sexta-feira, 17 de junho de 2022

Ações da Petrobrás despencam mesmo depois de novo aumento abusivo dos combustíveis

 Mesmo com o reajuste, as ações da companhia sofrem uma tempestade perfeita, acompanhando as perdas do Ibovespa, de menos 3,74%

(Foto: Reuters/AMANDA PEROBELLI)

Infomoney - A Petrobras (PETR3;PETR4) anunciou nesta sexta-feira (17) que aplicará reajustes nos seus preços de venda dos combustíveis para as distribuidoras, após quase cem dias de congelamento dos valores da gasolina nas refinarias e de quase 40 dias do diesel.

No caso da gasolina, o reajuste foi de 5,18%, enquanto para o diesel atingiu 14,26%. A estatal manteve os preços do GLP (gás de cozinha). Em nota, a Petrobras reiterou seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado.

Também destacou que tem evitado o repasse imediato para os preços internos da volatilidade das cotações internacionais do petróleo e da taxa de câmbio.

No entanto, às 15h26, as ações da petroleira desabavam: os papéis ONs recuavam 9,45%, cotados a R$ 29,20; e os PNs caíam 8,84%, a R$ 26,50.

Mesmo com o reajuste, as ações da companhia sofrem uma tempestade perfeita, acompanhando as perdas do Ibovespa, de menos 3,74%, que se ajusta à desvalorização das ADRs da véspera, quando a B3 esteve fechada, em meio ao cenário de alta dos juros.

Além disso, analistas apontam que o reajuste de hoje não compensa totalmente a defasagem entre os preços praticados no exterior e no território nacional, e pode desencadear ameaças de intervenção na empresa e a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Conselho de Administração da estatal petrolífera.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), elevou ainda mais o tom das críticas à empresa, ameaçando elevar a taxação sobre o lucro da empresa.

No mais, as cotações do petróleo no mercado internacional recuam, com o barril do tipo Brent, referência para a Petrobras, caindo 4,37%, para US$ 114,56.

Petrobras reajusta diesel e gasolina

Com os reajustes anunciados hoje, após 99 dias, a partir de amanhã (18/06), o preço médio de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro. O último ajuste ocorreu em 11 de março.

“Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,81, em média, para R$ 2,96 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,15 por litro”, afirmou a petroleira, em comunicado.

Para o diesel, após 39 dias, a partir de 18/06, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro. O último ajuste ocorreu em 10/05.

O impacto do reajuste no preço do diesel é mais relevante. A parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 4,42, em média, para R$ 5,05 a cada litro vendido na bomba, resultando em uma variação de R$ 0,63 por litro.

Dados da Associação Brasileira dos Importadores e Combustíveis (Abicom) mostravam que há defasagem média de -21% no óleo diesel e de -13% para a gasolina, no relatório desta sexta-feira, que não contemplava o anúncio de hoje da Petrobras.

Preço final

Ainda no comunicado, a Petrobras reforça que os preços de venda da estatal para as distribuidoras, tendo como referência os preços de mercado, são apenas uma parcela dos preços que chegam ao consumidor final.

“Para formação do preço na bomba ainda são adicionadas parcelas da mistura obrigatória de etanol anidro e biodiesel à gasolina A e ao diesel A produzidos nas refinarias, custos e margens de distribuição e revenda, e tributos federais e estaduais. No caso do diesel, atualmente, a tributação limita-se ao ICMS, imposto estadual, uma vez que os tributos federais PIS/Pasep e Cofins tiveram suas alíquotas zeradas a partir de 11/03 até 31/12/2022”, afirmou a petroleira.

Reações

Na iminência do aumento do preço dos combustíveis, o presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, nas redes sociais, hoje mais cedo, que a medida poderia “mergulhar o Brasil num caos“. O Presidente relembrou ainda o impacto da greve dos caminhoneiros em 2018 e as consequências para a economia e a população dos reajuste.

