sábado, 18 de junho de 2022

Estadão ameaça executivos da Petrobrás: quem ousar tocar na política de preços será processado

 O jornal se mostra comprometido com os acionistas da Petrobrás e seus lucros cada vez maiores, em detrimento do empobrecimento da população brasileira

(Foto: Reuters/Paulo Whitaker | Reprodução)

247 - Estado de S. Paulo saiu novamente em defesa da atual política de preços da Petrobrás em editorial publicado neste sábado (18). O PPI (Preço de Paridade Internacional) dolariza o preço dos combustíveis no Brasil e faz com que a população pague quantias abusivas nos postos de gasolina. Enquanto isso, o lucro da Petrobrás só cresce e os acionistas se beneficiam com dividendos cada vez maiores.

O jornal, no entanto, não se limitou a defender o PPI. Ele também ameaçou executivos da Petrobrás, atuais ou futuros, que se moverem no sentido de alterar o estatuto da empresa para pôr fim à atual política de preços.

"É improvável que algum executivo ou conselheiro da Petrobrás em seu juízo perfeito se arrisque a ter problemas na Justiça por permitir que a empresa se dobre aos interesses de Bolsonaro e de seus sócios, causando prejuízo aos acionistas e ao País", publicou o jornal que não se preocupa com o empobrecimento dos brasileiros, desde que a elite se beneficie com isto.

Guido Mantega: Lula vai reconstruir o Brasil

 Ex-ministro da Fazenda, que conduziu a economia num período de grande prosperidade, diz que o Brasil só terá saída com a retomada do crescimento

Guido Mantega e Lula (Foto: Gustavo Bezerra/PT | Ricardo Stuckert)

247 – O ex-ministro Guido Mantega, que conduziu a economia brasileira no período de maior prosperidade da era recente, com forte expansão do PIB, equilíbrio fiscal, acumulação de reservas internacionais e redução da desigualdade, afirmou, em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, que o Partido dos Trabalhadores irá reconstruir o Brasil depois de toda a destruição promovida por Michel Temer e Jair Bolsonaro. "O PT vai buscar um caminho para a reconstrução do País, que vem sendo destruído por Bolsonaro", disse ele. "Precisamos de emprego e renda".

Guido afirmou que o Brasil regrediu muito com Temer e Bolsonaro e hoje tem 33 milhões de pessoas passando fome. "É hora de relançar o crescimento para retomar o estado de bem-estar social", afirmou. Na entrevista, Guido afirmou que o teto de gastos reduziu o mercado interno e a criação de empregos. "O teto, na prática, foi criado para reduzir gastos sociais. O investimento não pode ser travado pelo teto de gastos", disse ele, que destacou os bons resultados do PT na área fiscal. "Fizemos onze anos de superávit primário. Ninguém fez isso na história do Brasil."

Guido também apontou outros fracassos da chamada 'ponte para o futuro'. "A reforma trabalhista também foi muito ruim, pois tinha como objetivo tirar direitos dos trabalhadores. Além disso, a Petrobrás, que era a empresa que mais investia no Brasil, hoje investe um quarto do que fazia nos governos do PT. É preciso reestatizar as empresas estratégicas. A venda da Eletrobrás, por exemplo, é muito negativa para o Brasil. A Eletrobrás vai mirar o lucro máximo, não necessariamente os investimentos. E as tarifas de energia vão crescer ainda mais", afirmou.

Capitalismo financeirizado

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O ex-ministro disse ainda que há uma financeirização do capitalismo brasileiro. "O que importa não é mais produzir, mas gerar lucros de curto prazo. De 2003 a 2014, tivemos um crescimento do PIB de 48%. Com Temer e Bolsonaro, o PIB foi negativo. Conosco, a renda dos mais pobres subiu 70% e tivemos pleno emprego", recorda. "O problema foi a queda de rentabilidade do setor financeiro e das empresas, no fim do governo Dilma. Quando baixamos os juros, o setor produtivo não aplaudiu, porque também está financeirizado", diz ele.

