segunda-feira, 20 de junho de 2022

Lira comanda no Congresso ofensiva contra a Petrobrás em reunião nesta segunda-feira

 Entre as propostas do governo e do centrão está a privatização da Petrobrás

Arthur Lira (Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados | REUTERS/Sergio Moraes)

247 - A resposta do Centrão ao reajuste no preço dos combustíveis anunciado pela Petrobrás na sexta-feira (17) será ampliada e intensificada nesta segunda-feira (20) numa ofensiva capitaneada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira.

Neste domingo, Lira subiu o tom e centrou fogo na diretoria da estatal. Chamou o atual presidente da empresa, José Mauro Coelho, de “ilegítimo”, e ameaçou levantar informações sobre ganhos e despesas dos diretores. Enquanto isso, deputados e senadores articulam a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Petrobrs e projetos para mudar a política de preços da estatal e elevar impostos sobre a produção e exportação de petróleo.

O presidente da Câmara comanda, no início da tarde desta segunda-feira, reunião de líderes dos partidos na Câmara para definir quais projetos serão colocados em votação. A reunião, que ocorre toda terça-feira, foi antecipada após o anúncio do reajuste de 5,18% no litro da gasolina e de 14,26% no do diesel aplicado nas refinarias da Petrobrás. 

Em conversas com interlocutores nos últimos dias, Lira tem citado principalmente duas propostas: aumentar ou até dobrar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das empresas de óleo e gás (porque não seria possível aumentar apenas a da Petrobrás) ou tributar a exportação sobre petróleo bruto.

Em meio à ofensiva política do governo sobre a Petrobrás, intensifica-se a elaboração de um projeto de lei para a privatização da estatal. 

Em discurso de vitória, Petro anuncia os três eixos de seu governo: “paz, justiça social e justiça ambiental”

 Em uma fala emocionante, a primeira como presidente da Colômbia, Petro afirmou que “a partir de hoje, a Colômbia muda. Uma mudança de verdade, real”

Gustavo Petro em discurso de vitória (Foto: Reprodução)

247 - A Colômbia passará por “uma mudança de verdade, uma mudança real” a partir de 7 de agosto, anunciou Gustavo Petro em um emocionante discurso de vitória na noite deste domingo (19), quando venceu, pelo segundo turno, o direitista Rodolfo Hernández.

Petro, candidato do Pacto Histórico, prometeu um “governo da vida”, o que segundo ele pode ser definido como “um governo de paz, justiça social e justiça ambiental”. Estes são os três eixos centrais de seu governo, afirmou. 

Sua vice, a advogada Francia Márquez, primeira pessoa negra a assumir o cargo no país, é uma ativista socioambiental. O ex-prefeito de Bogotá repetiu os três eixos de condução de seu governo outras vezes ao longo de sua fala. Em relação ao meio ambiente, anunciou ainda que o combate às mudanças climáticas será uma prioridade da política diplomática da Colômbia.

Petro ressaltou que seu governo será feito “com a política do amor”. "A política do amor não é uma mudança para nos vingarmos, não é uma mudança para construir mais ódio ou aprofundar o sectarismo na sociedade colombiana. Nossos pais e avós nos indicaram o que significa o sectarismo. A mudança consiste em deixar o ódio para trás", disse ele.

“Não é mais hora de ódio. Esse governo que começa em agosto é o governo da vida. Vamos fazer da Colômbia uma potência mundial da vida”, disse.

Em diversos momentos de sua fala, o ex-guerrilheiro falou sobre inclusão dos grupos excluídos e a superação da pobreza. “Vamos desenvolver o capitalismo na Colômbia, não porque o adoremos, mas porque primeiro temos que superar a pré-modernidade na Colômbia, o feudalismo, a nova escravidão”, disse.

E ainda sobre a importância da “liberdade”, em combate à violência contra os jovens colombianos. O país vive uma forte onda de violência em meio às facções criminosas, inclusive durante o período eleitoral, quando ele próprio foi alvo de ameaças de morte e precisou suspender a campanha por alguns dias.

