quarta-feira, 15 de junho de 2022

Polícia leva irmão de 'Pelado' para área de buscas em rio onde Bruno Pereira e Dom Philips desapareceram na Amazônia

 Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como "Dos Santos", foi levado para a região por agentes da Polícia Federal

Polícia leva suspeito preso para rio onde jornalista e indigenista desapareceram na Amazônia 15/06/2022 (Foto: REUTERS/Bruno Kelly)

247 - Agentes da Polícia Federal levaram, nesta quarta-feira (15) Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como "Dos Santos", para um dos locais de buscas na região em que o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Philips, que desapareceram no último dia 5 na região do Vale do Javari, na Amazônia.

Oseney, que foi preso temporariamente nesta terça-feira (14), é irmão de  Amarildo da Costa Oliveira, o "Pelado", que foi preso por porte ilegal de munições restritas e posse de dorogas logo no início das investigações.

De acordo com o G1, Oseney deverá ser levado para uma audiência de custódia na Justiça de Atalaia do Norte após ser interrogado sobre o caso. Até o momento, nove pessoas foram ouvidas pela polícia. 

Bolsonaro volta a atacar a democracia: "não há mais lei no Brasil por parte do STF"

 "É uma obsessão para tentar me tirar daqui, ou me tornar inelegível, ou fazer com que eu perca as eleições", disse Jair Bolsonaro



Reuters - O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar a cúpula do Judiciário nesta quarta-feira, especialmente os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, e afirmou que não há mais lei no Brasil por parte do STF.

Em entrevista ao canal da jornalista Leda Nagle no Youtube, Bolsonaro repetiu, sem ser contestado, uma série de alegações sabidamente falsas sobre o sistema eleitoral, como por exemplo a de que a eleição não é auditável e a de que a totalização dos votos é feita em uma "sala secreta", e acusou Fachin, Moraes e Barroso de terem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como candidato na eleição presidencial de outubro.

"Há muito tempo eles estão fora das quatro linhas", acusou Bolsonaro ao referir-se aos três magistrados. "Não existe mais lei aqui no Brasil por parte do Supremo Tribunal Federal. Não existe. É uma obsessão para tentar me tirar daqui, ou me tornar inelegível, ou fazer com que eu perca as eleições", acrescentou.

Fachin é o atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e sucedeu Barroso no posto. Moraes presidirá a corte eleitoral durante o pleito deste ano e também é relator de inquéritos no STF que investigam aliados de Bolsonaro e o próprio presidente.

"O Lula é o candidato desses três. Não tenho dúvida disso. O Lula é o candidato do Fachin, do Barroso e do Alexandre de Moraes. Eles não fazem nada no outro lado, só do meu lado. Isso é claríssimo o que está acontecendo", acusou Bolsonaro, sem, no entanto, apontar evidências das alegações.

Lula lidera as pesquisas de intenção de voto para a eleição de outubro à frente de Bolsonaro, que ocupa a segunda posição. Levantamentos recentes --todos contestados pelo presidente que afirma não acreditar em pesquisas-- têm apontado a possibilidade de Lula ser eleito já no primeiro turno.

Bolsonaro também voltou a dizer que Fachin foi responsável por tirar Lula da prisão e torná-lo elegível, ao anular as condenações do petista na Lava Jato. Lula deixou a prisão após o plenário do Supremo mudar seu entendimento sobre a prisão em segunda instância, e não por decisão de Fachin. E a anulação das condenações do ex-presidente foi confirmada pelo plenário do STF.

O presidente afirmou ainda que Moraes é próximo do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), que será vice na chapa de Lula. Moraes foi secretário de Segurança Pública no governo Alckmin, antes de ser nomeado ministro da Justiça pelo então presidente Michel Temer, que posteriormente o indicou a uma vaga no STF.

"Eles ficam o tempo --Alexandre de Moraes, Fachin, Barroso-- fustigando o governo, usando o poder que eles têm no Supremo para questionar o tempo todo", reclamou Bolsonaro.

"Que querem impedir (minha candidatura à reeleição) não há dúvida. Vão conseguir? Eu acho que vão fazer tumulto, eles podem até lá cassar meu registro, alguns dias depois o pleno, por exemplo, desfaz, mas fica aquela imagem para o Brasil todo", afirmou o presidente.