Guido também comentou os ataques da mídia ao programa econômico do PT. "Os meios de comunicação nunca gostaram do Lula, mesmo quando ele fazia o Brasil crescer 4,5% ao ano. Existe um preconceito porque sabem que ele empodera os trabalhadores. Nos nossos governos, baixamos a dívida ao seu menor nível. O mercado sabe que Lula é responsável", afirmou, antes de comentar o estrago causado pela Lava Jato.

"Foi uma farsa montada para tirar o PT do poder, que finalmente foi desmascarada. O mal que Moro causou aos brasileiros é imensamente maior do que o que recuperou. Moro destruiu as onze maiores empreiteiras brasileiras", pontuou.

O ex-ministro afirmou que a retomada vai passar pela construção, que é um setor que cria muitos empregos e tem poder multiplicador."O Brasil tem potencial de crescimento de 4%, 5% ao ano, nós provamos isso", afirmou. Guido disse ainda que o ex-presidente Lula pode trazer harmonia à sociedade. "A situação atual é tão grave quanto a de 2003. Naquele ano, não tínhamos reservas e estávamos quebrados. Daquele problema estamos livres. Mas o Bolsonaro estropiou o estado brasileiro", afirmou.

Sobre seu futuro, Guido disse que não pretende ser ministro novamente. "Fui o mais longevo ministro da Fazenda, mas estarei sempre ajudando o presidente Lula. Participei da campanha de 1989 e me tornei seu assessor em 1992. Vou continuar colaborando", disse ele, antes de mandar um recado para os meios de comunicação. "Espero que caia a ficha da imprensa, depois do que foi o governo Bolsonaro."

Kassio Nunes, do STF, foi à final da Champions e a Roland Garros em jatinho pago por advogado com ações na corte

 O tour do ministro incluiu também o GP de Mônaco e custou ao menos R$ 250 mil

Kassio Nunes Marques (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)


Por Rodrigo Rangel, Metrópoles - Com despesas pagas por um advogado, o ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, fez uma viagem bate-e-volta de Brasília a Paris no fim do mês passado para assistir à final da Champions League e a jogos do torneio de tênis de Roland Garros.

O tour incluiu, ainda, o GP de Mônaco de Fórmula 1, disputado naquele mesmo fim de semana.

O jatinho usado pelo ministro é um luxuoso Citation X. O custo da viagem foi de, pelo menos, R$ 250 mil.

Leia a íntegra no Metrópoles.

sexta-feira, 17 de junho de 2022

Procuradoria Eleitoral do Paraná arquiva pedido para tornar Deltan inelegível


(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná (PRE-PR) arquivou nesta sexta-feira, 17, o pedido para tornar o ex-procurador da República Deltan Dallagnol, que foi chefe da Lava Jato, inelegível. Ele é pré-candidato a deputado federal pelo Podemos.

A procuradora eleitoral Mônica Bora disse que a análise das condições de elegibilidade só deve ser feita no momento do registro da candidatura.

"Eis que inexiste requerimento de candidatura para análise da suposta inelegibilidade noticiada em concreto, não há providências a serem adotadas pelo Ministério Público Eleitoral na presente data, fazendo-se necessário o arquivamento da presente notícia", diz um trecho do parecer.

Na prática, a decisão não analisou o mérito da representação contra Deltan. A procuradora garantiu, no entanto, que o Ministério Público "analisará rigorosamente a presença de condições de elegibilidade e/ou causas de inelegibilidade em relação a todos os pretensos candidatos" no momento oportuno.

A empresária Roberta Luchsinger, filiada ao PSB e também pré-candidata a deputada federal, foi quem enviou a representação contra Deltan. O argumento foi o de que o ex-procurador responde a processos disciplinares no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Por lei, magistrados, promotores e procuradores não podem ter procedimentos pendentes na esfera administrativa se quiserem disputar eleições. A "quarentena" é de oito anos a partir do pedido de exoneração.

"O que o dispositivo previsto pela Lei da Ficha Limpa visa impedir é a renúncia ao cargo com o objetivo claro de exclusivamente preservar direitos políticos, antes de uma sanção que também determinaria eventual inelegibilidade", escreveu.

Deltan pediu exoneração do Ministério Público Federal (MPF) em novembro do ano passado. Embora o período para registro das candidaturas ainda não tenha sido aberto, ele já começou a receber doações por meio de uma "vaquinha" virtual para custear a campanha.