Assista à íntegra do discurso, ao final da transmissão:


Descontrolado, Bolsonaro ataca Noblat: “um bosta como você”

 Bate-boca ocorreu no Twitter e logo viralizou

Ricardo Noblat e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Alan Santos/PR)

247 - Ricardo Noblat recebeu uma reposta nada educado de Jair Bolsonaro no Twitter na noite deste domingo (20). Tudo começou após o jornalista postar um comentário do colega Guga Noblat dizendo que Bolsonaro “é campeão de tiro ao alvo na modalidade tiro no pé”, adicionando o comentário de que “em breve” o tiro seria “no peito”.

Irritado, Bolsonaro respondeu: “Se eu respondesse um bosta como você à altura seria "ataque à imprensa e à democracia", então um forte abraço”. 

Fila de espera por transplantes cresce 30,4% na era Bolsonaro

 Pelo menos nove pacientes morreram por dia à espera de transplante no primeiro trimestre deste ano

(Foto: Reprodução)


247 – Além de ter sido muito criticado pela população brasileira por sua péssima gestão durante a crise da covid-19, o governo Bolsonaro também fez crescer a fila de espera por transplantes no Brasil, segundo informa Leon Ferrari, no Estado de S. Paulo. "Pelo menos nove pacientes morreram por dia à espera de transplante no primeiro trimestre deste ano, segundo relatório da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (Abto). Enquanto isso, a lista ativa de pacientes adultos e pediátricos em espera ultrapassou os 50 mil. Foi um crescimento de 30,45% desde o início da pandemia de covid-19", aponta o jornalista.

"A crise sanitária causou aumento nas contraindicações médicas de doação e represamento de procedimentos, além de ampliar as mortes de pacientes em lista de espera", acrescentou o jornalista. "Em 2020, o Ministério da Saúde recomendou 'contraindicação absoluta' para doação de órgãos e tecidos em caso de doador com teste positivo, por exemplo. A taxa de contraindicação passou de 15% em 2019, para 23% em 2021, reduzindo a efetivação das doações", escreveu Ferrari.


Bolsonaro bate recorde em despesas com cartão corporativo e já gasta R$ 1,2 milhão por mês

 Gastos têm se intensificado com sua campanha eleitoral antecipada

Motociata de Bolsonaro em SP (Foto: Reprodução)


247 – Jair Bolsonaro, que tem feito campanha eleitoral antecipada e viajado pelo país para realizar atividades inúteis, como suas motociatas, estourou os gastos com cartão corporativo, segundo informam Lucas Resende e Thiago Marchesini, na Folha de S. Paulo. "Os gastos com cartão corporativo do presidente Jair Bolsonaro (PL) aumentaram em 2022, às vésperas da campanha eleitoral. Desde o primeiro ano de mandato, essas faturas têm ficado cada vez mais altas e atingiram recentemente o patamar de R$ 1,2 milhão por mês", escrevem os repórteres.

"A fatura média do cartão subiu de R$ 736,6 mil por mês no primeiro ano de governo para R$ 862,1 mil em 2020. Em 2021, o extrato do cartão do presidente ficou ainda mais caro –R$ 1,1 milhão por mês. Agora, de janeiro a maio de 2022, essa média subiu para R$ 1,2 milhão num período em que Bolsonaro intensificou a agenda pelo país em clima de pré-campanha à reeleição. Esse aumento de despesas no início do ano colocou o chefe do Executivo em patamar recorde de despesas na comparação com os antecessores", acrescentam.


domingo, 19 de junho de 2022

Polícia identifica mais cinco suspeitos de assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips

 A polícia reforçou que as investigações em curso visam "esclarecer todas as circunstâncias, motivos e os envolvidos no caso"

Bruno Pereira (à esq.) e Dom Phillips (Foto: REUTERS/Bruno Kelly | Reprodução/TV Globo | Reprodução/Twitter)


BRASILIA, June 19 (Reuters) - A polícia federal brasileira disse no domingo que mais cinco suspeitos ajudaram a esconder os corpos do jornalista britânico Dom Phillips e do especialista indígena Bruno Pereira, depois de já terem detido três homens por seu assassinato na floresta amazônica.