Procurada, a assessoria de imprensa do Supremo Tribunal Federal não comentou de imediato as declarações do presidente.

Bolsonaro, que acusa os ministros do STF de quererem tumultuar o processo eleitoral, tem atacado repetidamente, sem apresentar provas, a confiabilidade das urnas eletrônicas, já chegou a indicar que pode não aceitar o resultado do pleito e até mesmo insinuou que as eleições poderiam não ocorrer.


Piloto de Apucarana se destaca na 3ª etapa do Paranaense de Motocross

 


O piloto Rony Peterson Gouveia, que compete com apoio da Secretaria Municipal de Esportes e do Conselho Municipal de Esportes de Apucarana, foi destaque nesse domingo (12/06), durante a terceira etapa do Campeonato Paranaense de Motocross que aconteceu em Toledo, ao conquistar a segunda colocação na categoria MX3 Nacional.

Com o resultado no Oeste do Estado, Rony segue na liderança da competição, com 73 pontos. O piloto Ivandro Kuhn, de Missal, está na segunda posição com 69, seguido por Eduardo Chuaste Junior, de Curitiba, com 58.

O professor José Marcelino da Silva, o Grillo, Secretário Municipal de Esportes da Prefeitura de Apucarana, enalteceu a participação do piloto na prova em Toledo. “O Rony teve boa performance na etapa passada e o manteve na liderança do campeonato, tendo totais condições de trazer o título para Apucarana. A nossa cidade tem tradição no motocross, com a modalidade contando com o respaldo e o incentivo do prefeito Junior da Femac”.

De acordo com Rony, a próxima etapa do Campeonato Paranaense está marcada para os dias 9 e 10 de julho em Boa Esperança. “Será mais uma prova difícil e competitiva, mas a meta é fazer uma boa corrida na quarta etapa e se manter na liderança do campeonato”, disse o apucaranense.

Na atual temporada, o experiente piloto também está participando da Copa Paraná e da Copa Sul Paranaense. Nessas competições no Estado, Rony tem o patrocínio da ZUA, Mersul Malhas, Geração Vida, Pigpoca e Marchi Academia.

APUCARANA: Feira Verde já entregou mais de 3 toneladas de hortifruti

 


Com a realização da edição na Vila Regina, que aconteceu nesta quarta-feira (15/06), o Programa Feira Verde completou um mês de atividades. Neste período, a troca de recicláveis por hortifruti já ocorreu em nove bairros, 854 famílias já foram atendidas, foram entregues 3.635 quilos de alimentos e fornecidos 25 tipos diferentes de hortifrutigranjeiros.

O prefeito Junior da Femac lembra que o Feira Verde, programa que integra as ações na área de segurança alimentar e nutricional, foi lançado no dia 12 de maio no Residencial Solo Sagrado. “As primeiras edições foram um desafio para a equipe da Secretaria da Agricultura. O programa está tendo maciça adesão e gerando expectativa. As pessoas nos encontram e perguntam: quando o Feira Verde vem para o nosso bairro?”, relata Junior da Femac.

O prefeito afirma que, após a consolidação, a equipe já está preparando a fase de expansão. “Com um mês de atividades, o programa já está estruturado e conta com um caminhão e uma câmara fria cedidos pela Autarquia de Educação, o que garante que os alimentos cheguem frescos para os moradores. Agora, a equipe vai implantar uma nova dinâmica visando atender mais bairros durante a semana”, frisa Junior da Femac.

De acordo com Gérson Canuto, secretário municipal de Agricultura, a intenção a partir de meados deste mês é diminuir o tempo de atendimento nos bairros, que atualmente é de 2 horas e passará a ser de 45 minutos. “Com isso, pretendemos atender dois bairros próximos na mesma região da cidade, aumentando o número de regiões atendidas”, projeta Canuto.

Após um mês de atividades, a equipe da Secretaria da Agricultura também já iniciou os retornos. “Já voltamos ao Solo Sagrado e pudemos perceber que na volta a participação das pessoas praticamente dobrou, mostrando que o programa tem a confiança e a credibilidade da população”, avalia Canuto.