Bolsonaro propõe CPI da Petrobrás e critica lucros da estatal

 Chefe do Executivo disse ter conversado com o presidente da Câmara e que a ideia é propor investigação das autoridades da estatal

(Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino | André Motta de Souza/Agência Petrobras)

Metrópoles - Jair Bolsonaro defendeu, nesta sexta-feira, 17, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso Nacional para investigar o presidente, os diretores e o conselho administrativo e fiscal da Petrobrás. A declaração foi dada horas após a estatal anunciar novos aumentos nos preços dos combustíveis.

O preço do litro da gasolina vendido às distribuidoras passou de R$ 3,86 para R$ 4,06. No caso do diesel, de R$ 4,91 para R$ 5,61. O aumento passa a valer a partir deste sábado (18/6).

“É traição para com o povo brasileiro. O presidente, seus diretores e seu conselho traíram o povo. O lucro da Petrobras é algo estúpido. Ela lucra seis vezes mais que a média das petroleiras de todo o mundo. Petroleiras fora do Brasil reduziram margem de lucro para atender aos anseios da sua população num momento de crise”, disse Bolsonaro em entrevista à rádio Meio Dia Rio Grande do Norte.

“Conversei há poucos minutos com o Arthur Lira, ele está neste momento reunido com líderes partidários. A ideia nossa é propor uma CPI para investigar o presidente da Petrobras, os seus diretores e também o conselho administrativo e fiscal. Nós queremos saber se tem algo errado nessa conduta deles, porque é inconcebível se conceder um reajuste com o valor dos combustíveis lá em cima e com os lucros exorbitantes que a Petrobras está tendo”, prosseguiu. 

Leia a íntegra no Metrópoles

Todos os conselheiros indicados por Bolsonaro votaram por aumento de preços na Petrobrás

 Ainda que Bolsonaro tente se eximir da culpa pelos preços dos combustíveis, os fatos se encarregam de mostrar a verdade: é o governo o responsável pelo empobrecimento do povo

Bolsonaro e bomba de gasolina (Foto: Reuters)


247 - Ainda que Jair Bolsonaro (PL) faça todos os esforços para se desvincular da responsabilidade pelo preço dos combustíveis no Brasil, os fatos se encarregam de esclarecer a verdade.

Segundo Lauro Jardim, do jornal O Globo, todos os seis conselheiros da Petrobrás indicados por Bolsonaro, que formam maioria no colegiado de 11 conselheiros, votaram pelo novo reajuste nos preços.

A informação só reforça a culpa de Bolsonaro diante dos preços exorbitantes dos combustíveis. O chefe do Executivo, que tenta driblar o ônus da carestia, não move uma palha para alterar a política de preços da Petrobrás, que atrela o preço dos combustíveis no Brasil ao dólar e ao mercado internacional. O objetivo é seguir favorecendo os acionistas privados da companhia.

A atual política de preços foi implementada por Pedro Parente ainda no governo golpista de Michel Temer (MDB), como conclusão do golpe que derrubou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) com o objetivo de transferir a renda dos brasileiros para os acionistas da Petrobrás. Desde então, a fome e a miséria voltaram a assolar o país.

Globo defende política de preços da Petrobrás que suga a renda dos brasileiros

 Mudança foi feita depois do golpe de estado de 2016 com a finalidade de transferir a renda do cidadão brasileiro para os acionistas privados da estatal

Família Marinho e Petrobrás (Foto: Divulgação)

247 - Uma das apoiadoras do golpe de 2016 contra a então presidenta Dilma Rousseff, inocentada naquele ano pelo Ministério Público e por uma perícia do Senado, a Globo passou a defender a política de preços da Petrobrás, com uma matéria publicada nesta sexta-feira (17) pelo portal G1 e intitulada "Alta do preço dos combustíveis é inevitável e estava atrasada, dizem analistas".

De acordo com a política da estatal, os preços de produtos derivados de petróleo no Brasil mudam conforme as variações do dólar no mercado internacional. 

A matéria do G1 publicou a entrevista do presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo. "[A Petrobras] fez o que já deveria ter feito há muito tempo atrás. É inevitável e estava atrasado já", disse ele. 

Segundo a reportagem, um "levantamento da associação mostra que o preço da gasolina estava nesta sexta-feira, antes do reajuste anunciado pela Petrobras, com uma defasagem de 13% em relação à paridade de importação, e o diesel, de 21%".