A polícia não nomeou os novos suspeitos, acrescentando em breve comunicado que as investigações em curso visam "esclarecer todas as circunstâncias, motivos e os envolvidos no caso".

Até agora, Amarildo da Costa Oliveira, um pescador que a polícia diz ter confessado ter matado as duas vítimas, seu irmão, Oseney da Costa, e um terceiro homem, Jeferson da Silva Lima, foram presos.

Phillips, um repórter freelance que havia escrito para o Guardian e o Washington Post, estava pesquisando para um livro sobre a viagem com Pereira, ex-chefe de tribos isoladas e recentemente contatadas na agência federal de assuntos indígenas Funai.

Eles foram dados como desaparecidos em 5 de junho depois de viajarem juntos de barco pelo Vale do Javari, uma região remota na fronteira com o Peru e a Colômbia. Segundo a polícia, ambos foram baleados com munição de caça.

O choque com seu destino ecoou em todo o Brasil e em todo o mundo, destacando a reforma da agência indígena Funai sob o presidente Jair Bolsonaro, juntamente com uma onda crescente de violência e incursões criminosas em terras nativas.


Bolsonaro visa confusão e ameaça fazer apuração paralela dos votos nas eleições

 O pré-candidato à reeleição divulgará os dados em tempo real por suas redes sociais e por todo um conjunto de veículos ligados ao bolsonarismo

(Foto: ABr)


247 - Jair Bolsonaro (PL) promete fazer uma espécie de apuração paralela da votação, baseada nos dados que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai fornecer. O pré-candidato à reeleição divulgará os dados em tempo real por suas redes sociais e por todo um conjunto de veículos ligados ao bolsonarismo. A informação foi publicada neste domingo (19) pela coluna de Lauro Jardim

Pela primeira vez, o TSE disponibilizará na internet, em tempo real, os boletins de urnas das 577 mil seções eleitorais. Cada urna tem um boletim em separado. 

Bolsonaro tem dito que o sistema eleitoral brasileiro não é confiável. Ele e o ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira, defenderam a atuação das Forças Armadas na apuração dos votos, o que é visto pela oposição ao governo e por setores progressistas da sociedade como uma tentativa de golpe, se o político do PL for derrotado na eleição. 

No começo do mês, o ministro da Defesa afirmou que as Forças Armadas "não se sentem devidamente prestigiadas" na participação do processo eleitoral brasileiro. 

O presidente do TSE, Edson Fachin, disse a Paulo Sergio Nogueira que sugestões de militares acerca do sistema eleitoral serão discutidas depois das eleições de 2022


Bolsonaro fez o Brasil retroceder 30 anos em indicadores econômicos, sociais e ambientais

 Dados oficiais apontam destruição do poder do estado, que deixou de proteger o povo, o território e as riquezas nacionais

                                                                                                                                                   Os autores

São dados oficiais, a maioria de instituições da própria União: os indicadores econômicos, sociais, ambientais e educacionais registrados nos últimos dois anos demonstram que Jair Bolsonaro empurrou o Brasil 30 anos de volta ao passado. O governo promoveu uma verdadeira devastação da capacidade do estado de agir para proteger os cidadãos, o território e suas riquezas. Os dados mostram o resultado trágico de três anos de desgoverno. Esta crise tem dois protagonistas: o presidente e seu ministro Paulo Guedes.

Leia a reportagem do Globo:

O Brasil voltou ao passado na economia, no bem-estar da população, na educação e no meio ambiente, exibindo indicadores que remontam a até 30 anos. Recessão, pandemia e desmonte de políticas públicas acentuaram nos últimos dois anos um processo de retrocesso social.

Trouxeram de volta a fome, a pobreza, a evasão escolar, o desmatamento, a inflação, ameaçando o desenvolvimento do país, alertam especialistas. Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, surpreendeu-se com o recuo de tantos índices.