COM A PALAVRA, DELTAN

"O tiro saiu pela culatra, porque quem me apoia e quer a Lava Jato no Congresso tem intensificado o seu apoio diante dos ataques. Tenho recebido mensagens de apoio de muita gente porque esses ataques são ataques a uma causa que todos os brasileiros de bem querem ver representada no Parlamento. A Lava Jato se encerrou com 80% de apoio na sociedade, um índice de apoio raro que chega perto da unanimidade.

É esperado que integrantes da velha política e seus aliados se oponham à minha pré-candidatura. Contudo, não há qualquer chance de a impugnação à minha candidatura prosperar porque minha situação de Deltan Dallagnol passa longe de qualquer previsão da lei de inelegibilidade."

COM A PALAVRA, O ADVOGADO LEANDRO ROSA, QUE REPRESENTA DELTAN

"A representação não tem cabimento no momento atual. Na minha opinião, foi apresentada como forma de prejudicar a arrecadação de doações que está sendo feita através da vaquinha virtual e para atrapalhar a pré-candidatura de Deltan."

Fonte: Bem Paraná

Silveira descumpre decisão do STF e volta a usar Telegram

 O parlamentar foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisão por estimular atos antidemocráticos e ataques a instituições, além de ter contas em redes sociais banidas

Daniel Silveira (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

247 - O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) descumpriu decisão do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) de bloqueio de todas as suas redes sociais e voltou a usar o Telegram nesta sexta-feira (17).

“Voltamos com tudo! Não é uma festa democrática, é uma guerra contra a corrupção", publicou Silveira para o grupo com mais de nove mil inscritos. 

Na sequência, Silveira faz uma postagem com ataques à esquerda e ironizou apoiadores que foram ao evento de lançamento da pré-campanha de Alexandre Kalil (PSD) ao governo de Minas Gerais, que teve a participação de Lula. Na ocasião, um drone jogou fezes e urina nas pessoas que aguardavam o início do evento. 

O parlamentar foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisão por estimular atos antidemocráticos e ataques a instituições. Além disso, por determinação de Moraes, ele teve suas contas no Twitter, Facebook e Instagram banidas.  

Perícia confirma que corpo encontrado no Amazonas é de Dom Phillips

 A confirmação partiu da Polícia Federal, que afirmou trabalhar para "indicação da dinâmica do crime e ocultação dos corpos"

Dom Phillips e Bruno Pereira (Foto: Avener Prado/Agência Pública | Reprodução/Twitter | Reprodução/TV Globo)


247 - A Polícia Federal informou nesta sexta-feira (17) que parte dos remanescentes humanos encontrados na quarta (15), na região do Vale do Javari, no Amazonas, é do jornalista britânico Dom Phillips, desaparecido no dia 5 deste mês na Amazônia junto com o indigenista da Fundação Nacional do Índio (Funai) Bruno Pereira. 

De acordo com a corporação, a confirmação ocorreu a partir de exame de odontologia legal, combinado com antropologia forense. "Encontram-se em curso os trabalhos para completa identificação dos remanescentes, para a compreensão das causas das mortes, assim como para indicação da dinâmica do crime e ocultação dos corpos", disse a corporação, em nota.

A PF também faz perícia para identificar os restos mortais de Bruno Pereira. 

Nesta semana, Oseney da Costa confessou para a Polícia Federal que ele e seu irmão, Amarildo dos Santos, o "Pelado", assassinaram o indigenista e o jornalista, que denunciavam a pesca ilegal no Vale do Javari.

Representante dos caminhoneiros critica "falácia" de Bolsonaro após novos aumentos nos preços dos combustíveis

 O deputado Nereu Crispim disse que Bolsonaro "continua tentando retirar a sua responsabilidade" sobre os novos aumentos nos preços de combustíveis

Deputado federal Nereu Crispim (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado | ABr)

247 - O deputado federal Nereu Crispim (PSD-RS), presidente da Frente Nacional em Defesa do Caminhoneiro Autônomo e Celetista, criticou Jair Bolsonaro (PL), nesta sexta-feira (17), após o reajuste de 5,18% para o litro da gasolina e de 14,21% para o do diesel

"O presidente continua tentando retirar a sua responsabilidade sobre a política de preços nos combustíveis. É mais uma falácia para os caminhoneiros. (Bolsonaro) tenta responsabilizar terceiros quando a solução está na sua mão", escreveu o parlamentar no Twitter. 