A matéria também afirmou que "o Brasil é deficitário em óleo diesel, tendo importado quase 30% da demanda em 2021".

As variações do dólar têm penalizado principalmente os mais pobres. O número de brasileiros que usaram toneladas de lenha como fonte de energia nas residências, por exemplo, foi de 24 milhões em 2021, o maior patamar desde 2009, de acordo com dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Greve

O líder dos caminhoneiros autônomos, Wallace Landim, disse nesta sexta-feira, 17, que uma greve da categoria "é o mais provável" com o novo aumento nos preços de combustíveis anunciado nessa quinta pela Petrobrás. 

A estatal informou que o litro da gasolina aumentará 5,18% e do diesel, 14,21%.

Bolsonaro continuou na tentativa de fugir da responsabilidade sobre os preços dos combustíveis. Em março, por exemplo, ele disse "eu não decido nada", mas, pelo cargo que ocupa, tem poder de indicar o presidente da Petrobrás. Também pode indicar nomes para conselhos da empresa, que definem a política de preços da estatal.

Mendonça fixa alíquota do ICMS e pede que Petrobrás explique últimos aumentos

 O ministro do STF determinou que o ICMS seja uniforme em todo o país a partir de julho

André Mendonça (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF | REUTERS/Pilar Olivares)

247 - Indicado por Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro André Mendonça determinou que as alíquotas do ICMS dos combustíveis devem ser uniformes em todos o território nacional. 

Com a decisão, fica suspenso o convênio assinado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) em março deste ano, que estabelecia alíquota de R$ 1,006 por litro de diesel S10, mais alta que a praticada na maioria dos estados. 

A medida também vale para a Petrobrás. A estatal terá, inclusive,  que prestar informações ao STF sobre a formação dos preços dos combustíveis nos últimos meses, informa o G1. 

Após 39 dias do último reajuste, em 10 de maio, a  Petrobrás anunciou nesta sexta-feira (17) novos reajustes de 5,18% para a gasolina e de 14,26% para o diesel, valendo a partir de sábado.

A decisão também estabelece a alíquota seja seletiva, na maior medida possível, em função da essencialidade do produto e de fins extrafiscais, de acordo com o produto e que so poderá sofrer reajustes após 12 meses entre a primeira fixação e o primeiro reajuste, e de 6 meses para os reajustes subsequentes. 

'Começou o jogo sujo da mídia contra Lula', diz Paulo Moreira Leite

 A imprensa corporativa, segundo o jornalista, "vai chafurdar na lama em todas as oportunidades procurando tudo aquilo que possa ser utilizado para prejudicar o Lula"

Paulo Moreira Leite (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reprodução)


247 - "Começou o jogo sujo da campanha', afirmou o jornalista Paulo Moreira Leite, o PML, ao comentar no Bom Dia 247 desta sexta-feira (17) as manchetes dos jornais corporativos que tentam estabelecer uma relação - que não existe mais - entre o ex-presidente Lula (PT) e um contador envolvido com a facção criminosa PCC, Primeiro Comando da Capital.

Reportagens do Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e CNN Brasil fazem menção a João Muniz Leite como "contador ligado a Lula", sem que seu envolvimento com o PCC tenha qualquer relação com o ex-presidente.

"Evidentemente começou o jogo sujo da campanha. Esse jogo tinha sido suspenso, paralisado por um tempo, mas a imprensa burguesa, vamos falar assim, porque é disso que se trata, retoma o combate ao Lula. Ela vai chafurdar na lama em todas as oportunidades procurando tudo aquilo que possa ser utilizado para confundir, atrapalhar e prejudicar a imagem que o presidente Lula construiu, que faz dele o candidato favorito. Começou a guerra suja, guerra de lama", disse PML.

Ele ainda alertou: "é só o começo. Até as eleições nós vamos ver sujeira atrás de sujeira".