“É uma volta muito grande no tempo”, diz, referindo-se ao Produto Interno Bruto (PIB) de hoje, equivalente ao de 2013, e à produção de automóveis, a mesma de 2006, há 16 anos:

— A produção de bens de consumo duráveis (carros e eletrodomésticos) está igual à de 18 anos atrás. Parece uma situação de guerra, voltando tragicamente no tempo.

A economista Silvia Matos, coordenadora técnica do Boletim Macro do Ibre/FGV, calculou que somente em 2029 vamos voltar ao maior valor real do PIB per capita, de R$ 44 mil, atingido em 2013, considerando a média de crescimento dos últimos anos do país, em torno de 1,5%.

— Vamos conviver com menos crescimento, inflação difícil de ser combatida, mais juros e equilíbrio ruim no mundo — prevê.

Retrocessos sociais se acumulam. A fome agora atinge 33 milhões de brasileiros, mesmo número de 1992. Quando o Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU, em 2014, eram 9,5 milhões nessa situação.

— O país desabou — resume Francisco Menezes, consultor da ActionAid, uma das organizações da Rede Penssan, que divulgou os números da fome semana passada.

— Três fatores explicam essa situação. O primeiro é o forte empobrecimento de grande parte da população. O segundo foi o comportamento do mercado de trabalho, com desalento e queda da renda média (que é a mesma de 2011). O terceiro é o desmonte dos programas de segurança alimentar e proteção social.

Na educação, as crianças perderam mais. A evasão escolar na faixa de 5 a 9 anos está igual à de 2012, de acordo com estudo do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social:

— Chamou a atenção a piora entre as crianças mais novas, especialmente entre 5 e 6 anos, depois de grandes progressos nos últimos 40 anos.

Ricardo Henriques, superintendente do Instituto Unibanco, diz, com base em avaliação feita no estado de São Paulo, que houve atraso escolar em todas as etapas, porém com mais intensidade entre as crianças, ameaçando uma etapa da educação que ele considera ser a que mais precisa da socialização proporcionada pela escola. O nível de aprendizado de matemática voltou a 2007, e o de português, a 2011.

— Na educação, o retrocesso é categórico. Os desafios são enormes. São alguns anos a serem recompostos — diz.

No meio ambiente, voltou-se ao passado de desmatamento crescente. Na Amazônia, onde há duas semanas foram assassinados o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips, o corte de árvores nunca foi tão grande.

Saímos de uma área desmatada de 4.571 quilômetros quadrados em 2012 para 13.235 quilômetros quadrados em 2021.

— Nunca imaginávamos voltar a 10 mil quilômetros de área desmatada. É um método de desfazer a governança sobre o tema ambiental que vem sendo feito sistematicamente em todas as áreas. Tira o orçamento, tira o pessoal competente, cria níveis de burocracia adicionais para penalizar pelo ilícito, legaliza coisas ilegais, não cria unidades de conservação e tenta eliminar as que existem — afirma Tasso Azevedo, coordenador do Mapeamento Anual da Cobertura do Solo no Brasil (MapBiomas).  

Somente em 2003 o Brasil conviveu um índice de inflação tão alto como agora. Foi o primeiro ano do governo Lula, logo após a disparada do dólar no ano anterior, que refletia a incerteza com o novo governo. Agora, um conjunto de fatores fez o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE, alcançar 11,73% no acumulado em 12 meses até maio. É comparável aos 11,02% de quase 20 anos atrás.

A Rede Penssan, que reúne organizações como ActionAid e Ação da Cidadania, mostrou na semana passada que a fome atinge 33 milhões de brasileiros, o mesmo número de 1992. Uma volta no tempo de três décadas para o país que havia saído do Mapa da Fome da ONU em 2014, com 9,5 milhões, ou menos de 5% da população, com fome. Hoje, são 15%.