O líder dos caminhoneiros autônomos, Wallace Landim, disse nesta sexta que uma greve da categoria "é o mais provável" com os novos reajustes. 

Bolsonaro tenta fugir da responsabilidade sobre os preços dos combustíveis, mas ele tem poder de indicar o presidente da Petrobrás. Também pode indicar nomes para conselhos da empresa, que definem a política de preços da estatal.

Nesta sexta, Bolsonaro afirmou que os novos aumentos são uma "traição para com o povo brasileiro". Mas o atual governo deu continuidade à política de preços implementada na gestão de Michel Temer - preços de produtos derivados de petróleo mudam conforme as variações do dólar no mercado internacional. 


Ações da Petrobrás despencam mesmo depois de novo aumento abusivo dos combustíveis

 Mesmo com o reajuste, as ações da companhia sofrem uma tempestade perfeita, acompanhando as perdas do Ibovespa, de menos 3,74%

(Foto: Reuters/AMANDA PEROBELLI)

Infomoney - A Petrobras (PETR3;PETR4) anunciou nesta sexta-feira (17) que aplicará reajustes nos seus preços de venda dos combustíveis para as distribuidoras, após quase cem dias de congelamento dos valores da gasolina nas refinarias e de quase 40 dias do diesel.

No caso da gasolina, o reajuste foi de 5,18%, enquanto para o diesel atingiu 14,26%. A estatal manteve os preços do GLP (gás de cozinha). Em nota, a Petrobras reiterou seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado.

Também destacou que tem evitado o repasse imediato para os preços internos da volatilidade das cotações internacionais do petróleo e da taxa de câmbio.

No entanto, às 15h26, as ações da petroleira desabavam: os papéis ONs recuavam 9,45%, cotados a R$ 29,20; e os PNs caíam 8,84%, a R$ 26,50.

Mesmo com o reajuste, as ações da companhia sofrem uma tempestade perfeita, acompanhando as perdas do Ibovespa, de menos 3,74%, que se ajusta à desvalorização das ADRs da véspera, quando a B3 esteve fechada, em meio ao cenário de alta dos juros.

Além disso, analistas apontam que o reajuste de hoje não compensa totalmente a defasagem entre os preços praticados no exterior e no território nacional, e pode desencadear ameaças de intervenção na empresa e a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Conselho de Administração da estatal petrolífera.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), elevou ainda mais o tom das críticas à empresa, ameaçando elevar a taxação sobre o lucro da empresa.

No mais, as cotações do petróleo no mercado internacional recuam, com o barril do tipo Brent, referência para a Petrobras, caindo 4,37%, para US$ 114,56.

Petrobras reajusta diesel e gasolina

Com os reajustes anunciados hoje, após 99 dias, a partir de amanhã (18/06), o preço médio de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro. O último ajuste ocorreu em 11 de março.

“Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,81, em média, para R$ 2,96 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,15 por litro”, afirmou a petroleira, em comunicado.

Para o diesel, após 39 dias, a partir de 18/06, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro. O último ajuste ocorreu em 10/05.

O impacto do reajuste no preço do diesel é mais relevante. A parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 4,42, em média, para R$ 5,05 a cada litro vendido na bomba, resultando em uma variação de R$ 0,63 por litro.

Dados da Associação Brasileira dos Importadores e Combustíveis (Abicom) mostravam que há defasagem média de -21% no óleo diesel e de -13% para a gasolina, no relatório desta sexta-feira, que não contemplava o anúncio de hoje da Petrobras.

Preço final

Ainda no comunicado, a Petrobras reforça que os preços de venda da estatal para as distribuidoras, tendo como referência os preços de mercado, são apenas uma parcela dos preços que chegam ao consumidor final.

