já a morte de Bruno Pereira foi causada, segundo os peritos, por traumatismo toracoabdominal e craniano por disparos de arma de fogo com munição utilizada para caça, “que ocasionaram lesões no tórax/abdômen (2 tiros) e face/crânio (1 tiro).”

Além de Jeferson da Silva Lima, os irmãos Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado" – que confessou o crime nesta quarta (15) –, e Oseney da Costa de Oliveira também estão presos. A polícia, porém, trabalha com a hipótese que mais cinco pessoas tenham participado do duplo homicídio. 

Haddad saúda Petro e diz que Lula "terá oportunidade de promover uma radical integração regional" na América Latina

 O ex-ministro e candidato ao governo de São Paulo parabenizou Gustavo Petro por sua vitória neste domingo, na eleição presidencial colombiana

(Foto: REUTERS)

247 - O ex-ministro, ex-prefeito e candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT) cumprimentou pelo Twitter neste domingo (19) o presidente eleito da Colômbia, Gustavo Petro.

Haddad afirmou que o ex-presidente Lula (PT), se eleito presidente do Brasil em 2022, terá uma oportunidade "tremenda" de promover uma integração da América Latina junto a outros líderes de esquerda da região, como o argentino Alberto Fernández, o chileno Gabriel Boric, o próprio Gustavo Petro e outros.

"Eleito, Lula terá uma oportunidade tremenda de, junto aos atuais líderes sul-americanos, promover uma radical integração regional. Parabéns, Gustavo Petro. Viva Colômbia!', manifestou Haddad.

Frota diz que não há terceira via e declara voto em Lula

 "Bolsonaro nunca mais", disse o deputado tucano

(Foto: Reprodução/Agência Brasil)

247 – O deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), que se elegeu na onda bolsonarista, declarou ontem que irá votar no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para derrotar Jair Bolsonaro. Em entrevista ao jornalista Pedro Martins, ele fez duras críticas ao governo atual. "Foi um governo irracional, que não fala com as minorias, que não fala com os LGBTs, com as mulheres, com as pessoas que realmente precisam ser atendidas neste país. A gente tem que reverter isso. Eu ainda mais, porque fui uma das pessoas que gritei aos quatro cantos que as coisas iam melhorar, mas hoje a gente vê milhões de brasileiros desempregados, fome, miséria, desigualdade, os LGBTs sendo agredidos e assassinados. As pessoas que fazem o bem para o país são mortas, como o Bruno [Pereira, indigenista] e o Dom [Phillips, jornalista] e tantas outras pessoas. Não me arrependo de nada que fiz e me orgulho de ter amadurecido. Estou saindo tranquilo", afirma.

Frota também disse que não há terceira via. "O brasileiro já decidiu em relação a Bolsonaro ou a Lula. Não existe terceira via. A terceira via é uma mentira. É morta, não é organizada e não vai chegar lá. Se você fizer as contas, não tem tempo para surgir um herói ou uma heroína capaz de mudar a história. A gente precisa encontrar uma maneira concreta de tirar o Bolsonaro de lá. Eu lutei para colocá-lo lá e vou lutar para tirá-lo", afirmou. "Não vou votar no Bolsonaro. Isso você pode ter certeza. Vou esperar e mais para frente vou anunciar minha decisão, mas com certeza no Bolsonaro nunca mais. Espero que liquidem o Bolsonaro no primeiro turno", acrescentou. Depois, afirmou que votará em qualquer um que vá para o segundo turno contra o Bolsonaro. Questionado sobre Lula, ele respondeu: "vamos lá, vai ser ele".

Lula: vitória de Gustavo Petro e Francia Márquez 'fortalece a democracia e as forças progressistas na América Latina'

 O ex-presidente felicitou "calorosamente" Gustavo Petro e sua vice, Francia Márquez, e deseja bom governo para os dois

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: REUTERS)

247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parabenizou neste domingo (19) Gustavo Petro e a vice dele, Francia Márquez, pela vitória histórica da esquerda na Colômbia

"Felicito calorosamente os companheiros @petrogustavo, @FranciaMarquezM e todo o povo colombiano pela importante vitória nas eleições deste domingo. Desejo sucesso a Petro em seu governo. A sua vitória fortalece a democracia e as forças progressistas na América Latina", escreveu Lula no Twitter.