A substituição do Bolsa Família pelo Auxílio Brasil dobrou o valor, com piso de R$ 400, mas reduziu a eficiência do programa com o esvaziamento do Cadastro Único (que mapeia famílias necessitadas) e de políticas de segurança alimentar, como a aquisição de alimentos da agricultura familiar, cujo orçamento caiu de R$ 550 milhões em 2012 para R$ 53 milhões.

O quadro torna a crise mais aguda para os pobres, explica Francisco Menezes, da ActionAid.

— A fome cresce em velocidade desproporcional ao cenário de crise e pandemia, com a péssima condução da política social — diz Ricardo Henriques, do Instituto Unibanco.

Fonte: Agenda do Poder

Lula atrai multidão em Maceió e promete acabar com a fome e fazer o povo voltar a ser feliz



Durante ato público em Maceió (AL), ontem, em tom emocionado, Lula conclamou os nordestinos a participarem do projeto de reconstrução representado pelo movimento Todos Juntos pelo Brasil.

– Quando um homem ou uma mulher tem uma causa, eles têm uma motivação. Eu quero voltar porque tenho certeza, é a fé que tenho em Deus que a gente vai fazer o povo brasileiro voltar a ser feliz outra vez. Vamos fazer a economia voltar a crescer, gerar emprego formal. O povo trabalhador tem direito a carteira assinada, com férias, descanso semanal remunerado, segurança social. É o que falta nesse país”, apontou.

Saudado por uma multidão, Lula encerrou o ato público de ontem, tarde da noite, ao lado de lideranças do PT e de partidos aliados. Além de Lula, o ato contou com discursos do ex-governador Geraldo Alckmin, da presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, do senador Renan Calheiros, do ex-governador Renan Filho e do atual governador de Alagoas, Paulo Dantas.  

Lula reafirmou que o compromisso de seu projeto é com o povo mais humilde, historicamente ignorado pela classe rica. “Quero provar outra vez, quero fazer em quatro anos o que a elite brasileira não fez em 400”, avisou Lula. O petista afirmou que a mudança é possível mas depende de vontade política.

“Precisamos de um Congresso forte, porque vamos mudar e a mudança é simples. Vamos colocar o povo pobre no orçamento da prefeitura, do Estado, da União”, explicou Lula. “Quando a gente coloca o pobre no orçamento, ele começa a receber dinheiro, vira consumidor, o comércio vende, a fábrica começa a produzir. Vai gerando emprego, cada emprego gera um salário, e assim esse país vai para frente”. 

“E vamos colocar os ricos no imposto de renda, para que paguem sobre lucros e dividendos”, assegurou o petista.

Sobre o combate à fome, Lula afirmou:

“Quero voltar para provar que o povo não precisa ficar no açougue esperando osso ou carcaça de frango. O povo pode voltar a comer carne de qualidade, coxa e sobrecoxa de frango, a comer peito, não pé e pescoço. Quero ver vocês comendo um churrasquinho com a família no final de semana”, confessou Lula.

“Saí de Caetés com sete anos”, recordou o líder petista. “Minha mãe saiu com oito filhos agarrados no rabo da saia dela num pau-de-arara. Fomos para São Paulo para não morrer de fome. Isso faz 70 anos e agora eu vejo uma notícia no jornal que hoje tem 30 milhões de pessoas passando fome, que São Paulo tem 8 mil pessoas dormindo na rua. Fazia tempo que eu não via nesse país uma mulher com criança pedindo esmola, comida. A gente tinha acabado com isso no Brasil. As pessoas estavam comendo, trabalhando’, lamentou. 

Fonte: Agenda do Poder

 

Com 43%, Lula amplia vantagem sobre Bolsonaro em Minas Gerais, mostra levantamento F5

 Em quatro meses, o ex-presidente cresceu 7,5 pontos percentuais e Bolsonaro 3,8 pontos

Lula (Foto: Ricardo Stuckert)


247 - Levantamento telefônico do Instituto F5, patrocinado pelo jornal Estado de Minas, mostra que o ex-presidente Lula (PT) ampliou sua vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL) em Minas Gerais.