“Para formação do preço na bomba ainda são adicionadas parcelas da mistura obrigatória de etanol anidro e biodiesel à gasolina A e ao diesel A produzidos nas refinarias, custos e margens de distribuição e revenda, e tributos federais e estaduais. No caso do diesel, atualmente, a tributação limita-se ao ICMS, imposto estadual, uma vez que os tributos federais PIS/Pasep e Cofins tiveram suas alíquotas zeradas a partir de 11/03 até 31/12/2022”, afirmou a petroleira.

Reações

Na iminência do aumento do preço dos combustíveis, o presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, nas redes sociais, hoje mais cedo, que a medida poderia “mergulhar o Brasil num caos“. O Presidente relembrou ainda o impacto da greve dos caminhoneiros em 2018 e as consequências para a economia e a população dos reajuste.

Bolsonaro propõe CPI da Petrobrás e critica lucros da estatal

 Chefe do Executivo disse ter conversado com o presidente da Câmara e que a ideia é propor investigação das autoridades da estatal

(Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino | André Motta de Souza/Agência Petrobras)

Metrópoles - Jair Bolsonaro defendeu, nesta sexta-feira, 17, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso Nacional para investigar o presidente, os diretores e o conselho administrativo e fiscal da Petrobrás. A declaração foi dada horas após a estatal anunciar novos aumentos nos preços dos combustíveis.

O preço do litro da gasolina vendido às distribuidoras passou de R$ 3,86 para R$ 4,06. No caso do diesel, de R$ 4,91 para R$ 5,61. O aumento passa a valer a partir deste sábado (18/6).

“É traição para com o povo brasileiro. O presidente, seus diretores e seu conselho traíram o povo. O lucro da Petrobras é algo estúpido. Ela lucra seis vezes mais que a média das petroleiras de todo o mundo. Petroleiras fora do Brasil reduziram margem de lucro para atender aos anseios da sua população num momento de crise”, disse Bolsonaro em entrevista à rádio Meio Dia Rio Grande do Norte.

“Conversei há poucos minutos com o Arthur Lira, ele está neste momento reunido com líderes partidários. A ideia nossa é propor uma CPI para investigar o presidente da Petrobras, os seus diretores e também o conselho administrativo e fiscal. Nós queremos saber se tem algo errado nessa conduta deles, porque é inconcebível se conceder um reajuste com o valor dos combustíveis lá em cima e com os lucros exorbitantes que a Petrobras está tendo”, prosseguiu. 

Leia a íntegra no Metrópoles

Todos os conselheiros indicados por Bolsonaro votaram por aumento de preços na Petrobrás

 Ainda que Bolsonaro tente se eximir da culpa pelos preços dos combustíveis, os fatos se encarregam de mostrar a verdade: é o governo o responsável pelo empobrecimento do povo

Bolsonaro e bomba de gasolina (Foto: Reuters)


247 - Ainda que Jair Bolsonaro (PL) faça todos os esforços para se desvincular da responsabilidade pelo preço dos combustíveis no Brasil, os fatos se encarregam de esclarecer a verdade.

Segundo Lauro Jardim, do jornal O Globo, todos os seis conselheiros da Petrobrás indicados por Bolsonaro, que formam maioria no colegiado de 11 conselheiros, votaram pelo novo reajuste nos preços.

A informação só reforça a culpa de Bolsonaro diante dos preços exorbitantes dos combustíveis. O chefe do Executivo, que tenta driblar o ônus da carestia, não move uma palha para alterar a política de preços da Petrobrás, que atrela o preço dos combustíveis no Brasil ao dólar e ao mercado internacional. O objetivo é seguir favorecendo os acionistas privados da companhia.

A atual política de preços foi implementada por Pedro Parente ainda no governo golpista de Michel Temer (MDB), como conclusão do golpe que derrubou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) com o objetivo de transferir a renda dos brasileiros para os acionistas da Petrobrás. Desde então, a fome e a miséria voltaram a assolar o país.

Globo defende política de preços da Petrobrás que suga a renda dos brasileiros

 Mudança foi feita depois do golpe de estado de 2016 com a finalidade de transferir a renda do cidadão brasileiro para os acionistas privados da estatal

Família Marinho e Petrobrás (Foto: Divulgação)

247 - Uma das apoiadoras do golpe de 2016 contra a então presidenta Dilma Rousseff, inocentada naquele ano pelo Ministério Público e por uma perícia do Senado, a Globo passou a defender a política de preços da Petrobrás, com uma matéria publicada nesta sexta-feira (17) pelo portal G1 e intitulada "Alta do preço dos combustíveis é inevitável e estava atrasada, dizem analistas".