Paulo Moreira Leite destacou que o contador não presta mais serviços para Lula desde 2016, informação que consta da reportagem do próprio Estado de S. Paulo. O jornalista ainda chamou a atenção para a influência dos diretores dos jornais em matérias deste tipo. Em ano eleitoral, uma notícia envolvendo o líder das pesquisas eleitorais não é publicada "sem que a direção do jornal não aprove linha por linha, foto por foto, título por título", falou.

"Essa notícia é inacreditável porque não esclarece nenhuma relação real do contador com a contabilidade do Lula. Não se conhece nenhuma crítica à contabilidade do Lula. Os papéis do Lula, as declarações [de Imposto de Renda] do Lula foram todas reviradas no momento de sua prisão e nenhuma irregularidade foi encontrada. O contador é o contador. Você vai no escritório do contador e não pede a ficha. E há muito tempo ele não é mais o contador do Lula. Qual é a relação disso? Nenhuma. É um interesse político", concluiu PML.


Líder dos caminhoneiros diz que greve "é o mais provável" diante dos novos reajustes nos combustíveis

 O líder dos caminhoneiros autônomos, Wallace Landim, afirmou que a categoria luta pela mudança na política de preços da Petrobrás

(Foto: Arquivo Pessoal)

247 - O líder dos caminhoneiros autônomos, Wallace Landim, disse nesta sexta-feira, 17, que uma greve da categoria "é o mais provável" diante do novo reajuste no preço dos combustíveis. 

Ele afirmou que a luta da categoria é pela mudança na política de preços da Petrobrás. “A verdade é que, de uma forma ou de outra, mantendo-se essa política cruel de preços da Petrobras, o país vai parar novamente. Se não for greve, será pelo fato de se pagar para trabalhar”, afirmou, em nota. “Essa luta não é só dos caminhoneiros, mas de todo o povo brasileiro".

Após 39 dias do último reajuste, em 10 de maio, a  Petrobrás anunciou nesta sexta-feira, 17, novos reajustes de 5,18% para a gasolina e de 14,26% para o diesel, valendo a partir de sábado.

Landim também criticou o governo Jair Bolsonaro por não ter “dado início a mudanças estruturantes na empresa”. 

“O governo se acomodou e, por ironia do destino, o Ministro apelidado de Posto Ipiranga, que deveria resolver esse problema, é o grande culpado deste caos. E hoje chegamos nesse ponto crítico, sendo que ainda temos sérios riscos de falta de diesel”, disse, em referência a Paulo Guedes, titular da Economia. “Bolsonaro precisa entender que ficar dando 'xilique' não vai resolver o problema”.

Candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio não mora em imóvel que indicou para transferir domicílio eleitoral

 O apartamento declarado à Justiça Eleitoral pelo ex-ministro está desocupado e em reforma

O novo ministro da Infraestrutura Tarcisio Gomes de Freitas (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

247 - Candidato de Jair Bolsonaro (PL) ao governo de São Paulo, o ex-ministro carioca Tarcísio de Freitas (Republicanos) não mora no apartamento que declarou à Justiça Eleitoral para mudar seu domicílio eleitoral para o estado, de acordo com a Folha de S. Paulo.

O endereço indicado por Tarcísio fica em um bairro nobre de São José dos Campos, no interior paulista. Segundo documentação, o imóvel foi alugado do cunhado do ex-ministro.

Segundo o porteiro do prédio, o apartamento indicado por Tarcísio está desocupado, em reforma.

À reportagem, Tarcísio admitiu não viver na cidade e disse que já provou seus vínculos com o estado à Justiça Eleitoral.

Recentemente, o ex-juiz parcial Sergio Moro (União Brasil-PR) teve sua mudança de domicílio eleitoral para São Paulo negada por falta de vínculos com o estado. A tentativa de mudança foi vista como fraude pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).

Luísa Sonza critica boicote de marcas a artistas que apoiam Lula: "desacato à sociedade"

 "É ano de eleição. Não tem como não se posicionar. E por se posicionar não é só dizer em quem vota, mas discutir política", declarou a cantora

Luísa Sonza (Foto: Reprodução/Instagram)

247 - Uma das maiores artistas da atualidade no Brasil, Luísa Sonza disse à Folha de S. Paulo que quer, além de cantar, discutir política. Ela se apresentou na noite de quinta-feira (16) na Micareta São Paulo, festividade que antecede a Parada LGBT.