O vereador Rodrigo Lievore, que sugeriu a criação do programa para o prefeito Junior da Femac, afirma que a iniciativa apresenta bons resultados. “Foram destinadas toneladas de materiais recicláveis para a Copap, gerando renda para os trabalhadores da cooperativa. Ganham também os agricultores familiares, que fornecem os hortifruti. A gente percebe também, onde ocorreu o retorno, que os terrenos baldios já estão mais limpos, contribuindo com o meio ambiente e aumentando a vida útil do aterro sanitário”, pontua Lievore.

Amanda Tavares, diretora da Escola Municipal Papa João XXIII, localizada na Vila Regina, afirma que o programa também tem um cunho pedagógico. “Fizemos a mobilização da comunidade através dos alunos, informando por meio de bilhete na agenda e dos grupos de whatsapp. Pedimos para os estudantes conscientizarem seus familiares, falando sobre a importância da correta destinação, fazendo a reciclagem do lixo e trazendo para a troca por hortifrutigranjeiros”, reforça Amanda.

De acordo com Edeson Luiz Martins, que trabalha na separação e na entrega das sacolas, os agricultores familiares forneceram 25 itens diferentes até o momento. “Toda semana buscamos apresentar uma novidade, como foi o caso do pão, da geleia de abóbora e de banana, pitaia, uva, bolacha caseira, milho verde, berinjela e do brócolis”, cita Martins, lembrando ainda que neste período também foram distribuídos abacate, alface, almeirão, beterraba, laranja, cebolinha, salsinha, couve-flor, goiava, mandioca, abobrinha, chuchu, repolho, tomate, banana e pimentão.

Bairro

Famílias atendidas

Hortifruti entregues

Solo Sagrado (1a visita + retorno)

180

870 quilos

Adriano Correia

85

500 quilos

Sumatra

135

580 quilos

Jaçanã

95

380 quilos

Recanto do Lago

47

185 quilos

Orlando Bacarin

58

190 quilos

Jardim Marissol

63

220 quilos

Marcos Freire

73

255 quilos

Vila Regina

118

455 quilos

TOTAL: 9 bairros 

854

3.635

Petrobrás tem margem de lucro seis vezes maior do que concorrentes e suga renda dos brasileiros desde o golpe de 2016

 Golpe contra Dilma teve como finalidade transferir renda dos brasileiros para os acionistas privados da Petrobrás

Dilma Rousseff, Jair Bolsonaro e Michel Temer (Foto: Agência Brasil | Reuters | Reprodução/Facebook | PR

247 - Desde o golpe de Estado de 2016, que derrubou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), a Petrobrás, sob os governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), vem sugando a renda dos brasileiros com o objetivo de enriquecer ainda mais os acionistas privados da companhia.

Levantamento da empresa de informações financeiras Economatica, encomendado pelo UOL, mostra que o lucro líquido da Petrobrás chega a ser seis vezes maior do que o das concorrentes internacionais. Enquanto os brasileiros pagam preços exorbitantes pelos combustíveis nas bombas, a Petrobrás também figura na frente no ranking de repasses para acionistas.

A Petrobrás lucrou no primeiro trimestre de 2022 R$ 44,5 bilhões. Uma alta de 3.608% em relação ao mesmo período de 2021. A margem líquida (resultado da divisão do lucro líquido pela receita líquida) da empresa brasileira foi de 31,6%, enquanto as concorrentes tiveram no máximo 11,5%. Em relação à PetroChina, com margem líquida de 5,6%, o resultado da Petrobrás é quase seis vezes maior. 

Segundo o professor de economia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e pesquisador do Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Eduardo Costa Pinto, ouvido pelo UOL, a Petrobrás é a petrolífera que mais distribui dividendos a seus acionistas.

No primeiro trimestre deste ano, a companhia distribuiu US$ 10,2 bilhões. A média das petroleiras internacionais foi de US$ 2,5 bilhões.