Petro desejou ao povo colombiano "que festeje a primeira vitória popular".

Pela primeira vez, a Colômbia terá uma mulher e uma pessoa negra na Vice-Presidência, a advogada e ativista ambiental Francia Márquez, 40 anos.

 

Proposta de Bolsonaro de criar CPI da Petrobrás sofre oposição entre aliados do governo

 Ala contrária à ideia de Bolsonaro considera que CPI da Petrobrás pode ser tiro no pé

Sede da Petrobras no Rio (Foto: Sergio Moraes - Reuters)

247 - Um setor do governo avalia que a proposta de abrir uma CPI para investigar a atual gestão da Petrobrás é arriscada, podendo funcionar como um "tiro no pé" e ampliar o desgaste do governo.

Uma ala do centrão, grupo de partidos que dá sustentação ao governo no Congresso, passou a questionar a proposta de Bolsonaro de instalar uma CPI.

Este setor avalia que uma CPI teria pouco efeito prático sobre a principal necessidade eleitoral do governo, que é conter o avanço do preço do diesel e da gasolina nas bombas. 

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, esse setor do centrão teme que a CPI poderia ainda virar palanque para a oposição e se estender pelo período eleitoral, amplificando o desgaste político.

Lira comanda no Congresso ofensiva contra a Petrobrás em reunião nesta segunda-feira

 Entre as propostas do governo e do centrão está a privatização da Petrobrás

Arthur Lira (Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados | REUTERS/Sergio Moraes)

247 - A resposta do Centrão ao reajuste no preço dos combustíveis anunciado pela Petrobrás na sexta-feira (17) será ampliada e intensificada nesta segunda-feira (20) numa ofensiva capitaneada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira.

Neste domingo, Lira subiu o tom e centrou fogo na diretoria da estatal. Chamou o atual presidente da empresa, José Mauro Coelho, de “ilegítimo”, e ameaçou levantar informações sobre ganhos e despesas dos diretores. Enquanto isso, deputados e senadores articulam a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Petrobrs e projetos para mudar a política de preços da estatal e elevar impostos sobre a produção e exportação de petróleo.

O presidente da Câmara comanda, no início da tarde desta segunda-feira, reunião de líderes dos partidos na Câmara para definir quais projetos serão colocados em votação. A reunião, que ocorre toda terça-feira, foi antecipada após o anúncio do reajuste de 5,18% no litro da gasolina e de 14,26% no do diesel aplicado nas refinarias da Petrobrás. 

Em conversas com interlocutores nos últimos dias, Lira tem citado principalmente duas propostas: aumentar ou até dobrar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das empresas de óleo e gás (porque não seria possível aumentar apenas a da Petrobrás) ou tributar a exportação sobre petróleo bruto.

Em meio à ofensiva política do governo sobre a Petrobrás, intensifica-se a elaboração de um projeto de lei para a privatização da estatal. 

Em discurso de vitória, Petro anuncia os três eixos de seu governo: “paz, justiça social e justiça ambiental”

 Em uma fala emocionante, a primeira como presidente da Colômbia, Petro afirmou que “a partir de hoje, a Colômbia muda. Uma mudança de verdade, real”

Gustavo Petro em discurso de vitória (Foto: Reprodução)

247 - A Colômbia passará por “uma mudança de verdade, uma mudança real” a partir de 7 de agosto, anunciou Gustavo Petro em um emocionante discurso de vitória na noite deste domingo (19), quando venceu, pelo segundo turno, o direitista Rodolfo Hernández.

Petro, candidato do Pacto Histórico, prometeu um “governo da vida”, o que segundo ele pode ser definido como “um governo de paz, justiça social e justiça ambiental”. Estes são os três eixos centrais de seu governo, afirmou. 

Sua vice, a advogada Francia Márquez, primeira pessoa negra a assumir o cargo no país, é uma ativista socioambiental. O ex-prefeito de Bogotá repetiu os três eixos de condução de seu governo outras vezes ao longo de sua fala. Em relação ao meio ambiente, anunciou ainda que o combate às mudanças climáticas será uma prioridade da política diplomática da Colômbia.

Petro ressaltou que seu governo será feito “com a política do amor”. "A política do amor não é uma mudança para nos vingarmos, não é uma mudança para construir mais ódio ou aprofundar o sectarismo na sociedade colombiana. Nossos pais e avós nos indicaram o que significa o sectarismo. A mudança consiste em deixar o ódio para trás", disse ele.