Sonza foi a responsável por denunciar, há pouco mais de uma semana, boicote de marcas a artistas que apoiam o ex-presidente Lula (PT), principal adversário de Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial deste ano e favorito para vencer o pleito. "É ano de eleição. Não tem como não se posicionar. E por se posicionar não é só dizer em quem vota, mas discutir política. Nós, jovens, precisamos discutir política. Bloquear ou dificultar essa discussão é um desacato à sociedade", declarou a cantora.

Perguntada sobre ter medo de represálias e ameaças por seu posicionamento, a artista disse que "não tem medo de nada" e garantiu que continuará falando de política, mesmo não sendo vantajoso comercialmente. Ela apenas lamentou que artistas menores sofram mais com a pressão das marcas. "Nunca tive muitas papas na língua. Sempre me posicionei e isso não vai mudar nunca. O que eu recebi foi a notícia de que outras pessoas que não têm o mesmo tamanho que eu estão sendo barradas por marcas. Pelo meu tamanho, com meus números, consigo fazer o que quero, mas outras pessoas não".

Uallace Moreira aponta o teatro cínico de Ciro Nogueira sobre a Petrobrás

 Qualquer cobrança que não passe pela defesa da mudança na política de preços, retomada das refinarias e investimento na estatal é mero 'teatro cínico', segundo o economista

Jair Bolsonaro e Ciro Nogueira (Foto: Adriano Machado/Reuters)


247 - O economista Uallace Moreira, professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), escancarou o que chamou de "teatro cínico" do Ministro-Chefe da Casa Civil Ciro Nogueira, que usou o Twitter para criticar o novo reajuste do preço dos combustíveis pela Petrobras.

Ao compartilhar a notícia do anúncio do novo reajuste, Nogueira escreveu "Basta! Chegou a hora. A Petrobras não é de seus diretores. É do Brasil. E não pode, por isso, continuar com tanta insensibilidade, ignorar sua função social e abandonar os brasileiros na maior crise do último século."

Foi aí que o professor da UFBA interveio, desmascarando o jogo de cenas do membro do governo Bolsonaro, que é responsável pela manutenção da política de paridade de preços dos combustíveis com o mercado internacional.

"Prezado Ciro Nogueira,  Você quer realmente ajudar?  Primeiro, defenda o fim da política de preço da Petrobras, que transfere lucros para uma minoria.  Segundo, defenda a retomada das refinarias e do investimento da Petrobras.  Sem isso, sua "revolta" não passa de teatro cínico", apontou Uallace Moreira.

Polícia busca mais suspeitos pela morte de Bruno Pereira e Dom Phillips e apura se houve mandante

 O Pelado, pescador que confessou o crime, afirma que o assassinato não foi premeditado

Polícia leva suspeito preso para rio onde jornalista e indigenista desapareceram na Amazônia 15/06/2022 (Foto: REUTERS/Bruno Kelly)

247 - Investigadores da Polícia Civil e Federal afirmaram à Folha de S. Paulo que, até o momento, não há indícios da existência de mandante do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. A hipótese, no entanto, segue sendo investigada.

A polícia também busca outros suspeitos de envolvimento no crime. O pescador Amarildo Oliveira, conhecido como Pelado, que confessou ter participado da execução, disse que outras duas pessoas estavam com ele. Uma dessas pessoas era o próprio irmão de Pelado, Oseney da Costa de Oliveira, o Dos Santos.

Diferentemente de Pelado, Dos Santos não confessou envolvimento no caso.

Em seu depoimento, Pelado deu a entender que não houve mandante. 

Protagonista do 'mensalão tucano', Azeredo volta à ativa no PSDB

 Ex-governador de Minas Gerais tem participado dos bastidores do partido, que tenta ressuscitar sua vida política

Eduardo Azeredo (Foto: Agência Brasil)


247 - O PSDB tenta reconstruir a vida partidária do ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo, condenado em três instâncias pelo mensalão tucano de 1998.