De acordo com a política da estatal, os preços de produtos derivados de petróleo no Brasil mudam conforme as variações do dólar no mercado internacional. 

A matéria do G1 publicou a entrevista do presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo. "[A Petrobras] fez o que já deveria ter feito há muito tempo atrás. É inevitável e estava atrasado já", disse ele. 

Segundo a reportagem, um "levantamento da associação mostra que o preço da gasolina estava nesta sexta-feira, antes do reajuste anunciado pela Petrobras, com uma defasagem de 13% em relação à paridade de importação, e o diesel, de 21%".

A matéria também afirmou que "o Brasil é deficitário em óleo diesel, tendo importado quase 30% da demanda em 2021".

As variações do dólar têm penalizado principalmente os mais pobres. O número de brasileiros que usaram toneladas de lenha como fonte de energia nas residências, por exemplo, foi de 24 milhões em 2021, o maior patamar desde 2009, de acordo com dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Greve

O líder dos caminhoneiros autônomos, Wallace Landim, disse nesta sexta-feira, 17, que uma greve da categoria "é o mais provável" com o novo aumento nos preços de combustíveis anunciado nessa quinta pela Petrobrás. 

A estatal informou que o litro da gasolina aumentará 5,18% e do diesel, 14,21%.

Bolsonaro continuou na tentativa de fugir da responsabilidade sobre os preços dos combustíveis. Em março, por exemplo, ele disse "eu não decido nada", mas, pelo cargo que ocupa, tem poder de indicar o presidente da Petrobrás. Também pode indicar nomes para conselhos da empresa, que definem a política de preços da estatal.

Mendonça fixa alíquota do ICMS e pede que Petrobrás explique últimos aumentos

 O ministro do STF determinou que o ICMS seja uniforme em todo o país a partir de julho

André Mendonça (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF | REUTERS/Pilar Olivares)

247 - Indicado por Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro André Mendonça determinou que as alíquotas do ICMS dos combustíveis devem ser uniformes em todos o território nacional. 

Com a decisão, fica suspenso o convênio assinado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) em março deste ano, que estabelecia alíquota de R$ 1,006 por litro de diesel S10, mais alta que a praticada na maioria dos estados. 

A medida também vale para a Petrobrás. A estatal terá, inclusive,  que prestar informações ao STF sobre a formação dos preços dos combustíveis nos últimos meses, informa o G1. 

Após 39 dias do último reajuste, em 10 de maio, a  Petrobrás anunciou nesta sexta-feira (17) novos reajustes de 5,18% para a gasolina e de 14,26% para o diesel, valendo a partir de sábado.

A decisão também estabelece a alíquota seja seletiva, na maior medida possível, em função da essencialidade do produto e de fins extrafiscais, de acordo com o produto e que so poderá sofrer reajustes após 12 meses entre a primeira fixação e o primeiro reajuste, e de 6 meses para os reajustes subsequentes. 

'Começou o jogo sujo da mídia contra Lula', diz Paulo Moreira Leite

 A imprensa corporativa, segundo o jornalista, "vai chafurdar na lama em todas as oportunidades procurando tudo aquilo que possa ser utilizado para prejudicar o Lula"

Paulo Moreira Leite (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reprodução)


247 - "Começou o jogo sujo da campanha', afirmou o jornalista Paulo Moreira Leite, o PML, ao comentar no Bom Dia 247 desta sexta-feira (17) as manchetes dos jornais corporativos que tentam estabelecer uma relação - que não existe mais - entre o ex-presidente Lula (PT) e um contador envolvido com a facção criminosa PCC, Primeiro Comando da Capital.

Reportagens do Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e CNN Brasil fazem menção a João Muniz Leite como "contador ligado a Lula", sem que seu envolvimento com o PCC tenha qualquer relação com o ex-presidente.