“Não é mais hora de ódio. Esse governo que começa em agosto é o governo da vida. Vamos fazer da Colômbia uma potência mundial da vida”, disse.

Em diversos momentos de sua fala, o ex-guerrilheiro falou sobre inclusão dos grupos excluídos e a superação da pobreza. “Vamos desenvolver o capitalismo na Colômbia, não porque o adoremos, mas porque primeiro temos que superar a pré-modernidade na Colômbia, o feudalismo, a nova escravidão”, disse.

E ainda sobre a importância da “liberdade”, em combate à violência contra os jovens colombianos. O país vive uma forte onda de violência em meio às facções criminosas, inclusive durante o período eleitoral, quando ele próprio foi alvo de ameaças de morte e precisou suspender a campanha por alguns dias.

Assista à íntegra do discurso, ao final da transmissão:


Descontrolado, Bolsonaro ataca Noblat: “um bosta como você”

 Bate-boca ocorreu no Twitter e logo viralizou

Ricardo Noblat e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Alan Santos/PR)

247 - Ricardo Noblat recebeu uma reposta nada educado de Jair Bolsonaro no Twitter na noite deste domingo (20). Tudo começou após o jornalista postar um comentário do colega Guga Noblat dizendo que Bolsonaro “é campeão de tiro ao alvo na modalidade tiro no pé”, adicionando o comentário de que “em breve” o tiro seria “no peito”.

Irritado, Bolsonaro respondeu: “Se eu respondesse um bosta como você à altura seria "ataque à imprensa e à democracia", então um forte abraço”. 

Fila de espera por transplantes cresce 30,4% na era Bolsonaro

 Pelo menos nove pacientes morreram por dia à espera de transplante no primeiro trimestre deste ano

(Foto: Reprodução)


247 – Além de ter sido muito criticado pela população brasileira por sua péssima gestão durante a crise da covid-19, o governo Bolsonaro também fez crescer a fila de espera por transplantes no Brasil, segundo informa Leon Ferrari, no Estado de S. Paulo. "Pelo menos nove pacientes morreram por dia à espera de transplante no primeiro trimestre deste ano, segundo relatório da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (Abto). Enquanto isso, a lista ativa de pacientes adultos e pediátricos em espera ultrapassou os 50 mil. Foi um crescimento de 30,45% desde o início da pandemia de covid-19", aponta o jornalista.

"A crise sanitária causou aumento nas contraindicações médicas de doação e represamento de procedimentos, além de ampliar as mortes de pacientes em lista de espera", acrescentou o jornalista. "Em 2020, o Ministério da Saúde recomendou 'contraindicação absoluta' para doação de órgãos e tecidos em caso de doador com teste positivo, por exemplo. A taxa de contraindicação passou de 15% em 2019, para 23% em 2021, reduzindo a efetivação das doações", escreveu Ferrari.


Bolsonaro bate recorde em despesas com cartão corporativo e já gasta R$ 1,2 milhão por mês

 Gastos têm se intensificado com sua campanha eleitoral antecipada

Motociata de Bolsonaro em SP (Foto: Reprodução)


247 – Jair Bolsonaro, que tem feito campanha eleitoral antecipada e viajado pelo país para realizar atividades inúteis, como suas motociatas, estourou os gastos com cartão corporativo, segundo informam Lucas Resende e Thiago Marchesini, na Folha de S. Paulo. "Os gastos com cartão corporativo do presidente Jair Bolsonaro (PL) aumentaram em 2022, às vésperas da campanha eleitoral. Desde o primeiro ano de mandato, essas faturas têm ficado cada vez mais altas e atingiram recentemente o patamar de R$ 1,2 milhão por mês", escrevem os repórteres.

"A fatura média do cartão subiu de R$ 736,6 mil por mês no primeiro ano de governo para R$ 862,1 mil em 2020. Em 2021, o extrato do cartão do presidente ficou ainda mais caro –R$ 1,1 milhão por mês. Agora, de janeiro a maio de 2022, essa média subiu para R$ 1,2 milhão num período em que Bolsonaro intensificou a agenda pelo país em clima de pré-campanha à reeleição. Esse aumento de despesas no início do ano colocou o chefe do Executivo em patamar recorde de despesas na comparação com os antecessores", acrescentam.