De acordo com Costa Pinto, atualmente a Petrobrás lucra muito e gasta pouco, visto que os ganhos sobem mais rápido do que as despesas para a extração do petróleo do pré-sal. "Pela receita, como a Petrobrás mantém o PPI (Preço de Paridade Internacional), ela maximiza o lucro porque cobra o preço máximo possível [dos combustíveis]. E como ela faz isso? Acompanhando os níveis internacionais, com frete e imposto, e vendendo pelo preço de monopólio. Por outro lado, há uma redução dos custos ao longo dos últimos anos, principalmente na extração do petróleo. Hoje o custo está em torno de US$ 30 o barril. Portanto, com o petróleo em alta [o barril estava cotado em cerca de US$ 123 na terça-feira, 14/6], o lucro sobe".

Os dados só reforçam que o objetivo do golpe contra Dilma Rousseff foi transferir a renda dos brasileiros para os acionistas privados da Petrobrás.

Desesperado por voto feminino, Bolsonaro pode trocar Braga Netto por Tereza Cristina na vice

 Amplamente rejeitado pelas mulheres, Jair Bolsonaro cogita alterar sua chapa

(Foto: Reprodução)

247 – Jair Bolsonaro pode promover uma mudança em sua chapa para tentar atrair o voto das mulheres, segmento em que ele tem fortíssima rejeição em razão de seu estilo ogro e de suas posturas misóginas. "Dois meses após anunciar que o ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto tinha '90% de chances' de ser o vice em sua chapa à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou explícito que a decisão não está tomada e que há ao menos um outro personagem no páreo: a deputada e ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (PP-MS), pré-candidata ao Senado. Além do potencial de atrair o eleitorado feminino, a parlamentar do Centrão tem bom trânsito entre empresários e é considerada habilidosa", informa reportagem do jornal O Globo.

"Integrantes do núcleo duro da campanha vêm defendendo o nome dela junto a Bolsonaro. Por ora, ele indica que Braga Netto continua sendo seu preferido, mas, diferentemente do que vinha ocorrendo, passou a considerar abertamente escolhê-la para o posto", acrescenta a reportagem. "Alguns querem a Tereza Cristina, um excelente nome também. Mas isso vai ser definido mais tarde", disse o próprio Bolsonaro.

Lula conclama o povo à luta por comida, trabalho e estudo

 “Vamos precisar trabalhar juntos para melhorar a vida da população, conclamou o ex-presidente

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - "Houve um empobrecimento da sociedade brasileira. Vamos precisar trabalhar juntos para melhorar a vida da população. O povo precisa comer, trabalhar, estudar, ter acesso a lazer e cultura, e conseguir criar sua família em paz, sem a quantidade de ódio que temos hoje", escreveu o ex-presidente Lula em sua conta no Twitter.

Na semana passada a Segunda Pesquisa Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19 no Brasil, apontou que 33, 1 milhão de brasileiros sofrem com a fome e mais da metade da população (58,7%) convive com algum grau de insegurança alimentar.

Le Monde, um dos principais jornais franceses, denuncia impunidade de crimes na era Bolsonaro

 Para Le Monde, a impunidade de crimes no governo Bolsonaro é um dos fatores que levaram ao desaparecimento de Bruno Pereira e Dom Phillips

Bolsonaro, Bruno Pereira e Dom Phillips (Foto: REUTERS/Adriano Machado | Reprodução/TV Globo | Reprodução/Twitter)

RFI - O jornal francês Le Monde dedicou um editorial, publicado na segunda-feira (14), ao desaparecimento na Amazônia do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. O vespertino explica que esse episódio resume bem as diversas ameaças que enfrenta o “pulmão” do planeta e denuncia a visão “desenvolvimentista” de Jair Bolsonaro.

Le Monde explica que o desaparecimento acontece em um local que concentra “todos os males da Amazônia”: o Vale do Javari, uma região ameaçada por caçadores e pescadores ilegais, garimpeiros, agricultura agressiva e até por missionários evangélicos “decididos a converter a qualquer preço os últimos representantes dos povos isolados”. Sem esquecer o narcotráfico nessa parte do continente, que se tornou um centro por onde circula a cocaína vinda do Peru e da Colômbia com destino ao Brasil. Para o jornal, o Vale do Javari é “uma área de ilegalidade onde o crime prospera em todas as suas formas”. 