De acordo com os dados divulgados neste domingo (19), Lula tem 43,6% e Bolsonaro 31,5%. No levantamento anterior do mesmo instituto, realizado em fevereiro, o petista aparecia com 36,1% e Bolsonaro com 27,7%. Portanto, Lula cresceu 7,5 pontos percentuais e o atual chefe do governo federal 3,8 pontos.


O levantamento, registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-02909/2022, ouviu 1.560 pessoas por telefone entre 13 e 16 de junho. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

"Estamos vivendo um faroeste", diz Gleisi sobre assassinato de Bruno e Dom com bala de arma de caça

 "A venda dessas balas dobrou em 2021. Temos mais 1 milhão de novas armas registradas, liberadas por Bolsonaro", destacou a presidente do PT

Gleisi Hoffmann (Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados)


247 - A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), reagiu neste sábado (18) à notícia de que o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips foram mortos com tiros de munição para armas de caça.

Ela lembrou que o tipo de bala utilizada no crime foi amplamente liberada por Jair Bolsonaro (PL) e comparou o Brasil sob o atual governo com um faroeste.

"Bruno e Dom foram assassinados com munição para arma de caça. A venda dessas balas dobrou em 2021, foram 61,3 milhões de unidades. Também temos mais 1 milhão de novas armas registradas, liberadas por Bolsonaro, que é sinônimo de violência e ódio. Estamos vivendo um faroeste", escreveu.

Horta: só restou a Bolsonaro a tentativa de golpe

 Historiador Fernando Horta afirma que Jair Bolsonaro pode partir para o golpe de estado

Fernando Horta, Lula e Bolsonaro (Foto: Reprodução | Ricardo Stuckert | Isac Nóbrega/PR)

247 – O historiador Fernando Horta, afirmou, em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, que Jair Bolsonaro comete vários crimes de responsabilidade por semana e pode tentar o golpe de estado, caso perceba que não tem confições de superar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas urnas. "Bolsonaro trabalha pelo estilhaçamento do Brasil", diz ele. "A única alternativa para Bolsonaro é a tentativa de golpe", complementa.

Horta também avalia que é muito difícil para a oligarquia brasileira negociar uma anistia a Bolsonaro. "São muitos criminosos ao seu redor", diz ele. O historiador também alerta para o risco de um segundo turno. "O antipetismo paranoico pode ser retomado", afirma.

Na entrevista, ele também falou sobre a relação Brasil-EUA. "Os Estados Unidos lavaram as mãos em relação a Bolsonaro. Estar perto dele é perda de capital político. Ele é um figura abjeta", afirmou Horta, que também comentou sobre a situação do ex-juiz suspeito Sergio Moro. "O final melancólico de Moro demonstra a artificialidade de tudo que aconteceu no Brasil nos últimos anos".

Avanço no desmonte: nove conselheiros renunciam na Eletrobras e vagas serão eleitas pelo setor privado

 Eleição do novo colegiado será definida pelos acionistas da empresa, que foi entregue ao mercado pelo governo Bolsonaro

Eletrobrás (Foto: Reuters / Pilar Olivares)

247 - Uma carta de renúncia de nove conselheiros da Eletrobras, sendo sete deles representantes da União, foi recebida pela empresa neste sábado (18), de acordo com o jornal Estado de S. Paulo.

O movimento está ligado ao processo de privatização da estatal, sendo que os conselheiros abriram mão de suas vagas para que "a nova composição societária - definida sem a figura de um acionista controlador - venha a formatar um novo colegiado", segundo a carta de renúncia.

11 membros formam o conselho da Eletrobras, mas uma posição já estava vaga. Desta forma, com a renúncia de nove membros (que só passará a valer após a eleição dos novos conselheiros), resta apenas o representante dos funcionários da empresa, Carlos Eduardo Rodrigues Pereira. De acordo com a reportagem, o processo de sua eleição ocorre em separado e ele não renunciou ao cargo até o momento.