Segundo a Folha de S. Paulo, Azeredo já está novamente filiado ao partido desde março deste ano e tem participado de reuniões nos bastidores, como a que ocorreu em maio para selar a saída de João Doria da corrida presidencial.

Foi a primeira reunião que participou após deixar a prisão, em 2019. Aos poucos, volta a ganhar projeção no PSDB, onde, segundo a reportagem, "tem sido cortejado por colegas a tentar concorrer nas eleições deste ano." Desde sua refiliação, tem criticado Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT) nas redes sociais.

O ex-governador foi preso em 2018, depois de condenação do Tribunal de Justiça de Minas por peculato e lavagem de dinheiro no mensalão tucano. Em 2019, foi solto e, entre idas e vindas do processo, conseguiu uma vitória no STF em 2021 para suspender a pena e ser julgado pela Justiça Eleitoral, o que não ocorreu até hoje.

Sob o comando de Jair Bolsonaro, Petrobrás aprova novo aumento no preço dos combustíveis

 O reajuste entrará em vigor na próxima semana

Gasolina sai de bomba em posto de combustíveis da Petrobras, em Brasília. 07/03/2022 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - O conselho de administração da Petrobrás, indicado pelo governo Jair Bolsonaro (PL), aprovou nesta quinta-feira (16) um novo aumento do diesel e da gasolina. O reajuste, sem valor definido, entrará em vigor na próxima semana. A informação foi publicada pela coluna de Lauro Jardim

De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem de preço do diesel e da gasolina, quando comparado aos valores internacionais, é de 18% e 14%, respectivamente.

A política de preços da empresa varia de acordo com a cotação do dólar no mercado internacional e, em consequência, aumenta o preço de produtos derivados de petróleo no Brasil, o que tem penalizado principalmente os mais pobres. Cabe a Bolsonaro mudar a atual política de preços da empresa, implantada no governo golpista de Michel Temer (MDB).

Restos mortais chegam a Brasília para perícia; exame de DNA começa nesta sexta

 Peritos começarão nesta sexta-feira (17) a fazer o exame de DNA no material genético encontrado no meio da floresta

Bruno Pereira (à esq.) e Dom Phillips (Foto: REUTERS/Bruno Kelly | Reprodução/TV Globo | Reprodução/Twitter)


247 - Os restos mortais do indigenista da Fundação Nacional do Índio (Funai) Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips chegaram nesta quinta-feira (16) em Brasília (DF). Eles foram assassinados no dia 5 na Amazônia. 

De acordo com o jornal O Globo, a partir desta sexta-feira (17), os peritos começarão a fazer o exame de DNA no material genético encontrado no meio da floresta.

A PF, a Marinha e um grupo de indígenas continuam tentando localizar o barco que teria sido afundado pelos criminosos para ocultar o assassinato. 

Governo Bolsonaro deixa vencer multa milionária de invasor de terra indígena

 Sob Bolsonaro, Ibama deixou vencer cobrança de R$ 6 milhões de agropecuarista que invadiu terra indígena e desmatou na Amazônia

Vista aérea de área desmatada da Amazônia no Mato Grosso (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

Por Paulo Cappelli, Metrópoles - Durante o governo de Jair Bolsonaro, o Ibama deixou prescrever uma multa de R$ 6 milhões que havia sido aplicada pelo Ibama ao agropecuarista Jair Roberto Simonato. Documentos do Ibama mostram que a infração é referente a desmatamento de 14 mil hectares de mata nativa dentro da reserva Amazônia Legal, no município de Costa Marques, em Rondônia.

A Superintendência estadual do Ibama emitiu o ato de infração em 25 de outubro de 2004, em um processo que se arrastou por meio de recursos. O governo declarou a prescrição em 26 de abril de 2021.

O Ibama também estipulou multa de R$ 15,4 milhões a Simonato, em 2017, por ter impedido a regeneração de 3 mil hectares dentro da Terra Indígena Kayabi, no município de Apiacas, no Mato Grosso, também na região amazônica. Esse processo ainda está correndo.

Leia a íntegra no Metrópoles.