“Essa situação crítica explica por que Phillips e Bruno Pereira, ambos experientes, correram o risco de ir até a região”, diz o vespertino. Nas palavras do jornal francês, os dois homens foram testemunhar a ameaça que paira sobre “esse paraíso perdido”.

Mas o editorial também fala da posição de Jair Bolsonaro, lembrando que a reação do chefe do Executivo foi bastante lenta antes de, finalmente, mobilizar as forças armadas. Além disso, o texto ressalta que, para o líder brasileiro, a prioridade na região sempre foi a extração das riquezas.

“Ele nunca negou sua visão sobre uma região que deve ser explorada sem piedade, custe o que custar para seus nativos ou nosso futuro climático”, constata o jornal, que critica o estilo “desenvolvimentista” do chefe de Estado. “Desde que ele assumiu o cargo, o desmatamento e a extração de ouro explodiram, e a monocultura da soja, sinônimo de empobrecimento dramático da terra, está corroendo a floresta”, aponta o texto.

“Jair Bolsonaro também cortou o orçamento das instituições responsáveis ​​por garantir a proteção da natureza e das pessoas e permitiu que se instalasse um clima de total impunidade que pode explicar o desaparecimento de Dom Phillips e Bruno Pereira”, acusa o editorial, antes de pedir que o presidente, com o fim do mandato que se aproxima, assuma a sua parte de responsabilidade no desastre que toma conta da região.

Fonte: Brasil 247

Vídeos: Bruno Pereira era a principal conexão com indígenas no Javari e causava incômodo entre exploradores

 Um dos vídeos mostra o indigenista abordando o barco de Amarildo da Costa Oliveira, o "Pelado", suspeito de envolvimento no desaparecimento de Bruno e do jornalista Dom Phillips

(Foto: Reprodução/Twitter @Headline_BR)


247 - Vídeos de uma equipe de reportagem da Al Jazeera mostram a intimidade que o indigenista Bruno Araújo Pereira, que desapareceu junto com o jornalista britânico Dom Phillips no Vale do Javari, na Amazônia, tinha com os povos indígenas e a relação tensa com invasores.

Em um dos vídeos é possível ver o momento em que Bruno e uma patrulha indígena abordam uma embarcação suspeita de atuar na pesca ilegal registrada na região. A bordo do barco estava Amarildo da Costa Oliveira, o "Pelado", que foi preso por porte ilegal de arma e é suspeito de estar envolvido no desaparecimento da dupla. 

“O que ele estava fazendo agora? Estava ajudando os povos indígenas a criarem mecanismos de defesa. ‘Já que o Estado não está fazendo nada, vamos atuar sozinhos. Vamos nos ajudar a nos preparar, a nos defender’. As ONGs deram ou ajudaram a comprar  formas de se comunicar por satélite, também uma aplicação por satélite onde eles mapeavam cada lugarzinho onde tinham visto um invasor”, disse a jornalista Mônica Kiev ao site Headline.

Veja os vídeos.


No DF, Lula está numericamente à frente de Bolsonaro, com 37% contra 34%, mostra pesquisa

 A vantagem do petista sobre Bolsonaro entre eleitores do Distrito Federal está dentro da margem de erro

Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: REUTERS)


247 - Pesquisa presencial da Opinião Consultoria, contratada pelo Correio  Braziliense, divulgada nesta quarta-feira (15) mostra o ex-presidente Lula (PT) numericamente à frente de Jair Bolsonaro (PL) na disputa pela Presidência da República. O levantamento foi realizado somente com eleitores do Distrito Federal.

Lula tem 37,3% contra 34,6% de Bolsonaro. Eles estão empatados na margem de erro. 

  • Lula - 37,3%
  • Bolsonaro - 34,6%
  • Ciro Gomes (PDT) - 7,4%
  • Simone Tebet (MDB) - 2,1%
  • André Janones (Avante) - 1,3%
  • Vera Lúcia (PSTU) - 0,6%
  • Pablo Marçal (Pros) - 0,6%
  • Felipe D'Ávila (Novo) - 0,5%
  • Leonardo Péricles (UP) - 0,5%
  • Luciano Bivar (União Brasil) - 0,4%
  • José Maria Eymael (DC) - 0,3%
  • Sofia Manzano (PCB) - 0,2%
  • Nenhum - 11,3%
  • NS - 2,9%

A pesquisa ouviu presencialmente 1.100 pessoas entre os dias 9 e 12 de junho. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de três pontos percentuais. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo DF-05367/2022.