O novo colegiado será eleito pelos acionistas da companhia (majoritariamente do setor privado) em assembleia geral extraordinária, ainda sem data prevista para ocorrer.

Após morte de Bruno e Dom, servidores da Funai anunciam greve e cobram demissão do presidente do órgão

 O presidente da Funai, segundo a Indigenistas Associados (INA), "vem promovendo uma gestão anti-indígena e anti-indigenista na instituição"

(Foto: Mário Vilela/Funai/Divulgação)


247 - Servidores da Funai (Fundação Nacional do Índio) anunciaram uma greve para quinta-feira (23), a partir das 10h, em todas as unidades dos estados e no Distrito Federal, informa a Folha de S. Paulo.

 De acordo com a Indigenistas Associados (INA), o objetivo é manifestar "profunda tristeza e indignação pelo assassinato bárbaro" do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips na Amazônia. 

Os servidores cobrarão a identificação e responsabilização de todos os culpados e exigirão a demissão imediata do presidente da Funai, Marcelo Augusto Xavier da Silva.

Segundo nota da INA, Xavier "vem promovendo uma gestão anti-indígena e anti-indigenista na instituição".

"Por uma Funai indigenista e para os povos indígenas! Pela proteção das/os indigenistas, dos Povos Indígenas e de suas lideranças, organizações e territórios! Convidamos as/os parceiras/os indígenas, indigenistas e da sociedade em geral para o Ato Nacional de Greve da Funai!", diz o comunicado.

"O Brasil é vítima de um capitalismo parasitário", diz Uallace Moreira

 Renda dos brasileiros está sendo sugada pelo capital financeiro, afirma o economista

Uallace Moreira e Paulo Guedes (Foto: Reprodução/Twitter | Alan Santos/PR)

247 – O economista Uallace Moreira, professor da Universidade Federal da Bahia e professor visitante da Universidade Nacional de Seul, na Coréia do Sul, afirmou, em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, que o Brasil hoje é vítima de um capitalismo parasitário. "O Brasil tem uma minoria que cooptou as políticas públicas em defesa de seus interesses. Na Petrobrás, 44% dos acionistas são estrangeiros e 22% são nacionais. A Petrobrás está distribuindo todo o seu lucro e dilapidando seu caixa. A volta à fome é causada pelo capitalismo parasitário", afirmou.

Uallace disse ainda que a inflação no Brasil é causada por preços administrados, como os dos combustíveis. "Há interesse dos Estados Unidos em destruir a Petrobrás e a mídia está articulada com esse projeto", disse ele. "O caso da Eletrobrás é ainda mais grave do que o da Petrobrás. Tarifas não vão cair e teremos risco de apagões. É um crime", pontuou.

Uallace disse ainda que a agenda neoliberal começou no Brasil com o governo Collor e que os governos do PT foram uma interrupção desse projeto. Ele disse ainda que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não fará milagres, mas tem muita capacidade de articulação. "Será fundamental trazer de volta políticas industriais. Hoje, as instituições internacionais reconhecem que a agenda neoliberal é um completo fracasso. Vivemos o melhor momento para a reindustrialização. Os países vão defender suas cadeias produtivas internas", afirma. Na entrevista, o economista também disse que a Faria Lima é muito mais perigosa do que as quadrilhas da Amazônia.

“A injustiça me emociona, me instiga”, diz Maria Augusta Ramos, diretora de documentário sobre a Lava Jato

 Cineasta falou sobre temas que motivam suas peças documentais e lamentou: "A injustiça infelizmente se vê muito presente no sistema de Justiça brasileiro"

Maria Augusta Ramos (Foto: Reuters/Ueslei Marcelino | Reuters/Hannibal Hanschke)


247 - Em entrevista à TV 247 nesta sexta-feira (17), a cineasta Maria Augusta Ramos, diretora do filme 'Amigo Secreto', que aborda a farsa da Lava Jato, mencionou a injustiça como algo que a "emociona" e que a instiga a produzir suas peças documentais.