Lula pede 1 minuto de silêncio por Bruno e Dom, mortos por "bandidos fascistas e milicianos"

 O ex-presidente também alertou para o garimpo e para a pesca ilegal em terras indígenas

Ex-presidente Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu nesta quarta-feira (16), durante evento em Natal (RN), um minuto de silêncio em homenagem ao jornalista inglês Dom Phillips e ao indigenista da Fundação Nacional do Ìndio (Funai) Bruno Pereira. 

De acordo com o ex-presidente, os dois foram "barbaramente torturados por bandidos fascistas e milicianos que estão tentando ocupar a Amazônia para garimpar nas terras indígenas e para pescar os peixes que nossos indígenas são obrigados a pescar".

Vice de Lula, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB ) aproveitou para criticar os ataques de Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral brasileiro

Chico Buarque propõe um samba contra a estupidez e a destruição bolsonarista (escute)

 Batuque é o caminho para lidar com tempos de ignorância e violência

Cantor Chico Buarque

247 – O cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda lançou uma nova canção como remédio contra a estupidez bolsonarista, a violência e a destruição do Brasil. A música é a novidade da turnê pelo Brasil que o compositor inicia em setembro, por João Pessoa e, depois de percorrer Natal, Curitiba, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Porto Alegre, Salvador e Brasília, chega ao Rio em janeiro e a São Paulo em março do ano que vem. Escute e confira a letra:

QUE TAL UM SAMBA?

(Chico Buarque)

Um samba

Que tal um samba?

Puxar um samba, que tal?

Para espantar o tempo feio

Para remediar o estrago

Que tal um trago?

Um desafogo, um devaneio

Um samba pra alegrar o dia

Pra zerar o jogo

Coração pegando fogo 

E cabeça fria

Um samba com categoria, com calma

Cair no mar, lavar a alma

Tomar um banho de sal grosso, que tal?

Sair do fundo do poço

Andar de boa

Ver um batuque lá no cais do Valongo

Dançar o jongo lá na Pedra do Sal

Entrar na roda da Gamboa

Fazer um gol de bicicleta

Dar de goleada

Deitar na cama da amada

Despertar poeta

Achar a rima que completa o estribilho

Fazer um filho, que tal?

Pra ver crescer, criar um filho

Num bom lugar, numa cidade legal

Um filho com a pele escura

Com formosura

Bem brasileiro, que tal?

Não com dinheiro

Mas a cultura

Que tal uma beleza pura

No fim da borrasca?

Já depois de criar casca 

E perder a ternura

Depois de muita bola fora da meta

De novo com a coluna ereta, que tal?

Juntar os cacos, ir à luta

Manter o rumo e a cadência

Esconjurar a ignorância, que tal?

Desmantelar a força bruta

Então que tal puxar um samba

Puxar um samba legal

Puxar um samba porreta

Depois de tanta mutreta

Depois de tanta cascata

Depois de tanta derrota

Depois de tanta demência

E uma dor filha da puta, que tal?

Puxar um samba

Que tal um samba?

Um samba

Após assassinato de Bruno e Dom na Amazônia, Bolsonaro vai a motociata em Manaus

 "Não sei por que essa implicância. E daí?", afirma um bolsonarista que acompanha a organização da motociata

Bolsonaro em motociata em Chapecó (Foto: Isac Nóbrega/PR)

247 - Enquanto o Brasil ainda se recupera do desaparecimento e assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips na Amazônia, Jair Bolsonaro (PL) se prepara para participar de uma motociata em Manaus neste sábado (18).

Bolsonaro deve comparecer a um evento evangélico na capital do Amazonas e, em seguida, seguir para a motociata, às 14h.

Manaus também se lembra, ainda, das pessoas que morreram sem oxigênio na cidade enquanto infectados pelo coronavírus, durante a gestão de Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde.

Um aliado de Bolsonaro que acompanha a organização da motociata, ouvido por Malu Gaspar, do jornal O Globo, não vê problemas em realizar o evento após a morte - que chocou o mundo - de Bruno Pereira e Dom Phillips. "O que tem uma coisa com a outra? Não sei por que essa implicância. E daí? Quantos policiais morreram dia desses, e ninguém comentou nada?”.