Internautas resgatam vídeo de Joice Hasselmann dizendo que encontrou Bolsonaro várias vezes "chorando feito uma menininha"

 Tucana falou sobre "graves problemas psicológicos de Bolsonaro” em participação em podcast

Joyce Hasselmann (Foto: Reprodução/Youtube)

247 - Joice Hasselmann participou do podcast inteligência ltda e o trecho em que ela fala sobre o estado mental de Jair Bolsonaro viralizou nas redes.

De acordo com a tucana, Bolsonaro “tem graves problemas psiquiátricos”. “Eu chegava lá no Palácio do Planalto cedo e ele estava às gargalhadas. Voltava no período da tarde e lá estava ele chorando feito uma menininha de 5 anos”, disse. 

 

Bolsonaro inaugura temporada de caça ao Judiciário, diz Vera Magalhães

 Ofensiva contra o STF é a antessala do golpe

Estátua da Justiça em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal em Brasília e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes | REUTERS/Adriano Machado)

247 - "Jair Bolsonaro inaugurou uma temporada de caça ao Judiciário que, se não for estancada agora e rechaçada sem espaço para tergiversação pelos democratas, é a antessala da agitação que ele prepara para logo após o primeiro turno das eleições, visando a melá-las", escreve a jornalista Vera Magalhães em sua coluna no Globo.

A jornalista destaca que Bolsonaro já está na segunda fase de seu projeto na ofensiva contra o Judiciário. "Depois de semear, com relativo sucesso, a desconfiança quanto à confiabilidade das urnas eletrônicas e da apuração dos votos, ele partiu para a fulanização, na tentativa de pregar um alvo na testa dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF)".

O ocupante do Palácio do Planalto ataca pessoalmente os ministros Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, "de forma sistemática e cada vez mais mentirosa", diz a jornalista, que interpreta a atitude como "a deixa para que tresloucados como o ex-senador Magno Malta também passem a fustigá-los com mentiras em eventos públicos". 

Bolsonaro já disse em pelo menos três ocasiões recentes que não se vê mais na obrigação de cumprir decisões da Suprema Corte 

"É o tipo de pregação que ecoa no submundo das redes bolsonaristas e poderá virar combustível para novos protestos antidemocráticos contra o Judiciário, às vésperas da eleição".

Câmara aprova texto-base de projeto que limita ICMS dos combustíveis

 Deputados votarão nesta quarta destaques a trechos incluídos no Senado

(Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados)

Agência Brasil - A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (14) o texto-base do Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022, que limita a aplicação de alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis. O texto, de origem na Câmara, passou pelo Senado e sofreu alterações, por isso, voltou à Câmara.

Os deputados devem analisar nesta quarta-feira (15), pela manhã, destaques a trechos de algumas emendas incluídas pelos senadores. A análise desses destaques começou a ser discutida na sessão de hoje, mas um problema técnico impediu a abertura do resultado das votações no painel do plenário. Por isso, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu encerrar a sessão e retomar a votação no dia seguinte. Após a conclusão dessa etapa, o texto seguirá para sanção presidencial.

O projeto afeta a alíquota do ICMS para gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo. Segundo a proposta, esses produtos seriam classificados como essenciais e indispensáveis, levando à fixação da alíquota do ICMS em um patamar máximo de 17%, inferior à praticada pelos estados atualmente. O PLP também prevê a compensação da União às perdas de receita dos estados quando a perda de arrecadação ultrapassar 5%.

O texto também reduz a zero, até 31 de dezembro de 2022, as alíquotas de Cide-Combustíveis e a tributação de Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) incidentes sobre a gasolina. O diesel e o gás de cozinha já têm esses tributos zerados.