"Eu faço filmes sobre temas que me instigam, que me dão medo, que eu quero de alguma maneira compreender, me deixam confusa e eu quero ter uma compreensão melhor, fazer um sentido melhor, refletir sobre. E a injustiça certamente me emociona, me instiga. Especialmente, não só em relação à injustiça do dia a dia, mas pensar essa injustiça através do próprio sistema de Justiça", declarou a diretora.

A cineasta detalhou como o sistema de Justiça engloba, em sua visão, relações sociais que a permitem entender um pouco mais sobre a sociedade: "A abordagem cinematográfica é baseada na observação da interação humana, seja com o outro ou com o meio que ele vive, e o sistema de Justiça me possibilita isso, me possibilita revelar a sociedade através dessa interação. E acontece que a injustiça infelizmente se vê muito presente no sistema de Justiça brasileiro. (Neste contexto) não há como não falar da Lava Jato", concluiu.

Em show em Brasília, Caetano Veloso homenageia Bruno e Dom e questiona: "por que pararam as investigações?"

 O público reagiu com palmas e um coro de "Fora Bolsonaro"

Caetano Veloso (Foto: Reprodução/@AlencarBraga13)

247 - Durante um show em Brasília neste sábado (18), o cantor Caetano Veloso homenageou o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips, assassinados na Amazônia por pescadores.

Caetano estendeu uma bandeira com uma arte que mostra os rostos de Bruno e Dom. O público reagiu com uma uma forte salva de palmas e com um coro de "Fora Bolsonaro".

Na sequência, Caetano questionou: "por que pararam as investigações?".

O terceiro suspeito pela morte de Bruno e Dom, Jeferson da Silva Lima, conhecido como "Pelado da Dinha", teve sua prisão temporária decretada no sábado.

 


Tarcísio de Freitas usará cores diferentes na campanha para se distanciar de Bolsonaro

 "Queremos mostrar que somos, sim, bolsonaristas, mas com nuances", explicou o publicitário do candidato ao governo de São Paulo

Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR)


247 - O ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) usará em sua campanha ao governo de São Paulo tons de verde e amarelo diferentes dos adotados por Jair Bolsonaro (PL).

A ideia é manter a identificação com os bolsonaristas, mas deixar claro que existem "nuances" entre Tarcísio e o chefe do governo federal, explica o publicitário do candidato, Pablo Nobel, à Folha de S. Paulo. "Queremos mostrar que somos, sim, bolsonaristas, mas com nuances".

Apesar disso, Tarcísio e Bolsonaro devem fazer várias aparições juntos na televisão. O ex-ministro aposta em sua ligação com seu ex-chefe para chegar ao segundo turno da eleição estadual.

Lula resgata discurso no velório de Chico Mendes, em 1988, para homenagear Bruno e Dom (vídeo)

 "Será que essas pessoas são tão burras que imaginam que matando Chico Mendes mataram sua luta?", publicou o ex-presidente no Twitter, "em memória de Dom Phillips e Bruno Pereira"

Lula, Bruno Pereira e Dom Phillips (Foto: Ricardo Stuckert | Reprodução/TV Globo)

247 - O perfil do ex-presidente Lula (PT) no Twitter na manhã deste domingo (19) publicou um vídeo do petista discursando no velório de Chico Mendes em 1988, como forma de homenagear diversos ativistas políticos da história do Brasil, incluindo agora o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips, mortos na Amazônia.

Chico Mendes foi um seringueiro e sindicalista que lutou a favor dos seringueiros da Bacia Amazônica. Eles dependiam da preservação da floresta para garantir seu sustento. O assassinato de Chico Mendes, pelas mãos de grandes fazendeiros locais, repercutiu nacional e internacionalmente.

"Será que essas pessoas são tão burras que imaginam que matando Chico Mendes mataram sua luta?", afirmou Lula na ocasião do velório do ativista.

O vídeo foi publicado "em memória de Chico Mendes, Dorothy Stang, Paulo Guajajara, Dom Phillips, Bruno Pereira e outros defensores da floresta assassinados".