"Evidentemente começou o jogo sujo da campanha. Esse jogo tinha sido suspenso, paralisado por um tempo, mas a imprensa burguesa, vamos falar assim, porque é disso que se trata, retoma o combate ao Lula. Ela vai chafurdar na lama em todas as oportunidades procurando tudo aquilo que possa ser utilizado para confundir, atrapalhar e prejudicar a imagem que o presidente Lula construiu, que faz dele o candidato favorito. Começou a guerra suja, guerra de lama", disse PML.

Ele ainda alertou: "é só o começo. Até as eleições nós vamos ver sujeira atrás de sujeira".

Paulo Moreira Leite destacou que o contador não presta mais serviços para Lula desde 2016, informação que consta da reportagem do próprio Estado de S. Paulo. O jornalista ainda chamou a atenção para a influência dos diretores dos jornais em matérias deste tipo. Em ano eleitoral, uma notícia envolvendo o líder das pesquisas eleitorais não é publicada "sem que a direção do jornal não aprove linha por linha, foto por foto, título por título", falou.

"Essa notícia é inacreditável porque não esclarece nenhuma relação real do contador com a contabilidade do Lula. Não se conhece nenhuma crítica à contabilidade do Lula. Os papéis do Lula, as declarações [de Imposto de Renda] do Lula foram todas reviradas no momento de sua prisão e nenhuma irregularidade foi encontrada. O contador é o contador. Você vai no escritório do contador e não pede a ficha. E há muito tempo ele não é mais o contador do Lula. Qual é a relação disso? Nenhuma. É um interesse político", concluiu PML.


Líder dos caminhoneiros diz que greve "é o mais provável" diante dos novos reajustes nos combustíveis

 O líder dos caminhoneiros autônomos, Wallace Landim, afirmou que a categoria luta pela mudança na política de preços da Petrobrás

(Foto: Arquivo Pessoal)

247 - O líder dos caminhoneiros autônomos, Wallace Landim, disse nesta sexta-feira, 17, que uma greve da categoria "é o mais provável" diante do novo reajuste no preço dos combustíveis. 

Ele afirmou que a luta da categoria é pela mudança na política de preços da Petrobrás. “A verdade é que, de uma forma ou de outra, mantendo-se essa política cruel de preços da Petrobras, o país vai parar novamente. Se não for greve, será pelo fato de se pagar para trabalhar”, afirmou, em nota. “Essa luta não é só dos caminhoneiros, mas de todo o povo brasileiro".

Após 39 dias do último reajuste, em 10 de maio, a  Petrobrás anunciou nesta sexta-feira, 17, novos reajustes de 5,18% para a gasolina e de 14,26% para o diesel, valendo a partir de sábado.

Landim também criticou o governo Jair Bolsonaro por não ter “dado início a mudanças estruturantes na empresa”. 

“O governo se acomodou e, por ironia do destino, o Ministro apelidado de Posto Ipiranga, que deveria resolver esse problema, é o grande culpado deste caos. E hoje chegamos nesse ponto crítico, sendo que ainda temos sérios riscos de falta de diesel”, disse, em referência a Paulo Guedes, titular da Economia. “Bolsonaro precisa entender que ficar dando 'xilique' não vai resolver o problema”.

Candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio não mora em imóvel que indicou para transferir domicílio eleitoral

 O apartamento declarado à Justiça Eleitoral pelo ex-ministro está desocupado e em reforma

O novo ministro da Infraestrutura Tarcisio Gomes de Freitas (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

247 - Candidato de Jair Bolsonaro (PL) ao governo de São Paulo, o ex-ministro carioca Tarcísio de Freitas (Republicanos) não mora no apartamento que declarou à Justiça Eleitoral para mudar seu domicílio eleitoral para o estado, de acordo com a Folha de S. Paulo.

O endereço indicado por Tarcísio fica em um bairro nobre de São José dos Campos, no interior paulista. Segundo documentação, o imóvel foi alugado do cunhado do ex-ministro.

Segundo o porteiro do prédio, o apartamento indicado por Tarcísio está desocupado, em reforma.

À reportagem, Tarcísio admitiu não viver na cidade e disse que já provou seus vínculos com o estado à Justiça Eleitoral.

Recentemente, o ex-juiz parcial Sergio Moro (União Brasil-PR) teve sua mudança de domicílio eleitoral para São Paulo negada por falta de vínculos com o estado. A tentativa de mudança foi vista como fraude pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).