Compensação

Todos os deputados aprovaram as emendas vindas do Senado, ressalvados os destaques. Os deputados da oposição apoiaram o novo texto, principalmente por causa de uma emenda que garante recursos para o Fundo de Manutenção da Educação Básica (Fundeb). Essa emenda prevê que, se os estados e municípios perderem recursos em função da lei, a União vai compensá-los para que os atuais níveis do Fundeb sejam mantidos. A aprovação dessa emenda impede que o Fundeb perca recursos com a redução da arrecadação do ICMS. O fundo tem receitas vinculadas à arrecadação desse imposto. 

Assim como o Fundeb, a área da saúde, outro recurso carimbado, terá os repasses garantidos mesmo que haja perda de arrecadação dos estados. Recursos carimbados são aqueles com destinação definida, sem possibilidade de redirecionamento para outras áreas.

Os deputados da base do governo preferiram atacar a arrecadação dos estados. Segundo eles, os estados têm tido arrecadação recorde com o ICMS, dentre outros impostos, e precisam dar sua cota de sacrifício para ajudar na redução do preço dos combustíveis e do gás de cozinha.

Mesmo defendendo e aprovando o texto aprovado pelos senadores, os oposicionistas criticaram o argumento de que o PLP é a melhor saída para reduzir o preço dos combustíveis. Eles citaram que a atual política de preços da Petrobras, vinculada ao preço internacional do barril de petróleo e o valor do dólar, é a verdadeira responsável pelos brasileiros pagarem mais de R$ 7 o litro da gasolina. Essa política de preços é praticada desde 2017.

Impacto nos preços

Na semana passada, quando o texto era discutido no Senado, o senador Fernando Bezerra (MDB-PE), relator da matéria na Casa, afirmou que, se aprovado, o PLP poderia derrubar em R$ 1,65 o preço da gasolina e em R$ 0,76 o preço do diesel. No entanto, destacou que os preços poderiam apenas “não subir muito mais”, a depender do cenário internacional, que influencia no preço do barril de petróleo e na valorização do dólar frente ao real.

“Não estamos tabelando preço. Tem uma guerra na Ucrânia, a Rússia é responsável por 25% da produção de diesel no mundo, os preços estão tensionados. É evidente que pode haver elevação de preços. Mas, mesmo que haja, isso vai ajudar a não subir muito mais do que subiria”, disse, na ocasião.


CNN tenta "despejar" William Waack, jornalista tira satisfação com chefia e gera climão nos bastidores

 Clima está tenso na emissora CNN Brasil

William Waack (Foto: Reprodução)

247 - William Waack quase foi “despejado” de sua sala na CNN Brasil. O episódio ocorreu há duas semanas, quando o jornalista estava no local trabalhando e foi informado que deveria deixar o espaço, por ordem da direção, e passar a ocupar a redação compartilhada, como os demais colegas. O veterano foi tirar satisfações com a chefia e a reunião teve ânimos alterados, com direito até a ameaça de quebra de contrato. A reportagem é do portal Na Telinha.

O NaTelinha apurou que William Waack reagiu irritado à ordem da direção da CNN Brasil. A sala que ele ocupa na redação é exclusiva, uma regalia destinada a pouquíssimos profissionais. O privilégio decorre do fato de que o jornalista sempre foi um dos principais nomes desde a fundação do canal de notícias no Brasil, em 2020.  

Waack se recusou a obedecer a ordem e questionou diretamente a direção da CNN. Após uma intensa discussão, ele venceu a briga e continuará ocupando sua sala, pelo menos por ora. O local é usado por ele para apurações especiais, conversas com fontes exclusivas e importantes nomes da cena política brasileira, com quem o veterano tem ligação direta. 

 Procurado pela reportagem, William Waack não se manifestou. Já a assessoria da CNN Brasil afirmou que o jornalista, hoje aos 69 anos, passou a ocupar uma sala de terceiro no início da pandemia da Covid-19 por pertencer ao grupo de risco e evitar aglomerações com outros colegas de trabalho.

Mortes por covid voltam a crescer no país

 Mesmo sem os dados de São Paulo, Rondônia e Tocantins, informações mostram que a média móvel de mortes por covid está em alta há cinco dias

(Foto: Agência Brasil)


247 - O Brasil registrou nesta terça-feira (14) 174 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 668.404 desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 143. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de 36%, indicando tendência de alta nos óbitos pela doença pelo quinto dia seguido.

São Paulo, Rondônia e Tocantins não divulgaram seus boletins até 20h desta terça. 

No total, o país registrou 47.966 novos diagnósticos de Covid-19 em 24 horas, completando 31.543.000 casos conhecidos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi de 39.965, variação de 28% em relação a duas semanas atrás.

Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h da terça-feira. 

Governo Bolsonaro destaca efetivo de apenas seis agentes para patrulhar toda a região do Vale do Javari

 Número do efetivo dos agentes da Força Nacional de Segurança Pública destacado para patrulhar 85 mil quilômetros quadrados de área é o mesmo desde 2019

Operação de busca por jornalista e indigenista desaparecidos na Amazônia (Foto: REUTERS/Bruno Kelly)

247 - A Terra Indígena do Vale do Javari, região onde desapareceram o indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips, possui apenas seis agentes da Força Nacional de Segurança Pública para patrulhar uma área de 85 mil quilômetros quadrados. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, ao menos seis pedidos de reforço do efetivo feitos pela União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) foram rejeitados somente este ano. 

A região é dominada por cartéis de drogas e uma das linhas de investigação acerca do desaparecimento de Pereira e Dom está ligada a grupos criminosos que atuam com pesca ilegal. Ainda conforme a reportagem, o efetivo atual dos agentes da Força de Segurança Nacional foi autorizado em dezembro de 2019. Desde então, o prazo de seis meses vem sendo renovado semestralmente.

Segundo servidores da Funai, os agentes estão situados em uma das quatro bases na região do Vale do Javari. “A região é uma das que receberam o menor efetivo entre as operações da Força Nacional em andamento, relacionadas a conflitos em reservas indígenas. São dez ao todo”, destaca o periódico.  

A violência da região e a ausência do poder público na região levaram o senador e ex-governador do Amazonas, Omar Aziz (PSD), a defender que os ministros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, e da Defesa, Paulo Sérgio, sejam convocados para prestar explicações ao Congresso sobre a inação do governo federal em coibir o avanço da criminalidade. 

Antes de ser afastado da Funai por Moro, Bruno Pereira enfureceu o garimpo com megaoperação no Amazonas

 O indigenista comandou operação que causou grande prejuízo a garimpeiros ilegais. Ele foi demitido 15 dias depois, em decisão assinada por um homem de confiança de Moro

Bruno Pereira (Foto: Funai | Agência Brasil | Reuters)


247 - Antes de ser forçado a pedir licença da Funai (Fundação Nacional do Índio), o indigenista Bruno Pereira, atualmente desaparecido na Amazônia com o jornalista britânico Dom Phillips, enfureceu o garimpo com uma megaoperação no sudoeste do Amazonas, conta Carlos Madeiro, do UOL.

"A operação Korubo reuniu cerca de 60 agentes da Funai, Polícia Federal e Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), e enfraqueceu o garimpo na área com a destruição de 60 balsas que atuavam ilegalmente no rio Jandiatuba. A área fica dentro da Terra Indígena Vale do Javari, onde vivem 19 povos indígenas isolados —o nome Korubo faz referência a um destes povos. Depois da operação, os garimpeiros aumentaram a pressão sobre a Funai, articulando um lobby pela demissão de servidores que estavam comandando ações desse porte na Amazônia — o que incluía Bruno e servidores de outro órgãos, como Ibama e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade)", diz o colunista.

Bruno foi demitido do cargo de coordenador geral em setembro de 2019, 15 dias após a ação. Quem assinou sua demissão foi Luiz Pontel de Souza, homem de confiança do ex-juiz parcial Sergio Moro (União Brasil), à época ministro da Justiça e Segurança Pública.

Em evento nesta terça-feira (14), Moro negou ter responsabilidade sobre a demissão de Bruno. Na prática, ele assumiu que não tinha controle do próprio ministério. "Essa decisão não passou por mim", declarou.

Desde a megaoperação comandada por Bruno, a Funai não realizou mais nenhuma grande ação na região.