Luísa Sonza critica boicote de marcas a artistas que apoiam Lula: "desacato à sociedade"

 "É ano de eleição. Não tem como não se posicionar. E por se posicionar não é só dizer em quem vota, mas discutir política", declarou a cantora

Luísa Sonza (Foto: Reprodução/Instagram)

247 - Uma das maiores artistas da atualidade no Brasil, Luísa Sonza disse à Folha de S. Paulo que quer, além de cantar, discutir política. Ela se apresentou na noite de quinta-feira (16) na Micareta São Paulo, festividade que antecede a Parada LGBT.

Sonza foi a responsável por denunciar, há pouco mais de uma semana, boicote de marcas a artistas que apoiam o ex-presidente Lula (PT), principal adversário de Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial deste ano e favorito para vencer o pleito. "É ano de eleição. Não tem como não se posicionar. E por se posicionar não é só dizer em quem vota, mas discutir política. Nós, jovens, precisamos discutir política. Bloquear ou dificultar essa discussão é um desacato à sociedade", declarou a cantora.

Perguntada sobre ter medo de represálias e ameaças por seu posicionamento, a artista disse que "não tem medo de nada" e garantiu que continuará falando de política, mesmo não sendo vantajoso comercialmente. Ela apenas lamentou que artistas menores sofram mais com a pressão das marcas. "Nunca tive muitas papas na língua. Sempre me posicionei e isso não vai mudar nunca. O que eu recebi foi a notícia de que outras pessoas que não têm o mesmo tamanho que eu estão sendo barradas por marcas. Pelo meu tamanho, com meus números, consigo fazer o que quero, mas outras pessoas não".

Uallace Moreira aponta o teatro cínico de Ciro Nogueira sobre a Petrobrás

 Qualquer cobrança que não passe pela defesa da mudança na política de preços, retomada das refinarias e investimento na estatal é mero 'teatro cínico', segundo o economista

Jair Bolsonaro e Ciro Nogueira (Foto: Adriano Machado/Reuters)


247 - O economista Uallace Moreira, professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), escancarou o que chamou de "teatro cínico" do Ministro-Chefe da Casa Civil Ciro Nogueira, que usou o Twitter para criticar o novo reajuste do preço dos combustíveis pela Petrobras.

Ao compartilhar a notícia do anúncio do novo reajuste, Nogueira escreveu "Basta! Chegou a hora. A Petrobras não é de seus diretores. É do Brasil. E não pode, por isso, continuar com tanta insensibilidade, ignorar sua função social e abandonar os brasileiros na maior crise do último século."

Foi aí que o professor da UFBA interveio, desmascarando o jogo de cenas do membro do governo Bolsonaro, que é responsável pela manutenção da política de paridade de preços dos combustíveis com o mercado internacional.

"Prezado Ciro Nogueira,  Você quer realmente ajudar?  Primeiro, defenda o fim da política de preço da Petrobras, que transfere lucros para uma minoria.  Segundo, defenda a retomada das refinarias e do investimento da Petrobras.  Sem isso, sua "revolta" não passa de teatro cínico", apontou Uallace Moreira.

Polícia busca mais suspeitos pela morte de Bruno Pereira e Dom Phillips e apura se houve mandante

 O Pelado, pescador que confessou o crime, afirma que o assassinato não foi premeditado

Polícia leva suspeito preso para rio onde jornalista e indigenista desapareceram na Amazônia 15/06/2022 (Foto: REUTERS/Bruno Kelly)

247 - Investigadores da Polícia Civil e Federal afirmaram à Folha de S. Paulo que, até o momento, não há indícios da existência de mandante do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. A hipótese, no entanto, segue sendo investigada.

A polícia também busca outros suspeitos de envolvimento no crime. O pescador Amarildo Oliveira, conhecido como Pelado, que confessou ter participado da execução, disse que outras duas pessoas estavam com ele. Uma dessas pessoas era o próprio irmão de Pelado, Oseney da Costa de Oliveira, o Dos Santos.

Diferentemente de Pelado, Dos Santos não confessou envolvimento no caso.

Em seu depoimento, Pelado deu a entender que não houve mandante.